

O Assunto
G1
Um grande assunto do momento discutido com profundidade. Natuza Nery vai conversar com especialistas, com personagens diretamente envolvidos na notícia, além de jornalistas e analistas da TV Globo, do g1, da Globonews e demais veículos do Grupo Globo para contextualizar, explicar e oferecer diferentes pontos de vista sobre os assuntos mais relevantes do Brasil e do mundo.
O podcast O Assunto, em comemoração aos 5 anos de existência, selecionou os 10 episódios essenciais para todo ouvinte na playlist 'This Is O Assunto'. Ouça agora no Spotify:
https://open.spotify.com/playlist/37i9dQZF1DXdFHK4Zrimdk
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Episodes
Mentioned books

Jan 12, 2023 • 25min
O Estado sob tensão: a ameaça golpista
Ainda sob o impacto do atentado contra a democracia que tomou de assalto as sedes do Executivo, do Legislativo e do Judiciário em Brasília, os líderes dos três Poderes agem para evitar mais ataques. E nesta quarta-feira a temperatura voltou a subir: diante da convocação para um novo ato terrorista nas redes sociais, a autoridade de intervenção federal ordenou a interdição da Esplanada dos Ministérios e o reforço da segurança pública. Neste episódio, Natuza Nery recebe o jornalista Thomas Traumann, colunista da revista Veja e do Poder 360, para analisar a reação das instituições diante da ameaça golpista: - Thomas avalia que as forças de segurança “passaram no teste da índole legalista” desta quarta-feira, ao contrário da postura “leniente à violência” vista no domingo; - Natuza e Thomas descrevem o papel do ministro da Defesa, José Múcio, na interlocução com os comandantes das Forças Armadas – e revelam os bastidores do encontro dos ex-ministros da pasta em prol da manutenção de Múcio no cargo; - Os jornalistas debatem os objetivos dos atos golpistas. Para Thomas, “eles sabiam que não eram capazes de dar um golpe de Estado, mas achavam que poderiam impedir o governo de funcionar” pela via do caos.

Jan 11, 2023 • 32min
Por dentro do acampamento golpista
Desde o início de novembro, os jornalistas Pedro Borges, Anna Reis e Afonso Ferreira se mantiveram infiltrados dentro do grupo de bolsonaristas que ocupou a frente do quartel general do Exército em Brasília. Neste período, eles circularam pela robusta estrutura de barracas, banheiros químicos e áreas de alimentação cujo financiamento ainda é desconhecido. E observaram o recrudescimento do discurso golpista e o aumento da radicalização violenta até os atos terroristas de domingo. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Anna e Afonso, que relatam tudo o viveram nos últimos dois meses: - Afonso descreve um “ambiente hostil” no qual os golpistas circulavam com pedaços de pau nas mãos atrás de eventuais “esquerdistas infiltrados” no movimento; (2:25) - Anna dá detalhes da estrutura do acampamento, da rotina das refeições e dos métodos de arrecadação de recursos realizada entre os radicais - “a conta não bate para uma estrutura tão grande”; (5:25) - Os jornalistas contam sobre a escalada na radicalização golpista. Afonso recorda a conversa que ouviu entre radicais dispostos “a matar e a morrer” e Anna fala sobre o “orgulho” daqueles que voltaram lesionados dos atos de domingo; (15:20) - Eles relatam também o processo de desmonte do acampamento e como os terroristas já começam a articular novos movimentos – e já falam em “tacar fogo” nos prédios dos Poderes. (27:45)

Jan 10, 2023 • 30min
A incubadora de terroristas no Brasil
Durante pelo menos seus 4 anos de mandato, Jair Bolsonaro (PL) incentivou o golpismo entre seus apoiadores, numa série de abusos que expôs milhares de brasileiros aos riscos da pandemia e sequestrou a data da Proclamação da Independência do país. Como reação ao resultado das urnas em 2022, grupos bolsonaristas questionaram a legitimidade do processo eleitoral, bloquearam estradas e fizeram campanas em frente a quartéis das Forças Armadas – uma escalada autoritária que culminou no mais grave atentado contra o Estado Democrático de Direito, neste domingo. Para explicar como este movimento radical se estruturou no Brasil, Natuza Nery conversa com a antropóloga Isabela Kalil, coordenadora do Observatório da Extrema Direita e do curso de Sociologia e Política da Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Neste episódio: - Isabela descreve as três principais características da “extrema direita contemporânea” e o papel do “apito de cachorro” na lógica de mobilização desses grupos; - Para ela, o golpismo pode entrar em uma nova fase “pós-bolsonarista”: um movimento menos numeroso em relação a apoiadores, mas com “maior grau de violência e radicalidade”; - A antropóloga descreve a movimentação em redes da horda bolsonarista e como o discurso "dúbio" do ex-presidente é combustível para o processo de “dissonância cognitiva” de seus apoiadores.

Jan 9, 2023 • 34min
Golpismo bolsonarista toma Planalto, Congresso e STF
A Praça dos Três Poderes foi o cenário do mais grave atentado terrorista contra o Estado Democrático de Direito brasileiro. Pouco antes das 15 horas de domingo, dezenas de milhares de golpistas organizados invadiram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e vandalizaram parte da estrutura dos prédios e destruíram patrimônio público - a lista de objetos danificados tem documentos, mesas, cadeiras, obras de arte, computadores e outros equipamentos eletrônicos. Uma série de eventos que ocorreu sob a complacência dos agentes de segurança do Distrito Federal. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Miriam Leitão, jornalista da TV Globo, da Globonews, do jornal O Globo e da rádio CBN, sobre os significados e as consequências deste dia 8 de janeiro: - Miriam descreve o passo a passo das “cenas inacreditáveis de profanação” das sedes e dos símbolos dos três Poderes da República - e questiona sobre quem financiou os atos golpistas; - Ela explica por que autoridades como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) podem ser responsabilizados criminalmente “por ação ou omissão”; - A jornalista analisa a “decisão moderada” de Lula (PT) de decretar a intervenção federal no DF – que irá durar até 31 de janeiro e terá o comando de uma liderança civil; - Miriam comenta ainda a atuação do ministro da Defesa, José Múcio, que fez “avaliação absolutamente equivocada” em relação aos manifestantes que passaram meses em frentes aos quartéis. E alerta para o “golpismo” em setores das Forças Armadas.

Jan 6, 2023 • 23min
A crise nas gigantes da tecnologia
Uma onda de demissões em massa vem atingindo uma a uma as maiores empresas de tecnologia do Vale do Silício. Nos últimos meses, Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (Google e Youtube), Twitter (recém comprada pelo bilionário Elon Musk), Apple, Amazon e Microsoft, entre outras, cortaram dezenas de milhares de profissionais - um pessimismo que não se via desde o estouro da bolha da internet, em 2000. Para explicar as causas e as consequências do derretimento das “big techs”, Natuza Nery conversa com o jornalista Pedro Doria, colunista do jornal O Globo e editor do Canal Meio, que cobre o setor de tecnologia há quase três décadas. Neste episódio: - Pedro relaciona as políticas restritivas da pandemia com a expectativa das gigantes da tecnologia de que “digitalizaríamos cada vez mais a nossa vida” - e como isso gerou um boom de expansão e contratações; (3:25) - Explica a cadeia de investimentos de risco por trás da cultura de inovação do Vale do Silício, e o impacto provocado pela alta dos juros nas grandes e nas pequenas empresas do setor; (8:15) - E posiciona a China no quebra-cabeça da indústria da tecnologia: o país concentra grande parte da manufatura do setor e tem companhias que buscam protagonismo global. (17:30)

Jan 5, 2023 • 29min
Explosão de Covid na China
Depois de quase três anos de Covid zero, a política chinesa de prevenção contra o coronavírus entrou em colapso. No segundo semestre do ano passado, o número de casos cresceu na mesma proporção em que as medidas de isolamento social foram enrijecidas e parte da população reagiu, dando início a uma série de manifestações nas ruas de grandes cidades do país - protestos que colocaram em alerta até o regime central em Pequim. Xi Jinping, então, propôs um giro de 180° no combate à pandemia, um “liberou geral” que pode resultar em mais de 1 milhão de mortes, novas variantes e recuo na economia global. Neste episódio, Natuza Nery recebe Maurício Santoro, professor de relações internacionais da UERJ, onde faz parte do Núcleo de Estudos sobre China, e Julio Croda, infectologista da Fundação Oswaldo Cruz. - Maurício traça a linha do tempo dos protestos e das reações do governo chinês, a começar pela onda de protestos iniciada em novembro até a “transformação súbita” nas medidas sanitárias contra a Covid; (4:35) - Ele explica por que o sistema de saúde chinês e a vacinação aquém do adequado, sobretudo entre os idosos, podem ser insuficientes para dar conta de atender uma população superior a 1 bilhão de pessoas; (9:30) - E analisa as consequências de uma eventual desaceleração da capacidade produtiva chinesa nas cadeias de produção global e seus “potenciais inflacionários” em todo o mundo – inclusive no Brasil; (19:40) - Julio Croda fala sobre a importância de monitorar o surgimento de novas variantes e justifica por que as medidas de restrição a turistas chineses no Ocidente podem ter impactos negativos neste aspecto. (22:50)

Jan 4, 2023 • 24min
O STF no governo Lula 3
Neste ano dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se aposentarão compulsoriamente: Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. Com o direito a duas indicações para o tribunal, o presidente Lula (PT) terá uma Corte diferente para lidar. Para entender o que esperar da relação entre os poderes Executivo e Judiciário, Natuza Nery conversa com Eloísa Machado, professora de direito constitucional da FGV. Neste episódio: - Eloisa avalia que as duas próximas nomeações serão "as mais importantes no STF" e explica o porquê; - A pesquisadora do STF traça o perfil de Lewandowski e Weber; - Avalia o tamanho da influência de Lula no Supremo.

Jan 3, 2023 • 29min
A responsabilização pelos crimes da pandemia
Em seu primeiro discurso após tomar posse, o presidente Lula (PT) enfatizou que haverá apuração e punição dos delitos cometidos na gestão do governo Bolsonaro da pandemia. A fala coloca em evidência as violações atribuídas ao ex-presidente, - somente no relatório final da CPI da Covid são 9. E também a omissão em iniciar qualquer investigação pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. Para entender do que se tratam essas acusações, Natuza Nery conversa com Deisy Ventura, professora titular de Ética da Faculdade de Saúde Pública da USP e coordenadora, na USP, de um estudo que analisou mais de 3 mil normas relacionadas à Covid-19 baixadas pela gestão Bolsonaro. Neste episódio: - Deisy indica o que pode mudar na coleta de provas com novos depoimentos e documentos vindo a público por esforço do novo governo; - A jurista interpreta os sentidos do uso da palavra "genocídio" nessa discussão; - Como as palavras de ordem por "Sem Anistia" surgidas neste domingo dialogam com outros momentos da história do Brasil; - O episódio ainda conta com um depoimento exclusivo de André Maya Monteiro sobre o seu pai, o designer Claudio Maya Monteiro, preso torturado pela ditadura em 1970 e, décadas mais tarde, morto pela Covid-19 dias antes do início da vacinação no Brasil.

Jan 2, 2023 • 30min
A estreia do terceiro mandato de Lula
No último domingo (1º) o presidente Lula tomou posse pela terceira vez. A cerimônia contou com discursos marcantes do presidente e a entrega da faixa pela sociedade civil - um grupo de oito pessoas subiu a rampa com Lula. O grupo representava a diversidade da população brasileira. Neste mandato, Lula enfrenta o desafio de governar o país com uma popularidade menor do que tinha antes. Somado a isso, estão as dificuldades orçamentárias e uma preocupação com a radicalização da oposição ao governo. Neste episódio, Natuza Nery conversa com o jornalista Fábio Zambeli, analista-chefe em São Paulo do Jota, e que há quase 3 décadas se dedica à cobertura política, sobre os momentos marcantes da posse e o que eles representam: - Segundo Zambeli, a caminhada na rampa do Palácio do Planalto foi uma solução sob medida para Lula, que teve uma subida triunfal; - Ao analisar os discursos de Lula durante a posse, o jornalista avaliou que Lula adotou um tom mais duro no Congresso, para demarcar limites que vão na contramão de quem precisa expandir a base política para governar. A fala aos parlamentares, para Zambeli, mostrou que o presidente busca o protagonismo na agenda, sem trégua ao governo que saiu de cena. Já o discurso no parlatório foi voltado a toda a população, e não apenas aos que votaram nele. - O jornalista destacou que Lula nunca adotou a cartilha liberal, e que tem o desafio de explicar como vai aplicar uma nova regra fiscal sem levar as contas públicas ao colapso.

Dec 31, 2022 • 24min
EXTRA: A cara do governo Lula 3
Na última quinta-feira (29), depois de seguidos atrasos, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva terminou de montar sua nova equipe. Foram anunciados os 16 ministros que faltavam de um total de 37 pastas. Na nova leva, mais mulheres, a primeira ministra indígena da história do Brasil e nomes das siglas que podem compor a futura base de Lula no Congresso Nacional. Neste episódio, Natuza Nery conversa com a jornalista Vera Magalhães -- colunista do jornal O Globo, comentarista da rádio CBN e apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura -- sobre quem saiu vitorioso e quem saiu perdendo neste processo e quais os sinais emitidos pela formação do governo Lula 3: - Segundo Vera, "pode ser um governo amplo, um governo diverso, mas é um governo em que o core é petista, tanto na área econômica, quanto na área política"; - Ao analisar os ganhos em termos de diversidade, a jornalista destaca o fato de termos, pela primeira, uma mulher no comando da Saúde: "que é dos dois grandes ministérios em termos de orçamento e de política na ponta. Isso é algo histórico e que tem o potencial de ser muito bom para a valorização das mulheres"; - Sobre o papel dos partidos do que Vera classifica como "novo centrão" na governabilidade futura, ela diz que é uma história ainda "está para escrita", já que algumas das siglas do "centrão velho" ficaram muito "compradas em ações do Bolsonaro e do orçamento secreto, duas coisas que estão de saída", como o Republicanos e o PP -- que Arthur Lira tentará "levar mais para perto do governo". - Vera também aborda as aparentes dissonâncias entre o ministro da Defesa, José Mucio, e da Justiça, Flávio Dino, em relação ao desmantelamento do acampamento bolsonarista na frente do QG do Exército. Os manifestantes pedem intervenção militar, o que é vedado pela Constituição. "Tende a ser tomada uma providência para desocupar realmente os quartéis. E não pode ficar só nas costas do Alexandre de Moraes".


