Olhar à Veras Podcast

Estudar teoria feminista não é uma tarefa fácil, afinal, ela expõe as amarras que o patriarcado nos coloca a partir da socialização feminina de maneira interseccional, colocando o dedo nas feridas sociais e convocando-nos para ação. Algumas mulheres fazem esse estudo no âmbito acadêmico, visando não apenas a obtenção desse conhecimento, mas participando num viés científico de sua formação. Contudo, a maioria das mulheres feministas não segue por esse caminho, consumindo teoria feminista de maneira independente e conectando-a com sua vivência e a vivência das demais mulheres a sua volta, possibilitando que esses ideias não se restrinjam aos muros das universidades. Nesse viés para falar sobre o estudo feminista independente, convidei a Natalia Gerosa, criadora do podcast Gata Vira Lata e da página english for feminists.Indicações da Natalia:O feminismo é para todo mundo: Políticas arrebatadoras, da bell hooksA Transformação do silêncio em linguagem e ação, da Audre Lorde Não há hierarquia de opressão, da Audre LordeUsos da raiva: mulheres respondendo ao racismo, da Audre LordeHeterossexualidade compulsória e existência lésbica, da Adrienne RichMulheres que se identificam com Mulheres, por RadicaLesbians O pessoal é político, da Carol HanischInterseccionalidades: Pioneiras do feminismo negro brasileiro, por Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, e Sueli CarneiroO tráfico de mulheres, notas sobre a economia política do sexo (1975), da Gayle RubinSiga-nos em nossas redes sociais!@manoelaveras @natigerosa @english.for.feminists

18 de maio marca, desde o ano 2000, o dia do combate à exploração sexual e comercial de crianças e adolescentes no Brasil. A data foi criada em decorrência do desaparecimento da menina Araceli, que posteriormente foi encontrada estuprada, carbonizada e morta. Um crime violento e que segue sem solução. O que aconteceu com Araceli não é um caso isolado: Segundo o Anuário de Segurança Pública, a cada 15 minutos, 1 criança sofre violência sexual no Brasil. Em todo país, 51% dos casos de violência sexual são praticados com crianças de até 5 anos. somente em 2021, mais de 45 mil denúncias de estupro de vulnerável foram registradas. Isso, sem contar todos os abusos sexuais que não são denunciados. Vivemos uma epidemia de abuso sexual de menores. Tendo isso em vista, convidei Maria Julieta Jacob, jornalista, escritora, educadora sexual e mestra em Direitos Humanos pela UFPE para conversar sobre educação sexual e combate à pedofilia.Indicações da Julieta:Pipo e Fifi, livro de Caroline ArcariGogô, de onde vêm os bebês?, livro de Caroline ArcaniTuca e Juba - Prevenção de Violência Sexual para Adolescentes, livro de Maria Julieta JacobEditora Arcani Curso Papai-Mamãe, de Maria Julieta Jacob Siga-nos em nossas redes sociais!@julietajacob@manoelaveras

Coma arroz e tenha fé nas mulheres! Neste episódio que se inicia com a leitura de um trecho do poema de Fran Winant, abordo a relevância da união entre mulheres como uma prática subversiva e revolucionária.Indicações do episódio:O Calibã e a Bruxa, Silvia FedericiMulheres ou os Silêncio da História, Michelle PerrotA Criação do Patriarcado, Gerda Lerner.Me siga nas redes sociais: @manoelaverasContribua com o financiamento coletivo do apoia.se para manter o Olhar à Veras vivo! Acesse apoia.se/olharaveras e receba recompensas por seu apoio!

Não é novidade que crianças são vítimas comuns de violências, mas que poucos realmente se interessam defendê-las. Seja pela normalização da violência física ou psicológica, pela sexualização a partir da mídia e de músicas ou mesmo pela falta de supervisão em redes sociais, é nítido que precisamos urgentemente direcionar um olhar mais atento a esse classe.Por isso, nossa convidada de hoje é a psicóloga Nay Macedo. Com o lema "nenhuma mulher ou criança é livre no planeta dos patriarcas", ela debate infância, proteção infantil e combate aos mais diversos tipos de violência contra crianças e mulheres em seu perfil.[Aviso: abordamos temas sensíveis como violência contra as crianças e abuso sexual]Indicações da Nay:A Criação do Patriarcado, Gerda LernerAmar para Sobreviver, Dee L. R. Graham, Edna I. Rawlings e Roberta K. RigsbyLivros infantis da Caroline ArcariTuca e Juba - Prevenção de Violência Sexual Para Adolescentes, Jacob JulietaSiga-nos no instagram:@naymacedo@manoelaveras

Sejam bem-vindas à terceira temporada do Olhar à Veras Podcast, um programa quinzenal em que discuto a memória, a vida e a História das Mulheres!Neste episódio, apresento a terceira temporada e falo um pouco sobre a importância de se estudar História das Mulheres, como faremos na nova proposta do podcast. Se quiser contribuir com o meu trabalho, acesse o apoia.se/olharaveras e participe do financiamento coletivo do projeto de educação feminista crítica.Indicações:Mulheres ou os Silêncios da História, Michelle Perrot.Minha História das Mulheres, Michelle Perrot.Siga-me no instagram: @manoelaveras

Não é nenhuma novidade que o patriarcado invade todos os espaços que ocupamos e a política não está livre disso. Pensando nisso e no período eleitoral recente que vivemos, o minisódio de hoje fala sobre Violência contra a Mulher na Política.Pensando nisso, trouxe como base para o episódio de hoje o livro "Sempre foi Sobre Nós", organizado pela Manuela D'Ávila.Siga-me no instagram: @manoelaveras

Falar sobre a construção histórica acerca da maternidade é fundamental para o movimento feminista contemporâneo e para escrever uma história das mulheres que verdadeiramente traga visibilidade para as anônimas do passado. Afinal, desde antes da inclusão das mulheres no mercado formal, essas já desempenhavam  o trabalho doméstico e de cuidado, essencial para a sobrevivência da humanidade, mas ainda assim sem receber quaisquer remunerações. Uma das principais razões para isso, talvez, sejam os discursos essencialistas que atribuem de maneira inverídica às tarefas domésticas a natureza feminina. O combate à essas narrativas é também papel do movimento feminista que, nas últimas décadas vêm oferecendo um olhar sensível as demandas das mães. Para falar um pouco sobre, convidei a mestra e doutoranda em História Luana Borges.Indicações da Luana:Livros:HUNT, Lynn. A invenção dos direitos humanos: uma história. Tradução Rosaura Eichenberg. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.Nova História das mulheres no Brasil / organizadoras Carla Bassanezi Pinsky e Joana Maria Pedro. – 1. ed., 1a reimpressão. – São Paulo: Contexto, 2013.Feminismos e democracia / organizadores Joana Maria Pedro, Jair Zandoná. - 1. ed. -  Belo Horizonte: Fino Traço, 2019.VERGÈS, Françoise. Definir um campo: O feminismo decolonial. In: VERGÈS, Françoise.  Um feminismo decolonial. São Paulo: Ubu, 2020, p. 19-51 [ebook].Filme: Mulheres ao Poder (2020) com direção de Philippa LowthorpePodcast: História do Feminismo com a Profª Drª Joana Maria Pedro no Obrigahistoria https://leituraobrigahistoria.com/videos/historia-do-feSiga-nos nas redes sociais!instagram: @benditasmulheressinstagram: @manoelaveras

Desde as primeiras ondas do movimento feminista, os olhares de boa parte da academia são voltados para o norte global. Basta olhar nossas principais fontes... Simone de Beauvoir, Virginia Woolf, Andrea Dworkin, todas elas localizadas na Europa ou Estados Unidos. Contudo, não é de hoje que o movimento feminista ultrapassa as barreiras continentais, manifestando-se também no Sul Global e adequando-se às demandas das mulheres do nosso hemisfério. Para falar desse tema e da importância de um feminismo decolonial, convidei a Gleys Ially Ramos, professora de Relações Internacionais e pesquisadora em Estudos Feministas.Indicações da Gleys:Roda Viva, com Chimamanda AdicheA Invenção das Mulheres, de Oyèrónkẹ́ OyěwùmíFeminismos, de Lucy DelapContra o Feminismo Branco, Rafia ZakariaAs obras de Bell HooksSiga-nos no instagram!@gleysramos@manoelaveras

Há 100 anos, o sufrágio feminino gerava debates acalorados no Brasil. Enquanto figuras políticas se mostravam contrárias à inserção de mulheres na política formal, lideranças surgiam exigindo não apenas o direito ao voto, mas ao trabalho digno e à educação. Esse movimento não ocorria apenas no Brasil, mas atravessava fronteiras geográficas, ampliando-se por outras localidades da américa latina, como argentina e uruguai. Todavia, apesar da movimentação histórica, a plena inserção das mulheres no espaço político ainda enfrenta barreiras. Para falar sobre isso, convidei Ana Prestes, candidata à Deputada Federal pelo PCdoB, em Brasília – DF, bem como socióloga e cientista política.Indicações da Ana:instagram: @manueladavila @flaviabiroliLivros:Minha Valente avó, Ana PrestesMirela e o dia internacional das mulheres, Ana PrestesBertha Lutz, Teresa Cristina MarquesCem anos da luta das mulheres pelo voto na Argentina, Brasil e Uruguai, Ana Prestes (org.)Siga-nos no instagram!@anaprestesdf@manoelaveras

Desde o início da segunda temporada do Olhar à Veras Podcast, estamos discutindo apagamento, invisibilização e silenciamento das mulheres nas suas mais diversas esferas e mecanismos. Entre pausas necessárias e casos dramáticos, tornou-se nítido que a pauta da vez é emergente e seu debate é fundamental para o processo de mudança. Nesse sentido, para falar de silenciamento nas redes sociais, convidei uma colega de Spotify, mãe e jornalista que sentiu na pele como é ter seu trabalho e sua voz silenciados no Instagram: Verônica Linder.Indicações da Verônica:Mulheres, raça e classe, Angela DavisA criação do patriarcado, Gerda Lernera insustentável leveza do ser, Milan KunderaGuia de Aleitamento Materno, Vêronica LinderAmar para Sobreviver: Mulheres e a Síndrome de Estocolmo, Dee L. R. GrahamEnsinando a Transgredir, bell hooksSérie Querido JohnSiga-nos no instagram:@veronicalinder@manoelaveras