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O Assunto

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Jul 17, 2023 • 27min

Agricultura familiar no combate à fome

A retomada do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), uma das principais ferramentas do governo federal nos mandatos petistas para acabar com a fome no país, foi aprovada no Congresso. A nova versão tem orçamento previsto de R$ 500 milhões e garante a compra de alimentos de propriedades rurais familiares – que passam a ter também crédito de R$ 71 bilhões oferecidos pelo Plano Safra. Para explicar o funcionamento do PAA, seu impacto para a agricultura familiar e seu papel no combate à insegurança alimentar, Natuza Nery conversa com Julian Perez-Cassarino, professor de agroecologia da Universidade Federal da Fronteira Sul e pesquisador da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Penssan). Neste episódio: - Julian destaca a importância do PAA nas “duas pontas da fome”: distribui comida para famílias em situação de insegurança alimentar e viabiliza a comercialização da agricultura familiar. “Ao mesmo tempo que oferta alimentos saudáveis pra pessoas na cidade, garante geração de renda para famílias rurais”, resume; - Ele recorda os primeiros dez anos do programa, nos quais o volume de recursos cresceu ininterruptamente até, em 2013, chegar ao equivalente a R$ 1 bilhão (em valores corrigidos) - no ano seguinte, 2014, o Brasil saiu do mapa da fome da ONU. “Nos últimos cinco anos, o programa está praticamente zerado”, lamenta; - Julian conta como vai funcionar o projeto que une o PAA com o chamado Cozinha Solidária: “Vamos fechar uma cadeia muito bonita de promoção da segurança alimentar”. Ele explica que boa parte dos alimentos que irá abastecer o Cozinha Solidária terá origem nas propriedades rurais familiares; - O pesquisador avalia que agora será mais difícil superar a fome do que em 2003, quando o PAA foi inaugurado: "Houve um grande desmonte das políticas públicas nos últimos quatro anos”.
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Jul 14, 2023 • 28min

Bombas de fragmentação e o poder da Otan

Proibidas em mais de 120 países que assinaram um tratado internacional contra seu uso, as munições clusters são armamentos com alto poder ofensivo contra cidadãos civis – e que podem explodir mesmo anos depois de serem lançadas. Nesta semana, o arsenal ucraniano foi abastecido com novas bombas deste tipo, enviadas pelos EUA. A Otan, principal aliança intergovernamental militar do Ocidente, avalizou o uso do equipamento na guerra. Para explicar as consequências das bombas de fragmentação e o atual status da Otan no conflito contra a Rússia, Natuza Nery conversa com Cristian Wittmann, professor de direito da Unipampa e integrante do conselho do Ican, organização premiada com o Nobel da Paz em 2017. E com Marcelo Lins, apresentador e comentarista da GloboNews. Neste episódio: - Cristian descreve o funcionamento das bombas e como suas submunições “mutilam e tiram a vida de vítimas civis, décadas depois”. Ele avalia as motivações do Brasil para rejeitar o acordo que proíbe o uso do armamento: “O Brasil produz e exporta essas armas”; - Ele informa que a taxa de falha dessas armas pode chegar a até 60%, o que significa um enorme volume de explosivos remanescentes no território atingido: Laos, por exemplo, tem mais de 80 milhões de bombas e aproximadamente 300 mortes por ano - herança da Guerra do Vietnã, há mais de quatro décadas; - Marcelo Lins avalia como “desconfortável” a posição da Otan diante do uso das “mais covardes armas” em favor da Ucrânia: “Seria natural a busca por solução no diálogo”, afirma. Ao invés disso, as autoridades da aliança do Ocidente investem em uma vitória militar e usam isso como desculpa “para alimentar a máquina de guerra com uma arma tão cruel”; - O jornalista também afirma que “nunca antes a Otan esteve tão unida e tão forte”, resultado da ação de Vladimir Putin de invadir a Ucrânia - que apela aos membros para também integrá-la. Mas questiona também se a organização não deveria ter sido extinta junto com o Pacto de Varsóvia, ao fim da Guerra Fria.
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Jul 13, 2023 • 28min

Deflação: queda nos preços e o futuro da inflação

Pela primeira vez no ano, o IPCA fechou um mês no negativo. Junho registrou queda de 0,08% na média geral de preços, puxado, principalmente, pelo comportamento dos alimentos (um recuo de 4% no consolidado de 12 meses) e dos transportes (devido à redução dos combustíveis). Resultado que tem impactos no acesso à alimentação para as famílias de baixa renda e também na autoridade monetária, mais pressionada para reduzir a taxa de juros. Para explicar as consequências da deflação na economia brasileira, Natuza Nery entrevista o economista André Braz, coordenador do núcleo dos preços ao consumidor do Instituto Brasileiro de Economia da FGV-RJ. Neste episódio: - André avalia que a tendência da inflação é acelerar, mas destaca uma “boa notícia”: “A alimentação deve seguir com variação próxima de zero ou até negativa”. Isso porque o momento é de “trégua” em relação aos impactos inflacionários dos últimos anos, como pandemia e guerra na Ucrânia - ainda que as safras de alimentos estejam sob o risco do fenômeno El Niño; - Ele projeta os efeitos do retorno integral dos tributos federais sobre os combustíveis na formação de preço geral da economia e analisa a fase atual na curva da inflação à luz do acumulado dos últimos 12 meses: “A renúncia fiscal do segundo semestre do ano passado rendeu forte queda de inflação”, afirma, sobre o pacote de medidas assumido pelo governo anterior nas vésperas da eleição; - O economista comenta a manutenção da taxa Selic no atual patamar de 13,75%, levando em consideração os ainda elevados preços do setor de serviços. “Apesar de números distantes da meta, o processo de redução da inflação está acontecendo, mas lentamente”, avalia. “Caberia corte de juros na próxima reunião [do Copom]? Caberia, talvez de 0,25, que é o consenso de mercado”.
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Jul 12, 2023 • 33min

Autismo: desafios do diagnóstico e da inclusão

Cada vez mais pessoas vêm identificando que determinados comportamentos e experiências estão relacionadas a uma condição mais ampla, o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Um levantamento realizado nos Estados Unidos demonstra o salto no número de diagnósticos: há 20 anos, havia 1 caso de autismo a cada 150 crianças; agora, identifica-se 1 caso a cada 36 crianças. No Brasil, o contingente identificado no TEA já passa de 2 milhões. E se, por um lado, a descoberta do diagnóstico avança, por outro, ainda falta muito para que toda essa população esteja devidamente integrada – pelo menos 85% dos autistas ainda não são absorvidos pelo mercado de trabalho. Para explicar tudo que está relacionado ao espectro autista, Natuza Nery conversa com o quadrinista Fúlvio Pacheco, autor dos livros Relatos Azuis e Relatos Autistas e coordenador da Gibiteca de Curitiba e do núcleo paranaense da Associação Abraça de Pessoas Autistas, e com Joana Portolese, neuropsicóloga e coordenadora do programa de diagnóstico do TEA do Hospital das Clínicas, na USP. Neste episódio: - Fúlvio conta como a notícia do diagnóstico foi um “divisor de águas” em sua vida. Uma investigação que começou depois do nascimento de seu filho mais novo, Murilo, diagnosticado ainda na primeira infância: “Quando ele começou a fazer as terapias, eu comecei a me ver, lembrando de quando tinha a idade dele. E não só eu, mas meu pai e meu irmão também têm algum grau de autismo”, afirma; - Ele também relata os episódios de discriminação que sofreu com Murilo, cujo grau no TEA baixou de 3 (severo) para 2 (moderado): “A criança autista às vezes tem colapsos, e as pessoas olham, criticam e teve até um caso em que uma senhora deu um tapa nele”. E, diante de um contexto no qual a aceitação aos autistas ainda é um desafio, ele advoga em prol das cotas. “No mercado de trabalho, uma pessoa autista pode ser até mais interessante do que uma pessoa neuro típica”, conclui; - Joana descreve as características do espectro autista, as diferenças entre os três graus da condição: que pode variar entre uma vida completamente funcional e capacidade cognitiva muito elevada até uma situação de não-verbalidade e alta dificuldade de viver autonomamente. “No nível leve, é comum que as pessoas tenham o diagnóstico mais tardio, e esse é um momento de autoconhecimento e liberação”, afirma; - Ela apresenta as hipóteses do crescimento no número de crianças diagnosticadas com autismo nos últimos anos. Uma delas se relaciona à “qualificação dos profissionais, ao número de pesquisas feitas e o acesso dos pais a mais informação” - elementos que levam também à possibilidade de identificar a condição na infância. “Quanto mais precoce a descoberta, melhor o desenvolvimento”, resume.
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Jul 11, 2023 • 42min

AO VIVO – Endividamento, e como sair dele

No dia em que o podcast O Assunto chega ao episódio 1.000, Natuza Nery conversou ao vivo com Myrian Lund, planejadora financeira e professora de finanças na FGV do Rio de Janeiro. Com mais de 78% das famílias brasileiras endividadas, a especialista responde perguntas enviadas pela audiência e dá dicas sobre como lidar com dívidas que se arrastam e com aquelas que ainda vão vencer. Neste episódio: - Myrian explica como compras picadas podem levar ao descontrole no longo prazo. "Quando a gente tá muito endividado, acaba comprando por compensação, e o barato sai caro"; - A analista explica quais são os tipos de conta que vale a pena parcelar. No Brasil, há mais cartões de crédito do que pessoas, e a maior parte das famílias tem dívidas atreladas ao cartão. "Cartão de crédito você deve ter um só", destaca; - A planejadora também explica por onde começar a se organizar financeiramente. "O primeiro passo é relacionar receitas e despesas." Segundo Myrian, saber o que se tem para gastar todo mês é essencial para não perder controle do dinheiro.
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Jul 10, 2023 • 1h 14min

ESPECIAL: Natuza Nery entrevista Fernando Haddad

Nesta segunda-feira (10), na semana em que o podcast O Assunto comemora 1000 episódios, Natuza Nery entrevistou ao vivo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele fala sobre a relação com o PT e a pressão externa, além da articulação política no Congresso e as negociações com os presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP) e Rodrigo Pacheco (PSD). Também fala sobre a reforma tributária, investimentos no Brasil, as eleições e os bastidores da foto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Para o ministro, a grande marca do terceiro mandato de Lula pode ser a transição ecológica, e o Ministério da Fazenda está fazendo planos para que isso aconteça. - Haddad diz que, nos últimos meses, tanto o "fogo amigo" como o "inimigo" diminuíram. “O amigo e o inimigo. O fogo diminuiu. Eu tô me sentindo menos na frigideira do que eu estava três meses atrás." Ele afirma que, depois de 23 anos de vida pública, está acostumado com os altos e baixos, e vê com naturalidade as discordâncias dentro do PT: "O meu partido tá cheio de gente de opinião, que pensa diferente, que estudou outra coisa. Eu não deixo também de conversar com o PT, de ir às reuniões da executiva, de explicar o que eu tô fazendo". - Sobre a relação com Lira, Haddad afirma que ela significa a "volta da política com P maiúsculo". O ministro conta que, desde o início da transição, tentou garantir que o processo fosse feito da maneira mais harmônica possível, surpreendendo inclusive a pessoas com quem nunca tinha tido contato. “Eu nunca desrespeitei a institucionalidade da Câmara e do Senado. Eu negociei a PEC da transição, e foi quando conheci o Lira." - O ministro confirma que se reunirá com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), nesta terça-feira (11), para discutir a reforma tributária e a tramitação do projeto no Senado, depois da aprovação do texto na Câmara dos Deputados na última semana. “Nós temos que concluir a tramitação da PEC no Senado, mas nós não vamos aguardar o final da tramitação para mandar para o Senado a segunda fase da reforma”, explica. - O ministro afirma que, depois de uma "década trágica" na economia, a expectativa é de um novo ciclo de crescimento. "De 2013 a 2022, foram 10 anos que vão marcar a nossa história e são anos que vão ensejar muitos estudos para saber o que de fato aconteceu. Espero que essa década tenha ficado para trás e que 2023 inaugure um novo ciclo."
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Jul 10, 2023 • 41sec

CONVITE: Natuza Nery entrevista Fernando Haddad

O Assunto vai ter um episódio especial, transmitido ao vivo direto de Brasília, nesta segunda-feira (10), a partir das 11h. Natuza Nery entrevista Fernando Haddad, ministro da Fazenda. O episódio vai ficar disponível, na íntegra, no g1 e nas plataformas de áudio. E na semana em que o podcast completa 1.000 episódios, O Assunto vai passar ter cortes, em vídeo, publicados no g1 e nas redes sociais.
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Jul 7, 2023 • 37min

Adeus a Zé Celso, o revolucionário do teatro

Nesta quinta-feira (6), a dramaturgia brasileira perdeu um de seus mais importantes nomes. José Celso Martinez Corrêa morreu depois de um incêndio em seu apartamento em São Paulo, onde vivia com o marido, o ator Marcelo Drummond – com quem mantinha um relacionamento de quase 40 anos, cujo último ato foi a cerimônia de casamento um mês atrás. No Teatro Oficina, fundado em 1958, Zé Celso escreveu, adaptou e dirigiu peças que entraram para a história da cultura brasileira e que formaram artistas ao longo de seis décadas. Para dimensionar o tamanho da história e da contribuição do artista ao Brasil, Natuza Nery ouve Pascoal da Conceição, ator, diretor e produtor cultural que começou a carreira no Teatro Oficina e que era amigo íntimo de Zé Celso. Neste episódio: - Pascoal conta quais eram os planos profissionais do dramaturgo: a adaptação do livro "A Queda do Céu", com pensamentos do xamã yanomami Davi Kopenawa, para uma peça que seria exibida em comunhão com a natureza no parque do Teatro Oficina. “Ele anunciou que este seria o trabalho mais importante da vida dele”, relata; - O ator comenta as qualidades de Zé Celso como diretor de teatro: “Ele faz trabalhos coletivos e tem a capacidade de catalisar o trabalho de muita gente”. E recorda como as atuações que fez na TV como Dr. Abobrinha, do Castelo Ra-Tim-Bum, e no teatro com Hamlet tiveram influência de sua direção. “Ele falava que não existe atuação no particular, ela é sempre pública”, lembra; - Ele também detalha a história do Teatro Oficina, alvo de censura e perseguições pela repressão da ditadura militar: atores e atrizes foram agredidos e houve até um incêndio criminoso. E, mais recentemente, a tentativa do dramaturgo em comprar o terreno – que está em disputa judicial com o Grupo Silvio Santos. “Ele foi até o Banco Central e disse: que economia você quer pro Brasil, a dos que fazem teatro ou carnê?”, conta; - Por fim, Pascoal recupera a ideia de Zé Celso que “não somos drama, somos tragédia” para explicar sua morte. E justifica porque ele tinha o apelido de ‘fênix’. “É obrigado a levantar e sair à luta, sair pra vida”, conclui.
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Jul 6, 2023 • 22min

A ofensiva histórica de Israel na Cisjordânia

O saldo da maior operação militar israelense em duas décadas, na região de Jenin, foi de 12 mortos, dezenas de feridos e uma retaliação violenta de um integrante do grupo radical Hamas em Tel Aviv. O novo e sangrento capítulo da tensão histórica foi engatilhado quando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou a construção de novos assentamentos em território reivindicado pela Autoridade Palestina. Para explicar o cenário do conflito, Natuza Nery recebe Guga Chacra, comentarista da Globo e da GloboNews em Nova York e colunista do jornal O Globo. Neste episódio: - Guga descreve o que é a Cisjordânia, a composição de sua população e como seu território está dividido atualmente: Israel controla 60% e é responsável pela administração e controle militar; e apenas 18%, separados em agrupamentos “ilhados”, está completamente sob domínio palestino. “Isso inviabiliza completamente a possibilidade de um Estado palestino ali”, afirma; - Ele explica como o governo de Netanyahu se aliou aos setores da extrema-direita e se tornou o “mais radical de todos os tempos” em Israel. E como, do outro lado, a liderança da Autoridade Palestina é “incompetente e enfraquecida” e vê partes do território submetidas ao Hamas; - O jornalista avalia quais são as perspectivas reais para a resolução do conflito. “Sou do grupo dos céticos”, afirma. Para ele, na prática, há dois caminhos: a manutenção do status quo ou a criação de um Estado palestino. “Israel já decidiu que quer o status quo, mas pros palestinos é uma situação insustentável”, conclui;
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Jul 5, 2023 • 31min

A diferença de salário entre homens e mulheres

A legislação trabalhista determina igualdade de condições e remuneração independentemente do gênero, mas a realidade aponta que mulheres ainda recebem, em média, salários 30% menores que os homens na mesma função. Agora, a nova lei para paridade de gênero, sancionada pelo presidente Lula (PT) na segunda-feira (3), estabelece critérios objetivos a serem cumpridos pelas empresas e até o pagamento de multa equivalente a 10 vezes o salário da profissional discriminada. Para explicar a nova regra e propor soluções para o problema ainda mais complexo das condições de trabalho e carreira de mulheres, Natuza Nery conversa com a procuradora Danielle Olivares, vice coordenadora nacional de promoção de igualdade de oportunidades do Ministério Público do Trabalho, e Carmen Migueles, professora e pesquisadora da Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da FGV-RJ. Neste episódio: - Danielle detalha as regras da nova lei: das obrigações das empresas à aplicação de penalidades e multas. “Ela traz possibilidade efetiva de corrigir as distorções entre a remuneração de homens e mulheres”, afirma; - Ela avalia que a nova lei trará benefícios ao exigir das empresas plano de ação do porquê da distorção salarial de gênero e da discrepância entre homens e mulheres nos cargos de gerência e diretoria. “É um grande passo no combate à discriminação”, resume; - Carmen informa que a massa salarial feminina é, em média, 30% menor do que a masculina. Entre as causas estão a “difícil questão da preferência das mulheres por empregos menos remunerados” e a “dupla jornada” de trabalho remunerado e de cuidado doméstico - que atingem a todas as classes sociais: “De um lado, mulheres desistem de se candidatar a cargos de diretoria; de outro, aceitam empregos de baixa remuneração”; - Ela aponta a “correlação direta entre a falta de suporte para a mãe que trabalha e a pobreza no Brasil e no mundo”. Para reverter isso, sugere a criação de creches 24 horas para crianças e idosos e de “redes de fraternidade feminina”.

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