Podcast da Semana Fayda Belo, advogada: ‘A lei foi criada para ajudar os homens e oprimir as mulheres’
Jul 17, 2022
31:43
“A lei foi criada para ajudar os homens e oprimir as mulheres.” A afirmação é de Fayda Belo, advogada especialista em crimes de gênero, direito antidiscriminatório e feminicídios ao Podcast da Semana na edição sobre aborto. Ela acredita que o fato de o Brasil ter sido colonizado sob uma lógica cristã é o que interfere hoje na maneira como o país conduz a discussão sobre o aborto. “Isso faz com que até hoje o tema do aborto seja impossível de se pôr na mesa. O Brasil está mais alinhado ao lado de punir o aborto.”
Belo acredita que ainda há um longo caminho para chegarmos a leis que vejam as mulheres como donas de seus corpos e que, para isso, é preciso votar em políticos, no Legislativo, que sejam comprometidos com a causa, ou que a população se mobilize para levar a pauta à mesa do Congresso. Ela descarta a possibilidade da questão ser votada pelo STF, como foi o caso de outras pautas importantes para a sociedade como o casamento de pessoas LGBTQIA+.
Fayda Belo comenta ainda o caso da menina de Santa Catarina que estava grávida aos 11 anos e mesmo assim convencida a não ter seu aborto legal realizado pela juíza que cuidou de seu caso. Segundo ela, a questão não era para ter seguido para a Justiça porque o direito ao aborto está assegurado para vítimas de violência sexual por lei.
Acesse a Semana "Vamos falar sobre aborto?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/vamos-falar-sobre-aborto.
Belo acredita que ainda há um longo caminho para chegarmos a leis que vejam as mulheres como donas de seus corpos e que, para isso, é preciso votar em políticos, no Legislativo, que sejam comprometidos com a causa, ou que a população se mobilize para levar a pauta à mesa do Congresso. Ela descarta a possibilidade da questão ser votada pelo STF, como foi o caso de outras pautas importantes para a sociedade como o casamento de pessoas LGBTQIA+.
Fayda Belo comenta ainda o caso da menina de Santa Catarina que estava grávida aos 11 anos e mesmo assim convencida a não ter seu aborto legal realizado pela juíza que cuidou de seu caso. Segundo ela, a questão não era para ter seguido para a Justiça porque o direito ao aborto está assegurado para vítimas de violência sexual por lei.
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