

Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente
Fundação Francisco Manuel dos Santos
4 comunicadores, 4 especialistas, 4 temas - Economia, Sociedade, Política e Ciência -, todas as semanas no [IN] Pertinente. Um confronto bem disposto entre a curiosidade e o saber. Porque quando há factos, há argumentos. [IN] Pertinente é um podcast da Fundação Francisco Manuel dos Santos que pretende dar respostas às perguntas de todos, contribuindo para uma sociedade mais informada. Voz: Isabel Abreu; Banda Sonora: Fred Pinto Ferreira
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Oct 22, 2025 • 51min
EP 238 | ECONOMIA: Mercado de Trabalho: O que vai mudar?
Quanto vale o nosso trabalho hoje... e amanhã? Diogo Mendes e Filipa Galrão analisam o mercado de trabalho em Portugal - dos salários à produtividade, das profissões do futuro aos desafios de criar um negócio.Mais do que um número, o salário é a remuneração do nosso capital humano. Mas porque é que este capital tem tendência a perder valor? O especialista em finanças, Diogo Mendes, identifica as oportunidades e as fragilidades do nosso mercado laboral.Num país onde as diferenças salariais entre quem tem e quem não tem ensino superior estão entre as maiores da Europa, investir na educação faz a diferença. Mas não só. Ter experiência e mudar de emprego também pode trazer grandes vantagens na progressão da carreira.A conversa explora ainda as profissões que vão crescer e as que tendem a desaparecer até 2030, os riscos e oportunidades de criar empresas, e os desafios de uma geração de jovens adultos que continua longe da independência financeira.Há também espaço para discutir o ‘brain drain’ – a fuga de talento para o estrangeiro – e desfazer mitos sobre o impacto da imigração no mercado de trabalho português.Um retrato incisivo e realista de um país em que a maioria da população ativa trabalha muito, mas nem sempre se sente valorizada.Mais um episódio do [IN]Pertinente a não perder, desta vez para se situar no atual mapa do mercado de trabalho nacional.LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEIS«Ganho médio mensal por nível de escolaridade» (Pordata)«Automação e inteligência artificial no mercado de trabalho português: desafios e oportunidades» (FFMS)«Ganho médio mensal» (INE)«The future of jobs report 2025» (World Economic Forum)«The case for job hopping» (BBC)«How many hours per week do Europeans work?» (Eurostat)«Want A Pay Raise? Switching Jobs Has Much More Upside Amid Soaring Inflation, Report Finds» (Forbes)«Especialistas alertam para a escassez do talento em Inteligência Artificial» (Sapo)«Nunca houve tantas pessoas a trabalhar em Portugal» (SIC Noticias)«Education at a Glance» (OECD, 2024)BIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Filipa Galrão Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infant

Oct 16, 2025 • 45min
EP 237 | CIÊNCIA: Viver com PHDA
Será que existem cada vez mais casos de PHDA? Como é que uma pessoa com esta condição interpreta a vida? A Perturbação de Hiperatividade e/ou Défice de Atenção é diferente na infância e na idade adulta?A psiquiatra Rute Cajão e o comunicador Rui Maria Pêgo definem as fronteiras desta neurodivergência, exploram estratégias para lidar com a patologia, na idade adulta, e falam sobre a importância do acompanhamento médico para amenizar o impacto da PHDA na vida familiar, laboral e social.Nos últimos anos, fizeram-se importantes avanços no estudo da patologia. Durante décadas, acreditou-se que a PHDA era uma ‘doença pediátrica’. Só em 2013 é que a comunidade científica reconheceu a sua prevalência no adulto. A ciência também mostra que a PHDA é biológica e altamente hereditária – 70 a 80% dos casos têm origem genética.Ao longo da conversa, a especialista explica como é que, hoje em dia, se faz o diagnóstico na idade adulta, alerta para a importância do diagnóstico precoce e destaca o papel essencial da medicação e das terapias complementares. A dupla aborda ainda o impacto desta perturbação nas famílias, bem como as estratégias de inclusão nos locais de trabalho e nas relações sociais.Um episódio do [IN]Pertinente a não perder, para combater mitos e opiniões desinformadas.LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEISSong P, Zha M, Yang Q, Zhang Y, Li X, Rudan I; Global Health Epidemiology Reference Group (GHERG). «The prevalence of adult attention-deficit hyperactivity disorder: A global systematic review and meta-analysis». Journal of Global Health. 2021Madeira, N., França G., e Jesus G., et al. «Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção no Adulto: Um Posicionamento de Peritos Portugueses sobre Diagnóstico eTratamento». Acta médica portuguesa. 38(3):187-196Lange KW, Reichl S, Lange KM, Tucha L, Tucha O. «The history of attention deficit hyperactivity disorder. Attention Deficit Hyperactivity Disorders» 2010 Dec; 2(4):241- 55Faraone, S.V., Bellgrove, M.A., Brikell, I. et al. «Attention-deficit/hyperactivity disorder». Nature Revision Disease Primers 10, 11 (2024)BIOSRUTE CAJÃOMédica psiquiatra, é assistente hospitalar de psiquiatria na Unidade Local de Saúde Arco Ribeirinho, EPE. Cofundadora da equipa multidisciplinar e consulta de jovens adultos com patologia grave de início precoce na mesma unidade. Vice-presidente da Secção de Perturbações do Neurodesenvolvimento da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental. RUI MARIA PÊGOTem 36 anos, 17 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão. Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School. Já apresentou programas nos três canais generalistas de televisão, é autor da série satírica «Filho da Mãe» (Canal Q, 2015), e está hoje na Rádio Comercial, com o podcast «Debaixo da Língua».

Oct 10, 2025 • 42min
EP 236 | POLÍTICA - Partidos Políticos: de onde vêm e para onde vão?
Pode haver democracia sem partidos políticos? Como surgiu e evoluiu o sistema político-partidário? João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso analisam a génese e os desafios das organizações que estruturam — mas também dividem — o regime democrático.Neste episódio, João Pereira Coutinho leva-nos à Inglaterra do século XVII e aos confrontos entre “Whigs” e “Tories”, que se tornaram o berço dos partidos políticos.Da importância da representatividade à mediação entre o Estado e a sociedade, a dupla explora a função dos partidos e o seu papel estruturante nos regimes democráticos contemporâneos, recorrendo às ideias de Edmund Burke, James Madison e Daniel Ziblatt.E porque os partidos não são todos iguais, ficamos a saber o que distingue o partido de massas do 'catch-all' e do partido cartel.Num contexto de crescente polarização, o politólogo e o humorista abordam também os grandes desafios de hoje: estamos a assistir a uma crise de influência dos partidos? Os líderes tornaram-se mais importantes do que os grupos que representam? E como podem os partidos 'catch-all' combater a tendência de se tornarem indistintos?Não perca este episódio do [IN]Pertinente e tire partido de uma opinião informada.Referências úteis:Carter, Neil, Daniel Keith e outros, «The Routledge Handbook of Political Parties» (Taylor and Francis)Cruz, Manuel Braga da, «Política Comparada» (Cruz Editores)Cruz, Manuel Braga da, «O Sistema Político Português» (FFMS)Freire, André, «Eleições, Partidos e Representação Política» (Gradiva)Owens, George, «The Rage of Party» (Constable)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.

Oct 7, 2025 • 1h 4min
Especial Worten Mock Fest | Rir é o melhor negócio?
É possível viver do humor em Portugal? Haverá um modelo de negócio para um humorista ser bem-sucedido? E será que o mercado dos conteúdos humorísticos tem margem para crescer?Na terceira e última emissão especial das “Conversas [IN]Pertinentes”, gravada ao vivo no Worten Mock Fest, subiram ao palco Hugo van der Ding, Nuno Artur Silva, Cláudia Custódio e Henrique Mota Lourenço para discorrer sobre a dimensão económica do humor.De acordo com o painel, em Portugal, a indústria do humor está bem de saúde, e recomenda-se. O sector profissionalizou-se, o negócio vai de vento em popa e, atualmente, temos a primeira geração de humoristas a viver apenas da sua arte. Ao longo da conversa, fica claro que a evolução do humor está diretamente ligada às novas tecnologias. As plataformas digitais e redes sociais trouxeram um boom de conteúdos, graças aos baixos custos de produção, escolha certeira dos targets e capacidade de gerar receitas. Hoje, os humoristas têm mais liberdade para criar conteúdos e encontrar o seu público, o que contribui, em muitos casos, para encherem grandes salas, até arenas, e assumirem o estatuto de ‘rock stars’. Mas os humoristas não conquistam apenas milhares de seguidores. Também as empresas se rendem, cada vez mais, à popularidade e exposição de quem faz rir. A aposta no humor para promover marcas e mensagens corporativas é uma tendência crescente no universo do marketing e da publicidade. E se “quem ri por último, ri melhor”, no fim, fica a certeza de que rir é mesmo o melhor remédio para encontrar novos nichos de mercado e boas oportunidades de negócio.Uma “Conversa [IN]Pertinente”, a não perder.

Oct 3, 2025 • 39min
EP 235 | SOCIEDADE - A origem da crença religiosa
No primeiro de quatro episódios dedicados à identidade religiosa, o historiador Paulo Mendes Pinto e Hugo van der Ding mergulham nas origens e evolução do sagrado, do Neolítico às festas populares, revelando como a fé não só move montanhas, mas também molda sociedades.O que originou o sentimento religioso? Paulo Mendes Pinto, especialista em História das Religiões, explica como a morte e a alimentação terão sido o motor da crença religiosa e acrescenta que «a religião que temos hoje deve muito ao Neolítico».A dupla analisa ainda como, ao longo dos séculos, as diferentes religiões foram incorporando personagens, crenças e rituais umas das outras, o que ajuda a explicar as semelhanças surpreendentes entre o judaísmo, o cristianismo e o islão.Nesta viagem pela espiritualidade, identidade e memória, há também espaço para falar da religiosidade popular. Que ligação têm as festas de aldeia à ancestralidade simbólica? O que é que a música pimba revela sobre a perda da identidade regional e religiosa? E por que é que o fenómeno de Fátima, na sua génese, pode ser entendido como um «culto de guerra»?Se ficou curioso, não perca este episódio do [IN]Pertinente.LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEIS:- «Cosmovisões Religiosas e Espirituais: guia didático de tradições presentes em Portugal» (Alto Comissariado para as Migrações, 2016);- Mendes Pinto, Paulo «A 'Des-simbolização' da Sociedade em tempo de Trevas e do Sol Invicto» (Revista Visão, 2021);- Documentário: «Rituais de Inverno com Máscaras». Realização Catarina Alves Costa e Catarina Mourão, 2001; - Mendes Pinto, Paulo «A Origem dos Rituais Iniciáticos como Reformulação Existencial da Visão do Homem» (Revista Relicário, 2022); - Mendes Pinto, Paulo «Da Natureza e das Funções do Símbolo» (Revista Relicário, 2021) BIOSPaulo Mendes Pinto é historiador e especialista em História das Religiões, com foco na mitologia antiga e no diálogo entre tradições religiosas. Docente da Universidade Lusófona desde 1998, coordena a área de Ciência das Religiões e é atualmente Diretor-Geral Académico do Ensino Lusófona – Brasil. Foi Embaixador do Parlamento Mundial das Religiões e fundador da European Academy for Religions. Comentador na CNN Portugal, colabora com o Público e a Visão e é autor de dezenas de livros e artigos científicos. Membro de várias academias internacionais, foi distinguido com a Medalha de Ouro de Mérito Académico (2013) e com a Medalha Estadista Getúlio Vargas (2023). Hugo van der Ding - Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a «Criada Malcriada» e «Cavaca a Presidenta», autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, «Vamos Todos Morrer», também escreve para teatro e, atualmente, apresenta o programa «Duas Pessoas a Fazer Televisão», na RTP, com Martim Sousa Tavares.

Sep 30, 2025 • 48min
Especial Worten Mock Fest | Olha aí que isso aleija
Que impacto tem o humor na vida política? Satirizar os políticos pode, ou não, influenciar o eleitorado? E estará o trabalho dos humoristas ameaçado no atual contexto? Ricardo Araújo Pereira e João Pereira Coutinho, moderados por Mariana Cabral («Bumba na Fofinha»), juntam-se no Worten Mock Fest para uma conversa [IN]Pertinente, gravada ao vivo, sobre a influência do humor na política. O humorista e o politólogo concordam que o humor tem muito menos influência do que as pessoas pensam mas, se assim é, a que se deve a tendência crescente da classe política em apostar no entretenimento para ganhar popularidade? Desde os anos 80 que ser político significa, cada vez mais, ser um bom entertainer. Nesta emissão especial também se debate a função do humor: causar desconforto, manter a independência e ter como principal alvo o poder. Será que o humor tem a ganhar ao envolver-se na política? E os políticos convivem bem com a crítica?Não perca esta conversa [IN]Pertinente!

Sep 26, 2025 • 51min
EP 234 | ECONOMIA - Seguros: o preço de antecipar riscos
Qual é o papel dos seguros na nossa vida financeira? O especialista Diogo Mendes e Filipa Galrão dão a resposta e refletem sobre o que estamos dispostos - e obrigados - a pagar, em troca de proteção na adversidade.Os acidentes são, por definição, imprevisíveis. A melhor solução é estarmos precavidos contra despesas inesperadas que podem resultar em altos danos patrimoniais. Neste episódio, ficamos a par de quais são os seguros obrigatórios, e os facultativos, em Portugal. O que devemos ter em conta quando contratamos um seguro, seja automóvel, de vida ou de habitação? Sabemos o que está incluído, por exemplo, num seguro de acidentes de trabalho? E como é que as seguradoras calculam os prémios que pagamos? A conversa também descodifica conceitos como o ‘known unknowns’ e o ‘unknown unkonwns’ – os riscos previsíveis e os completamente imprevisíveis – que estabelecem os limites entre o que a seguradoras podem, ou não, antecipar.Apesar de haver quem ainda prefira criar fundos de emergência a fazer seguros, há produtos cada vez mais procurados: só a subscrição de seguros de saúde cresceu 17% nos últimos anos. A dupla analisa ainda porque é que quem tem mais escolaridade recorre mais ao seguro, o que são os riscos ‘não seguráveis’ e o que é a chamada “seleção adversa”.No fim, coloca-se a questão: que influência têm os seguros no nosso comportamento? Para não arriscar repostas e jogar pelo seguro, ouça este episódio [IN]Pertinente.LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEISBonfim, D., Santos, J. A. C. (2020), «The Importance of Insurance Credibility», Banco de PortugalGropper, M., Kuhnen, C. (2025), «Wealth and Insurance Choices: Evidence from U.S. Households», Journal of Finance Panhans, M. T. (2019). «Adverse Selection in ACA Exchange Markets: Evidence from Colorado». American Economic Journal: Applied Economics«Global Insurance Market Trends 2024», OCDE 2024Plano Nacional de Formação Financeira. «Seguro automóvel», Todos Contam Plano Nacional de Formação Financeira. (2024). «Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa 2023». Relatório da plataforma Todos Contam.Observador (2025). «Subscrição de seguros de saúde aumentou mais de 17% em 2024, revela supervisora do setor»DECO Proteste. (2025). «ADSE ou seguro de saúde: qual a melhor opção?»BIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Filipa Galrão Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho! - e 2 filhos.

Sep 23, 2025 • 1h 1min
Especial Worten Mock Fest | Maus humores: será que o humor influencia o nosso humor?
Pode o nosso estado de espírito ser influenciado pela comédia e pelo riso? Haverá uma propensão genética para uma visão humorística da vida? E será que o consumo do humor melhora a nossa saúde mental?Nesta emissão especial de «Conversas [IN]Pertinentes», gravada ao vivo na primeira edição do Worten Mock Fest, o humor sobe ao palco e dá o mote para um debate científico – e bem disposto – sobre o impacto do riso na nossa saúde e bem-estar.O painel, moderado por Rui Maria Pêgo e composto pelo comediante Diogo Batáguas, pela neurocientista Luísa Lopes e pelo psiquiatra Gustavo Jesus, explora as causas e efeitos do riso na atividade cerebral, na relação com o outro e na saúde mental.Ao longo da conversa, ficamos a saber que o riso ativa quatro áreas cerebrais e liberta neurotransmissores – como a dopamina, a oxitocina ou a serotonina –, que provocam a sensação de bem-estar, a empatia e a redução de stress. «O riso é uma boa ferramenta na terapia de grupo. Ajuda-nos a enfrentar traumas porque nos vincula aos outros, reduz a ansiedade e aumenta os níveis de prazer», afirma Luísa Lopes. Por outro lado, descobrimos que o humor está ligado à sobrevivência da espécie humana. «O riso surgiu como uma forma de nos sentirmos unidos e vinculados uns aos outros. É como se fosse uma rede social primordial que, virtualmente, nos conecta», explica o psiquiatra Gustavo Jesus.E se é verdade que rir é inato – e por isso é que os bebés riem antes de falar –, ter sentido de humor é mais complexo. Pode depender de fatores genéticos, do contexto cultural ou de traços de personalidade.Mas, afinal, o que é que nos faz rir? Será verdade que os comediantes são menos animados do que o comum dos mortais? E o que é a ‘matemática do humor’?Entre no debate e não perca este episódio [IN]Pertinente, porque «rir também nos salva».

Sep 18, 2025 • 43min
EP 233 | CIÊNCIA: O que são, afinal, as neurodivergências?
Todos podemos ter 'manias' e hábitos peculiares, mas quererá isso dizer que somos neurodivergentes? No primeiro de quatro episódios dedicados ao tema, a psiquiatra Rute Cajão e Rui Maria Pêgo conversam sobre as patologias do neurodesenvolvimento, desde o diagnóstico aos seus impactos.Em Portugal, mais de um quinto dos portugueses sofre de uma perturbação psiquiátrica e somos o segundo país europeu, a seguir à Irlanda do Norte, a ter mais diagnósticos de doença mental.A partir da noção de ‘neurodiversidade’, a especialista Rute Cajão explica o que é a doença mental, da vertente biológica à dimensão normativa, passando pela evolução do diagnóstico e pelos tratamentos adequados a cada patologia.Em plena era digital, a conversa também alerta para os riscos do autodiagnóstico e do recurso à inteligência artificial para interpretar sintomas, destacando a importância do acompanhamento especializado em ambiente clínico.A dupla aborda ainda o impacto da perturbação mental em contexto familiar, refletindo sobre o papel da família, da escola e do mercado de trabalho na integração de quem sofre de pertubações do foro psiquiátrico.Porque é urgente combater estigmas e encarar a doença mental como um dos grandes desafios da saúde pública da atualidade, não perca este episódio do [IN]Pertinente.LINKS E REFERÊNCIAS ÚTEISSinger, Judith. 2023. «The mother of neurodiversity: how Judy Singer changed the world», The GuardianDurães, Mariana. 2025. «Eles usam o ChatGPT como psicólogo porque 'não julga' e não se cansa. Mas quais os riscos?», Público.ICD-11 for Mortality and Statistics, 2025. Secção 6 «Mental, behavioural or neurodevelopmental disorders», capítulo «Neurodevelopmental Disorders»«Perturbação Mental em Números», Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde MentalSites de centros especializados para fazer diagnóstico de perturbações do neurodesenvolvimento (adultos e crianças):CADin - neurodesenvolvimento e inclusãoAssociação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA Lisboa)Partners in Neuroscience (PIN)BIOSRUTE CAJÃOMédica psiquiatra, é assistente hospitalar de psiquiatria na Unidade Local de Saúde Arco Ribeirinho, EPE. Cofundadora da equipa multidisciplinar e consulta de jovens adultos com patologia grave de início precoce na mesma unidade. Vice-presidente da Secção de Perturbações do Neurodesenvolvimento da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental. RUI MARIA PÊGOTem 36 anos, 17 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão. Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School. Já apresentou programas nos três canais generalistas de televisão, é autor da série satírica «Filho da Mãe» (Canal Q, 2015), e está hoje na Rádio Comercial, com o podcast «Debaixo da Língua».

Sep 11, 2025 • 39min
EP 232 | POLÍTICA - Política e Ética: a virtude ainda é o que era?
João Pereira Coutinho, Professor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica e autor de 'Conservadorismo', explora a relação entre política e ética. Ele discute se a política ainda abriga virtudes, analisando as visões de Aristóteles e Maquiavel. A conversa também toca na posição de James Madison sobre a importância de estruturas constitucionais robustas, além de questionar a moralização excessiva e a tolerância à corrupção na política atual. Uma análise instigante sobre o papel da virtude na sociedade contemporânea.


