Imposturas Filosóficas

Razão Inadequada
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Jun 30, 2023 • 1h 22min

#217 em busca do tempo roubado | mais-valia, trabalho reprodutivo e consumo

A pressa é amiga do capital. A sensação de falta de tempo é recorrente, a ponto de ser um sintoma psicossocial: reclamamos o tempo todo do nada de tempo que sobra. Mas se a condição de estarmos vivos é a de estar no tempo, como pode ser que ele nos falte? Na verdade, o tempo falta porque nos é roubado no modo capitalista de produção: na forma de mais-valia, pelo patrão; na forma de reprodução, pelo patriarcado; na forma do consumo, pelos publicitários. A inscrição dos traços capitalistas na formação da nossa subjetividade alterou a maneira como percebemos o tempo, mas ainda assim parece existir um outro tempo, mais vivo, passando por baixo do concreto das cidades. No podcast desta sexta, o último do semestre, conversamos sobre a pressa que se impõe a todos nós e partimos "em busca do tempo roubado".ParticipantesRafael LauroRafael TrindadeLinksTexto lidoOutros LinksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurMailing: Adriana VasconcellosAss. Produção: Bru AlmeidaCortes: Marcelo StehlickTexto: Rafael Lauro e Rafael TrindadeGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show
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Jun 23, 2023 • 1h 29min

#216 aprender mudando o mundo (com Gabi Jacques) | entre Espinosa e Skinner

Tanto Espinosa quanto Skinner, um na filosofia e outro na clínica, se dedicaram ao florescimento da vida humana, e refletiram sobre a alegria e a liberdade. Mas como definir a melhor alegria? E o que é realmente a liberdade? A Alegria, para Espinosa seria uma aumento, uma transição do grau de potência para um estado superior. A liberdade é então a capacidade de apropriar-se ativamente das alegrias, ser a causa delas. Já para Skinner a alegria é uma sensação, que nasce de determinadas relações entre um organismo e o mundo que o rodeia. A definição de liberdade estaria intimamente inserida nas contingências que definem as interações. Os dois pensadores ensinam uma única e mesma coisa: para tornar-se livre e alegre é preciso interagir com a realidade, entrar em relação direta com ela, em suma, "aprender mudando o mundo"ParticipantesGabi JaqcquesRafael LauroRafael TrindadeLinksTexto lidoToda Segunda 19hOutros LinksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurMailing: Adriana VasconcellosAss. Produção: Bru AlmeidaCortes: Marcelo StehlickTexto: Rafael Trindade e Gabi JacquesGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show
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Jun 16, 2023 • 1h 13min

#215 essa casa não é mais sua | Atlanta, antirracismo e reparação

São dez anos escrevendo sobre filosofia, mas nunca escrevemos sobre temas raciais. Como pudemos ignorar um tema tão urgente? Um dos motivos que explica nunca termos escrito sobre racismo é o fato nada banal de que nunca o sofremos. Essa ideia serviu pra gente pensar como o branco pode participar da luta antirracista. É preciso começar percebendo que a raça tem um passado que pesa sobre as pessoas racializadas, mas que tem servido aos brancos como privilégio. O branco é o único que pode passar a vida inteira desviando do assunto, afirmando hipocritamente: "somos todos iguais". No podcast desta sexta, conversamos sobre a necessidade de políticas de reparação que permitam dizer aos herdeiros brancos: "essa casa não é mais sua"ParticipantesRafael LauroRafael TrindadeLinksTexto lidoToda Segunda 19hOutros LinksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurMailing: Adriana VasconcellosAss. Produção: Bru AlmeidaCortes: Marcelo StehlickTexto: Rafael LauroGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show
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Jun 9, 2023 • 1h 10min

#214 filosofia plutônica | Platão e a dificuldade das definições

É difícil classificar as coisas, porque quanto mais as conhecemos, mais elas se diferenciam. Os astrônomos, por exemplo, mudaram de ideia sobre Plutão, ele é pequeno demais para ser considerado um planeta. Para Platão, a procura por boas definições, que digam apropriadamente o que as coisas são, é uma das preocupações da filosofia. Porém, sempre sobra um tanto de não-ser e não-saber nas coisas - e o filósofo respeita isso, ao contrário do sofista, que usa disso benefício próprio. No podcast desta sexta, conversamos sobre a importância de encontrar bons nomes e chamamos tal prática de "filosofia plutônica".ParticipantesRafael LauroRafael TrindadeLinksTexto lidoToda Segunda 19hOutros LinksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurMailing: Adriana VasconcellosAss. Produção: Bru AlmeidaCortes: Marcelo StehlickTexto: Rafael TrindadeGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show
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Jun 2, 2023 • 1h 10min

#213 filosofia ou erosofia? (com Pedro Dotto) | Fedro, Platão

O amor às vezes nos acontece como uma espécie de enlouquecimento. É o que costumamos chamar de paixão. Os gregos antigos usavam o nome de um deus, Eros, para se referir a essa espécie de amor que nos toma de assalto e desorienta, alterando radicalmente nossas perspectivas. Tão antiga quanto essa forma enlouquecida de amar é o discurso contrário a ela. Afinal, apaixonar-se é algo bom ou ruim? Sócrates elogia a paixão e sua loucura, falando da abertura que leva o amante a tornar-se filósofo, por dedicar-se a conhecer um amor que não consegue explicar. Por isso, no podcast desta sexta conversamos sobre a função erótica do pensamento e a função filosófica do amor e perguntamos: "filosofia ou erosofia?"ParticipantesPedro DottoRafael LauroRafael TrindadeLinksTexto lidoToda Segunda 19h na TwitchOutros LinksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurMailing: Adriana VasconcellosAss. Produção: Bru AlmeidaCortes: Marcelo StehlickTexto: Rafael LauroGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show
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May 26, 2023 • 54min

#212 eu era feliz e sabia | Hume, experiência e memória

Feche os olhos e tente lembrar das coisas que estão à sua volta: repare, você tem os traços mais gerais do ambiente copiados na sua memória! Mas será que dentro da sua cabeça os objetos têm a mesma riqueza que eles possuem na própria experiência? Basta voltar a observá-los atentamente. Você verá que qualquer coisa, em seus mínimos detalhes, tem uma riqueza absolutamente irrepresentável. A experiência nos obriga a admitir que somos seres que se lembram de quase nada ou que se esquecem de quase tudo. O podcast desta sexta foi dedicado a este incômodo gerado pelo esquecimento e nos levou a pensar sobre a importância de viver o presente. Da presença, existe melhor objetivo do que guardar a sensação de que "eu era feliz e sabia"?ParticipantesRafael LauroRafael TrindadeLinksTexto lidoToda Segunda 19h na TwitchOutros LinksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurMailing: Adriana VasconcellosAss. Produção: Bru AlmeidaCortes: Marcelo StehlickTexto: Rafael LauroGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show
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May 19, 2023 • 1h 3min

#211 check-point do eterno retorno | Nietzsche, Zaratustra e o instante imenso

Quem vive no presente é muitas vezes atormentado pelo passado. O passado às vezes é descrito como uma bola de ferro, amarrada em nossos pés, impedindo o movimento e limitando a liberdade. Nietzsche pensou que este seria o maior desafio do Eterno Retorno: transformar todo "assim foi " em "assim eu quis". Pensando sobre o passado, ele propõe a ideia de Instante Imenso, um momento de tão intensa afirmação, que seria capaz de redimir tudo o que passou. Este Instante Imenso foi carinhosamente apelidado por nós, no podcast desta sexta feira, de "check-point do eterno retorno"ParticipantesRafael LauroRafael TrindadeLinksTexto lidoToda Segunda 19h na TwitchOutros LinksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurMailing: Adriana VasconcellosAss. Produção: Bru AlmeidaCortes: Marcelo StehlickTexto: Rafael TrindadeGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show
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May 12, 2023 • 1h 10min

#210 sempre tem uma tia que fuma um | David Cooper, família e coerção

As pessoas na sala de jantar estão preocupadas em nascer e morrer, não em amar. Inúmeras vezes, a família funciona como dispositivo repressor, dificultando que os indivíduos tomem a si mesmos em experimentação. A forma geral dessa repressão é a coerção, uma lei abstrata, não enunciada, mas concretamente punitiva. É por isso que há tantos tabus na conversa entre familiares: trata-se de um elaborado sistema de ameaças veladas. No podcast desta sexta, conversamos sobre a relação tensa entre desejo e família, até lembrarmos aliviados de que "sempre tem uma tia que fuma um".ParticipantesRafael LauroRafael TrindadeLinksTexto lidoToda Segunda 19h na TwitchOutros LinksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurMailing: Adriana VasconcellosAss. Produção: Bru AlmeidaCortes: Marcelo StehlickTexto: Rafael LauroGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show
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May 5, 2023 • 1h

#209 onde moram os deuses | afetos existenciais, entusiasmo

Somos poeira estelar, somos a morada de tudo aquilo que veio antes de nós. A palavra entusiasmo (do grego, en-theos) traduz a sensação de que existem deuses dentro de nós. A astronomia diz que há muito tempo atrás uma estrela precisou explodir para compor os elementos que hoje formam o nosso corpo. Deus, ou o Universo, compõem aquilo que somos, é parte íntima de nossa existência. Eis o entusiasmo, a percepção que somos um ponto finito onde infinitas forças se cruzam e se compõem. No podcast desta sexta, partimos dessa definição astronômica de entusiasmo para tentar responder "onde moram os deuses"ParticipantesRafael LauroRafael TrindadeLinksTexto lidoToda Segunda 19h na TwitchOutros LinksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurMailing: Adriana VasconcellosAss. Produção: Bru AlmeidaCortes: Marcelo StehlickTexto: Rafael LauroGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show
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Apr 28, 2023 • 59min

#208 máquinas de repetir conceitos | inteligências artificiais e geradores de lero-lero

Pedimos para uma inteligência artificial escrever um parágrafo filosófico sobre o liquidificador. Curiosamente, o resultado parece ter vindo direto de um liquidificador de conceitos, servindo puro suco de filosofês enganoso: "O liquidificador se apresenta como um complexo sistema de agenciamentos maquínicos, tecidos por linhas de fuga intensivas, que se conectam em um devir incessante". Apesar de ter sido escrito por um robô, as ideias nos lembraram os geradores de lero-lero ambulantes, papagaios diplomados que falam muito, mas pensam pouco. Assim, no podcast desta sexta, nos perguntamos o que acontece com a filosofia, quando nos tornamos "máquina de repetir conceitos".ParticipantesRafael LauroRafael TrindadeLinksTexto lidoGrupo de EstudosToda Segunda 19h na TwitchOutros LinksFicha TécnicaCapa: Felipe FrancoEdição: Pedro JanczurMailing: Adriana VasconcellosAss. Produção: Bru AlmeidaCortes: Marcelo StehlickTexto: Rafael TrindadeGosta do nosso programa?Contribua para que ele continue existindo, seja um assinante!Support the show

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