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Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

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May 8, 2025 • 45min

EP 214 | ECONOMIA: as nossas decisões são racionais?

Por que razão achamos que um produto mais caro é sempre melhor? E que estratégia devemos seguir numa negociação salarial? Neste episódio, Filipa Galrão e o especialista Diogo Mendes exploram os mecanismos da economia comportamental, para lhe responder a esta e a outras questões.Descubra como o nosso cérebro, longe de ser uma máquina 100% racional, recorre a atalhos mentais que nos levam, muitas vezes, a tomar decisões financeiras pouco sensatas. As empresas conhecem bem essas vulnerabilidades - não é por acaso que a Amazon é hoje a segunda maior empregadora de economistas doutorados nos EUA.Ao longo da conversa, são desvendados alguns dos truques de marketing mais eficazes: o «efeito isco», por exemplo, que explica por que o pacote médio de pipocas no cinema existe apenas para nos fazer comprar o grande; ou a razão pela qual o antigo «leite gordo» passou a chamar-se «leite inteiro», mesmo sem qualquer alteração no produto.Uma conversa essencial para perceber como funciona o comportamento humano e para agir de forma informada na hora de consumir e investir.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISARIELY, Dan, «Predictably Irrational: The Hidden Forces That Shape Our Decisions» (2008, HarperCollins)KAHNEMAN, Daniel, «Thinking, Fast and Slow» (2011, Farrar, Straus and Giroux)HARVARD BUSINESS REVIEW, «How to Answer 'What Are Your Salary Expectations?'» (2023, Harvard Business Review)OBSERVADOR, «As armadilhas mentais que os investidores enfrentam» (2022, Observador)THE STRATEGY STORY, «Economist Magazine: A Story of Clever Decoy Pricing» (2020, The Strategy Story)VOX, «Airport Prices Make No Sense, Except When You Consider the Monopoly Factor» (2023, Vox)BIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics, tendo passado pela London School of Economics e Imperial College London. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Faz parte da equipa de coordenação do programa “Finanças para Todos” com o intuito de promover melhores práticas financeiras em Portugal.Filipa Galrão A Filipa vive no campo, mas é à cidade que vai quando precisa de euforia, seja em festivais de música ou no Estádio da Luz. Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Em pequena, gravava o diário em K7, em graúda agarrou-se aos microfones da Rádio. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho! - e 2 filhos.
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May 2, 2025 • 51min

EP 213 | CIÊNCIA: O lado (in)visível do nosso estilo de vida

Gustavo Jesus, médico psiquiatra com ampla experiência em saúde mental e diretor no Hospital de Vila Franca de Xira, compartilha insights surpreendentes. Ele desafia a ideia de um estilo de vida universal, explicando como o sono é crucial para a saúde do cérebro e revelando o poder do microbioma na saúde mental. Discutem também como fatores socioeconômicos afetam as escolhas de vida e a importância das emoções negativas para o crescimento pessoal. No final, enfatiza-se que cada indivíduo precisa de um estilo de vida adaptado às suas circunstâncias.
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Apr 24, 2025 • 47min

EP 212 | POLÍTICA: A cultura toma sempre partido?

Quando uma canção da Eurovisão se torna senha de uma revolução, percebemos que a fronteira entre cultura e política é mais porosa do que imaginamos. Neste episódio, Manuel Cardoso e o politólogo João Pereira Coutinho exploram esta relação complexa com uma dose generosa de humor e perspicácia.Será possível criar arte apolítica? Existirá uma cultura «de direita» e outra «de esquerda»? E qual o papel do Estado – mecenas, curador ou censor?Da alta cultura aos memes, do cinema de Hollywood aos blogs dos anos 2000, a conversa navega pela forma como a cultura molda – e é moldada por – ideias políticas.Descubra por que razão os vilões do cinema já não são chineses ou como as artes, que influenciaram a Revolução Francesa e os nacionalismos, são hoje condicionadas pelas redes sociais. Um episódio que promete fazer pensar.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBERARDINELLI, Alfonso, «Direita e Esquerda na Literatura» (2021, Âyiné)CARVALHO, Mário de, «Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto» (1995, Caminho)DOUTHAT, Ross, «The Decadent Society: How We Became a Victim of Our Own Success» (2020, Simon & Schuster)KANG, Han, «A Vegetariana» (2017, Dom Quixote)LAMPEDUSA, Giuseppe Tomasi di, «O Leopardo» (2007, Dom Quixote)MIŁOSZ, Czesław, «A Mente Aprisionada» (2018, Cavalo de Ferro)ORWELL, George, «1984» (2021, Antígona)PERL, Jed, «Authority and Freedom: A Defense of the Arts» (2022, Knopf)STEINER, George, «No Castelo do Barba Azul: Algumas Notas para a Redefinição da Cultura» (1992, Relógio D'Água)WILDE, Oscar, «A Intransigente Defesa da Arte» (2022, Guerra & Paz)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  
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Apr 17, 2025 • 45min

EP 211 | SOCIEDADE - Habitação pública: um direito por cumprir

Neste terceiro episódio dedicado à habitação, Hugo van der Ding conversa com a investigadora Alda Azevedo sobre o papel – ainda por cumprir – da habitação pública em Portugal: um direito constitucional desde 1976, mas que continua a aguardar políticas efetivas.Analisam-se as fragilidades das políticas públicas, a degradação e gestão deficiente dos bairros municipais, a estigmatização dos seus residentes e ainda o fenómeno «Not in my backyard»: quando a sociedade apoia a habitação pública em teoria, mas a rejeita nas proximidades da sua residência.Neste contexto, ganha destaque um novo perfil de exclusão que desafia as respostas tradicionais: pessoas com emprego, perfeitamente integradas na sociedade e no mercado de trabalho, mas que, face aos preços inacessíveis, se veem obrigadas a viver em tendas, roulottes ou carros.No entanto, surgem também exemplos de esperança e alternativas viáveis, como o modelo dinamarquês, onde 20% do parque habitacional é acessível e gerido por associações sem fins lucrativos, ou o caso do projeto DASH (Deliver Safe and Social Housing), que junta universidades, municípios e organizações em quatro cidades europeias, incluindo Braga.Uma reflexão que vai além do diagnóstico: aponta caminhos, propõe soluções e desafia-nos a repensar a cidade como um espaço inclusivo – onde a habitação pública possa realmente integrar a malha urbana e dar resposta a necessidades prementes.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, Direito à Habitação (1976, Diário da República)ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, Lei de Bases da Habitação (2019, Diário da República)AGAREZ, Ricardo Costa, «A habitação apoiada em Portugal» (2022, Fundação Francisco Manuel dos Santos)DASH PROJECT, «Decent and Affordable Sustainable Housing» (2023, União Europeia)EXPERTS PROJECT, PER Atlas (2023, Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa)BIOSALDA AZEVEDODoutorada em Demografia pela Universidade Autónoma de Barcelona. É investigadora auxiliar no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa e professora auxiliar convidada no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. É coordenadora do doutoramento em Population Sciences (ULisboa) pelo ICS e membro da Comissão Científica. A sua investigação centra-se no estudo da demografia da habitação, do envelhecimento demográfico e, mais recentemente, no estudo da emigração portuguesa nos EUA.HUGO VAN DER DINGLocutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, também escreve para teatro e, atualmente, apresenta o programa Duas Pessoas a Fazer Televisão na RTP, com Martim Sousa Tavares. 
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Apr 12, 2025 • 44min

EP 210 | ECONOMIA - Investir: entre o medo e o risco calculado

Imagine a sua riqueza a encolher silenciosamente, ano após ano. Não é ficção: é o que acontece ao dinheiro de 70% dos portugueses, «adormecido» em depósitos a prazo.Neste episódio, Filipa Galrão conversa com o especialista em finanças, Diogo Mendes, que nos explica por que motivo apenas 2% dos portugueses investem em ações, enquanto nos países nórdicos essa percentagem está próxima dos 20%.Se formos além da realidade europeia, os contrastes são ainda mais significativos: sem um Estado Social robusto, 62% dos americanos participam no mercado acionista.O que explica estas diferenças? Um fator-chave é precisamente o nível de literacia financeira. Mas há outros: o género, a educação e, naturalmente, o rendimento influenciam as nossas decisões financeiras e o nosso grau de aversão ao risco ao longo da vida.Quer seja um investidor experiente ou alguém que nunca comprou uma ação, junte-se à conversa e aprenda a navegar o mundo dos investimentos com mais conhecimento e confiança.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISBANCO DE PORTUGAL, CMVM, ASF,«4º Inquérito à Literacia Financeira da População Portuguesa» (2023, Todos Contam)CMVM, «Perfil do Investidor» (2023, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários)DECO PROTESTE, «Custos de corretagem: simulação Deco para corretoras online vs. Bancos» (2023, Deco Proteste)EFAMA, «Household participation in capital markets» (2023, European Fund and Asset Management Association)«MONSTER OF WALL STREET», Madoff: The (2023, Netflix)«THE MEASURE OF A PLAN, Investment returns by asset class - Last 50 years» (2023, The Measure of a Plan)«WORLD FEDERATION OF EXCHANGES, Number of listed companies» (2023, Focus World Federation of Exchanges)BIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics, tendo passado pela London School of Economics e Imperial College London. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Faz parte da equipa de coordenação do programa “Finanças para Todos” com o intuito de promover melhores práticas financeiras em Portugal.Filipa Galrão A Filipa vive no campo, mas é à cidade que vai quando precisa de euforia, seja em festivais de música ou no Estádio da Luz. Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Em pequena, gravava o diário em K7, em graúda agarrou-se aos microfones da Rádio. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho! - e 2 filhos.
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Apr 3, 2025 • 50min

EP 209 | CIÊNCIA: Um cérebro analógico viciado num mundo digital

Gustavo Jesus, médico psiquiatra com mais de 10 anos de experiência, discute como a tecnologia, especialmente os smartphones, afeta nossa atenção e saúde mental. Ele revela que a capacidade de concentração das crianças caiu drasticamente e explora como as redes sociais contribuem para aumentos de ansiedade e depressão. A conversa abrange a necessidade de regular o uso de dispositivos nas escolas e os desafios da dependência digital nas relações pessoais. Gustavo ainda reflete sobre o papel da IA na psicoterapia, destacando a importância das interações humanas.
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Mar 28, 2025 • 38min

EP 208 | POLÍTICA - Entre Marte, Vénus e Saturno: o novo mapa do poder

O que acontece quando o mundo muda tanto em tão pouco tempo? Neste episódio, o politólogo João Pereira Coutinho e Manuel Cardoso analisam as dinâmicas que estão a redesenhar o mapa do poder global e que vão constar nos futuros manuais de História.A conversa revisita o famoso «Fim da História», de Fukuyama, que proclamou a vitória definitiva da democracia liberal após a Guerra Fria, e contrasta este otimismo com a visão mais cética de Huntington sobre o choque das civilizações.Explorando a tese de Robert Kagan sobre os americanos serem de Marte e os europeus de Vénus, questiona-se o futuro da NATO, a vulnerabilidade de uma Europa desarmada e o papel da China – essa potência de «Saturno», que parece operar num horizonte temporal bem distinto do ocidental.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISALLISON, Graham, «Destinados à Guerra: Poderão a América e a China escapar à armadilha de Tucídides?» (2017, Gradiva)FASTING, Mathilde, ed., «After the End of History: Conversations with Francis Fukuyama» (2021, Georgetown)FUKUYAMA, Francis, «O Fim da História e o Último Homem» (1992, Gradiva)HUNTINGTON, Samuel, «O Choque das Civilizações e a Mudança na Ordem Mundial» (1996, Gradiva)KAGAN, Robert, «O Paraíso e o Poder: A América e a Europa na Nova Ordem Mundial» (2003, Gradiva)KAPLAN, Robert, «Waste Land: A World in Permanent Crisis» (2023, C. Hurst & Company)KUPCHAN, Charles, «Isolationism: A History of America's Efforts to Shield Itself from the World» (2020, Oxford)BIOSMANUEL CARDOSOÉ humorista e um dos autores do programa de sátira política «Isto É Gozar Com Quem Trabalha», da SIC. Faz parte do podcast «Falsos Lentos», um formato semanal de humor sobre futebol. É o autor da rubrica radiofónica diária «Bem-vindo a mais um episódio de», nas manhãs da Rádio Comercial. Contribui semanalmente para o Expresso, desde 2023, com uma crónica semanal.JOÃO PEREIRA COUTINHOProfessor do Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica, onde se doutorou em Ciência Política e Relações Internacionais. É autor dos livros «Conservadorismo» e «Edmund Burke – A Virtude da Consistência». Ao longo de 25 anos tem assinado artigos na imprensa nacional e é colunista do diário brasileiro «Folha de S. Paulo», o maior jornal da América Latina.  
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Mar 21, 2025 • 47min

EP 207 | SOCIEDADE - Habitação: o novo luxo português?

O que está na origem da atual crise da habitação em Portugal? Neste episódio, a demógrafa Alda Azevedo e Hugo van der Ding analisam as causas e consequências de um problema que afeta a vida de tantas pessoas.Afinal, qual foi o contributo dos vistos gold, do alojamento local, dos fundos de investimento estrangeiros ou do Estatuto de Residente Não Habitual? E como aumentar a oferta disponível, nomeadamente entre as casas que já existem, mas continuam vazias?Com dados concretos e exemplos internacionais, discute-se como Portugal chegou a liderar o ranking da OCDE em dificuldade de acesso à habitação, com preços que aumentaram 106% entre 2015 e 2023.De forma inevitável, este aumento vertiginoso traduziu-se no adiamento da saída dos jovens de casa dos pais, na impossibilidade de muitos casais terem filhos ou de se divorciarem, e ainda na descaracterização dos centros históricos - muitas vezes, verdadeiras 'Disneylands' para turistas.Mas este problema tão português é, também ele, global e as medidas adotadas noutros países podem trazer novas perspetivas sobre a realidade portuguesa. Uma reflexão que este episódio aprofunda e contextualiza, no sentido de compreendermos o papel das decisões políticas e o que pode ser feito para garantir um futuro habitacional mais justo e acessível.REFERÊNCIAS ÚTEISAZEVEDO, Alda B. & SANTOS, João P., «Barómetro da Habitação» (2023, Fundação Francisco Manuel dos Santos)AZEVEDO, Alda B.; LÓPEZ-COLÁS, Julián; MÓDENES, Juan A., «Is living in the parental home a housing decision? Southern Europe's young working adults from a comparative perspective» (2021, Revista de Demografía Histórica-Journal of Iberoamerican Population Studies)GONÇALVES, Duarte; PERALTA, Susana; PEREIRA DOS SANTOS, João, «Short-Term Rental Bans and Housing Prices: Quasi-Experimental Evidence from Lisbon» (2022, IZA Discussion Papers)PEREIRA DOS SANTOS, João; STROHMAIER, Kristina, «All that glitters? Golden visas and real estate» (2024, EU Tax Observatory Working Paper)BIOSALDA AZEVEDODoutorada em Demografia pela Universidade Autónoma de Barcelona. É investigadora auxiliar no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa e professora auxiliar convidada no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas. É coordenadora do doutoramento em Population Sciences (ULisboa) pelo ICS e membro da Comissão Científica. A sua investigação centra-se no estudo da demografia da habitação, do envelhecimento demográfico e, mais recentemente, no estudo da emigração portuguesa nos EUA.HUGO VAN DER DINGLocutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, também escreve para teatro e, atualmente, apresenta o programa Duas Pessoas a Fazer Televisão na RTP, com Martim Sousa Tavares. 
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Mar 14, 2025 • 39min

EP 206 | ECONOMIA - Literacia financeira: no poupar é que está o ganho?

Quanto estaria disposto a pagar por um bilhete para um grande jogo de basquetebol? E será que o método de pagamento – dinheiro físico ou cartão – influencia essa decisão?Neste episódio, Filipa Galrão e o especialista em finanças Diogo Mendespartilham estratégias para criar um orçamento familiar equilibrado, incluindo a regra 50/30/20 e a técnica «Pay Yourself First» – capazes  de transformar as nossas fragilidades psicológicas numa motivação para poupar.À boleia da neurociência, exploram ainda como a desmaterialização do dinheiro está a transformar os nossos hábitos de consumo.Se quer saber como passar de um gasto de 72 para 4 euros num ano, mas ainda acha que «no poupar é que está o ganho», então esta é mesmo a conversa certa para si.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISWARREN, Elizabeth & TYAGI, Amelia Warren, «All your worth: The Ultimate Lifetime Money Plan», 2005, Free Press. (livro que populariza a regra 50/30/20)PRELEC, Drazen & SIMESTER, Duncan, «Always Leave Home Without It: A Further Investigation of the Credit-Card Effect on Willingness to Pay», 2001, Marketing LettersBANKER, Sachin & Prelec, Drazen, «How credit cards activate the reward center of our brains and drive spending», 2021, MIT Sloan«Mais de metade dos portugueses têm serviços de streaming», jornal Público (Marktest)«Salário médio subiu para 1142€», Rádio RenascençaRelatório do 4º Inquérito à Literacia Financeira da população portuguesaBIOSDiogo MendesProfessor de Finanças na Stockholm School of Economics. Doutorou-se em finanças pela Nova School of Business and Economics, tendo passado pela London School of Economics e Imperial College London. Tem investigação nas áreas de literacia financeira, finanças da empresa e economia do desenvolvimento. Faz parte da equipa de coordenação do programa “Finanças para Todos” com o intuito de promover melhores práticas financeiras em Portugal.Filipa Galrão A Filipa vive no campo, mas é à cidade que vai quando precisa de euforia, seja em festivais de música ou no Estádio da Luz. Estudou Comunicação Social e Cultural na Universidade Católica. Em pequena, gravava o diário em K7, em graúda agarrou-se aos microfones da Rádio. Depois da Mega Hits e da Renascença, é agora uma das novas vozes da Rádio Comercial. Já deu à luz 1 livro infantil - Que Estranho!- e 2 filhos.
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Mar 7, 2025 • 49min

EP 205 | CIÊNCIA - Doença mental: do prazer ao vício

O que acontece quando os mecanismos cerebrais que nos ajudam a sobreviver são sequestrados por substâncias ou comportamentos?  Neste episódio, o psiquiatra Gustavo Jesus e Rui Maria Pêgo exploram a ciência das adicções, relevando o que acontece no cérebro quando o prazer se transforma em vício.Nesta conversa, explica-se o funcionamento do «circuito da recompensa» e de que forma a dopamina e o glutamato criam hábitos que se tornam compulsões. Da tolerância à abstinência, esclarecem-se os critérios que definem uma verdadeira dependência e exploram-se dados preocupantes sobre consumos contemporâneos.Pelo caminho, desmistifica-se a canábis – muitas vezes vista como inofensiva, mas cujas variedades de alta potência têm aumentado casos de psicose – e fala-se sobre a ameaça crescente das apostas online, que já levaram quase 300 mil portugueses a pedir autoexclusão de plataformas de jogo.Sem esquecer o tema dos psicadélicos ou o papel-chave da comunidade na recuperação, este é um episódio que nos mostra como, numa sociedade de consumo e de gratificação imediata, compreender a neurobiologia das adições nos pode ajudar a combater tanto o estigma, como a dependência.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISKAUER, Julie A. & MALENKA, Robert C., «Synaptic plasticity and addiction» (2007, Nature Publishing Group)MYRAN, D. T. et al., «Changes in Incident Schizophrenia Diagnoses Associated With Cannabis Use Disorder After Cannabis Legalization» (2025, JAMA Network Open)FELTENSTEIN, M. W., SEE, R. E., FUCHS, R. A., «Neural Substrates and Circuits of Drug Addiction» (2021, Cold Spring Harbor Perspectives in Medicine)CARAPINHA, Ludmila et al., «Comportamentos Aditivos aos 18 Anos: Inquérito aos Jovens Participantes no Dia da Defesa Nacional» (2022, Sicad)KELMENDI, B., KAYE, A. P., PITTENGER, C., KWAN, A. C., «Psychedelics» (2022, Current Biology)EMCDDA, «Understanding Europe's drug situation in 2024 – key developments» (2024, European Union Drugs Agency)CARAPINHA, Ludmila & LAVADO, «Emília, Consumo Problemático/Alto Risco» (2023, Sicad)BALSA, Casimiro et al., «V Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral» (2022, Sicad)GRUPO ESPAD, «The European School Survey Project on Alcohol and Other Drugs» (2019, ESPAD GROUP)TORRES, Anália et al., «Inquérito Nacional sobre Comportamentos Aditivos em Meio Prisional» (2014, Sicad)Aplicação «I Am Sober»BIOSRUI MARIA PÊGOTem 35 anos, 16 deles passados entre a rádio, o teatro e a televisão.Licenciado em História pela Universidade Nova de Lisboa, e mestre em Fine Arts in Professional Acting pela Bristol Old Vic Theatre School.GUSTAVO JESUSMédico psiquiatra e trabalha há mais de 10 anos no PIN – Partners in Neuroscience. É atualmente diretor de Serviço no Hospital de Vila Franca de Xira, professor na Católica Medical School e membro da direção da SPPSM. Publicou artigos e trabalhos científicos, participou em livros técnicos e em muitas iniciativas de divulgação das neurociências clínicas, como forma de aumentar a informação e mitigar o estigma associado às doenças mentais.

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