A História repete-se

Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho
undefined
Aug 27, 2025 • 54min

“Força, força, companheiro Vasco!”: o “gonçalvismo” e o verão quente de 1975

Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre o chamado “verão quente” de 1975 e sobre um dos seus principais protagonistas, o então primeiro ministro, general Vasco Gonçalves. Quais os principais acontecimentos políticos do verão de 1975? Quais as principais alianças e oposições  daquele tempo histórico? Qual o papel do presidente da República general Costa Gomes, de Otelo Saraiva de Carvalho, do MFA, do PCP, e do PS e seus aliados, na ascensão e queda de Vasco Gonçalves?See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Aug 20, 2025 • 50min

Verões de outros tempos e a moda de “ir a banhos”

Neste episódio especial de verão, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre os verões do passado e a evolução da moda de “ir a banhos”. Esta começou na segunda metade do século XIX, numa altura em que os banhos de mar eram receitados com fins terapêuticos. Em Portugal, a “temporada de banhos” tornou-se moda a partir da década de 1870, quando os reis D. Luís e D. Maria Pia começaram a frequentar a praia de Cascais, sendo seguidos pela Corte, pela chamada “boa sociedade” e, ainda, por pessoas “desconhecidas” mas endinheiradas, desejosas de “verem e serem vistas”. Então, a temporada de banhos começava no final do verão e estendia-se pelo mês de outubro. As pessoas iam vestidas para a praia, não se expunham ao sol e evitavam o calor. A praia era frequentada de manhã e, da parte da tarde, os “banhistas” entretinham-se com burricadas e piqueniques. A partir da década de 1960, a generalização da “ida a banhos” e a “descoberta” das praias do sul, genericamente mais quentes que as do norte, contribuíram para modificar os hábitos balneares dos portugueses.See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Aug 13, 2025 • 1h 16min

D. José, o “Rei-sombra” do Marquês de Pombal

Neste episódio, excepcionalmente sem Henrique Monteiro, Lourenço Pereira Coutinho convidou Nuno Gonçalo Monteiro, historiador e biógrafo do rei D.José, para conversar sobre esta enigmática personagem histórica. D. José nasceu em 1714 e subiu ao trono em 1750, com a idade de 36 anos. Enquanto foi príncipe do Brasil e herdeiro da Coroa, o seu pai, o rei D. João V, nunca lhe deu espaço para demonstrar a sua aptidão para a governação. Tendo deixado pouca correspondência, de D. José pouco mais se sabe de certo para além do seu gosto pela ópera e pela caça. O seu reinado, que decorreu entre 1750 e 1777, ficou marcado pelo controverso “consulado” do Marquês de Pombal. Qual foi o verdadeiro papel de D. José na política e polémicas do seu tempo? Será que o Marquês de Pombal foi um mero executor da vontade do Rei, ou será que este abandonou a governação nas mãos daquele?See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Aug 6, 2025 • 48min

“Deus quer!”: a História das “cruzadas” medievais

Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho conversam sobre as chamadas “cruzadas”, que foram as oito expedições militares cristãs ocidentais à Terra Santa, que se prolongaram por mais de dois séculos, entre 1096 e 1270. No final do século XI, centenas de cavaleiros, sobretudo francos e flamengos, avançaram para o próximo oriente enquanto exclamavam “Deus Vult” (“Deus quer” em latim). Tal foi a resposta ao apelo do papa Urbano II e do imperador Bizantino Aleixo I. O objectivo inicial destes cruzados era tornar o caminho para Jerusalém, dominado a partir das fronteiras do império bizantino pelos turcos seljúcidas, seguro para as peregrinações cristãs. Contudo, este objectivo transformou-se rapidamente na vontade de conquista e ocupação do território. Em 1099, os cruzados conquistaram Jerusalém e já tinham fundado outros três estados feudais: Edessa, Trípoli e Antioquia. Este seria o princípio de um longo e intermitente conflito entre cristãos e muçulmanos pelo domínio de Jerusalém e de outros pontos estratégicos do próximo oriente, que só terminaria em finais do século XIII e com vantagem para os muçulmanos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Aug 5, 2025 • 1h 37min

De mão em mão: como é que a poesia de Camões circula e acaba canonizada entre os séculos XVI e XVIII? (Último episódio do podcast)

Neste último episódio do podcast Camões: 500 anos de História e de Lenda, os investigadores José Miguel Martínez Torrejón e Gil Teixeira exploram os caminhos da transmissão manuscrita e impressa da obra de Camões. Como é que a sua poesia circula, é copiada, comentada, apropriada e também canonizada entre os séculos XVI e XVIII? A conversa, moderada por Luís Fardilha, sublinha como foi importante o papel das edições, das traduções e das leituras escolares na consolidação da figura de Camões como grande poeta nacional. O episódio foi gravado no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal.See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jul 30, 2025 • 1h 5min

“A terra a quem a trabalha”: os 50 anos da Lei da Reforma Agrária, com António Barreto

Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram António Barreto, sociólogo e professor universitário, para conversar sobre a Lei da Reforma Agrária, decretada em pleno PREC pelo IV governo provisório, liderado pelo coronel Vasco Gonçalves, e promulgada a 29 de julho de 1975, passam por estes dias 50 anos. Esta lei inspirou-se na teoria e prática marxista e foi responsável por uma mudança radical da estrutura de propriedade na chamada “zona de intervenção da reforma agrária”. Assim, passou à História como um dos momentos capitais do “Verão quente” de 1975. Cerca de dois anos mais tarde, António Barreto foi, enquanto ministro da Agricultura e Pescas do I governo constitucional, liderado por Mário Soares, responsável pela lei 77/77, mais conhecida por “lei Barreto”, que deu inicio à reversão do processo de reforma agrária iniciado em 1975, em pleno período revolucionário.See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jul 29, 2025 • 1h 30min

De Lisboa a Goa: o que contam as cartas de Camões?

“Que cartas escreveu Camões?” - é a partir desta pergunta que os investigadores Gil Teixeira e Filipe Saavedra exploram o universo epistolar camoniano, e debatem a autoria, assim como o valor literário, das cartas atribuídas ao poeta. A sessão, moderada por Luís Fagundes Duarte, desafia-nos a pensar o lugar das cartas na obra de Camões e na construção da sua imagem pública e literária.  Estas cartas revelam um Camões multifacetado, entre o humor e o desengano, entre o homem e o mito. O episódio foi gravado no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal no dia 21 de maio de 2025.See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jul 23, 2025 • 57min

“Alá é nosso Deus e Maomé o seu profeta”: a História do islamismo, com Paulo Mendes Pinto

Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram Paulo Mendes Pinto, professor universitário e especialista em História das religiões, para conversar sobre a longa e complexa História do islamismo. Quem foi Maomé e como lhe foram reveladas “as palavras de Deus”? Porque se dividiram os muçulmanos em sunitas e xiitas? Qual a relação histórica do islamismo com as outras religiões monoteístas, o judaísmo e o  cristianismo?See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jul 22, 2025 • 58min

Como é que lemos Camões hoje? Novas perspetivas sobre os estudos camonianos

Como é que lemos Camões hoje? É com esta pergunta que começa o debate entre os investigadores Filipa Araújo e Hélio Alves, num episódio sobre velhas e novas perspetivas dos estudos camonianos. Camões é mesmo assim tão único ou ao longo do tempo fomos esquecendo outros grandes nomes da literatura? A conversa, moderada por Isabel Almeida, percorre temas como a necessidade de contextualizar o poeta no seu tempo, em diálogo com outros autores do século XVI. O episódio foi gravado no auditório da Biblioteca Nacional de Portugal. See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jul 16, 2025 • 52min

A “imaculada” D. Estefânia: a última rainha amada pelos portugueses

Neste episódio, Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho convidaram a escritora e jornalista Isabel Stilwell, autora de “Estefânia, A rainha virgem”, para conversar sobre a curta vida desta rainha de Portugal. Nascida em Sigmarinen, Alemanha, em 1837, Estefânia era filha do príncipe Carlos António de Hohenzolern Sigmarinen e de sua mulher, Josefina Frederica de Baden. De perfil austero e personalidade sensível, Estefânia chegou a Portugal em maio de 1858 para casar-se com o Rei D. Pedro V. A jovem rainha, que dedicou especial atenção a obras de assistência aos desfavorecidos, teve dificuldade em adaptar-se a Portugal, ao seu clima, à sua paisagem e à sociedade portuguesa. Em paralelo, viveu um amor ao que tudo indica apenas platónico com D. Pedro V, um rei austero, exigente e introspectivo. A rainha D. Estefânia morreu precocemente, a 17 de julho de 1859, em consequência de uma difteria. Tinha apenas 22 anos. A sua morte deixou D. Pedro V devastado e um sentimento de tristeza por todo o país. D. Estefânia foi, possivelmente, a ultima rainha verdadeiramente amada pelos portugueses.See omnystudio.com/listener for privacy information.

The AI-powered Podcast Player

Save insights by tapping your headphones, chat with episodes, discover the best highlights - and more!
App store bannerPlay store banner
Get the app