A História repete-se

Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho
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Aug 6, 2025 • 48min

“Deus quer!”: a História das “cruzadas” medievais

Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre as chamadas “cruzadas”, que foram as oito expedições militares cristãs ocidentais à Terra Santa, que se prolongaram por mais de dois séculos, entre 1096 e 1270. No final do século XI, centenas de cavaleiros, sobretudo francos e flamengos, avançaram para o próximo oriente enquanto exclamavam “Deus Vult” (“Deus quer” em latim). Tal foi a resposta ao apelo do papa Urbano II e do imperador Bizantino Aleixo I. O objectivo inicial destes cruzados era tornar o caminho para Jerusalém, dominado a partir das fronteiras do império bizantino pelos turcos seljúcidas, seguro para as peregrinações cristãs. Contudo, este objectivo transformou-se rapidamente na vontade de conquista e ocupação do território. Em 1099, os cruzados conquistaram Jerusalém e já tinham fundado outros três estados feudais: Edessa, Trípoli e Antioquia. Este seria o princípio de um longo e intermitente conflito entre cristãos e muçulmanos pelo domínio de Jerusalém e de outros pontos estratégicos do próximo oriente, que só terminaria em finais do século XIII e com vantagem para os muçulmanos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Aug 5, 2025 • 1h 37min

De mão em mão: como é que a poesia de Camões circula e acaba canonizada entre os séculos XVI e XVIII? (Último episódio do podcast)

Neste último episódio do podcast Camões: 500 anos de História e de Lenda, os investigadores José Miguel Martínez Torrejón e Gil Teixeira exploram os caminhos da transmissão manuscrita e impressa da obra de Camões. Como é que a sua poesia circula, é copiada, comentada, apropriada e também canonizada entre os séculos XVI e XVIII? A conversa, moderada por Luís Fardilha, sublinha como foi importante o papel das edições, das traduções e das leituras escolares na consolidação da figura de Camões como grande poeta nacional. O episódio foi gravado no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 30, 2025 • 1h 5min

“A terra a quem a trabalha”: os 50 anos da Lei da Reforma Agrária, com António Barreto

Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram António Barreto, sociólogo e professor universitário, para conversar sobre a Lei da Reforma Agrária, decretada em pleno PREC pelo IV governo provisório, liderado pelo coronel Vasco Gonçalves, e promulgada a 29 de julho de 1975, passam por estes dias 50 anos. Esta lei inspirou-se na teoria e prática marxista e foi responsável por uma mudança radical da estrutura de propriedade na chamada “zona de intervenção da reforma agrária”. Assim, passou à História como um dos momentos capitais do “Verão quente” de 1975. Cerca de dois anos mais tarde, António Barreto foi, enquanto ministro da Agricultura e Pescas do I governo constitucional, liderado por Mário Soares, responsável pela lei 77/77, mais conhecida por “lei Barreto”, que deu inicio à reversão do processo de reforma agrária iniciado em 1975, em pleno período revolucionário.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 29, 2025 • 1h 30min

De Lisboa a Goa: o que contam as cartas de Camões?

“Que cartas escreveu Camões?” - é a partir desta pergunta que os investigadores Gil Teixeira e Filipe Saavedra exploram o universo epistolar camoniano, e debatem a autoria, assim como o valor literário, das cartas atribuídas ao poeta. A sessão, moderada por Luís Fagundes Duarte, desafia-nos a pensar o lugar das cartas na obra de Camões e na construção da sua imagem pública e literária.  Estas cartas revelam um Camões multifacetado, entre o humor e o desengano, entre o homem e o mito. O episódio foi gravado no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal no dia 21 de maio de 2025.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 23, 2025 • 57min

“Alá é nosso Deus e Maomé o seu profeta”: a História do islamismo, com Paulo Mendes Pinto

Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram Paulo Mendes Pinto, professor universitário e especialista em História das religiões, para conversar sobre a longa e complexa História do islamismo. Quem foi Maomé e como lhe foram reveladas “as palavras de Deus”? Porque se dividiram os muçulmanos em sunitas e xiitas? Qual a relação histórica do islamismo com as outras religiões monoteístas, o judaísmo e o  cristianismo?See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 22, 2025 • 58min

Como é que lemos Camões hoje? Novas perspetivas sobre os estudos camonianos

Como é que lemos Camões hoje? É com esta pergunta que começa o debate entre os investigadores Filipa Araújo e Hélio Alves, num episódio sobre velhas e novas perspetivas dos estudos camonianos. Camões é mesmo assim tão único ou ao longo do tempo fomos esquecendo outros grandes nomes da literatura? A conversa, moderada por Isabel Almeida, percorre temas como a necessidade de contextualizar o poeta no seu tempo, em diálogo com outros autores do século XVI. O episódio foi gravado no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal. See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 16, 2025 • 52min

A “imaculada” D. Estefânia: a última rainha amada pelos portugueses

Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram a escritora e jornalista Isabel Stilwell, autora de “Estefânia, A rainha virgem”, para conversar sobre a curta vida desta rainha de Portugal. Nascida em Sigmarinen, Alemanha, em 1837, Estefânia era filha do príncipe Carlos António de Hohenzolern Sigmarinen e de sua mulher, Josefina Frederica de Baden. De perfil austero e personalidade sensível, Estefânia chegou a Portugal em maio de 1858 para casar-se com o Rei D. Pedro V. A jovem rainha, que dedicou especial atenção a obras de assistência aos desfavorecidos, teve dificuldade em adaptar-se a Portugal, ao seu clima, à sua paisagem e à sociedade portuguesa. Em paralelo, viveu um amor ao que tudo indica apenas platónico com D. Pedro V, um rei austero, exigente e introspectivo. A rainha D. Estefânia morreu precocemente, a 17 de julho de 1859, em consequência de uma difteria. Tinha apenas 22 anos. A sua morte deixou D. Pedro V devastado e um sentimento de tristeza por todo o país. D. Estefânia foi, possivelmente, a ultima rainha verdadeiramente amada pelos portugueses.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 15, 2025 • 1h 36min

Como se determina a autenticidade dos textos atribuídos a Camões?

Neste sexto debate, os investigadores Luís Sá Fardilha e Micaela Ramon exploram os caminhos da tradição manuscrita e impressa da poesia camoniana, revelando os desafios da fixação do cânone, da autenticidade dos textos e da organização editorial das edições quinhentistas. A conversa, moderada por Zulmira Santos, percorre temas como a circulação manuscrita da poesia no século XVI, os critérios para a atribuição de autoria e a importância dos cancioneiros na preservação e transmissão da obra. É possível reconhecer o estilo de escrita de Camões? Oiça aqui o debate gravado na Biblioteca Nacional de Portugal.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 9, 2025 • 47min

Quando o nordeste do Brasil foi holandês (1630-1654)

Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre o tempo em que os “holandeses” (como os habitantes das Províncias Unidas eram conhecidos) permaneceram no nordeste do Brasil, sobretudo em Pernambuco.  Em 1624, três anos depois do fim das tréguas entre as Províncias Unidas e Espanha, os holandeses tomaram a cidade de Salvador da Baía, então capital do Brasil português. Esta foi retomada no ano seguinte por uma armada vinda da Península Ibérica. No entanto, os holandeses não desistiram de concorrer com os portugueses pelo negócio do açúcar no Brasil e pelo comércio de escravos. Em 1630, os holandeses tomaram Olinda e Recife, em Pernambuco, onde fundaram a Nova Holanda.  Poucos anos depois, em 1636, a Companhia Holandesa das Indias Ocidentais nomeou João Mauricio de Nassau para governar este território. O seu governo (1637-1644) resultou no período áureo da Nova Holanda. Depois da sua partida, os portugueses (alguns já de segunda e terceira geração no Brasil), com escravos libertos e índios, conseguiram derrotar os holandeses (batalhas dos Guararapes de 1648 e 1649) e, por fim, reconquistar o Recife.  Foi o ponto final do Brasil holandês, sendo que, no Índico e na Ásia, os holandeses levaram a melhor sobre os portugueses na sua disputa pelo controlo das rotas comerciais.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 8, 2025 • 1h 10min

O Teatro é o parente pobre da obra de Camões?

No quinto episódio do podcast 'Camões: 500 anos de História e de Lenda', gravado ao vivo na Biblioteca Nacional, a encenadora Silvina Pereira e o investigador José Camões debatem o teatro camoniano, frequentemente esquecido face à épica e à lírica. Moderado por Vanda Anastácio, o encontro destacou a atualidade das três peças atribuídas a Camões — “Filodemo”, “Os Anfitriões” e “El-Rei Seleuco” — e defende a sua relevância estética e dramatúrgica. Entre reflexões sobre amor, melancolia e crítica social, os intervenientes sublinham a urgência de recuperar este repertório para os palcos contemporâneos, desafiando preconceitos e promovendo uma dramaturgia nacional mais rica e vibrante.See omnystudio.com/listener for privacy information.

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