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Jun 19, 2019 • 1h 43min

#63 Inês Torres - “Porque é que o Antigo Egipto continua a fascinar-nos tanto?”

Inês Torres é egiptóloga e actualmente doutoranda na Universidade de Harvard, nos EUA. O Antigo Egipto até pode parecer um tema algo circunscrito para aquilo que é hábito no 45 graus, mas é preciso ter em conta que falamos de uma civilização que durou mais de 3000 anos (e isto é se considerarmos só o início canónico, quando as Cidades-Estado do Alto e Baixo Egipto se uniram para formar um só território). Para além disso, continua, passado todo este tempo, a ser um dos períodos que mais fascinam as pessoas, e não é por acaso, porque é um mundo que nos parece simultaneamente próximo e misterioso. Mas como a Inês realça, são seres humanos iguais a nós que viveram naquela cultura com aspectos tão exóticos e peculiares. Curiosamente, o Egipto dos faraós terminou perto do ano Zero, ou seja, precisamnete quando dava entrada o Cristianismo, que depois dominou a cultura ocidental até, pelo menos, ao Renascimento. A nossa conversa tocou em tantos pontos que pode ficar confusa. Por isso, vale a pena deixar aqui uma cronologia da História do Egipto em traços grossos. Ao longo dos 3 milénios, os historiadores identificam três períodos de estabilidade - os chamados Império Antigo, Intermédio e Novo -, separados por dois períodos de interregno, marcados por instabilidade. Sendo que, claro, como tudo isto se desenrolou ao longo de 3 milénios, cada um desses interregnos de instabilidade durou... 100 ou 200 anos (mais do que alguns reinos que se lhes seguiram). Estes 3000 anos de civilização são explicados, pelo menos em parte, pela protecção da geografia e pela sorte de ter acesso ao Nilo, uma fonte de água mais fiável do que outras civilizações. Esta prosperidade, por seu lado, permitiu libertar o tempo das pessoas que fizeram aquilo que hoje, em retrospectiva, admiramos: desde criar uma burocracia administrativa desenvolvida, aos progressos na matemática e na astronomia, passando pelas proezas arquitectónicas e artísticas. Ao longo da conversa, falámos sobre tudo isto, e também sobre a escrita, as pirâmides e outras criações, os ritos funerários e a visão optimista em relação à morte. Falámos também das características peculiares da cultura dos egípcios e da maneira como a sociedade estava estruturada, desde as elites ao povo, de que sabemos muito menos. E conversámos ainda, mais demoradamente, sobre Akhenaten, que foi provavelmente o faraó mais misterioso. Durante a conversa, tentei conjugar estes aspectos transversais daquela civilização com compreender a cronologia da História do Egipto, desde os três períodos de prosperidade aos anos (séculos) de interregno. Com tempo limitado e tendo em conta que a área de especialização da convidada é o Antigo Império, acabámos por falar menos do período mais recente. Deixámos de lado, por exemplo, temas importantes como o reinado de Ramses II ou o fim do império com Cleópatra. Obrigado aos mecenas do podcast: Gustavo Pimenta; João Castanheira João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Peralta; Duarte Dória; Tiago Leite Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa; Daniel Correia, António Padilha, André Lima, João Braz Pinto, Tiago Queiroz, Ricardo Duarte, Rafael Melo, Alexandre Almeida Vasco Sá Pinto, Luis Ferreira, Pedro Vaz, André Gamito, Henrique Pedro, Manuel Lagarto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, Filipe Ribeiro, Joana Margarida Alves Martins, Joao Salvado, Luis Marques, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, Tiago Pires, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, João Bastos, João Raimundo, Hugo Correia, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, Paulo Ferreira, Miguel Coimbra, Pedro Silva, António Amaral, Nuno Nogueira, Rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Duarte Martins, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Duarte, José Carlos Abrantes, Tomás Félix, Vasco Lima, Carlos Martins, Ricardo Delgadinho, Marise Almeida; Gonçalo Martins, José Galinha -> Torne-se também mecenas do podcast, a partir de 2€, através do Patreon! Referências faladas ao longo do episódio: Cronologia do Antigo Egipto 1822: The Decipherment of Hieroglyphs Egiptomania River-valley civilizations Seven Wonders of the Ancient World Coco (filme) e a morte no Antigo Egipto BBC In Our Time - The Egyptian Book of the Dead Herodotus on the Egyptians Pirâmides nas civilizações antigas A História de Sinué Colapso da Idade do Bronze Explosão de vulcão na Islândia Akhenaten Freud sobre Akhenaten Nefertiti Deus Aten Templo de Carnaque Projecto de doutoramento Livros recomendados: O Egito Faraónico, de Luís Manuel de Araújo The Complete Cities of Ancient Egypt, de Steven Snape Bio: Actualmente a fazer o Doutoramento na Universidade de Harvard, nos EUA. Licenciada em Arqueologia pela Universidade de Lisboa e M.Phil em Egiptologia pela Universidade de Oxford. A sua investigação debruça-se sobre as mulheres no Antigo Egipto e Núbia, arte e iconografia, arqueologia funerária e temas de identidade pessoal e de grupo expressas nos textos do Antigo Egipto.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jun 12, 2019 • 2h 6min

#62 Thiago Hansen - A História do Direito: dos primórdios da Roma Antiga aos desafios do Brasil atual

Thiago Hansen é autor do podcast brasileiro Salvo Melhor Juízo e professor de História e Teoria do Direito na Universidade Federal do Paraná.   Começámos por discutir a evolução do Direito ao longo da História - desde Roma (lá está), passando pela Europa medieval até à formação do Estado Moderno. Isto levou-nos a discutir temas como o Absolutismo ou a diferença entre a o sistema jurídico da tradição da Europa continental e a chamada common law de tradição inglesa. E daí saímos do passado para abordar o Presente do sistema judicial brasileiro. Foi muito interessante ouvir o alerta do Thiago, ele próprio jurista, em relação aos perigos do excesso de protagonismo do poder judicial no Brasil. Sobretudo tendo em conta que gravámos a conversa dias antes de saírem as notícias de que o juiz Sérgio Moro, figura central da acusação ao antigo Presidente Lula da Silva e hoje ministro da Justiça do Brasil, terá, entre outras acções muito discutíveis, a serem verdade, colaborado com o procurador do Ministério Público (a acusação), o que é proibido por lei. Isto são notícias dos últimos dias, atenção. Actualidade, portanto, num episódio que era suposto, relembro, suposto ser sobre História do Direito! Feito este detour, regressámos à História e à Teoria do Direito para falar da relação entre o Direito e Justiça. Pode parecer um não-tema, mas a verdade é que há uma longa história de discussão filosófica sobre a relação entre os dois. O debate clássico é entre duas visões antagónicas, a do chamado direito natural e a do positivismo jurídico. E várias vezes este contraste veio à baila durante o episódio. Explicando rapidamente, os proponentes do direito natural reclamam que existem leis universais naturais, que o Estado tem de respeitar. O que não responde, claro, à pergunta: o que é natural? Para uns é a palavra de Deus, para outros os  direitos básicos de todos os seres humanos. Mas alguém tem de os definir, claro, por isso esta posição adianta de pouco. Já a posição contrária, a do direito positivista, está confortável com o facto de ser a maioria da população a definir o que é a lei e, em última análise, o Estado ou Governo desse país. Mas isso, claro, leva a que em teoria, se tolere um Estado autoritário ou uma ditadura da maioria. Enquanto não-jurista, tenho que dizer que me parece um debate um pouco esotérico...demasiado abstracto e sobretudo pouco útil na prática, uma vez que a realidade não corresponde exactamente a nenhum dos modelos. Mas julguem por vós próprios. Terminámos a conversa a falar sobre podcasts, Portugal e o Brasil e o potencial dos podcasts em aproximarem pessoas dos dois países - como nós. Espero que gostem. Obrigado aos mecenas do podcast: Gustavo Pimenta; João Castanheira João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Peralta; Duarte Dória; Gonçalo Martins; Tiago Leite Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa; Daniel Correia, António Padilha, André Lima, João Braz Pinto, Tiago Queiroz, Ricardo Duarte, Rafael Melo Vasco Sá Pinto, Luis Ferreira, Pedro Vaz, André Gamito, Henrique Pedro, Manuel Lagarto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, Filipe Ribeiro, Joana Margarida Alves Martins, Joao Salvado, Luis Marques, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, Tiago Pires, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, João Bastos, João Raimundo, Hugo Correia, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, Paulo Ferreira, Miguel Coimbra, Pedro Silva, António Amaral, Nuno Nogueira, Rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Duarte Martins, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Duarte, José Carlos Abrantes, Tomás Félix, Vasco Lima, Carlos Martins, Ricardo Delgadinho, Marise Almeida -> Torne-se também mecenas do podcast, a partir de 2€, através do Patreon!   Referências faladas ao longo do episódio: Podcast do convidado: SALVO MELHOR JUÍZO Definições de Direito Jusnaturalismo Legal positivism Diferenças Ius Auctoritas e Potestas Josep Fontana Ordenações Celso: "O direito é a arte do bom e do justo" Ronald Dworkin Hans Kelsen Corpus Juris Civilis Gustav Radbruch e a ‘Jurisprudência de valores’ Pós-positivismo 2015 Polish Constitutional Court crisis Ato Institucional Número Dois Falcone e Di Pietro: os dois italianos que inspiraram Sérgio Moro Friedrich Nietzsche - Genealogia da Moral Jonathan Haidt - Moral foundations theory Michael Sandel - Justice (Harvard) Livros sugeridos: Paolo Grossi - Primeira Lição sobre Direito António Manuel Hespanha - Como os juristas viam o mundo Bio: Possui graduação em Direito pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (2011), graduação em História pela Universidade Estadual do Norte do Paraná (2010), mestrado em Direito pela Universidade Federal do Paraná (2014) e doutorado em direito na Universidade Federal do Paraná (2018). É professor adjunto de Teoria do Direito do Setor de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Paraná. Tem experiência na área de Direito, com ênfase em História do Direito e Teoria do Direito, atuando principalmente nos seguintes temas: história do direito brasileiro no século XX e história do direito ambiental. Produz, participa e dirige o podcast jurídico Salvo Melhor Juízo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jun 5, 2019 • 1h 44min

#61 Maria João Valente Rosa - Envelhecimento demográfico, natalidade e desenvolvimento

Maria João Valente Rosa é professora na Universidade Nova de Lisboa, doutorada em Demografia e foi, até ao ano passado, directora da Pordata, uma base de dados de indicadores sobre Portugal disponibilizada pela Fundação Francisco Manuel dos Santos. A nossa conversa levou-nos, como é habitual, em várias direcções. Em jeito de aperitivo, começámos por falar sobre a paixão da convidada, a Demografia, e da importância da literacia nesta área para uma sociedade informada e próspera. A conversa em si foi, em grande parte, sobre a principal área de investigação da convidada: o envelhecimento demográfico a que assistimos actualmente no mundo desenvolvido, e em Portugal em particular. A proporção de idosos face aos jovens tem vindo a aumentar em Portugal nas últimas décadas, em resultado do aumento da longevidade e, em menor grau, da diminuição da natalidade. Segundo o INE, o envelhecimento da sociedade vai continuar e só tenderá a estabilizar daqui a cerca de 40 anos Este vai ser um desafio para as sociedades, mas a convidada realça duas coisas. por um lado, este número é enganador, porque a esperança de vida também aumenta (uma pessoa de 65 anos em 1960 tinha uma esperança de vida restante equivalente a uma de 72 hoje em dia). Por outro lado, o envelhecimento demográfico é sobretudo uma notícia positiva, tendo em conta que (i) o aumento do número de velhos deve-se ao aumento da longevidade e (ii) a própria diminuição da natalidade é, indirectamente, resultado do desenvolvimento económico dos países. A questão da longevidade dava um podcast inteiro, claro, tantas as ramificações que tem. Falámos da enorme perda de valor social que é o actual sistema binário de trabalho (até aos 65 anos) seguido de entrada abrupta na reforma. E conversámos também sobre o modo, muitas vezes errado, como a sociedade lida com os velhos e os novos, e o que se pode melhorar. Sobre a redução da natalidade, conversámos sobre vários aspectos. Esta questão é sempre um puzzle. A influência do rendimento sobre o número de filhos, por exemplo, parece confusa: queixamo-nos hoje de que não temos mais filhos porque falta de dinheiro, mas é nos países mais pobres que nascem mais crianças. A explicação é que quando o nível de vida de uma sociedade aumenta muito, muda também a maneira como as pessoas vêem a natalidade: em países desenvolvidos (como Portugal), entre outras alterações, os filhos deixaram de ser vistos como mão-de-obra, por isso as “variáveis” da equação que usamos para decidir quantos filhos vamos ter alteraram-se drasticamente. Hoje, muito dificilmente a pessoa média quererá ter mais de dois filhos. Significa isto que as medidas a tomar para aumentar a natalidade num país como Portugal terão que ser adaptadas a essa nova realidade. E foi sobre isso, sobretudo, que falámos. Por exemplo, mais do que tentar alterar o número de filhos que as pessoas desejam – que dificilmente serão mais do que 2 –, é importante agir sobre as restrições que as impedem de ter os filhos que quereriam. Obrigado aos mecenas do podcast: Gustavo Pimenta; João Castanheira João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Peralta; Duarte Dória; Gonçalo Martins; Tiago Leite Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa; Daniel Correia, António Padilha, André Lima, João Braz Pinto, Tiago Queiroz Vasco Sá Pinto, Luis Ferreira, Pedro Vaz, André Gamito, Henrique Pedro, Manuel Lagarto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, Filipe Ribeiro, Joana Margarida Alves Martins, Joao Salvado, Luis Marques, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, Tiago Pires, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, João Bastos, João Raimundo, Hugo Correia, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, Paulo Ferreira, Miguel Coimbra, Pedro Silva, António Amaral, Nuno Nogueira, Rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Duarte Martins, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte, José Carlos Abrantes, Tomás Félix, Vasco Lima, Carlos Martins, Ricardo Delgadinho Agradecimento especial neste episódio: Salvador Cunha -> Torne-se também mecenas do podcast, a partir de 2€, através do Patreon!   Ligações: Hans Rosling Índice de Literacia Estatística -> Simulador Áreas de Portugal e Inglaterra (km²): 91,568 vs 130,395 Formação bruta de capital fixo Fronteira entre Portugal e Espanha WEF: The myth of an "ageing society" Horas de trabalho na UE Quality-adjusted life year Índice sintético de fecundidade Inquérito à fecundidade - 2013 Paper referido pela convidada Livro sugerido: O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde Bio: Maria João Valente Rosa, professora universitária, nasceu em Lisboa em 1961. Doutorada em Sociologia, especialidade Demografia, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Foi Directora da Pordata – Base de Dados de Portugal Contemporâneo – projecto da Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) e coordenadora da área científica "População" da FFMS.  Desempenhou funções de dirigente em organismos públicos dos Ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. Integra o Conselho Superior de Estatística (CSE) e o Comité Consultivo Europeu de Estatística (ESAC). É autora e coordenadora de inúmeros estudos publicados sobre a sociedade portuguesa. Entre estes, em 1999, "Reformados e Tempos Livres", edições Colibri-Inatel, e em 2012, no âmbito da colecção de ensaios da FFMS, "O envelhecimento da sociedade portuguesa" (nº 26).See omnystudio.com/listener for privacy information.
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May 30, 2019 • 1h 43min

#60 Gustavo Cardoso - O futuro do jornalismo

Gustavo Cardoso é professor catedrático e investigador de Media e Sociedade no ISCTE. O tema é um dos mais desafiantes dos nossos tempos: os desafios actuais e o futuro do jornalismo. Foi uma excelente conversa e, para mim, também uma óptima maneira para explorar melhor este tema, porque participei recentemente num colóquio no CCB precisamente sobre o futuro do jornalismo. E porque é que o tema é tão importante? Porque o jornalismo é essencial à Democracia. E porque os jornais (e outros media) sofreram nos últimos anos quase uma de tempestade perfeita: a internet tornou uma série de informação disponível de forma gratuita, ao mesmo tempo que tirou aos jornais grande parte das receitas de publicidade, que agora estão nas mãos de gigantes como a Google e o Facebook. Ao mesmo tempo, do lado dos utilizadores, diminuiu a nossa predisposição para pagar e mudou a maneira como olhamos para a própria informação jornalística. Temos hoje mais e, talvez, melhor jornalismo, mas é cada vez mais difícil separar o trigo do joio. Ao mesmo tempo, estas mudanças afectaram os modelos de negócio dos jornais, o que, por seu lado, penaliza o próprio produto e afecta o papel dos media enquanto Quarto Poder. Conversámos, então, sobre vários aspectos deste tema: fake news e propaganda, modelo de negócio dos jornais, o papel dos privados e o papel do Estado, a importância do jornalismo para a democracia, a necessidade de reinventar o jornalismo. Falámos também das especificidades do mercado dos jornais em Portugal, como a particularidade (que a mim me parece um mau sinal) de quase todos os nossos jornais terem um posicionamento político supostamente ao centro. Obrigado aos mecenas do podcast: Gustavo Pimenta; João Castanheira João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Peralta; Duarte Dória; Gonçalo Martins; Tiago Leite Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa; Daniel Correia, António Padilha, André Lima, João Braz Pinto Vasco Sá Pinto, Luis Ferreira, Pedro Vaz, André Gamito, Henrique Pedro, Manuel Lagarto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, Filipe Ribeiro, Joana Margarida Alves Martins, Joao Salvado, Luis Marques, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, Tiago Pires, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, João Bastos, João Raimundo, Hugo Correia, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, Paulo Ferreira, Miguel Coimbra, Pedro Silva, António Amaral, Nuno Nogueira, Rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Duarte Martins, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte, José Carlos Abrantes, Tomás Félix, Vasco Lima -> Torne-se também mecenas do podcast, a partir de 2€, através do Patreon!   Ligações: Livros do convidado CCB - O Futuro do Jornalismo Edward Bernays, o ‘inventor’ da propaganda Estratégia da Netflix Move Fast and Break Things: How Facebook, Google, and Amazon Cornered Culture and Undermined Democracy  - Jonathan Taplin Bio: Doutorado em Sociologia e investigador, professor catedrático de Media e Sociedade e Diretor do Curso de Doutoramento em Ciências da Comunicação no ISCTE-IUL em Lisboa. É editor associado do Journal IJOC da USC Annenberg e Chair do painel de avaliação das Starting Grants do European Research Council. É investigador do do CIES-IUL, do CADIS na EHESS em Paris e Director do OberCom. Autor de várias publicações, destaca-se "O Poder de Mudar" e "Sociedade dos Ecrãs" (Tinta da China), "Aftermath" (Oxford University Press) e "Os Media na Sociedade em Rede" (Fundação Calouste Gulbenkian).See omnystudio.com/listener for privacy information.
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May 22, 2019 • 1h 32min

#59 Bernardo Pires de Lima - Dos desafios da União Europeia ao futuro da política norte-americana

Bernardo Pires de Lima é Investigador Associado do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa e comentador regular em vários órgãos de comunicação social. Tem publicado vários livros sobre uma série de temas na área das Relações Internacionais: da política externa portuguesa, aos EUA, Médio-Oriente e, claro, da Europa. E foi precisamente sobre a Europa que falámos, a pretexto do seu livro mais recente, ‘O Lado B da Europa’. O livro já foi lançado no ano passado, mas acaba por vir bem a propósito, tendo em conta que as eleições europeias são já este domingo. É difícil fazer o sumário desta conversa, porque falámos sobre uma série de coisas. Começámos por discutir os desafios da União Europeia, tanto os internos, como a emergência de partidos populistas e, sobretudo, autoritários, como os externos, como a emergência da China. Falámos de um dos maiores desafios internos, que é a chegada ao poder de partidos autoritários em países como a Polónia e a Hungria - o que, entre outras coisas, põe a nu a incapacidade da UE em por cobro à deterioração das instituições na sua própria casa. Falámos também da importância de construir uma democracia a nível europeu e ,mais importante, uma cultura europeia. Terminámos a discutir um ensaio recente da Yoni Appelbaum na revista americana The Atlantic, em que este historiador e jornalista recomenda o impeachment a Donald Trump, com base num argumentário muito sustentado historicamente. E, claro, como em geopolítica tudo está ligado, por definição, regressámos à UE e falámos sobre o papel da NATO. Obrigado aos mecenas do podcast: Gustavo Pimenta; João Castanheira João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Peralta; Duarte Dória; Gonçalo Martins; Tiago Leite Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa; Daniel Correia, António Padilha, André Lima Vasco Sá Pinto, Luis Ferreira, Pedro Vaz, André Gamito, Henrique Pedro, Manuel Lagarto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, Filipe Ribeiro, Joana Margarida Alves Martins, Joao Salvado, Luis Marques, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, Tiago Pires, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, João Bastos, João Raimundo, Hugo Correia, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, Paulo Ferreira, Miguel Coimbra, Pedro Silva, António Amaral, Nuno Nogueira, Rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Duarte Martins, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte, José Carlos Abrantes, Tomás Félix -> Torne-se também mecenas do podcast, a partir de 2€, através do Patreon!   Ligações: Livro do convidado: O Lado B da Europa Artigo de Anne Applebaum na The Atlantic Dani Rodrik - How democratic is the Euro Spitzenkandidat Carnegie Europe - What Are Europe’s Top Three Challenges? Not Brexit, Not Migration, Not Populism. Podcast LSE Episódio do podcast ‘Hidden Brain’ sobre a criatividade Impeach Trump Now - Yoni Appelbaum (The Atlantic) The Case Against Impeachment - Slate Bio: Bernardo Pires de Lima (n. 1979) é Investigador Associado do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa (desde 2004), colunista de política internacional do Diário de Notícias (desde 2010), comentador de assuntos internacionais da RTP e da Antena 1 (desde 2015) e membro do conselho consultivo do Instituto para a Promoção da América Latina (IPDAL). Entre 2012 e 2018, foi Visiting e Nonresident Fellow no Center for Transatlantic Relations, Paul H. Nitze School of Advanced International Studies, Universidade Johns Hopkins, em Washington D.C. Tem trabalhado ainda nos últimos anos em consultoria em assuntos internacionais para entidades diplomáticas, políticas e empresariais, tendo sido consultor de risco estratégico da Maintrust Investment Consulting. É, desde Setembro de 2017, Partner na FIRMA – Agência Portuguesa de Negócios, onde lidera a área de Risco Geopolítico. Licenciou-se em Ciência Política pela Universidade Lusíada de Lisboa (2003), frequentou o último ano do curso na Università degli Studi di Roma Tre, Itália, ao abrigo do programa Erasmus, onde desenvolveu um projecto de investigação sobre a influência do império de comunicação social de Sílvio Berlusconi na sua eleição em 2001. Concluiu o mestrado em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada de Lisboa (2006), com uma tese sobre a política externa britânica entre 1997 e 2003, em particular sobre a estratégia de Tony Blair para o Kosovo e o Iraque. Optou por congelar o doutoramento na Universidade Nova de Lisboa, numa fase intermédia da escrita de uma tese sobre os EUA e a transformação da NATO depois da Guerra Fria, em virtude dos vários compromissos profissionais simultâneos. Foi comentador residente da Rádio Renascença (2008-2012), TVI 24 (2009-2012) e colunista do jornal i (2009-2010). Tem publicado em revistas académicas como Relações Internacionais, Nação e Defesa ou European Foreign Affairs Review e colaborado com a imprensa nacional e estrangeira, como a SIC, SIC Notícias, TVI, RTP1, RTP2, RTP3, RTP Informação, RTP África, TSF, Antena 1, Rádio Clube Português, Rádio Europa, Diário Económico, Atlântico, Notícias Magazine, Semanário Económico, Majalla Magazine, World Politics Review, The Huffington Post World, Atlantic Treaty Association Commentary, The Diplomat, The National Interest, Hurriyet Daily News, Berlin Policy Journal, BBC, RFI, Deutsche Welle, Deutschlandfunk e Rádio Morabeza. É autor dos livros O Lado B da Europa: Viagem às 28 Capitais (Tinta-da-China, 2018), Administração Hillary (com Raquel Vaz-Pinto, Tinta-da-China, 2016), Putinlândia (Tinta-da-China, 2016; Prémio José Medeiros Ferreira 2016), Portugal e o Atlântico (Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2016), A Síria em Pedaços (Tinta-da-China, 2015), A Cimeira das Lajes: Portugal, Espanha e a Guerra do Iraque (Tinta-da-China, 2013) e Blair, a Moral e o Poder (Guerra & Paz, 2008) e conferencista regular em cursos, licenciaturas e mestrados de Relações Internacionais na Universidade Nova de Lisboa, Universidade Lusíada, ISCTE, Universidade Católica, Universidade do Minho, Instituto Diplomático de Portugal, Academia Diplomática da Turquia e no Instituto da Defesa Nacional, onde foi investigador na área da segurança transatlântica (2005-2009). Representou Portugal no Leaders Program in Advanced Security Studies, no George C. Marshall European Center for Security Studies, Alemanha (2006) e participou em programas de liderança, estudos de segurança e política internacional em Itália, Bélgica, Áustria, EUA e Israel. Foi bolseiro da FLAD (2012) e contemplado com a Marshall Memorial Fellowship pelo German Marshall Fund of the United States (2013), um dos principais programas de promoção transatlântica e de networking para futuros líderes europeus com menos de 40 anos. Tem viajado nos últimos anos pelos Estados Unidos da América, África, Médio Oriente e Europa, continente que, tal como Tony Judt, mede “em tempo de comboio”, percorrido que foi em três interrails. É membro do Clube de Lisboa, da Associação Portuguesa de Ciência Política, da Transatlantic Studies Association e do EU Integration Forum.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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May 8, 2019 • 1h 48min

#58 João Nuno Coelho - Da “futebolização da sociedade portuguesa" à magia do Desporto-rei

João Nuno Coelho é sociólogo, autor de vários livros sobre sociologia e História do Futebol. É membro do Grupo de História e Desporto do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Nos últimos anos integrou a Football Ideas, colaborando com diversos media nos campos da análise e estatística do futebol, como atestam as participações na Liga dos Últimos, no Números Redondos e na Grandiosa Enciclopédia do Ludopédio. O tema deste episódio é um que já há muito tinha pensado trazer ao podcast. Tinha pensado, mas tinha também hesitado, porque adivinho que só uma parte dos ouvintes tem algum interesse pelo tema. Dito isto, posso dizer com alguma confiança que este é um episódio que pode interessar a quase todos os que tenham pelo menos algum interesse por futebol, sobretudo se esse interesse for mais pelo desporto em si e pelo fenómeno social do que pela actualidade que preenche os jornais diários e os programas de comentário televisivo.   Obrigado aos mecenas do podcast: Gustavo Pimenta; João Castanheira João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Peralta; Duarte Dória; Gonçalo Martins; Tiago Leite Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa; Daniel Correia, António Padilha, André Lima Vasco Sá Pinto, Luis Ferreira, Pedro Vaz, André Gamito, Henrique Pedro, Manuel Lagarto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, Filipe Ribeiro, Joana Margarida Alves Martins, Joao Salvado, Luis Marques, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, Tiago Pires, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, João Bastos, João Raimundo, Hugo Correia, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, Paulo Ferreira, Miguel Coimbra, Pedro Silva, António Amaral, Nuno Nogueira, Rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Duarte Martins, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte, Duarte   -> Torne-se também mecenas do podcast, a partir de 2€, através do Patreon!   Ligações: Livro: The Numbers Game: Why Everything You Know About Soccer Is Wrong Paperback – Chris Anderson e David Sally Quest for Excitement: Sport and Leisure in the Civilizing Process - de Norbert Elias Norbert Elias e o “Processo CIvilizacional” Episódio de que falei sobre o futebol nos EUA (Freakonomics) Livro: Banal Nationalism - Michael Billig “Vestir a camisola” – jornalismo desportivo e a selecção nacional de futebol (artigo académico do convidado) Drafting na NBA A disparidade dos direitos televisivos em Portugal Quem decide as regras do futebol? Sócrates VAR Golo Hugo Almeida vs Inter de Milão Livro que refere a origem da vantagem das equipas que jogam em casa: Scorecasting: The Hidden Influences Behind How Sports Are Played and Games Are Won Paperback – Tobias Moskowitz e L. Jon Wertheim Episódio do podcast da BBC ‘More or Less’ sobre como o futebol mudou nas últimas décadas Livro: Inverting The Pyramid, The History Of Football Tactics - de Jonathan Wilson Artigo de Jonathan Wilson sobre reutilização das tácticas passadas Moneyball (filme) Brentford's Moneyball Way To Beat Football Teams With Huge Budgets Livro recomendado: Fever Pitch - Nick Hornby Bio: João Nuno Coelho é sociólogo. Mestre e Licenciado em Sociologia pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Vencedor em 1999 da 1.ª Edição do Prémio Jovem Cientista Social de Língua Portuguesa, do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Autor da obra Portugal, a equipa de todos nós. Nacionalismo, futebol e os media (Afrontamento, 2001), A Nossa Selecção em 50 Jogos, 1921-2004 (Afrontamento, 2004) e da coletânea Futebol Globalizado (Análise Social e Routledge, 2006). Lecionou Sociologia da Arte na Escola Superior Artística do Porto (2003-2007). É membro do Grupo de História e Desporto do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Nos últimos anos integrou a Football Ideas, colaborando com diversos media nos campos da análise e estatística do futebol, como atestam as participações na Liga dos Últimos, no Números Redondos e na Grandiosa Enciclopédia do Ludopédio.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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May 1, 2019 • 1h 20min

#57 Constantino Xavier - “Para a Índia, a democracia é a única forma de conseguir gerir toda aquela diversidade de culturas, línguas e religiões”

Constantino Xavier é investigador na Brookings India, em Nova Deli, integrado na Brookings Institution, um dos maiores think tanks do mundo. A investigação do Constantino debruça-se sobretudo sobre a política externa da Índia, segurança e política regional, democracia e relações Europa-Ásia Aproveitei uma visita do Constantino a Portugal, no mês passado, para o convidar para o podcast. É um privilégio poder trazer ao podcast um especialista de renome mundial em assuntos indianos. Durante a conversa, falámos sobre uma série de aspectos relacionados com a Índia. Desde logo, as especificidades deste país gigantesco e ultra-diverso, composto por 29 Estados, com diferentes culturas, dezenas de religiões e quase 400 línguas diferentes. Não podíamos passar ao lado da política interna do país, que tem sido agitada nos últimos anos, com o com a ascensão do partido do actual Primeiro Ministro, o carismático Narendra Modi, e a vaga de nacionalismo hindu que lhe tem estado associada e que é um dos grandes desafios à unidade do país. Aliás, estão agora na Índia a decorrer as eleições gerais, um processo verdadeiramente hercúleo, não só em dimensão (é a maior democracia do mundo) como em duração, visto que dura, vejam só, desde 11 de abril e estende-se até dia 23 de maio! Falámos também da China, um tema praticamente incontornável hoje em dia quando se analisa a Índia no contexto internacional. Por um lado, a China representa um modelo para a Índia do ponto de vista do desenvolvimento económico. Mas é, também, cada vez mais, uma ameaça ao domínio a que a Índia estava habituada na sua vizinhança. Para além disso, e falámos disso também, é um país com uma cultura muito distinta da da Índia, algo que é visível também nas diferentes abordagens entre os dois países à política e à cooperação internacionais. Finalmente, como não poderia deixar de ser, falámos também do Paquistão, a eterna dor-de-cabeça dos governos indianos. As relações entre os dois países têm sido ultra-tensas (para usar um eufemismo) desde a partição da Índia Britânica em 1947 e a independência dos dois países; juntamente com o Paquistão Oriental (agora Bangladesh). Nota: A qualidade do som durante os primeiros 18 minutos é de pior qualidade do que o normal.  Obrigado aos mecenas do podcast: Gustavo Pimenta; João Castanheira João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Peralta; Duarte Dória; Gonçalo Martins; Tiago Leite Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa; Daniel Correia, António Padilha, André Lima Vasco Sá Pinto, Luis Ferreira, Pedro Vaz, André Gamito, Henrique Pedro, Manuel Lagarto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, Filipe Ribeiro, Joana Margarida Alves Martins, Joao Salvado, Luis Marques, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, Tiago Pires, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, João Bastos, João Raimundo, Hugo Correia, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, Paulo Ferreira, Miguel Coimbra, Pedro Silva, António Amaral, Nuno Nogueira, Rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves, Duarte Martins, Pedro Rebelo, Miguel Palhas, Ricardo Duarte -> Torne-se também mecenas do podcast, a partir de 2€, através do Patreon! Ligações: Prémio recebido pelo convidado Ranking de países por PIB per capita LKY School of Public Policy Modi e o Nacionalismo Hindu Influência de Vivekananda sobre Modi Livro recomendado: The Idea of India Paperback, de Sunil Khilnani Territórios disputados entre Índia e China Belt and Road Initiative Escaramuças entre a Índia e o Paquistão em 2019   Artigo citado sobre o conflito com o Paquistão: “Whatever others may believe, my opinion is simply that it is better for India to brave a costly nuclear attack by Pakistan, and get it over with even at the cost of tens of millions of deaths, than suffer ignominy and pain day in and day out through a thousand cuts and wasted energy in unrealized potential.”     Estudo do Banco Mundial sobre os custos da não integração regional Bio: Constantino Xavier é investigador na  Brookings India, em Nova Deli, onde se dedica à política externa indiana, segurança regional, democracia e relações Europa-Ásia. É doutorado em Estudos do Sudeste Asiático pela Universidade Johns HopkinsSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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Apr 17, 2019 • 1h 31min

#56 Daniel T. Santos - “O que podemos aprender com o modo como pensa um Designer?”

Daniel Santos é um designer de serviços com uma carreira que já passou por várias geografias, da Índia ao Reino Unido, e a desempenhar papéis diferentes, de professor a praticante. Actualmente, é designer de serviços no LabX - Laboratório de Experimentação da Administração Pública, onde aplica metodologias do Design para tornar os serviços públicos melhores tanto para os cidadãos como para os funcionários. A conversa, como é habitual, estendeu-se por vários terrenos. Comecei por tentar perceber o que é design. Acho que todos os leigos, como eu, tendem a associá-lo intuitivamente à estética, mas, como vamos ver, é muito mais do que isso. Falámos também de alguns exemplos de design com que nos cruzamos no dia-a-dia, como os tipos de letra que usamos para escrever um texto no computador. A letra Arial, descobri há pouco tempo, tem muito má fama entre os designers. De seguida, discutimos alguns dos princípios do Design, como o conceito de ‘modelos mentais’, que significam essencialmente o modo como o utilizador do produto ou serviço que se está a desenhar interpreta e representa na sua mente a realidade em que vive. Ora, para um designer, é essencial conhecer o modelo mental do utilizador, porque só assim pode assegurar que vai entender e beneficiar das características que estão a ser desenhadas naquele produto. O problema - ou o desafio - associado aos modelos mentais é que estes variam muito entre pessoas, pelas experiências e backgrounds de cada um e, sobretudo, pelas culturas diferentes, quando falamos de diferentes países. Conversámos, ainda, sobre a área de trabalho do convidado, Design de serviços, uma área muito centrada na funcionalidade e, portanto, onde este conceito de modelos mentais é essencial. Finalmente, falámos também de outro conceito-chave do Design, este um que se tem tornado quase uma moda no mundo da gestão (e adulterado QB pelo caminho): o Design Thinking, ou “pensar como no design”. A utilidade da abordagem do design para a gestão de empresas e organizações é fácil de entender. O design, na essência, o que fAz é tentar encontrar soluções para problemas práticos. As intersecções entre isto e o objetivo de uma empresa de melhorar a proposta de valor para os clientes são fáceis de encontrar. O que é especial na abordagem do design é que, por ter que lidar com objectos e tipos de utilizadores muito variados, tem de fazer uso de trabalho colaborativo, de equipas multidisciplinares, e de ter uma grande atenção às necessidades dos utilizadores. Trazer estes métodos para dentro de uma empresa, se for bem feito, pode ser uma grande ajuda para encontrar soluções mais inovadoras. Obrigado aos mecenas do podcast: Gustavo Pimenta; João Castanheira João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Peralta; Duarte Dória; Gonçalo Martins; Tiago Leite Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa; Daniel Correia, António Padilha Vasco Sá Pinto, Luis Ferreira, Pedro Vaz, André Gamito, Henrique Pedro, Manuel Lagarto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, Filipe Ribeiro, Joana Margarida Alves Martins, Joao Salvado, Luis Marques, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, Tiago Pires, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, João Bastos, João Raimundo, Hugo Correia, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, Paulo Ferreira, Miguel Coimbra, Pedro Silva, António Amaral, Nuno Nogueira, Rodrigo Brazão, Nuno Gonçalves -> Torne-se também mecenas do podcast, a partir de 2€, através do Patreon! Ligações: Steve Jobs: “Most people make the mistake of thinking design is what it looks like. People think it’s this veneer – that the designers are handed this box and told, “Make it look good!” That’s not what we think design is. It’s not just what it looks like and feels like. Design is how it works.” O espremedor de limões de Philippe Starck Teste referido pelo convidado Episódio podcast ‘Sobretudo’ (parte 1; parte 2) Reconsidering The Effect Of Aesthetics On Usability Canal Reddit ‘Oddly Satisfying’ Unsatisfying Comic Sans e a dislexia Cheryn Flanagan Hotéis Citizen M PepsiCo CEO Indra Nooyi on Design Thinking Design Council - Measuring the value and role of design Design Management Institute - The Value of Design Design Thinking by Herbert Simon Just Enough Research, Erika Hall Nudge theory Wicked problem   Livro recomendado: Dark Matter and Trojan Horses: A Strategic Design Vocabulary, de Dan Hill   Frédéric Bastiat Necessidades funcionais, hedonistas e simbólicas Bio: Daniel Santos, é service designer e um entusiasta da inovação centrada nas pessoas. Foi Design Lead na FutureEverything, em Manchester, no Reino Unido, onde trabalhou em projectos smart-cities e ciência colaborativa. Antes disso, viveu na Índia, cerca de 4 anos, onde leccionou design no ensino superior. Mudou-se para Lisboa para ser service designer no LabX, onde aplica metodologias de Design de Serviços para tornar os serviços públicos mais eficientes e melhorar o quotidiano dos funcionários públicos e cidadãos portugueses. Daniel é mestre em Design de Experiência Digital, pós-graduado em Gestão de Design e licenciado em Artes Digitais.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Apr 10, 2019 • 1h 49min

#55 Joana Amaral Dias - Psicologia Política: personalidade, emoção, moral e cognição

Joana Amaral Dias é psicóloga, comentadora e política. Conversámos sobre Psicologia Política, a propósito do seu livro “O Cérebro da Política - Como a personalidade, emoção e cognição influenciam as escolhas políticas”. Este é um dos temas que me têm dado mais que pensar nos últimos tempos, sobretudo desde que gravei a série de episódios sobre Orientações Políticas. A Psicologia Política é, então, o estudo de como as diferenças psicológicas entre as pessoas - como a personalidade, as emoções, os valores ou mesmo a cognição - ajudam a explicar, por exemplo, o eterno mistério de duas pessoas igualmente bem intencionadas e capazes, chegarem a visões políticas antagónicas. Dito isto, vale a pena, se calhar, esclarecer que o objectivo da PP não é reduzir a política à psicologia. Claro que o nosso egoísmo nos leva a alinhar com visões políticas que defendam a nossa posição na sociedade, e é claro que o próprio meio em que nascemos influencia a nossa posição. Mas o que é incrível, e que a Psicologia Política ajuda a explicar, é que isso não é suficiente para explicar porque é que pessoas, por exemplo, dois irmãos que nasceram no mesmo meio e receberam a mesma educação chegam a visões políticas diferentes. Durante a conversa, falámos sobre uma série de aspectos da influência da psicologia na política. Começámos por uma das descobertas fundacionais desta área: o facto de o nosso julgamento moral e político começar sempre por uma intuição, isto é, de forma inconsciente. É dessa forma inconsciente - e muitas vezes de forma emocional - que formamos a nossa visão - positiva ou negativa - sobre, por exemplo, o que defende determinado partido ou político. Só depois é que a nossa ‘mente racional’ entra ao serviço e vai sobretudo ter o trabalho de justificar aquela conclusão apriorística, e, só muito raramente, rever criticamente essa conclusão. É muito curiosa esta descoberta e, para mim, de certa forma - lá está - intuitiva. Ocorreu-me logo, por exemplo, a descrição que o Francisco Mendes da Silva fez, no episódio que gravámos, sobre como se tinha tornado conservador muito cedo na vida, com a sistematização dessa perspectiva a ocorrer só mais tarde. A comprovação de que o nosso julgamento moral é, primeiramente, intuitivo, deve muito ao trabalho do psicólogo moral Jonathan Haidt, cujo livro ‘The Righteous Mind’ (algo como ‘A Mente Íntegra’) me foi recomendado, em boa hora, por dois ouvintes - João Cotrim de Figueiredo e Pedro Macedo Alves - a quem aproveito para agradecer. Compreendendo, então, que as nossas opiniões são formadas sobretudo de forma inconsciente, rapidamente percebemos que a nossa forma de pensar, o nosso software mental, tem um papel importante. Por isso, as diferenças de personalidade são essenciais para explicar porque é que pessoas diferentes têm visões distintas do mundo e da política. E foi disto que falámos a seguir na conversa, usando como referencial o chamado ‘modelo dos cinco factores’, o modelo com maior validação empírica na Psicologia da Personalidade. A propósito desse modelo, recomendo ouvirem, se ainda não o fizeram, o episódio #11, com Margarida Pedroso de Lima. Estas características de personalidade são facilmente observáveis sobretudo nos próprios políticos. Falámos, aliás, de alguns casos portugueses que é interessante analisar por esta lente. Das diferenças de personalidade entre as pessoas partimos para as diferenças ao nível dos valores com que cada um de nós se identifica. A principal diferença é que a personalidade tem sobretudo que ver com a nossa forma de pensar, enquanto os valores representam juízos concretos, isto é, aquilo que acreditamos, que sentimos, estar certo ou errado, ser importante ou irrelevante. A propósito dos valores, socorremo-nos do dito livro de Jonathan Haidt, de que falei há pouco, que organiza os valores universais da Humanidade (encontrados em todo o tipo de culturas) em cinco dimensões: O cuidado e a empatia pelo outro A justiça, que pode implicar princípios de igualdade ou, pelo contrário, de meritocracia A lealdade ao grupo A autoridade e tradição A liberdade, isto é, a rejeição de restrições externas à liberdade individual Como é fácil de perceber, diferentes valores estão associados, de uma forma até mais clara do que as diferenças de personalidade, a preferências políticas diferentes entre as pessoas, e por vezes contraditórias. Durante o resto da conversa, tivemos ainda tempo para falar sobre o grande mistério de qual é a origem de todas estas diferenças entre nós (quanto é culpa genes, quanto é causado pelo meio em que crescemos ou a educação que tivemos). Falámos, ainda, sobre liderança na política, e a distinção entre líderes que procuram “poder sobre” e aqueles que buscam “poder para”, que tem sido muito estudada na Psicologia Política. Mesmo a terminar, perguntei à convidada, que sempre se assumiu de esquerda, que valores tradicionalmente da Direita é que tinha ficado a ver de uma forma mais positiva depois deste trabalho de investigação. Resumindo, antes só de passarmos à conversa, esta é uma área fascinante e que me tem ajudado não só a ser muito mais compreensivo com quem pensa de forma diferente de mim, como também a tentar aprimorar a minha própria filosofia política de forma a corrigir os enviesamentos que a minha intuição inevitavelmente traz. Embora, como digo durante a conversa, seja difícil fugirmos ao nosso ‘software moral’, pensar sobre estes temas tem-me tornado, julgo, um pensador mais robusto. Por exemplo: ao compreender a relevância de alguns valores da direita, dou hoje mais valor, por exemplo, a preservar instituições que vêm de trás (e que por algum motivo subsistem) e à necessidade de manter uma sociedade estruturada. Da mesma forma, compreendendo a  relevância de alguns valores da esquerda, reconheço hoje que a minha preocupação inata com as chamadas liberdades negativas é, em certa medida, um enviesamento de privilegiado, e que tem de ser temperada pela necessidade de intervir para corrigir desigualdades e, noutra dimensão, pelos limites práticos à chamada meritocracia. Obrigado aos mecenas do podcast: Gustavo Pimenta; João Castanheira João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Peralta; Duarte Dória; Gonçalo Martins; Tiago Leite Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa; Daniel Correia, António Padilha Vasco Sá Pinto, Luis Ferreira, Pedro Vaz, André Gamito, Henrique Pedro, Manuel Lagarto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, Filipe Ribeiro, Joana Margarida Alves Martins, Joao Salvado, Luis Marques, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, Tiago Pires, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, João Bastos, João Raimundo, Hugo Correia, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, Paulo Ferreira, Miguel Coimbra Torne-se também mecenas do podcast, a partir de 2€, através do Patreon! Ligações: Livro da convidada: O Cérebro da Política Novo canal de Yotube da convidada: Voto Nulo António Damásio - O Erro de Descartes Modelo dos Cinco Factores Personalidade e comportamento político The Righteous Mind - Jonathan Haidt Paul Bloom - Against Empathy: The Case for Rational Compassion José Mujica Filme recomendado: First Reformed Bio: Psicóloga e exerce psicologia clínica desde 1997. Licenciou-se em Psicologia, ramo de Psicologia Clínica, pela Universidade de Coimbra, tendo igualmente concluído a componente teórica do Ramo de Psicossociologia das Organizações. Fez o Mestrado em Psicologia do Desenvolvimento, também na Universidade de Coimbra. Pós-graduou-se em Terapia Familiar Sistémica e em Psicodrama (é sócia didata da Sociedade Portuguesa de Psicodrama), foi bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia e doutoranda pelo Chicago Center for Family Health/ University of Chicago e pela Universidade de Coimbra. Leccionou em diferentes universidades, colaborando com o Instituto Superior de Psicologia Aplicada desde 2004, designadamente nas disciplinas de Modelos de Desenvolvimento e Processos de Inclusão/Exclusão Social e de Minorias étnicas e culturais. Foi dirigente associativa, deputada à Assembleia da República, dirigente partidária e mandatária para a juventude da candidatura presidencial de Mário Soares. Convidada para inúmeros colóquios, seminários e conferências, publicou dois livros sobre temáticas políticas, nomeadamente Maníacos de Qualidade (2010) e Portugal a Arder (2011). Colabora assiduamente em jornais, revistas e televisão enquanto comentadora/analista política, sendo que a Psicologia Política, a confluência da sua formação em Psicologia e da sua atividade política, é um dos temas mais significativos da sua pesquisaSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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Apr 3, 2019 • 1h 60min

#54 Pedro Boucherie Mendes - “Porque gostamos tanto de não gostar de televisão?”

Pedro Boucherie Mendes é actualmente director de Planeamento Estratégico da SIC. Para além disso, assina uma coluna de opinião no site Vida Extra, no Expresso, sobre séries de televisão e conduz o programa Irritações na SIC Radical, para não falar de outras etapas de um longo currículo ligado à televisão e à imprensa. Conversámos a propósito do seu último livro, AINDA BEM QUE FICOU DESSE LADO, onde o convidado aborda uma série de aspectos do mundo da televisão, desde a evolução do meio, aos bastidores da produção, passando pelo novo mundo dos conteúdos disponíveis on demand. Mas dizer que conversámos sobre televisão é um retrato muito curto da conversa. À boleia da televisão, falámos sobre uma série de e temas. Até porque o Pedro é mais do que apenas um profissional de televisão. É, como eu, um curioso inveterado, e com uma veia forte de crítico cultural. Há muitos anos que se dedica, por exemplo, a analisar e criticar as idiossincrasias da cultura nacional. Começámos por abordar a má fama que a televisão tem enquanto meio (todos sabemos que dá um ar sofisticado a pessoa dizer com um ar indiferente: “naa...eu já não vejo televisão”. Ora, a nossa relação com este meio, quer queiramos quer não, não é de indiferença. Falámos, também do importante papel da televisão, por exemplo, na promoção da tolerância ou na educação cívica. Uma das coisas curiosas que a televisão faz como nenhum outro meio, e que não é devidamente valorizada, é gerar empatia por pessoas diferentes de nós, ao trazê-las para a nossa sala e mostrar o que temos em comum. A televisão aproxima o que está longe, e a proximidade é o condutor da empatia. Isto levou-nos aos desafios da produção: como é a vida de um profissional de televisão, ou quais são os desafios para um argumentista adaptar a narrativa de uma série depois do surgimento dos telemóveis, por exemplo. E é claro que não resistimos a falar das séries da chamada era de ouro das séries americanas, do Breaking Bad ao Sopranos, passando por títulos mais recentes, como o Black Mirror. À boleia disto, falámos sobre o mistério que é a nossa predilecção por ficção, por histórias, o facto de sermos capazes de, no jargão científico, ‘suspender a nossa descrença’, isto é, pôr de lado o nosso sentido crítico para podermos desfrutar de uma boa história. A propósito disto, se, como eu, este mistério vos fascinar, não deixem de ler o artigo do site Psychology Today cujo link deixo na descrição deste episódio. Mesmo a terminar, tivemos ainda tempo para falar sobre a visão do convidado em relação ao que vai ser a televisão daqui a 20 anos, nomeadamente o futuro da chamada ‘televisão de fluxo’ que é, basicamente, a velha televisão, ou seja, o que está a dar ee eu for ali à sala ligar o televisor. Torne-se mecenas do podcast, a partir de 2€, através do Patreon! Obrigado aos mecenas do podcast: Gustavo Pimenta; João Castanheira João Vítor Baltazar; Salvador Cunha; Ana Mateus; Nelson Teodoro; Paulo Peralta; Duarte Dória; Gonçalo Martins; Tiago Leite Abílio Silva; Tiago Neves Paixão; João Saro; Rita Mateus; Tomás Costa; Daniel Correia, António Padilha Vasco Sá Pinto, Luis Ferreira, Pedro Vaz, André Gamito, Henrique Pedro, Manuel Lagarto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, Filipe Ribeiro, Joana Margarida Alves Martins, Joao Salvado, Luis Marques, Mafalda Pratas, Renato Vasconcelos, Tiago Pires, Francisco Arantes, Francisco dos Santos, João Bastos, João Raimundo, Hugo Correia, Mariana Barosa, Marta Baptista Coelho, Paulo Ferreira Ligações: Livro do convidado: ‘Ainda Bem Que Ficou Desse Lado - Como ser um melhor espectador de televisão na era das séries, da netflix e da escolha infinita’ Hofstede - Portugal Seth MacFarlane  O mito da má dentição dos britânicos   Actriz da série Mad Men (a propósito dos dentes) ‘Soap’ (comédia) Suspensão da descrença What Brain Activity Can Explain Suspension of Disbelief? Diegese Séries ‘The Shield’ Deadwood Black Mirror You Jump the Shark The Reith Lectures - Bertrand Russel Pensar, Depressa e Devagar de Daniel Kahneman Projeto Refazer de Michael Lewis Marshall McLuhan - Hot and cool media Bio: Pedro Boucherie Mendes é actualmente director de Planeamento Estratégico da SIC. Anteriormente, foi director dos canais temáticos do mesmo canal. Licenciado em Comunicação Social, tem uma pós-graduação em Ciência Política. Entre outras coisas, foi crítico de música, fez rádio e na imprensa trabalhou no semanário O Independente, na Maxmen e fundou a FHM. Escreveu nas revistas Grande Reportagem e «NS’» (Diário de Notícias) e Index, do jornal I e colabora com o Expresso. O seu último livro é AINDA BEM QUE FICOU DESSE LADO, Como ser um melhor espectador de televisão na era das séries, da Netflix e da escolha infinita. Actualmente assina uma coluna no site Vida Extra, no Expresso sobre séries de televisão; conduz o programa Irritações na SIC Radical.  Na SIC participou ainda no programa «Prazer dos Diabos» e foi jurado em três edições do «Ídolos».See omnystudio.com/listener for privacy information.

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