Fundação (FFMS) - [IN] Pertinente

Fundação Francisco Manuel dos Santos
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Aug 24, 2023 • 42min

EP 125 | CIÊNCIA: A química do lar

Diga lá se são mitos ou verdades:Uma nódoa de vinho tinto sai com vinho branco.Camisas com manchas amarelas só têm um destino: o caixote do lixo.Mas pôr a roupa ao sol resolve-lhe o problema. Ou não?Se não quer arriscar ou se tem todas as certezas, venha tirar a prova dos nove com a Inês Lopes Gonçalves e o cientista Nuno Maulide. Desta vez, eles vão abrir armários, despensas, gavetas, as deste século e as de séculos anteriores, para explicarem o que anda dentro da multidão de frascos, bisnagas, sprays e quejandos que temos em casa para limpar, desinfetar, tirar nódoas ou lavar. O Nuno vai falar-nos da química de todos estes produtos, mas, não contente com isso, a Inês ainda lhe irá perguntar sobre o efeito real das mezinhas do tempo das nossas bisavós. Nesta viagem, a dupla ainda nos levará a um passado distante, no qual o produto preferido para a lavagem das roupas era, nada mais, nada menos do que… a urina.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISThe chemistry of stain removalThe chemistry of cleaningCleaning your clothes with chemistryFrom Gunpowder to Teeth Whitener: The Science Behind Historic Uses of UrineAmmoniaSabão20 simple ways to keep mosquitoes awayHow do mothballs work?Tudo o que sempre quis saber sobre o sabão azulSabão azul: o poderoso desinfetanteBIOSINÊS LOPES GONÇALVESInês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora eapresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso. NUNO MAULIDENascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena.Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller “Como se Transforma Ar em Pão” e de “Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?”, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.
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Aug 17, 2023 • 41min

EP 124 | POLÍTICA: Sondemos as sondagens

Existem dicas para reconhecer uma sondagem fidedigna?Como são exploradas as sondagens pelos media?De que modo são lidas pelos políticos?Que influência têm sobre a estratégia dos partidos?Acredite, depois deste episódio vai achar as sondagens muito mais interessantes. Gostaria de ter dicas para reconhecer uma sondagem credível? O José Santana Pereira e a Ana Sofia Martins vão dar a receita. Não sabe o que querem dizer intervalo de confiança ou margem de erro? A dupla também vai explicar. E os partidos e seus políticos: como as utilizam para dar de novo ou baralhar? Pois é, este episódio vai demonstrar o quanto a velha frase proferida pelos políticos é verdadeira: é que ‘as sondagens valem (mesmo) o que valem’ e valem ainda mais quando sabemos como as interpretar.Ouça o 1º episódio sobre este tema: Política: Como se fazem as sondagens?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISMagalhães, Pedro (2011) Sondagens, Eleições e Opinião Pública. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos; Bethlehem, Jelke (2018) Understanding Public Opinion Polls. Boca Raton, Florida: CRC Press; Asher, Herb (2017). Polling and the Public: What Every Citizen Should Know. (9th edition). Washington, DC: CQ Press.Pereira, Miguel (2019) Do Parties Respond Strategically to Opinion Polls? Evidence from Campaign Statements. Electoral Studies 59: 78-86. Pereira, Miguel M. (2020). Responsive Campaigning: Evidence from European Parties. The Journal of Politics 82(4): 1183-1195.Podcast [IN] Pertinente ‘Como se fazem as sondagens?’   BIOSANA SOFIA MARTINSApresentadora, modelo e actriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais. Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente.A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”. JOSÉ SANTANA PEREIRAJosé Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE. Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas. 
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Aug 11, 2023 • 47min

EP 123 | SOCIEDADE Cidades: por que vivemos nelas?

Temos a sensação de que vivemos um momento contrário ao que a história descreveu tantas vezes: o “êxodo” urbano. Será mesmo assim?Estará a população a diminuir nas cidades e a aumentar fora delas?E, saem todos, ou apenas os que podem?Numa nova ‘trilogia de episódios’, Ana Markl recebe Gonçalo Antunes para conversar sobre o tema das Cidades. Este primeiro episódio promete reflexões interessantes: desde as razões históricas que levaram ao nascimento das cidades, à sua expansão no território ou à constatação de que, afinal, este “abandono” das cidades não é assim tão marcado, nem inédito.A dupla que nos perdoe o ‘spoiler’, mas não há como resistir em revelar uma parte: 55% da população mundial vive nas cidades, mas esta é uma realidade muito recente. Talvez faça parte dos 45% que vive fora das cidades, mas, quem sabe, o seu futuro passará por elas?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS Livros:“Triumph of the City: How Our Greatest Invention Makes Us Richer, Smarter, Greener, Healthier,and Happier”, de Edward Glaeser.“The City in History: Its Origins, Its Transformations, and Its Prospects”, Lewis Mumford.“Cities of Tomorrow”, de Peter Hall“Metrópoles: a história da cidade, a maior criação da civilização”, de Ben Wilson.“As cidades invisíveis”, de Italo Calvino.Documentários:“Baraka”, Ron Fricke, 1992.“Home”, Yann Arthus-Bertrand, 2009.BIOSANA MARKLNasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora.GONÇALO ANTUNESGeógrafo, doutorado em Geografia e Planeamento Territorial pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (NOVA FCSH) da Universidade Nova de Lisboa. É professor universitário na NOVA FCSH, coordenador da Licenciatura em Geografia e Planeamento Regional e investigador integrado no Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais (CICS.NOVA). É especialista em políticas de habitação, dinâmicas do mercado imobiliário, políticas públicas urbanas, geografia urbana, planeamento e ordenamento do território e em estudos urbanos. Dentro destas temáticas tem várias publicações, é coordenador de projetos científicos e organizou exposições enquanto curador, entre outras atividades de disseminação do conhecimento.
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Aug 4, 2023 • 45min

EP 122 | ECONOMIA: O lado bom da Inteligência Artificial

Está a revolucionar positivamente o ensino. Vai trazer mais espaço para a criatividade. Evita erros em algumas profissões. Abre caminhos para uma maior especialização. Surpreendida/o? Sim, estamos a falar da Inteligência Artificial, aquilo que agora anda nas bocas do mundo e não pelas melhores razões. Vista e comunicada pelo lado mais ‘papão’, na realidade também tem trazido muita evolução para a nossa sociedade e, o nosso especialista Hugo Figueiredo, apoiado pelo [IN] Pertinente Hugo van der Ding, vai explicar. Desde as mudanças de paradigma no ensino (que já boa falta faziam) às alterações positivas no mundo do trabalho, a Inteligência Artificial afinal não é de temer mas antes a perspetivar como algo que permitirá uma maior capacitação de todos nós, a começar pela educação dos nossos filhos. REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISEducação à Prova de Bots e Robots: Manyika, J., Lund, S., Chui, M., Bughin, J., Woetzel, J., Batra, P., Ko, Ryan & Sanghvi, S. (2017).Jobs lost, jobs gained: Workforce transitions in a time of automation. McKinsey Global Institute, 150(1), 1-148. Aoun, J. E. (2017). Robot-proof: higher education in the age of artificial intelligence. MIT press. A Inteligência Artificial Pode Salvar a Educação: Khan, Sal (2013). How AI could save (not destroy) Education [Video]. TED Conferences. Bloom, B. S. (1984). The 2 sigma problem: The search for methods of group instruction as effective as one-to-one tutoring. Educational researcher, 13(6), 4-16. A Eficácia das Estratégias de Aprendizagem Activa: Freeman, S., Eddy, S. L., McDonough, M., Smith, M. K., Okoroafor, N., Jordt, H., & Wenderoth, M. P. (2014). Active learning increases student performance in science, engineering, and mathematics. Proceedings of the national academy of sciences, 111(23), 8410-8415. Deslauriers, L., McCarty, L. S., Miller, K., Callaghan, K., & Kestin, G. (2019). Measuring actual learning versus feeling of learning in response to being actively engaged in the classroom. Proceedings of the National Academy of Sciences, 116(39), 19251-19257. Ensino Profissional e Adaptabilidade: Hanushek, E. A., Schwerdt, G., Woessmann, L., & Zhang, L. (2017). General education,vocational education, and labor-market outcomes over the lifecycle. Journal of humanresources, 52(1), 48-87. Chuan, A., & Ibsen, C. L. (2022). Skills for the future? A life cycle perspective on systems of vocational education and training. ILR Review, 75(3), 638-664.BIOS Hugo van der Ding é muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.Hugo Figueiredo é professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior. 
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Jul 27, 2023 • 41min

EP 121 | CIÊNCIA: Viagem ao mundo da(s) droga(s)

«Droga (segundo o Dicionário Priberam online): Nome genérico de todos os ingredientes que têm aplicação em várias indústrias, bem como na farmácia. Substância que age sobre o sistema nervoso central, que pode modificar o estado de consciência e que geralmente causa habituação e danos físicos ou psíquicos.» O dicionário bem o diz e Inês Lopes Gonçalves, acompanhada pelo cientista Nuno Maulide, vai fazer jus a estas definições. Damos-lhe a oportunidade de fazer uma verdadeira viagem ao mundo das drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, conhecidas ou desconhecidas, passando também pelo universo da batota, ou seja, por aquelas que facilmente consideramos como ‘não-drogas’, mas que, à luz das alterações que nos provocam, se enquadram na mesma categoria. Nuno Maulide fala de estruturas moleculares, substâncias químicas e compostos, devidamente conduzido por Inês Lopes Gonçalves, que vai querer saber como todas elas modificam o nosso comportamento e a nossa saúde. Acha que vamos falar só das pesadas? Nada disso: a partir deste episódio vai olhar para a sua bebida energética de forma bastante diferente.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISHistorical and cultural aspects of man's relationship with addictive drugsDoctoring the body and exciting the soulDrugs in Victorian BritainLemon juice as a solvent for heroin in SpainThe Chemistry of Breaking BadDrugs Unlimited: how I created my own legal highBreaking BadBIOSINÊS LOPES GONÇALVESInês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é atualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso. NUNO MAULIDENascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena.Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller “Como se Transforma Ar em Pão” e de “Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?”, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.
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Jul 20, 2023 • 42min

EP 120 | POLÍTICA: Como se fazem as sondagens?

Para que serve uma sondagem? É simples de fazer? De que forma se escolhem os inquiridos?E o formato das perguntas, é pensado?Como se fazem sondagens em Portugal? Reparamos mais nelas em tempo de eleições, mas as sondagens andam por todo o lado, e nem sempre são alvo de consensos. Há quem ache que não representam nada, há quem ache que dizem tudo, e muitos outros acham que são feitas de maneira pouco criteriosa.Será verdade? O politólogo José Santana Pereira, com a ajuda da Ana Sofia Martins, vai explicar para que serve e como é feita uma sondagem rigorosa. É que há muito trabalho anterior e posterior a um estudo destes; e são esses cuidados, feitos de ‘passos’ bem estudados, que constroem a credibilidade de uma sondagem. Venha conhecê-los: verá como a partir deste episódio a sua leitura das próximas sondagens será muito diferente… e sobretudo mais impermeável a ‘achismos’. REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISMagalhães, Pedro (2011) Sondagens, Eleições e Opinião Pública. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos; Bethlehem, Jelke (2018) Understanding Public Opinion Polls. Boca Raton, Florida: CRC Press;  Asher, Herb (2017). Polling and the Public: What Every Citizen Should Know. (9th edition). Washington, DC: CQ Press. BIOSANA SOFIA MARTINSModelo, apresentadora e actriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais. Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente.A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”. JOSÉ SANTANA PEREIRAJosé Santana Pereira (Nisa, 1982) é professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE. Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas. 
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Jul 13, 2023 • 48min

EP 119 | SOCIEDADE Mulheres: estarão elas menos vulneráveis?

Ainda não se podem remeter ao passado os temas relacionados com a vulnerabilidade da mulher: a violência doméstica persiste, os abusos continuam a ser frequentes, as mulheres ainda não perderam o receio de andar sozinhas numa rua escura, de trancar o carro ou de pedir a amigas que lhes digam que chegaram a casa em segurança.Se é verdade que a consciência sobre estes temas já sofreu uma evolução, a realidade é que ainda continua muito por fazer. Ana Markl vai questionar a socióloga Anália Torres sobre toda esta narrativa ancestral do ‘sexo fraco’, naquele que é o último episódio desta dupla. Anália Torres exemplificará com clareza, e muitas vezes recorrendo a dados e estudos, a relação entre o cultural e o biológico, a falência de muitas soluções que acabam por proteger mais os agressores do que as vítimas, a ineficiência das cidades para a segurança das mulheres, e muitas outras dimensões que fazem pensar no longo caminho ainda a percorrer. REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISViolências de género, Sofia Neves e Dália Costa (Coords.), Edições ISCSP: Coleção Estudos de GéneroGénero na rush hour of life: Trabalho, família e condições de vida em Portugal e na Europa, Anália Torres (Coord.), Francisco Manuel dos SantosOs usos do tempo de homens e de mulheres em Portugal, Heloísa Perista et al., CESIS e CITEBIOSANA MARKLAna Markl nasceu em Lisboa, em 1979, com uma total inaptidão para tomar decisões, pelo que se foi deixando levar pelas letras; licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas porque gostava de ler e escrever, mas acabou por se formar em Jornalismo pelo CENJOR. Começou por trabalhar no jornal Blitz para pôr a render a sua melomania, mas extravasou a música e acabou por escrever sobre cultura e sociedade para publicações tão díspares como a Time Out, o Expresso ou mesmo a Playboy. Manteve o pé na imprensa, mas um dia atreveu-se a fazer televisão. Ajudou a fundar o Canal Q em 2010, onde foi guionista e apresentadora. Finalmente trocou a televisão pela rádio, um velho amor que ainda não consumara. Trabalha desde 2015 na Antena 3 como locutora e autora. ANÁLIA TORRESDoutorada em Sociologia, professora catedrática e coordenadora da Unidade de Sociologia no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa. Fundou e dirige o Centro Interdisciplinar de Estudos de Género (CIEG), do ISCSP. Integra a equipa responsável pela aplicação do European Social Survey em Portugal, desde 2002.É perita nos temas do género, família, casamento, divórcio, relação trabalho/família, proteção de crianças e jovens, assédio moral e sexual, entre outros, criou vários cursos de mestrado e de pós-graduação nestes domínios. As investigações que tem dirigido têm servido de base a mudanças legislativas de que são exemplo a alteração da lei do divórcio ou as mudanças relativas ao assédio moral e sexual.Integrou várias redes internacionais de pesquisa dos Framework Programs 6, 7 e do Horizon 2020 da Comissão Europeia. Foi Presidente da Associação Portuguesa de Sociologia (2002-2006) e da European Sociological Association (2009-2011). Integrou o painel de avaliação Institutions, values, beliefs and behaviour do European ResearchCouncil (ERC)e ocupou vários cargos na International Sociological Associa5on. Faz parte do Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) desde 2020.Ver mais em www.analiatorres.com
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Jul 6, 2023 • 46min

EP 118 | ECONOMIA: Ensino superior - para todos?

O ensino superior massificou-se.A massificação alterou  o destino das pessoas que o frequentam.Modificou a forma e o conteúdo dos cursos.Ampliou a oferta de diplomados.De que maneira isso se reflecte na economia?Antigamente, os cursos superiores eram para as elites. Com a democracia veio também a democratização do ensino superior. Ajustes tiveram de ser feitos na qualidade e regulação; mas os números e os estudos demonstram que, hoje em dia, mais pessoas têm acesso a um futuro profissional melhor. Assim o dizem o economista Hugo Figueiredo e Hugo van der Ding, sem contudo deixar de pôr o dedo nas feridas que se abriram com a massificação.E entre esses desafios estão a maior oferta de diplomados que não é acompanhada pela procura por parte das empresas, a necessidade de uma boa formação de base, ou as expectativas dos diferentes tipos de públicos que muitas vezes são goradas ao chegar ao mercado de trabalho. Então, valerá mesmo a pena investir anos num curso superior nos tempos que correm? Ouça até ao fim e saberá a resposta.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISDeming, D. J. (2019). The economics of free college. Economics for Inclusive Prosperity Policy Brief, 14. Figueiredo, H., Portela, M., Sá, C., Cerejeira, J., Almeida, A., & Lourenço, D.(2017). Benefícios do ensino superior. Fundação Francisco Manuel dos Santos.Deming, D. J. (2023). Why Do Wages Grow Faster for Educated Workers? WorkingPaper No. w31373. National Bureau of Economic Research.Deming, D. J. (2022). Four facts about human capital. Journal of Economic Perspectives, 36(3), 75-102.Marques, P, Suleman, F & Costa, J. M. (2022). Moving beyond supply-side argumentsto explain over-qualification: The ability to absorb graduates in different models ofcapitalism. European Journal of Education, 57, 342– 360.Hugo Figueiredo, Ricardo Biscaia, Vera Rocha & Pedro Teixeira (2017) Should we start worrying? Mass higher education, skill demand and the increasingly complex landscape of young graduates’ employment, Studies in Higher Education, 42:8, 1401-1420. BIOS HUGO VAN DER DINGHugo van der Ding é muitas personagens. Locutor, criativo e desenhador acidental. Uma espécie de cartunista de sucesso instantâneo a quem bastou uma caneta Bic, uma boa ideia e uma folha em branco. Criador de personagens digitais de sucesso como a Criada Malcriada e Cavaca a Presidenta, também autor de um dos podcasts mais ouvidos em Portugal, Vamos Todos Morrer, podemos encontrá-lo, ou melhor ouvi-lo, todas as manhãs na Antena 3 ou por detrás dos bonecos que nos surgem todos os dias por aqui e ali.HUGO FIGUEIREDOÉ professor de Economia na Universidade de Aveiro, investigador do CIPES - Centro de Investigação em Políticas do Ensino Superior e colaborador do GOVCOPP – Unidade de Investigação em Governança, Competitividade e Políticas Públicas. É licenciado em Economia pela Universidade do Porto e doutorado em Ciências Empresariais pela Universidade de Manchester. Os seus interesses de investigação centram-se nas áreas da economia do trabalho, da educação e do ensino superior.
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Jun 29, 2023 • 47min

EP 117 | CIÊNCIA Prepare-se: este é um episódio explosivo!

Estrôncio não tem nada a ver com estronço e tem tudo a ver com explosões. Apesar de poder parecer, Césio não é nome próprio, mas um ingrediente que também as pode provocar. O Iodo não é tão inocente quanto parece, pois também participa nas explosões. Tudo o que tem Nitro pode ter perigo. Há escalas que não são musicais e que medem o grau do verbo explodir. O triângulo do fogo, neste episódio, não tem nada de místico.Este é um episódio verdadeiramente explosivo, porque ajuda a compreender a química presente nas explosões, sejam elas químicas, nucleares ou mecânicas. A Inês Lopes Gonçalves e o cientista Nuno Maulide vão começar pelas explosões mais simples e chegar a momentos dramáticos como os de Chernobyl ou Beirute. Mas, como em qualquer bom episódio, neste não há apenas violência e drama; haverá também alegria, humor e nostalgia: quem não gosta de um bom fogo de artifício, quem nunca experimentou juntar Coca-Cola com Mentos, ou não se lembra das famosas ‘Petazetas’ que ‘estalavam na boca e não nas mãos’?REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEISEver wonder about pop rocks?Diet Coke and MentosThe fire triangleWhat are the different types of explosion?What minerals produce colours in fireworks?Exploding the mystery of blue fireworksAlfred Nobel’s life and workBIOS INÊS LOPES GONÇALVESInês Lopes Gonçalves é uma pessoa, função que acumula com as de radialista, locutora e apresentadora de televisão. Na rádio, é actualmente uma d’As Três da Manhã da Rádio Renascença, na televisão é anfitriã do talk show Traz Pr’a Frente, na RTP e RTP Memória.Fez rádio na Antena 3, foi apresentadora do 5 Para a Meia Noite na RTP, e desde 2017 que é uma das caras do Festival da canção. O seu percurso começou na informação como jornalista da Rádio Renascença, passou pela Sport TV, Canal Q, e colaborou com as revistas Time Out, Sábado e semanário Expresso. NUNO MAULIDENascido em Lisboa em 1979, é professor catedrático premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano na Áustria, em 2018.Estudou Piano e Química em Lisboa, tendo realizado estadas de investigação nas Universidade Católica de Louvain, École Polytechnique em Paris e na Universidade de Stanford. Em 2009, assumiu o cargo de chefe de equipa no Instituto Max Planck para a Investigação sobre o Carvão, em Mülheim an der Ruhr (Alemanha).Desde 2013, ocupa a cátedra de Síntese Orgânica na Universidade de Viena. É autor do best-seller “Como se Transforma Ar em Pão” e de “Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida?”, livros em que procura desmistificar a Química e explicar que ela – a Química – é omnipresente nas nossas vidas.
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Jun 22, 2023 • 49min

EP 116 | POLÍTICA: A beleza importa na política?

É uma realidade: todos somos sensíveis à beleza. Mas, seremos inteiramente conscientes disso? Até que ponto isso pode afetar dimensões importantes da nossa vida? E, de que modo pode a beleza influenciar as nossas escolhas ou perceções na política?Ana Sofia Martins arranca o episódio com um estudo de Yale que já dá que pensar. E, o politólogo José Santana Pereira inicia as suas respostas falando sobre as normas de beleza e estética que foram dominando e variando consoante as épocas, e as diferentes culturas. Contudo, este preâmbulo suave é um ótimo aperitivo para o que ambos vão revelar a seguir, com exemplos concretos e estudos bem demonstrativos. É que os critérios que nos fazem julgar um político de acordo com a sua beleza ou as suas preferências de estilo, beneficiam ou penalizam homens e mulheres de forma diferente. Não são iguais para a esquerda e a direita, dependem da maior ou menor quantidade de informação disponível e são influenciados por um consumo elevado da televisão. Venha surpreender-se.REFERÊNCIAS E LINKS ÚTEIS: Bartlett, Djurdja (2019) Fashion and politics. Yale: Yale University Press;  Hamermesh, Daniel S. (2011) Beauty pays: Why Attractive People Are More Successful. Princeton: Princeton University Press;  Todorov, Alexander (2017) Face Value: The Irresistible Influence of First Impressions. Princeton: Princeton University Press.BIOSANA SOFIA MARTINSApresentadora, modelo, e actriz portuguesa. Foi descoberta por uma agência de modelos aos 14 anos e desde então até vingar na moda, foi um passo. Participou em inúmeras campanhas de publicidade e editoriais nacionais e internacionais. Na televisão, após a sua passagem pela MTV Portugal como apresentadora, estreou-se na representação, num dos projectos de maior sucesso da TVI. O seu currículo conta ainda com projectos de ficção internacionais, com destaque para Devils 2, entre outros ainda por estrear brevemente. A par da sua carreira profissional as causas sociais são uma das grandes preocupações da actriz. Exemplo disso é o apadrinhamento da Casa de Acolhimento “Casa Nova”. JOSÉ SANTANA PEREIRAÉ professor de Ciência Política no ISCTE, investigador e membro do consórcio Sondagens ICS-ISCTE. Doutorado em Ciências Políticas e Sociais pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, tem, nos últimos 15 anos, desenvolvido investigação na área do comportamento eleitoral e da opinião pública, bem como sobre sistemas eleitorais, a relação entre política e entretenimento, ou os efeitos dos média e das campanhas. É casado e tem dois gatos.

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