

O Assunto
G1
Um grande assunto do momento discutido com profundidade. Natuza Nery vai conversar com especialistas, com personagens diretamente envolvidos na notícia, além de jornalistas e analistas da TV Globo, do g1, da Globonews e demais veículos do Grupo Globo para contextualizar, explicar e oferecer diferentes pontos de vista sobre os assuntos mais relevantes do Brasil e do mundo.
O podcast O Assunto, em comemoração aos 5 anos de existência, selecionou os 10 episódios essenciais para todo ouvinte na playlist 'This Is O Assunto'. Ouça agora no Spotify:
https://open.spotify.com/playlist/37i9dQZF1DXdFHK4Zrimdk
O podcast O Assunto, em comemoração aos 5 anos de existência, selecionou os 10 episódios essenciais para todo ouvinte na playlist 'This Is O Assunto'. Ouça agora no Spotify:
https://open.spotify.com/playlist/37i9dQZF1DXdFHK4Zrimdk
Episodes
Mentioned books

Dec 30, 2022 • 24min
Pelé, o Rei
Único jogador de futebol com três títulos do Copa do Mundo, Pelé morreu neste 29 de dezembro aos 82 anos. Ele, que defendeu o Santos por quase 20 anos, foi o brasileiro mais famoso do século XX. Além dos números inalcançáveis, como os mais de 1200 gols marcados, foi garoto-propaganda e embaixador do esporte. Para refletir a importância da vida e da obra de Edson, Natuza Nery conversa com o jornalista Andrew Downie, autor do livro “México 70: A mais bela Copa do Mundo contada por seus protagonistas”. Neste episódio: Andrew recorda como o gramado, os uniformes, a bola e a violência tolerada em campo eram distintas na época que Pelé jogou, fatores necessários em qualquer comparação com os dias atuais O jornalista enfatiza como a infância pobre de Pelé moldou sua personalidade pública Analisa como Pelé "representa o Brasil" no imaginário de todo o mundo e que depois do tricampeonato da Copa, conquistado entre 1958 e 1970, o Brasil passa a ser "o país do futebol".

Dec 29, 2022 • 28min
REPRISE - A obra de Gal Costa, por Gilberto Gil
Para refletir sobre a trajetória de uma das maiores cantoras da história da música brasileira, que morreu neste 9 de novembro aos 77 anos, O Assunto recebe um “doce bárbaro” como ela, parceiro desde o primeiro show, em 1964 em Salvador. Gilberto Gil celebra não apenas a voz única, mas também a capacidade de eterna transformação dessa “tropicalista inata”, que em mais de 40 álbuns mergulhou em quase todos os gêneros de canção, colecionando sucessos como “Meu Nome é Gal”, “Baby”, “Força Estranha”, “Gabriela” e “Festa no Interior”. - Gil resgata desde sua memória mais antiga de Gal em uma lanchonete na capital baiana, quando ela tinha 18 anos). E explica por que a cantora de uma voz incomparável: “o aspecto físico e acústico, e a variedade de atitudes e intuições na interpretação das canções”; - Ele explica por que Gal era uma “tropicalista inata” e destaca o amor que ela tinha pela música: “Ela tinha compreensão profunda da extraordinária primazia que o som e as artes produzidas através dele têm"; - Recorda lembranças da turnê que fizeram juntos em 2018, em trio – os dois mais Nando Reis. “Uma retomada da jovialidade de nossa adolescência”. Gil fala também sobre a ampla “expressividade” da artista e seu lugar no acervo da música popular; - “Gosto daquelas músicas onde há vivacidade, contrição religiosa, tristeza... e gosto ainda mais de suas canções alegres”, resume o amigo.

Dec 28, 2022 • 33min
REPRISE - Jô Soares, gênio de múltiplos talentos
Uma história que se confunde com a da televisão brasileira, na qual ele teve duas grandes “encarnações”: a dos programas humorísticos, dos quais saíram personagens e bordões eternizados na memória do público; e a do apresentador de “talk show” que entrevistava com igual habilidade notáveis e desconhecidos. Mas Jô Soares, morto aos 84 anos no início de agosto, foi muito mais: homem de teatro, tradutor, artista plástico, escritor de sucesso e, em todos os ofícios que abraçou, um eterno curioso. Neste episódio especial, Matinas Suzuki Jr., coautor do livro de memórias do artista, relembra marcos e casos curiosos de uma carreira que se estendeu por mais de seis décadas: - Matinas descreve como Jô construía seus personagens – um mix de três tradições: o humor do rádio, do teatro de revista e do cinema e da chanchada. E ao talento, afirma, somava-se a “visão internacional” de quem estudou na Suíça; - Recorda como a mudança de Jô para São Paulo define os novos rumos de sua carreira e desperta seu interesse em programas “talk show” - o que se tornaria “seu grande projeto de vida”. E como se daria seu posterior sucesso no formato: “Quando ele se interessava por um assunto, virava professor”; - O jornalista fala sobre a “paixão do artista” enquanto escritor: era um leitor voraz de thriller policiais e humorísticos, e foi o gênero no qual brilhou como escritor de romances. “Jô tinha uma vida maior que a vida”, afirma o diretor de operações da editora Companhia das Letras; Amigo pessoal de Jô, Matinas revela qual a frase que o artista escolheu para a epígrafe do livro que escreveram juntos – a mesma que repetiu em seus últimos dias de vida. “A ausência de Jô é uma ausência reveladora de um país que perdeu a graça”, resume.

Dec 27, 2022 • 32min
REPRISE - Vida e obra de Elza Soares, por Ruy Castro
Neste episódio especial, reprisado nesta terça-feira, 23 de dezembro, O Assunto faz uma homenagem a uma de nossas maiores cantoras. Jornalista e escritor, profundo estudioso da música brasileira, Ruy Castro conduz o ouvinte por marcos da trajetória de Elza, que morreu em janeiro aos 91 anos: da estreia no programa de rádio de Ary Barroso, em 1953, à colaboração com jovens compositores em anos recentes, passando pela histórica gravação de “Língua”, de Caetano Veloso, que a resgatou de um período de ostracismo na década de 80. Biógrafo de Garrincha, com quem Elza viveu longo e conturbado casamento, Ruy a entrevistou dezenas de vezes para a feitura do livro, colhendo em primeira mão relatos das adversidades enfrentadas desde a infância de menina negra na favela até a luta, em vão, contra o alcoolismo do jogador. Neste episódio: - Ruy Castro recorda detalhes de toda a carreira de Elza, iniciada em um contexto de efervescência da música brasileira e cujo álbum de estreia (lançado em 1959) já a alçou à condição de “artista de grande popularidade e um grande estouro comercial”; - Como a cantora conseguiu atravessar o período no qual as gravadoras reduziram o investimento em artistas de samba. Gênero, analisa Ruy, que marcou o que ele considera a melhor fase da carreira de Elza, até o início dos anos 1970: “Não teve pra mais ninguém”; - Descrita por Ruy como “muito corajosa”, Elza realmente “cantou até o fim”, conforme letra da canção destacada no obituário do jornal americano “The New York Times”. O jornalista recorda como ela por diversas vezes conseguiu se reinventar como artista: “É uma coisa espantosa que tenha ‘recomeçado’ a carreira aos quase 80"; - Biógrafo daquele a quem Elza descreve como “o grande amor de sua vida”, Ruy Castro conta episódios da relação entre a cantora e o jogador de futebol – inclusive durante os períodos de dependência química de Garrincha.

Dec 26, 2022 • 39min
REPRISE - Os 50 anos do 'Clube da Esquina'
O encontro das ruas Divinópolis e Paraisópolis, em Belo Horizonte, reuniu talentos excepcionais, como os irmãos Lô e Marcio Borges, os músicos Ronaldo Bastos e Fernando Brandt. Todos guiados “pela inquietação e pela genialidade” de sua figura maior, Milton Nascimento. Quem relembra é o jornalista e antropólogo Paulo Thiago de Mello, autor de um livro sobre o Clube da Esquina e seu principal fruto: o disco homônimo lançado em março de 1972, divisor de águas na história da música brasileira. Um álbum duplo de sonoridade sofisticada e caráter sinfônico, no qual se mesclam influências que vão das raízes mineiras aos Beatles. Nesta segunda-feira, 26 de dezembro, O Assunto reprisa a homenagem ao disco. Neste episódio, Paulo Thiago resgata o contexto histórico em que vieram à luz canções como “Cais”, “Trem Azul”, “Um Gosto de Sol” e “Nada Será Como Antes”: - A história começa na década de 1960 quando Bituca (apelido de Milton Nascimento) se muda para o prédio onde mora a família Borges. Baseados na “forte relação de amizade” e inspirados pelo cinema francês, pelas músicas dos Beatles e pelo movimento tropicalista, eles começam a fazer música; - Paulo Thiago narra o encontro musical entre o jovem Lô Borges e o então celebrado Milton Nascimento – que àquela altura já assumira a liderança artística do grupo. E descreve como, a partir daí, se construíram as “letras misteriosas” e as “harmonias sofisticadas” das canções do álbum; - Chamado a comparar “Clube da Esquina” a outros discos seminais que saíram naquele ano (como “Acabou Chorare”, dos Novos Baianos), Paulo Thiago afirma que Milton e seus amigos levaram “o interior para a beira do mar": “A revolução deles foi musical”; - Para o antropólogo, o grupo reflete “a angústia e a asfixia” da pior fase da ditadura militar. Sinal disso, diz ele, é a presença de estrada em quase todas as letras, como um “portal para um universo que está no interior, e que só quem bota a mochila nas costas poderá encontrar".

Dec 23, 2022 • 36min
REPRISE - Notícias de Kiev, por Gabriel Chaim
A guerra russa na Ucrânia atravessou 2022 e completa 10 meses neste sábado (24). Na atual fase da batalha, o aliado maior de Putin é o inverno. Tropas russas atacam instalações de energia ucranianas, cortando a luz e o aquecimento, itens essenciais para a sobrevivência da população do país invadido. Nesta sexta-feira, 23, O Assunto reprisa o episódio originalmente publicado no dia 3 de março, quando o jornalista Gabriel Chaim relatou, direto da capital Kiev, a situação na cidade cercada e os limites da resistência da população local: - O momento “é crítico”, disse Gabriel, referindo-se ao cerco à capital e aos limites da resistência da população. “Ninguém sabe o que vai acontecer amanhã”; - Ele descreveu a confusão e o desespero de quem tentava ir embora e as estratégias de sobrevivência de quem optou por ficar ou simplesmente se resignou à ideia de não deixar a cidade; - Na principal estação ferroviária, milhares de pessoas que não sabem “qual será o próximo trem e para onde ele vai”. Em residências semidestruídas pelos bombardeios, “principalmente idosos, com menos mobilidade e menos recursos” para fugir; - Experiente em coberturas de guerra, o jornalista compara o conflito ucraniano à situação da Síria e da disputa territorial de Armênia e Azerbaijão: “uma das maiores catástrofes de nossos tempos”.

Dec 22, 2022 • 25min
REPRISE – Urna eletrônica, uma história de inclusão
Marco da revolução do processo eleitoral brasileiro, ela estreou em 1996. Desde então, a abstenção caiu e os índices de votos inválidos despencaram de 40% para cerca de 7%. Questionada por Jair Bolsonaro durante todo o processo eleitoral deste 2022, nenhum caso de fraude foi identificado desde que ela foi implementada. Nesta quinta-feira, 22 de dezembro, O Assunto reprisa o episódio originalmente publicado no dia 1º de agosto, com o cientista político Marcus André Melo: - Marcus André destaca momentos-chave da trajetória do voto no Brasil, como a introdução do sufrágio secreto (1932) e a adoção da cédula oficial (1955); - Lista termos reveladores da profusão de fraudes no Império e na República Velha, como “fósforos” (eleitores fantasmas) e “chapa de caixão” (cédula falsa); - Descreve o papel do voto obrigatório, ainda durante a ditadura militar, como um elemento para legitimar o processo eleitoral brasileiro – embora tenha rendido ao país o recorde de votos inválidos; - Explica por que o equipamento eletrônico foi um marco no “encorajamento à participação” dos eleitores menos instruídos e “deu concretude” ao direito universal ao voto.

Dec 21, 2022 • 18min
Mega da Virada: as chances (reais) de ganhar
Às 20 horas do dia 31 de dezembro vai ser sorteado o maior prêmio da história das loterias no Brasil. Quem acertar as seis dezenas da Mega da Virada pode levar para casa cerca de R$ 450 milhões - e, caso ninguém crave todos os números, o valor será dividido entre quem acertar a quina. Mas quais as chances reais de vencer? Neste episódio, Natuza Nery tira todas as dúvidas sobre a mais famosa loteria do país com o matemático Diego Marques, professor da Universidade de Brasília: - Diego explica a probabilidade de acerto das seis dezenas sorteadas com um jogo simples: “50 vezes mais difícil do que ser atingido por um raio; - O matemático fala sobre que estratégias aumentam as chances de levar o prêmio - se marcar mais dezenas por jogo ou fazer mais apostas diferentes; - Ele analisa a efetividade de entrar em um bolão - e conta suas experiências em apostas coletivas, sob a perspectiva da matemática; - Diego revela quantos anos são necessários, do ponto de vista estatístico, para que uma combinação simples seja sorteada. Mas pondera: “Se não jogar, a chance é zero”.

Dec 20, 2022 • 31min
O fim do Orçamento Secreto
Por 6 votos a 5, o colegiado do STF determinou a inconstitucionalidade das emendas de relator. Também no Supremo, o ministro Gilmar Mendes determinou que é permitido abrir créditos extraordinários para garantir o pagamento dos R$ 600 por beneficiário do Bolsa Família no ano que vem. Duas decisões que fortalecem o poder de Lula (PT) nas negociações com o Congresso. Para explicar o impacto da entrada da Suprema Corte no debate do Orçamento de 2023, Natuza Nery conversa com o jornalista Paulo Celso Pereira, editor executivo dos jornais O Globo e Extra. Neste episódio: - Paulo Celso diz por que, agora, o presidente eleito se torna “menos dependente” de Arthur Lira (PL) para dar início a seu governo em condições de honrar as promessas de campanha; - Analisa a diferença de ambiente que Lula enfrenta no Senado e na Câmara, e sua dificuldade em viabilizar a aprovação da PEC da Transição ao mesmo tempo que tenta construir base parlamentar; - Avalia a possibilidade “praticamente consolidada” da reeleição do presidente da Câmara, embora sem o mesmo capital político com o qual “emparedou” o Executivo nos últimos dois anos; - E projeta quais serão os mecanismos que Lula lançará mão para propor uma nova relação com o Congresso, que o receberá de modo “muito mais hostil” dos que seus dois mandatos anteriores.

Dec 19, 2022 • 26min
Primeira-dama: história e papel no Brasil
Nomenclatura reservada às mulheres de governantes eleitos, as primeiras-damas ganharam papel de destaque na vida pública brasileira a partir de Darcy Vargas, mulher de Getúlio. Casada com Lula, a socióloga Janja disse em entrevistas querer “ressignificar” essa função. Para entender como diferentes mulheres se valeram desse posto e suas ligações históricas com a assistência social, Natuza Nery recebe Dayanny Rodrigues, historiadora e doutora pela Universidade Federal de Goiás que estuda esse tema há uma década. Neste episódio: - Dayanny relembra como Darcy Vargas inaugurou a atuação pública atrelada à imagem do presidente, no período pós-2ª Guerra. E como esse papel nasceu ligado ao assistencialismo; - Explica o termo “primeiro-damismo”, um conjunto de práticas exercidas por mulheres de governantes, podendo ser estratégico (alinhado ao plano político) ou tático, quando a mulher consegue elaborar ações para além do papel do homem; - Avalia como recentemente Michele Bolsonaro e Janja tiveram papel político-eleitoral nas campanhas. E como Michele foi “convocada a falar para retratar falas” do atual presidente; - E conclui que ainda há um “engessamento” da figura social da mulher do presidente, desde o que vestir, até o que falar e como agir, em um processo considerado por ela “aprisionador”.


