Podcast da Semana

Gama Revista
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Nov 20, 2022 • 34min

Erich Beting: “A gente nunca chegou tão atrasado para uma Copa”

A forte tensão das últimas eleições fez atrasar a nossa conexão com a Copa do Mundo do Qatar, que começa dia 20 de novembro. O resultado foi que as marcas também demoraram um pouco mais do que o esperado para lançarem suas campanhas relacionadas ao tema.“As marcas esportivas aquecem o nosso aperitivo para a Copa”, diz o jornalista Erich Beting, lembrando que as ações publicitárias servem também como impulsionadoras do evento. “Mas não tinha sentido como estratégia soltar as campanhas antes das eleições, que ainda por cima tiveram o maior clima de jogo de futebol.”Belting é criador do Máquina do Esporte, um veículo especializado em negócios do esporte. Em seu canal, ele traz notícias relacionadas a patrocínios, ações de marketing e opinião. Nesses últimos anos, ele vem acompanhando as mudanças pelas quais passam as relações entre atletas e patrocinadores. Já que hoje ambas as partes são cobradas publicamente por seus posicionamentos. “As entidades esportivas, as marcas e os atletas são agentes transformadores da sociedade”, ele diz.
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Nov 13, 2022 • 25min

Thiago Amparo: "Política também é sobre emoções"

Ativo no Twitter, colunista da Folha de S.Paulo, o advogado Thiago Amparo está totalmente exposto às altas emoções da política, aos debates nas redes, ao comportamento de eleitores e à opinião pública.“A gente acha que política deveria ser um exercício racional, com eleitores decidindo de acordo com supostas visões racionais do que seria melhor pra eles”, diz a Gama. “Mas especialmente no mundo de hoje não é assim. A política é um lugar de articulação de emoções.”Amparo é advogado e professor da FGV Direito SP (Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas). Doutor pela Central European University (Budapeste), ele escreve sobre direitos e discriminação. Atualmente, está em Nova York, como pesquisador visitante na Universidade de Columbia. Foi de lá que ele conversou com Gama.Para o Podcast da Semana, ele falou sobre como o medo faz parte de uma estratégia usada pela política, sobre a sua relação com o Twitter e sobre o o momento atual de políticos e eleitores após um turbilhão de emoções.
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Nov 6, 2022 • 33min

Tai Castilho: ‘A pessoa desesperada por independência é muito dependente’

A importância da independência financeira para ter um relacionamento saudável, como ser independente quando se tem filhos, o que fazer com o ciúme do outro quando se é dono do próprio nariz são alguns dos temas desta edição do Podcast da Semana, que entrevista a psicoterapeuta de casal e família Tai Castilho.Fundadora do Instituto de Terapia Familiar de São Paulo (ITF), e douranda em psicologia clínica da Universidade de Coimbra, ela defende que ser autônomo tem a ver com ter desejos próprios, e não pegar emprestado os dos outros. “A gente não ficou no desejo do pai, ou da mãe e transferiu para o marido ou para mulher. É a gente que é desejante”, afirma na entrevista. Ela discute a ideia da abertura dos relacionamentos para formatos não monogâmicos na tentativa de se ter mais independência.Castilho também comenta o aspecto financeiro: quando se tem independência nessa área é mais fácil alcançar uma autonomia real, especialmente no caso das mulheres. E dá uma dica: fuja da conta conjunta. é um erro colossal.
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Oct 30, 2022 • 24min

Nilson Sibemberg: ‘Os adolescentes estão buscando um conceito que os defina’

Quando chega a adolescência, é como se os jovens deixassem de contar com uma bússola orientada pelos pais e tivessem que traçar seu próprio caminho. “Eles vão buscar um conceito que os defina, que defina sua identidade. Estão descobrindo o corpo e o desejo”, diz a Gama o psiquiatra e psicanalista Nilson Sibemberg, entrevistado do Podcast da Semana.Sibemberg é membro da Associação Psicanalítica de Porto Alegre, do Instituto APPOAe do coletivo Psiquiatria, Democracia e Cuidado em Liberdade.Na conversa sobre questões de gênero e sexualidade na adolescência, ele trata dessa intensa investigação pessoal típica desse período, fala da influência das redes sociais e do papel dos pais diante de novos valores trazidos pelos filhos.“Os pais são de uma geração em que a questão binária é muito forte e é muito difícil para se desfazerem das referências culturais que têm e do invólucro que deram para o seu corpo e desejo”, diz. “Escutar os adolescentes tem efeitos importantes para ambas as partes.”
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Oct 23, 2022 • 26min

Camila Fremder: 'Os 40 são um lugar de alívio'

A podcaster e escritora Camila Fremder tem uma receita pra passar melhor pela crise dos 40: falar e ouvir sobre suas nóias. Convidada do Podcast da Semana, ela conta que a maternidade foi um bom treino para enfrentar essa década da vida. “Eu só encontrava exemplos plásticos, muito diferentes da minha experiência”, conta a Gama. E por isso resolveu procurar exemplos mais parecidos com os seus e fugir da idealização, se informar sobre o que sentia, trocar ideia com quem passa pelo mesmo.Apresentadora dos podcasts É Nóia Minha e Calcinha Larga e autora de livros como “Adulta Sim, Madura nem Sempre” (Paralela, 2018), “Como Ter uma Vida Normal Sendo Louca” (Harper Collins 2019) e “Enfim 30 – Um livro para não entrar em crise” (Paralela, 2015), os dois últimos com Jana Rosa, ela diz que os 40 são um lugar de alívio porque, afinal, já “aprendeu” a ser adulta – e sofreu – aos 30. O que mais pega na faixa etária é a sensação física: “Eu preciso comer bem, preciso de uma cadeira boa. Mas a parte estética não me incomoda. Tenho uma cicatriz da cesárea, eu tive um filho, mas vejo como novos sinais do meu corpo”, diz ela, que comenta ainda sobre os dramas do empoderamento dos fios brancos.Ao Podcast da Semana, Camila Fremder comenta ainda sobre os clichês dos 40: não acredita que seja hora de mudar invariavelmente, mas diz que é o momento de se falar o que se quer sim e de dar atenção apenas às pessoas que valem a pena. “Já perdemos tanto tempo com amigos nada a ver aos 20, pra que agora?”.
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Oct 16, 2022 • 31min

Aline Odara, do fundo Agbara: 'O maior desafio da filantropia negra é a falta de confiança'

A falta de confiança e a burocracia são dois dos maiores entraves para a filantropia negra no Brasil hoje. A avaliação é de Aline Odara, diretora-executiva e cofundadora do fundo Agbara, que significa força e potência em iorubá e tem como missão dar acesso a direitos econômicos a mulheres negras de todo o Brasil.“Tivemos que hackear o campo da filantropia como mulheres negras e periféricas para nos inserir. É um campo muito promissor porque não precisamos convencer ninguém de que o racismo existe. Já há um consenso. Por outro lado, falta confiança no campo. As doações geralmente são feitas para quem é parecido. E nós não somos”, afirma na entrevista ao Podcast da Semana.Aline conta a história da criação do fundo Agbara, que nasceu de uma experiência pessoal sua na pandemia. “Foi muito potente ter a garantia de recursos mensalmente. Consegui planejar minha vida, pensar para além do material imediato, e ajudar a minha família, que estava passando por muita dificuldade financeira. Tudo isso foi muito potente, pensei: ‘Como é bom ter dinheiro'”, conta.A Gama, Odara relata ainda sua visão sobre a filantropia no Brasil e como esse campo pode crescer por aqui.
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Oct 9, 2022 • 29min

Ciúme entre irmãos: 'Ninguém gosta de se sentir excluído'

Quando uma criança chega em uma família, o ciúme aparece. Seja por parte dos irmãos mais velhos, dos avós, dos tios e até dos pais. Aos poucos, o bebê vai tendo contato com esse sentimento.Como ensinar os mais jovens lidar com essa realidade para, no futuro, serem adultos mais autoconfiantes. Como ajudar irmãos a resolverem aqueles embates típicos do dia a dia.É esse tema do Podcast da Semana com a psiquiatra clínica e terapeuta individual, de casal e família, Rosane Esquenazi. Ela é coautora dos livros “Terapia Familiar na Prática” (Appris, 2020) e “Cuidados Compartilhados na Pandemia” (Hucitec Editora, 2022) e faz parte do projeto Materialistas Anônimos do rabino Nilton Bonder.Nesta episódio, ela fala sobre ciúme entre irmãos: a necessidade dos pais entenderem como lidam com esse sentimento, para então ajudarem os filhos. E dá caminho para famílias encararem o ciúme de maneira que ele seja uma oportunidade de crescimento e autoconhecimento.
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Oct 2, 2022 • 23min

Mathias Alencastro: 'O grande desafio das democracias é a emergência climática'

A crise das democracias a que assistimos hoje em diferentes partes do mundo se deve a três fatores: à tecnologia; ao choque do capitalismo, a partir de 2008; e à emergência climática. Essa última é o maior desafio que as democracias ao redor do globo enfrentam hoje, de acordo com o cientista político Mathias Alencastro, convidado desta edição do Podcast da Semana.Doutor pela Universidade de Oxford, na Inglaterra, e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) ele avalia que, no Brasil, o governo Bolsonaro colocou a Amazônia como assunto central do país frente à comunidade global por seu projeto de destruição. Nos EUA, o desastre ambiental causado pelo furacão Ian na Flórida deve fazer emergir uma nova figura política fundamental para a extrema direita. Na Europa, todo o sistema de produção industrial deve ser repensado, mudar a vida das pessoas e dar novas oportundiades à extrema direita, afirma a Gama.Colunista da Folha de S.Paulo e professor da Universidade Federal do ABC, Alencastro lembra que essa não é uma crise sem precedentes, mas que repete origens do fascimo dos anos 1930 e do militarismo dos anos 1960. O populismo, segundo ele, faz parte da arte da democracia, mas também pode ter peso sobre as ameaças que pairam sobre ela.Ele comenta as eleições da Itália e relciona a era Silvio Berlusconi e o seu “Bunga Buga”, as orgias promovidas pelo então presidente da Itália, com os discursos sobre virilidade de Jair Bolsonaro: “Parecia uma figura folclórica mas era uma espécie de janela para o futuro”. Comenta ainda o exemplo da Venezuela, que considera ímpar no cenário geopolítico.Por fim, Alencastro afirma também que estabilidade não é algo inerente à democracia, considerando que é um processo contínuo de construção.
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Sep 25, 2022 • 32min

Néli Pereira, bartender: 'A sabedoria indígena põe o Brasil na vanguarda das plantas'

Você deve ter ouvido falar sobre a tendência de usar ingredientes nativos na gastronomia: na útlima década, de restaurantes estrelados a pesquisadores como Michael Pollan, o jornalista que virou espécie de guru de foodies nos quatro cantos do mundo, muita gente tem falado da importância de usar o que é próprio de uma região na alimentação de seu povo. Pois sabia que o Brasil está silenciosamente nessa vanguarda? E graças à sabedoria dos povos originários. Quem defende essa ideia é a pesquisadora, bartender e escritora Néli Pereira, a convidada desta edição do Podcast da Semana.Em entrevista a Gama, Pereira, que acaba de lancar o livro “Da Botica ao Boteco – Plantas, garrafadas e a coquetelaria brasileira“, fala sobre o uso dos botânicos nativos na confecção de bebidas, desde a sua história – de como saíram do status de medicinal apenas para virar ingrediente gastronômico –, até como adentrar esse mundo, com dicas de que ervas, cascas e plantas escolher para uma primeira receita. “A gente tem o olhar destreinado. Mas vale dar uma volta na quadra e ver se não tem um boldo tentando nascer, uma carqueja… A gente é um pouco analfabeto para isso, não sabe olhar e reconhecer”, afirma.Ao Podcast da Semana, Néli Pereira fala também sobre a nossa resistência ao sabor amargo, sobre alguns preconceitos que podem rondar ingredientes (a exemplo da catuaba) e de como as garrafadas, no fundo, são coquetéis. “Foram minha porta de entrada, foi com elas que passei a me interessar pelo mundo dos botânicos”, diz.
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Sep 18, 2022 • 34min

Mayumi Sato: "Existe compromisso no relacionamento aberto"

Você já pensou em propor um relacionamento aberto, não-monogâmico para a sua parceira ou parceiro? Cada vez mais em evidência, o assunto gera debates nas redes. "Não daria para pensar em relacionamento aberto sem o feminismo e todo esse debate de liberdades individuais e automia", diz Mayumi Sato, entrevistada do Podcast da Semana.Ela é colunista da Universa Uol, onde escreve sobre sexualidade e já participou de um Ted X falando sobre relacionamento não-monogâmico. Sato é também sócia e diretora da eSapiens, empresa brasileira que reúne aplicativos para adultos à procura de encontros sexuais. O principal deles é o Sexlog, rede social de encontros sexuais e swing que, segundo dados da empresa, conta com mais de 17 milhões de pessoas cadastradas.Ela é também uma das idealizadoras do Sex Summit, evento direcionado ao mercado adulto, que aconteceu em agosto de 2022, e onde foi possível conhecer algumas tendências dessa área, sobre as quais ela também fala no Podcast da Semana. "Uma das mudanças dos últimos anos é um reposicionamento do mercado adulto. Se antes só se falava de prazer, sexo e orgasmo, hoje fala-se de autocuidado, autoconhecimento e sobre curtir e entender o nosso corpo" diz.

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