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Lucas Abreu
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Apr 10, 2025 • 1h 14min

O poder das conexões com Rodrigo Terron

Rodrigo Terron é a definição de “Pessoa Legal” (espécie em extinção). Ele não quer ser melhor do que ninguém, é muito aberto e têm uma pré-disposição quase que estranha de tentar ajudar. Ele representa uma geração de empreendedores tech que construíram seu caminho sem conexões privilegiadas ou o pedigree tradicional.De operador de telemarketing a fundador de múltiplas empresas, Terron é uma figura relevante do ecossistema tech nacional. Em seu mais recente episódio, ele compartilha sua trajetória desde a fundação da Shawee (posteriormente adquirida pela Digital House), passando pela turbulenta experiência como sócio da Los Grandes (organização de eSports), até seu atual empreendimento, a NewHack - uma plataforma de investimento, educação e fomento para fundadores técnicos.Escute no Spotify, Apple Podcasts ou Youtube.Este episódio só é possível graças aos nossos parceiros:* Salvy: A operadora que está revolucionando a telefonia para empresas. (https://www.salvy.com.br/startups)* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br/)Principais Insights1. Evento é uma festaTerron revela como transformou o modelo de hackathons da Shawee em um poderoso instrumento de networking e desenvolvimento de negócios. Ao invés de simplesmente executar eventos para clientes corporativos, a Shawee utilizava-os como plataformas estratégicas de relacionamento."Eu descobri que o hackathon era alguém, alguma corporação me contratando para organizar uma festa e eu decidi que ia para festa... eu decidia quem eram os participantes, os mentores, os jurados, os patrocinadores", explica Terron. O poder de organizar eventos é muito grande. Aplicação prática: Empreendedores devem enxergar eventos não apenas como produtos ou serviços, mas como ativos estratégicos de desenvolvimento de rede. A curadoria intencional de participantes e conexões pode gerar um "gatilho de gratidão" e estabelecer sua marca como mediadora de valor no ecossistema.2. Vender para B2B Um diferencial significativo da Shawee foi sua capacidade de entender e navegar pelas complexas estruturas de grandes corporações. Terron descreve como evoluiu de vender para apenas um departamento para criar estratégias multissetoriais dentro das empresas."Você tem que entender como o orçamento funciona. Quem é o dono do dinheiro ou dos dinheiros... Eu entrava no Itaú e o marketing me procurou. Mas eu falava: se eu fazer esse evento só com o dinheiro do marketing vai ficar pequeno, porque o marketing tem só 50.000. Vou procurar o RH também... Aí, quando atingia um resultado, eu virava e falava: 'Quem são os maiores gastos do Itaú de tecnologia? Vamos chamar eles pra ser parceiro.'" Navegar o B2B é uma ciência só e uma forma de amplificar o impacto de orçamento. Aplicação prática: Para empresas B2B, especialmente as que vendem para corporações, é importante mapear os centros de orçamento e construir estratégias para ampliar o escopo e valor de seus contratos. 3. O Paradoxo da Experiência Prévia em Novos MercadosApesar da expertise em tecnologia e construção de comunidades, Terron teve períodos complexos ao entrar no mercado de eSports com a Los Grandes. A falta de conhecimento específico do setor culminou em problemas significativos, incluindo uma dívida de 7 milhões de reais . "Um aprendizado grande é tomar cuidado para não entrar com muita intensidade numa coisa que você não conhece tão bem. Até então, na minha carreira, tudo o que eu ia fazendo tinha muito conhecimento. Eu fui para a indústria de eSports e não conhecia nada. Tomei boas decisões, mas tomei péssimas decisões."Aplicação prática: Quando explorando novos mercados, é preciso equilibrar a ambição com uma abordagem de descoberta disciplinada. Ter especialistas do setor e limites claros para investimentos iniciais é mandatório. Como o Terron disse, ele saiu de “milionário para endividado”. 4. Resiliência Operacional em Tempos de CriseA narrativa de quase-colapso e ressurgimento da Los Grandes oferece um estudo de caso sobre gestão de crise e comunicação transparente. Terron descobriu que manter canais abertos com credores e parceiros, mesmo em situações difíceis, foi fundamental para a recuperação. Um fornecedor relatou: "Sempre que você vinha fazer um call comigo, você me explicava tudo, você me dava contexto... Eu entendia por que o problema estava acontecendo. E cara, eu resolvi o meu problema, vocês resolveram, pagaram... Se você precisar de alguma coisa, eu trabalho com você sem medo."Aplicação prática: Comunicação é confiança. Contextualize os desafios, apresente planos claros de recuperação e mantenha relacionamentos intactos, pois estes serão essenciais para a reconstrução.5. A Tese do "Tech Founder" e a Democratização do Empreendedorismo TecnológicoCom a NewHack, Terron está criando um modelo de venture capital que desafia o perfil tradicional do empreendedor ideal. Seu foco está em desenvolvedores técnicos que identificam problemas específicos e os transformam em negócios, mesmo sem credenciais convencionais."A gente tá olhando para esse perfil do tech founder, que é o cara que está olhando para empreender em qualquer segmento do mercado, mas com uma perspectiva um pouco mais de base tecnológica... Tem um espaço para uma nova geração de empreendedores que ficaram um pouco menos óbvios."Capítulos(0:00) Introdução(2:10) A fundação da Shawee e a importância do Hackathon(7:15) Como vender para grandes empresas e navegar em corporações (12:30) O hackathon como estratégia de networking e posicionamento (18:00) A fusão com a Rocketseat e o desafio de escalar rápido (24:40) Profissionalização da gestão e estruturação de liderança (31:00) Venda da empresa e chancela como marco na carreira (36:30) Entrada no mercado de eSports e os erros cometidos (43:10) Crise, dívida milionária e como reverter o jogo (50:00) A força das conexões nos momentos de dificuldade (54:30) Reaprendizados e o peso da responsabilidade como founder (59:10) O nascimento do NewHack e a nova visão de negócios (1:03:00) Aprender fazendo: de volta à operação e ao conteúdo (1:08:00) Reflexões sobre timing, reputação e impacto This is a public episode. 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Apr 1, 2025 • 57min

Construindo uma fintech no WhatsApp

Luiz Ramalho é o fundador da Magie, um banco no WhatsApp (que sou heavy user). Ela atua sobre duas infraestruturas no cerne do dia-dia do brasileiro: o PIX e o WhatsApp, que alcança 92% da população. A Magie foi uma das primeiras experiências de “agente” no WhatsApp. Neste episódio, exploramos os fundamentos por trás da Magie, discutimos o papel da IA como infraestrutura conectiva e avaliamos por que o Brasil pode estar se tornando o maior laboratório de inovação em mensageria do mundo.Escute no Spotify, Apple Podcasts ou Youtube.Este episódio só é possível graças aos nossos parceiros:* Salvy: A operadora que está revolucionando a telefonia para empresas. (https://www.salvy.com.br/startups)* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br/)Principais Insights1) Engenharia de Interfaces entre Redes ExistentesA proposta da Magie vai além da automação: ela cria interoperabilidade entre redes estabelecidas. Como resume Ramalho: “Conectamos o WhatsApp ao PIX sem depender de nenhum dos dois fazer adaptações — apenas transformando texto em ordem de pagamento.” IA atua como ponte inteligente entre sistemas populares, mas isolados.Implicação: Soluções vão surgir não somente da construção de novas redes, mas da redução de fricção entre plataformas já massificadas. Contraposicionamento Estratégico com IncumbentesA Magie exemplifica o conceito de counter positioning, formulado por Hamilton Helmer do 7 powers: um modelo de negócio que players dominantes não conseguem adotar sem comprometer sua base atual de receita.Enquanto bancos incentivam o uso de seus próprios apps para maximizar cross-selling, a Magie opera nativamente no WhatsApp — onde os usuários já estão.Implicação: A diferenciação mais poderosa não está em tecnologia superior, mas também em modelos de negócios que criam dilemas estratégicos para incumbentes. Atendimento como diferencialDesde o MVP, a Magie operou pagamentos manualmente para entender padrões de uso antes da automação (João, co-founder, era a Magie rs). Hoje, para permanecer próximo dos clientes, eles mantém um grupo de WhatsApp com quase mil clientes ativos, e o próprio CEO responde diretamente aos usuários.Implicação: Atendimento não é apenas suporte — é um radar estratégico. O contato direto com o usuário revela problemas reais antes que eles se tornem estatísticas. O que parece pouco escalável pode ser o que mais escala inteligência. Falei sobre isto no artigo Como a Obsessão pelo Cliente Transforma Negócios. Nele tem o case da Magie. A Economia da Inteligência Tendendo a ZeroRamalho propõe uma provocação: “Assuma que o custo marginal da inteligência vai tender a zero, como aconteceu com a eletricidade.” Isso muda a lógica de produto: o foco não deve ser “o que automatizamos com ROI positivo hoje”, mas “quais conexões criaríamos se inteligência não custasse nada”.Implicação: Mapeie dois caminhos - um com as restrições de hoje, outro com abundância futura. As empresas que se posicionarem desde já para esse segundo cenário colherão vantagens desproporcionais.O Brasil como Arbitragem Estratégica em FintechCom menor competição, custos operacionais reduzidos e infraestrutura pública sofisticada (PIX, Open Finance), o Brasil oferece uma boas oportunidades. O país se consolidou como laboratório de mensageria — o WhatsApp atinge 92% da população, versus 42% nos EUA e 55% na Índia.Implicação: Fundadores brasileiros estão em posição única para exportar soluções baseadas em WhatsApp. Gestão de Risco em Plataformas MonopolistasConstruir dentro do WhatsApp trouxe adoção rápida à Magie, mas também riscos: limitações de design, regras opacas da Meta e ausência de suporte direto. “Você está jogando com as regras deles — e elas podem mudar a qualquer momento,” alerta Ramalho.Implicação: Produtos que dependem de plataformas dominantes devem desenvolver ativos próprios (marca, comunidade, dados), diversificar canais de aquisição e se preparar para mudanças abruptas.Inversão como Framework DecisórioInspirado por Charlie Munger, Ramalho aplica o princípio da inversão no desenvolvimento de produto: “Ao invés de perguntar por que a empresa vai dar certo, pergunto o que faria ela dar errado.” Essa abordagem expõe riscos ocultos e melhora a alocação de recursos.Implicação: Institucionalize a inversão como prática de planejamento. Forçar times a nomear falhas potenciais fortalece a antifragilidade de produtos e decisões estratégicas.Teste a Magie: https://magie.com.br/O WhatsApp como Ecossistema Global em FormaçãoO caso da Magie não é isolado. O Brasil abriga startups que transformam o WhatsApp em infraestrutura crítica:* ChatClass: Educação popular via WhatsApp* Felix Pago: Remessas internacionais sem fricção* BeConfident: Ensino de idiomas contextualizadoImplicação: O Brasil pode ser para o WhatsApp o que Israel foi para a cibersegurança. Fundadores que entenderem as dinâmicas locais e criarem produtos nativos para essa interface terão vantagem global conforme a adoção aumenta em outros países.Saiba mais neste artigo: Capítulos: (0:00) Introdução (3:10) Origem do nome Magie e a conexão com magia e Monopoly (6:00) Como a IA transforma áudios e mensagens em pagamentos (9:20) MVP manual e os aprendizados da fase inicial (12:00) Diferenciação contra grandes bancos(15:30) Estratégia de inovação e os dilemas dos incumbentes(18:45) O Brasil como terreno fértil para inovação(21:10) Obsessão por experiência do cliente (25:00) Open Finance e desafios técnicos com bancos (28:00) IA como infraestrutura para colar redes (31:40) WhatsApp como plataforma: vantagens e limites (36:10) O futuro da IA e o custo da inteligência caindo (40:00) Paradigmas de desenvolvimento com IA (43:50) Curadoria humana e aprendizado de máquina (46:00) Limitações e aprendizados de criar dentro do WhatsApp (49:00) O mito de "parceria com o WhatsApp" e conselhos para founders (51:00) A cultura de ajuda entre founders (53:00) Modelos mentais e a importância de pensar invertido (56:00) Considerações finais e convite para usar a Magie This is a public episode. 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Mar 26, 2025 • 1h 7min

Humildade, Vendas e Saúde: A jornada de Claudio Mifano

Claudio Mifano é cofundador da Livance, uma startup que oferece infraestrutura como serviço para médicos e profissionais de saúde. A empresa cria espaços e serviços inovadores que permitem a esses profissionais se dedicarem integralmente aos seus pacientes. A empresa já levantou mais de 100 milhões de reais com fundos como Monashees, Astella, Green Rock, Terracotta e Mago Capital. Neste episódio, exploramos como ele transitou de investidor para empreendedor na área da saúde, abordando desde a importância de viver a dor do cliente até a construção de uma cultura que valoriza feedback. Conheço o Mifano há anos e para mim, ele é uma pessoa que leva a vida de forma “leve”, mesmo nos momentos complexos do negócio. Discutimos sobre isto também. Escute no Spotify, Apple Podcasts ou Youtube.Este episódio só é possível graças aos nossos parceiros:* Salvy: A operadora que está revolucionando a telefonia para empresas. (https://www.salvy.com.br/startups)* Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br/)(Se inscreva no canal do youtube) Principais insights:1) Vendas como Força Motriz do Empreendedorismo"Diretor de banco de investimento, vendedor. Sócio de empresa de consultoria, vendedor. CEO de startup, vendedor." Mifano traz que independentemente do setor ou da formação, todo fundador acaba sendo, acima de tudo, um vendedor.Uma dica para os vendedores é se conectar de verdade: "Se você demonstra que está genuinamente interessado na pessoa, você consegue criar uma conexão," afirma Mifano. "Saber ouvir às vezes é meio contraintuitivo, mas é importante." Essa abordagem de "vender sem vender" tornou-se um diferencial para a Livance, permitindo construir relacionamentos mais profundos tanto com médicos quanto com investidores como vocês vão escutar no episódio.2) A Humildade ao empreenderMifano descreve o empreendedorismo como "uma aula de humildade brutal" onde erros e recusas são constantes. "É como se tivesse um pessoal escondido com a sandália da humildade te arremessando o dia inteiro," brinca.Esta perspectiva ganha ainda mais relevância considerando sua trajetória anterior: sócio bem-sucedido em um fundo de investimentos e ex-aluno de Stanford, Mifano abandonou uma zona de conforto no mercado financeiro para enfrentar o desconhecido. Como ele disse no episódio: Para cada "sim" de investidores ou talentos recrutados, dezenas de "nãos" pavimentaram o caminho. "Foram dezenas de nãos... é um exercício de humildade." .3) O Produto-Mercado Perfeito: Quando a Dor é ClaraDiferentemente de muitas startups que precisam pivotar repetidamente, a Livance encontrou seu modelo de negócio rapidamente. Mifano atribui isso à clareza da dor que estavam resolvendo, personificada pelo co-fundador médico que "passava o domingo fazendo um plantão de 24 horas para bancar o consultório dele vazio a semana inteira e entendia as dores com profundidade"A metodologia de validação do projeto foi abrangente: mais de 150 médicos entrevistados presencialmente e um piloto na clínica do co-fundador com dez clientes iniciais. "A gente ficou testando... porque eu também não queria me jogar no negócio" O primeiro momento de validação veio quando uma nutricionista, a primeira profissional a entrar na plataforma, declarou-se "apaixonada" pelo modelo após conhecê-lo. Este feedback direto confirmou o provável product-market fit e estabeleceu um padrão de "sucesso compartilhado" entre a plataforma e os profissionais de saúde.4) Healthtech e as Oportunidades em um Setor FragmentadoO setor de saúde apresenta desafios únicos para inovadores. Mifano observa que "o índice de sucesso de startups de saúde é 80% menor que fintechs" ao comparar quantas avançam até uma Série C. Isso se deve a múltiplos fatores:* Resistência cultural à inovação: "Os profissionais de saúde são treinados para repetir processos com o mínimo de erro. Como você fala 'agora você tem que inovar sem errar'?"* Desconexão de incentivos: "Está cada um tentando resolver o problema pelo seu lado. O paciente, o médico, o plano de saúde... está todo mundo meio certo, mas ninguém muito certo."* Fragmentação de dados: "Tem fax em contratos do setor ainda hoje. É uma loucura... para você ter dados conectados, você precisa resolver quem vai liberar o dado, de quem é o dado."Apesar desses desafios, Mifano vê oportunidades transformadoras na digitalização de processos e no uso de wearables para monitoramento contínuo. "Com "5% dos funcionários correspondendo a 45% do custo de saúde", o acompanhamento preventivo dessas pessoas representa uma oportunidade econômica significativa. O modelo da Livance posiciona-se exatamente nesta fronteira: criar um ecossistema onde incentivos convergem para o cuidado preventivo e eficiente.5) Lições para EmpreendedoresO caso da Livance oferece insights valiosos para qualquer empreendedor:* Cultive humildade estratégica: Use erros como ferramentas de aprendizado, não como obstáculos.* Desenvolva escuta genuína: "Tem dois ouvidos e uma boca, não é à toa," como dizia um mentor de Mifano.* Valide rigorosamente antes de escalar: A confiança no modelo veio de testes metodológicos, não apenas intuição.* Comunique o contexto constantemente: "Você acha que todo mundo tem contexto, mas descobre que gente sênior que está com você não tem."* Encontre alegria no processo diário: "A felicidade é algo que você faz no dia a dia, não é a rodada de investimento."Obrigado Mifano pelo papo e se você tem interesse em trabalhar na Livance, deveria checar as vagas aqui. Fotos dos consultórios Livance:Capítulos(00:00) O episódio (03:09) Todo mundo é vendedor: o post que viralizou (10:12) Felicidade, humildade e a montanha-russa de empreender (17:21) Livance: missão e três grandes pontos de virada (26:04) Pandemia: susto inicial e validação da tese (28:01) Efeito rede e o crescimento da Livance. (30:15) Desafios de escalar: liderança, cultura e comunicação (34:01) A transição do mercado financeiro para o mundo empreendedor (37:27) Product-market fit logo de início: um caso raro (44:02) Inovação em saúde: barreiras, oportunidades e futuro (50:55) Futuro da saúde e tecnologia (57:10) Considerações finais e encerramento This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
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Mar 18, 2025 • 1h 3min

Investindo em investidores: A trajetória, os insights e as previsões de Ricardo Kanitz

Ricardo Kanitz é o fundador da Spectra Investimentos, o maior fundo de fundos em ativos ilíquidos da América Latina. Além de atuar em diversas classes de investimento, a Spectra investe em Venture Capital, sendo reconhecida como um dos principais LPs da região e é um nódulo central de recursos no ecossistema desde a incepção do mercado.Neste episódio, discutimos como identificar um gestor de excelência, o futuro do Venture Capital no Brasil, a importância de equilibrar intuição e dados na tomada de decisões e os desafios de empreender com alocação de capital.Escute agora no Spotify, Apple ou Youtube. Este episódio só é possível graças aos nossos parceiros:* Salvy: A operadora que está revolucionando a telefonia para empresas. (https://www.salvy.com.br/startups) * Onfly: A plataforma ideal para gerenciar viagens corporativas. (https://www.onfly.com.br/) (Inscreva-se no canal do youtube). Principais Insights. * Centro de Custo vs. Centro de Lucro* O conceito: Classificar pessoas e áreas como geradoras de despesa (custo) ou receita (lucro) promove transparência no uso de recursos e facilita a avaliação de prioridades.* Aplicação prática: Se uma startup ou fundo não balanceia esses dois “centros”, pode ficar sobrecarregada de custos, atrasar inovação ou perder oportunidades de crescimento.* Os valuations estão caros em startups? * Carta Polêmica de 2024: Uma carta da Spectra, que acabou vazando, afirmava que “os múltiplos de venture capital não fazem sentido no Brasil”. O argumento central é que temos um mercado significativamente menor que o dos Estados Unidos, porém muitas startups brasileiras alcançam valuations semelhantes aos americanos.* Descolamento e Pressão nos Retornos: Esse “descolamento” pressiona a geração de bons resultados para os fundos, pois o potencial de exit aqui é menor — e se torna mais difícil justificar valuations elevados.* Oportunidades e limitações dos Nichos: Além disso, setores de altíssimo impacto — como o bancário — já foram explorados. Hoje, a maioria das empresas surge em nichos menores, o que limita o potencial de retorno e, em tese, deveria também limitar o valuation. Não é o que Kanitz tem visto em muitas rodadas recentes, gerando preocupação sobre a sustentabilidade das precificações.* Escolhendo Gestores* Competências técnicas: O right to play é que a gestora faça muito bem o processo produtivo do Venture Capital. “O que esses talentos precisam saber fazer? Originar oportunidades, analisar, negociar, tocar e vender.” (Ricardo Kanitz)* Fator cultural: O right to win é mais complexo. É preciso avaliar como o gestor lida com riscos e relacionamentos, analisar a estabilidade da equipe, a transparência nos processos e a capacidade de atrair bons empreendedores. * Posicionamento estratégico: Gestores que se especializam em nichos ou que trazem algo exclusivo (network, reputação ou conhecimento setorial) tendem a obter retornos mais consistentes.* As três estratégias de sucesso para um fundo de VC no Brasil: * Ser o Gestor Líder e Melhor Marca: O gestor mais conhecido e com melhor marca tende a ganhar os melhores deals. * Ser o Especialista no Nicho: Em nichos específicos e menos saturados, se tornar o sinônimo de expertise e “value add” tem muito valor e atrai empreendedores que buscam conhecimento aprofundado.* Investir em Software Global: Se o TAM do Brasil é limitado, fundos que investem empresas realmente de tecnologia que podem ser globais tem uma estratégia forte. * Intuição e Dados* Data-driven: A Spectra é uma gestora que prioriza captar dados proprietários e usar como insumo para as decisões. * Processo de decisão: Dados ajudam a reduzir vieses e mostram tendências passadas, mas não capturam todo o cenário. O Kanitz argumenta que a sabedoria é usar intuição em cima dos dados captados. Não são excludentes, mas complementares. * Perigos de extremos: Tomar decisões apenas por “feeling” ignora métricas essenciais. Por outro lado, ser refém de planilhas pode desperdiçar percepções de mercado e relacionamentos valiosos.Capítulos: (00:00) O episódio(03:09) Trajetória: Da USP à Criação da Spectra(10:12) Escolhendo Gestores e Centro de Custo vs. Centro de Lucro(26:10) Intuição e Dados: A Base das Decisões na Spectra(29:56) Valuations Caros e os Desafios dos Exits no Brasil(41:12) Crescimento do Mercado de VC: De 2017 a 2024 – avanços e contradições(45:10) Gestão de Portfólio: Estratégias para equilibrar risco e retorno(48:09) Três Estratégias de Sucesso para Fundos de VC no Brasil(50:52) Sobre nichos vs aglomeradores de capital(57:10) Lições de gestão e estratégias para o sucesso no setor(1:00:00) Considerações finaisSaiba mais sobre o convidado e a Spectra: https://spectrainvest.com/https://www.linkedin.com/in/ricardo-kanitz-6454983/?originalSubdomain=br This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
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Mar 12, 2025 • 1h 14min

Uma Jornada ‘Like a Boss’ com Rodrigo Dantas

Rodrigo Dantas foi fundador e CEO da Vindi, uma das principais plataformas de pagamentos recorrentes do Brasil, vendida para a Locaweb por R$180 milhões em 2021. Ele também foi host e founder do Like a Boss, um dos podcasts pioneiros sobre empreendedorismo no país. Neste episódio, exploramos sua jornada desde os primeiros dias da Vindi até o exit, destacando os momentos decisivos da empresa, a cultura competitiva e a adaptação ao mercado de pagamentos que passou por muitas mudanças nos últimos 15 anos. Além disso, Rodrigo compartilha sua transição para a vida pós-exit, a decisão de tirar um sabático e seu novo desafio: empreender no campo com uma fazenda de café.Escute no Spotify, Apple Podcasts ou YouTube.Este episódio é patrocinado pela Onfly, a solução completa para gestão de viagens e despesas corporativas. Saiba mais em: onfly.com.br.Alguns tópicos do episódio:Construção de cultura na VindiTrês princípios fundamentais moldaram a cultura da empresa:* Legendar a cultura: A Vindi foi intencional sobre seus valores, deixando explícito o que era e o que não era aceitável.* Contratação baseada em atitude: O foco não estava no currículo mas na mentalidade. Isso levou a contratações inusitadas que deram muito certo, como uma ex-chef de cozinha e um ex-jogador de futebol que se tornaram líderes importantes. * Desligamentos bem feitos: A empresa tinha um processo humanizado para saídas, garantindo que ex-funcionários mantivessem boas relações com a Vindi. O resultado: zero processos trabalhistas ao longo de uma década.Os três grandes pontos de inflexão da Vindi* Aquisição do Smartbill (2017): A Vindi competia no mercado enterprise, mas um concorrente, o Smartbill, dificultava sua penetração. A compra dessa empresa consolidou a Vindi como líder no setor e abriu portas para clientes estratégicos como Whirlpool e Vale.* Expansão via canais e evento Assinaturas Day (2018): Inicialmente, a aquisição de clientes era feita de forma direta, o que não era escalável. A Vindi mudou sua abordagem ao investir na criação de um ecossistema, firmando parcerias e organizando o Assinaturas Day, evento que reuniu mais de mil participantes e acelerou a aquisição de clientes. Hoje esse evento se chama recorrência. * Novo escritório (2019): A mudança para um espaço planejado marcou a consolidação da empresa. O novo escritório foi desenhado para refletir a identidade da Vindi e apoiar sua cultura.Vida pós-exit e reinvenção* Após vender a Vindi para a Locaweb em 2021, Rodrigo ficou dois anos na empresa antes de decidir tirar um sabático. Esse período foi essencial para redefinir suas prioridades, com foco na família e em novas experiências. Recentemente comprou uma fazenda desativada no interior de São Paulo. O aprendizado veio rápido: lidar com o clima, sazonalidade e gestão agrícola trouxe lições valiosas sobre paciência, planejamento e adaptação.Principais insights* A cultura se constrói no detalheTer clareza sobre valores, contratar pelo mindset e tratar bem as pessoas na saída criaram um DNA forte para a Vindi.* Distribuição importa tanto quanto produtoA Vindi começou vendendo de forma direta, mas só escalou quando encontrou os canais certos para crescer, como parcerias estratégicas com ERPs e eventos.* Reinvenção é a única constanteNo mercado de tecnologia, é preciso se adaptar constantemente. A Vindi passou por três grandes mudanças estratégicas: integração com ERPs, entrada no mercado enterprise e resposta ao impacto do PIX.* Sucesso não é só dinheiroApós vender a empresa, Rodrigo redefiniu o que era importante: mais tempo para a família, menos pressa e um novo olhar para desafios fora da tecnologia.* Empreender no campo ensina sobre resiliênciaLidar com a agricultura trouxe novas perspectivas sobre paciência e planejamento, reforçando a importância de pensar no longo prazo.Para quem quiser acompanhar as novas vivências do Dantas, ele lançou uma newsletter chamada The Next Brazil. Conheça clicando neste link. Capítulos:(00:00) Início (01:19) A transição de executivo para empreendedor(02:35) O aprendizado inesperado na plantação de café(07:29) O impacto da visão sobre sucesso após o exit(11:40) O sacrifício e as dificuldades no início da Vindi(15:23) Cultura de alta performance: a mentalidade de competição na empresa (18:44) Construindo a cultura organizacional: escrevendo os valores na parede (24:08) Contratação além do currículo: por que a Vindi escolhia perfis atípicos (26:15) A importância de tratar bem as pessoas na saída da empresa(28:31) O primeiro grande ponto de inflexão: adquirindo um concorrente(31:08) Escalando com eventos: o impacto do Assinaturas Day(32:23) A virada de chave com o novo escritório da Vindi (38:45) Produto vs. distribuição: os erros e acertos da Vindi no crescimento(42:43) O risco de dependência de parceiros e como a Vindi lidou com isso(46:53) A importância de pensar no Endgame desde o início(50:45) O processo de venda da Vindi e o papel da mídia no fechamento do acordo(52:54) Os bastidores do podcast Like a Boss e as lições das entrevistas Referências:* Filme: Campo dos sonhos. * Livro: Morra sem nada. * Episódio: Entrevista com Edgar Corona. Túnel do tempo:Primeiro “Assinaturas Day”Evolução do “Assinaturas Day” que passou a se chamar “Recorrência”Lançamento do livro recorrência This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
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Feb 20, 2025 • 58min

Transformando a complexidade em oportunidade com Fernando Gadotti

Fernando Gadotti é fundador e CEO da Tako, a HRTech com a missão de se tornar o cérebro do departamento de RH das empresas. A Tako captou R$ 75 milhões em um investimento liderado por grandes fundos de venture capital, como a16z, Ribbit Capital e OneVC. Antes da Tako, Gadotti foi cofundador da DogHero, um dos maiores marketplaces de serviços para pets no Brasil, adquirido pela Petlove em 2020. Neste episódio, exploramos sua trajetória, as diferenças de ser serial founder vs first timer, os aprendizados como empreendedor e sua visão de longo prazo para a Tako. Escute no Spotify, Apple Podcasts ou Youtube. Alguns tópicos do episódio: * Primeira vs. segunda jornada: A evolução no processo de contratação e a importância de usar bem sua rede pessoal principalmente para contratação.* Convicção vem do cliente: Falar diretamente com o mercado tem valor 10 vezes maior do que somente conversar com investidores.* Fundraising e relacionamento: Como construir profundidade nos contatos com investidores, criando confiança de longo prazo.* Tako: ‘A inteligência central’: A estratégia da HRTech para integrar dados e serviços de forma robusta, trazendo transparência na folha de pagamento.Principais insights* Agressividade para se reinventar* Em momentos críticos, soluções “mais do mesmo” raramente funcionam. É preciso ousar, agir rápido e, se necessário, mudar radicalmente o rumo do negócio.* Contratar as pessoas certas. * Usar ao máximo a sua rede pessoal e as referências de pessoas de confiança é a melhor forma de encontrar talentos.* Inspirar-se em processos como o “bar raiser” da Amazon para calibrar o nível de excelência em novas contratações.* Foco no que é difícil* Os problemas complexos são os que mais exigem tempo e esforço, mas também podem se tornar vantagens competitivas se forem bem resolvidos.* Encontrar o maior ponto de dor do cliente e focar no problema mais complexo pode gerar diferenciais competitivos.* Valor das conversas com clientes* Falar com possíveis usuários e compradores do seu produto gera insights valiosos. Essas conversas trazem clareza e convicção sobre o que deve ser construído. Tudo é sobre os clientes. * Profundidade nos relacionamentos com investidores* Construa o vínculo antes de precisar do cheque. A confiança se estabelece com convivência e transparência ao longo do tempo.Este episódio é patrocinado pela Onfly, a solução completa para gestão de viagens e despesas corporativas. Saiba mais em: https://www.onfly.com.br/Capítulos* (00:00) INÍCIO* (02:25) Fernando Gadotti* (04:03) Reinventando o Negócio em Tempos de Crise* (09:12) Construindo uma Equipe de Sucesso: Dicas para Contratar com Propósito* (14:42) O Nome e a Inteligência por Trás do Produto* (16:00) O Processo de Criação: Definindo o Jogo e as Estratégias* (21:13) Do Insight à Confiança: Como a Ideia Tomou Forma* (24:18) O Desafio de Construir Soluções Sustentáveis no Mercado de RH* (27:34) Mudando um Mercado Tradicional: A Jornada de Inovação da Tako* (33:20) Como a Tako Resolve as Dores do Departamento Pessoal* (34:52) A Estratégia da Tako para Resolver Problemas Reais* (37:09) O Maior Erro de Empreendedores? Focar no Produto Errado!* (40:39) Conquistando Segurança e Confiança no Trabalho* (42:36) Fundraising: A Importância de Construir Relacionamentos* (47:58) A Energia do Empreendedor: Provar Algo Que Nem Sei Quem É* (53:47) A Vida Dedicada ao Negócio e a Cultura que Vem de Cima This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
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Feb 5, 2025 • 1h 8min

Os segredos dos grandes investidores com Market Makers

Thiago Salomão e Josué Guedes são fundadores do Market Makers, que é o principal podcast do mercado financeiro. Neste episódio, nós discutimos:* O momento da economia brasileira. * Os segredos dos grandes investidores. * O que fez o Salomão começar tudo de novo após sair do Stock Pickers.* Como o Market Makers cresceu 10x em um ano. Escute agora na Apple, Spotify, and YouTube.Sunday Drops é apoiado pela Onfly, o software vertical para viagens corporativas.Aprendizados:* Dissociar ruído de sinal. Tem uma frase famosa que diz: “o mercado de ações é uma grande distração para o negócio de investimentos”. O maior desafio de investidores e empreendedores é filtrar distrações e focar nos fundamentos. O Nubank nasceu em um momento de incerteza política e econômica, mas seu sucesso veio da solidez do negócio, não do cenário externo.* Ciclos e Oportunidades. Como Howard Marks aponta, os mercados seguem ciclos. As melhores oportunidades surgem na baixa, mas aproveitá-las exige: a) paciência ou da b) convicção técnica sobre fundamentos, * Evite grandes ciladas. O aprendizado que o Salomão leva do Pedro Damasceno (da Dynamo) é que só de evitar as grandes ciladas de investimento, no longo prazo você está a frente dos outros (Conselho que vale para muito além do mercado financeiro). * Capital humano é o diferencial. Em um mundo onde a tecnologia nivela habilidades técnicas, a qualidade humana dos gestores se torna a maior vantagem competitiva. O conhecimento profundo é o que separa os melhores dos outros. o.* O business Disney. O Market Makers é um negócio que chamo “Disney”. Conteúdo está no centro e as outras iniciativas (como comunidade e fundo) está ao redor. É um modelo que ficará cada vez mais em evidência. * Propósito na decisão. Escolha o caminho que brilha seu olho (e pergunte as pessoas do seu lado). Onde achar o Market Makers, Salomão e JosuéSalomão: Linkedin | Twitter Josué: Linkedin | Twitter Canal Market Makers no Youtube. Onde achar o Lucas Abreu e o Sunday Drops: Linkedin | Twitter Newsletter Capítulos:(00:00) Intro(02:08) O Contexto Atual do Brasil: Pessimismo no Mercado (07:54) A Mudança Constante: Como a Narrativa do Mercado Evolui (15:28) Características Comuns dos Melhores Gestores de Mercado (19:47) O Papel da Inteligência Artificial no Mercado Financeiro (27:45) O Valor do Aprendizado Constante e da Curiosidade (35:48) Construção do Market Makers (46:49) A Marca Registrada: Interesse Genuíno em Extrair Conhecimento(01:00:02) Gentileza This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
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Jan 29, 2025 • 1h 18min

[UNEDITED DROPS] - TUDO SOBRE DEEPSEEK

O mundo e os mercados foram profundamente impactados pelo lançamento do modelo R1, da chinesa DeepSeek. Mas o que realmente importa neste cenário? Para separar o ruído da realidade, convidei meu guru em AI, Edmar Ferreira, para uma conversa esclarecedora. Edmar é entrepreneur in residence da Every, fundador da própria Every e co-fundador da Rock Content. Nesta live, vamos explorar as implicações (ou a falta delas) do modelo R1 na Nvidia, na OpenAI e na sociedade como um todo. This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
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Jan 28, 2025 • 1h 12min

A Jornada de uma Startup que Não Sobreviveu com Isaac Matzner

Isaac foi o fundador da Teddy, uma startup de seguros e benefícios voltada para trabalhadores independentes. Após três anos de jornada, ele e seus sócios enfrentaram a difícil decisão de encerrar as operações. Neste episódio, realizamos um post-mortem da empresa, extraindo lições valiosas para todos os founders.Escute agora na Apple, Spotify, and YouTube.Sunday Drops é apoiado pela Onfly, o software vertical para viagens corporativas.Além de empreendedor, Isaac possui uma carreira de 10 anos como consultor na Bain e na KoreFusion. Ele também é apresentador do podcast Brazil is Not for Beginners.No papo de hoje, discutimos:* Por que empreender é mais difícil do que imaginamos?* Aprendizados sobre fundraising, produto, vendas e gestao.* A surpresa com a reação dos investidores ao decidir fechar a empresa.* Como não ter um burnout.Aprendizados:* Cuidado com múltiplos riscos. Isaac passou por diversas mudanças simultaneamente: teve um filho, fundou uma startup, mudou de país e entrou em um mercado em formação. Muitas mudanças ao mesmo tempo podem gerar um peso considerável.* A importância do produto "dipirona". Teddy oferecia seguros análogos a proteção de renda para empresas disponibilizarem a colaboradores flexíveis (PJ). Apesar da relevância, esse produto não estava no topo da matriz de prioridade das empresas. Produtos como esse possuem ciclos de vendas mais longos e menor urgência. Cada fundador precisa diagnosticar honestamente o que o seu produto é — "dipirona" ou "vitamina" — e executar de acordo com essa realidade.* O concorrente não é o seu maior rival. Em produtos inovadores, o maior risco não é a concorrência direta, mas sim o cliente final preferir manter o status quo e não inovar. Os "non-consumers" são a maior barreira. Convencer um executivo a agir é difícil, pois isso pode colocar sua reputação e até seu emprego em risco.* Os clientes agem diferente do que dizem. Isaac relatou que era comum os clientes demonstrarem entusiasmo com a solução, planejarem sua implementação e, em seguida, desaparecerem. Essa é a mesma razão pela qual pesquisas de mercado são frágeis — agir é muito diferente de pensar. No Brasil, isso é ainda mais relevante, dado que os brasileiros têm dificuldade em dizer "não" e evitar desagradar.* Produto vs. Distribuição. Há uma frase famosa: "founders de primeira viagem focam no produto; founders experientes, na distribuição." Isaac reflete sobre isso no caso da Teddy. Embora focar mais em vendas fosse ideal, ele acredita que o que pode transformar a empresa em algo extraordinário (como um unicórnio) é o produto.* Product market fit: Quando a Teddy fechou a empresa, alguns clientes ligaram decepcionados. No entanto, no mercado B2B, a satisfação do cliente, por si só, não é suficiente. É necessário também gerar demanda — essa combinação é o que realmente define o product-market fit no B2B. Já escrevi sobre isso em mais detalhes aqui.* O mercado de seguros é desafiador. Trata-se de um mercado extremamente regulado, onde inovar em produto é uma tarefa árdua devido às suas particularidades. Ainda assim, há muitas ineficiências, e empresas podem prosperar significativamente nesse setor.* Dissociar a pessoa da empresa. Teddy falhou. Isaac, não.Onde achar Isaac:Linkedin: https://www.linkedin.com/in/isaac-matzner-78b9633/Onde achar Lucas:Linkedin: https://www.linkedin.com/in/lucas-abreu-43357490/Newsletter:Instagram: @lucasabreuuCapítulos:(00:00) Lições da jornada empreendedora. (02:29) De Nova Iorque ao Brasil e a decisão de empreender. (06:59) A transição da consultoria para o empreendedorismo. (11:55) O modelo de negócio da Teddy e os desafios de pivotar. (18:20) A inocência e o otimismo no empreendedorismo. (23:37) O dilema entre produto e distribuição. (28:58) A diferença entre urgência e importância. (33:11) Lições sobre fundraising e o processo de levantar capital. (39:58)A importância da transparência e respeito nas relações com investidores e equipe.(43:53) A realidade do empreendedorismo e o apoio dos investidores.(46:57) O futuro do seguro e soluções para seguradoras. (49:49) O foco no problema e a evolução de ideias (53:33) Transformações pessoais e novas habilidades após empreender.(57:12) A complexidade do Brasil: O que há de melhor e pior (58:57) A experiência de criar uma família no BrasilReferências* Brazil is not for beginners:https://www.brazilisnotforbeginners.com/* Episódio Parker Sunday Drops:* Jason Yeh:https://www.jasonyeh.com/* Alchemy - o livro:https://www.alchemy.com/ This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com
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Jan 20, 2025 • 1h

Disciplina e vendas: a trajetória de Ricardo Côrrea

Ricardo Corrêa é fundador da Ramper, uma plataforma que automatiza a jornada de prospecção B2B. Ele liderou a empresa desde a criação em 2017 até se consolidar como referência em vendas no Brasil, incluindo aquisições estratégicas e adaptações ao mercado. Além disso, Ricardo se destaca por seu posicionamento ativo no LinkedIn e pela habilidade de transformar desafios em aprendizados de negócios.Este episódio é patrocinado pela Onfly. Conheça mais sobre soluções de viagens corporativas em onfly.com.br.Neste episódio, discutimos:* As mudanças no mundo de vendas e a evolução de técnicas de prospecção.* Como equilibrar processos e criatividade em equipes comerciais.* Lições práticas sobre disciplina e organização como empreendedor.* Estratégias para retenção de clientes e crescimento sustentável.* A relevância do Founder Led Growth no cenário atual.Principais Insights:* O equilíbrio entre processo e criatividade: Um vendedor outlier sabe quando fugir do processo para superar metas, mas deve manter a consistência no resultado.* Disciplina como pilar do sucesso: Habituar-se a uma rotina de alta performance (como treinar diariamente) pode ser a âncora para outros bons hábitos.* Retenção é fundamental: Empresas sustentáveis priorizam retenção tanto quanto aquisição, o que reflete na longevidade do negócio.* Construção de marca: Posicionar-se como autoridade no mercado, especialmente no LinkedIn, é uma estratégia poderosa para empreendedores.* O impacto do Growth Hacker: O profissional de growth que equilibra aquisição, retenção e produto se torna indispensável no mercado atual.Capítulos:* 00:50 – Introdução e mudanças no mundo de vendas.* 01:11 – O melhor vendedor que Ricardo já conheceu.* 05:16 – Equilíbrio entre carisma e processos nas vendas.* 16:15 – Disciplina: da academia à gestão empresarial.* 28:53 – Lições sobre M&As no estágio de Série A.* 44:11 – Por que LinkedIn é essencial para Founder Led Growth.Assine o sunday drops: This is a public episode. If you would like to discuss this with other subscribers or get access to bonus episodes, visit abreu.substack.com

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