Podcast da Semana

Neste episódio do Podcast da Semana o tema é a dor da perda, o luto. A psicóloga Valeria Ulbricht Tinoco é cofundadora, professora e supervisora do 4 Estações, um instituto de psicologia focado nas chamadas vivências de rompimento. Ela diz que a criação desse espaço tem a ver com o fato de que pessoas enlutadas, muitas que inclusive já fazem terapia, relatam sentir falta de um acolhimento mais especializado, daí essa iniciativa.Na conversa, ela fala sobre as particulares do processo de luto em tempos pandêmicos, quando não é possível passar pelos rituais de despedida tradicionais. Dá caminhos para acolher o luto do outro e lembra que cada pessoa tem seu próprio tempo e ferramentes para encarar essa realidade. "A gente sempre precisa pensar que não sabemos o que aquela perda representa na experiência do outro" , diz a Gama.

"Podcast da Semana" está na Orelo app.orelo.audio/3Jqh ☁️🎧-Se teve uma coisa que a pandemia mexeu foi com a alimentação. Para uns, foi a hora de descobrir a cozinha — há relatos de prazer, mas também de desespero. Outros viveram uma overdose de delivery. Mas um terceiro grupo, o mais amplo e preocupante, passou a viver em total insegurança alimentar e o Brasil voltou para o mapa da fome. No Podcast da Semana da edição O que come o Brasil? conversamos com a chef Mara Salles, do restaurante Tordesilhas, autora de “Ambiências” (DBA, 2000), um clássico da cozinha brasileira; e com a nutricionista e pesquisadora Neide Rigo, autora do blog Come-se.Amigas de longa data, as duas traçam comentários sobre o cenário atual da alimentação do Brasil, as transformações causadas pela entrada massiva da industrialização em todo o território nacional e o crescimento das restrições alimentares. Sobre o momento em que vivemos, dão dicas de como ter mais agilidade na cozinha de casa quando ela também vira escritório. Falam também sobre como a educação pode melhorar a cesta básica num momento em que a escassez alimentar cresce, além de tecer comentários sobre a cozinha amazônica e a mandioca como um dos ingredientes mais interessantes do país.

"Podcast da Semana" está na Orelo https://app.orelo.audio/3Jqh ☁️🎧 -O amor, para Letrux, é elemento essencial de criação. É um tema sobre o qual a cantora, letrista e colunista da Gama trata sempre — seja no disco que ela lançou em março de 2020, “Aos Prantos”. Seja no livro que ela acaba de lançar, o “Tudo que já Nadei” (Planeta, 160 pág., R$ 34,90). “Eu amo todos os amores, os inventados, os platônicos, os romantizados, os verdadeiros, os crus, os horrorosos — até os horrororos eu entendo e respeito”, diz a Gama.Nesta edição do Podcast da Semana, o papo com a carioca Leticia Novaes, 39, é sobre a amor, criação e como nasceu “Cuidado Paixão”, um hit do seu último disco que certamente será cantado em coro quando seu público puder se aglomerar de novo.

O acesso à universidade é capaz de promover mudanças profundas na sociedade e nas famílias que passam a ter membros que ingressam no ensino superior. Para isso é preciso, entre outras coisas, ações afirmativas e políticas de permanência. Sobre esse tema, o Podcast da Semana entrevista a socióloga e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Flavia Rios. Ela integra o Cebrap/afro, é coordenadora do curso de Ciências Sociais da UFF e do Projeto Gestão municipal da igualdade racial e políticas inclusivas de educação e trabalho no município de Niterói. É também coautora do livro “Lélia Gonzalez” (Summus, 2010), sobre a grande antropóloga e filósofa brasileira e co-organizadora do livro “Negros nas Cidades Brasileira”(Intermeios/Fapesp, 2018).

Ter uma marca pessoal é praticamente indispensável atualmente. E muitas vezes você pode tê-la construído sem prestar muita atenção. Para que ela seja efetiva, é importante ter em mente pelo que você quer ser lembrado, que mensagem quer passar às pessoas. A dica é da estrategista em marcas pessoais Juliana Saldanha, que é consultora e criadora do curso Movimente Sua Marca e é a entrevistada desta edição do Podcast da Semana.Nessa entrevista a Gama, ela fala sobre a importância de ter uma marca pessoal hoje, os limites entre o que se mostra da vida fora do trabalho nas redes sociais e o poder e os riscos da internet na hora de se expressar. “O celular pode ser uma arma. Você pode ter um momento de raiva, ou descontração, e em pouco tempo isso está no LinkedIn”, afirma na entrevista.

Coordenador do programa observando os rios da SOS Mata Atlântica, o geógrafo Gustavo Veronesi, que atua na organização não-governamental há quase 20 anos, é o entrevistado do Podcast da Semana e fala sobre os desafios encontrados na preservação dos rios e bacias hidrográficas da região onde está a floresta tropical. Segundo ele, o esgoto doméstico ainda é o maior vilão para a manutenção da saúde das águas. "É inaceitável que num país como o Brasil mais da metade da população ainda não tenha acesso a tratamento de esgoto. É inaceitável que num país como o Brasil, que detém a maior quantidade de água doce do planeta, 40 milhões de brasileiros não tenham acesso a água potável", disse em entrevista a Gama.Ao Podcast da Semana, Veronesi falou sobre as dificuldades de diálogo com o atual governo e sobre a dependência do poder público para ter um trabalho de efeito; sobre os problemas socioambientais vividos no país em pleno século 21; sobre o que pode ser feito para ajudar na conservação dos rios -- a redução do consumo num sentido amplo é a medida mais fundamental --; e sobre a importância simbólica de se comemorar o dia da Água, em 22 de março. "É um recurso fundamental para a vida, é preciso gritar sobre a importância da água", afirma.

A discriminação racial afeta a saúde mental de suas vítimas e esses efeitos se estendem por toda sociedade.Sobre esse tema, conversamos com Clélia Prestes. Ela é doutora em psicologia social pela Universidade de São Paulo (Usp) e psicóloga do Instituto AMMA Psique e Negritude, que desde 1995 busca identificar, elaborar e desconstruir o racismo e seus efeitos psicossociais.Clélia foi pesquisadora visitante no Departamento de Estudos Africanos e Afro-Diaspóricos da Universidade do Texas, em Austin, com a tese “Estratégias de promoção da saúde de mulheres negras: interseccionalidade e bem viver”.No Podcast da Semana, ela reflete sobre a importância do ativismo na saúde mental de pessoas que sofrem discriminação, de racismo e mulheres negras, e dos efeitos negativos dessa prática na sociedade como um todo.Roteiro e apresentação: Luara Calvi AnicEdição de som: Maurício Abbade

No Dia das Mulheres, o Podcast da Semana traz o tema dinheiro, finanças pessoais e economia. Isso porque nestes tempos pandêmicos essa parcela tão significativa da população foi a mais prejudicada no mercado de trabalho, na economia, como mostram diferentes pesquisas. E também porque a autonomia histórica que buscam as mulheres depende muito de independência financeira.Flávia Oliveira é jornalista, comentarista do Globo News, colunista do jornal O Globo e tem décadas de experiência no jornalismo econômico. Denise Damiani é autora do livro “Ganhar, Gastar, Investir: o livro do dinheiro para mulheres”(Sextante, 2016). A consultora se dedica ao empoderamento feminino por meio da inteligência financeira.

Nestes tempos de pandemia do novo coronavírus, muita coisa mudou na maneira como nos locomovemos pela cidade, muitos problemas e desigualdades ficaram ainda mais evidentes. No Podcast da Semana, o urbanista Roberto Andrés fala sobre o tema, sobre trânsito e o futuro da mobilidade nas cidades.O mineiro é professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e doutorando na USP (Universidade de São Paulo). É também pesquisador visitante da Urban Democracy Lab, da Universidade de Nova York e um dos criadores da revista piseagrama.No Spotify, na Apple Podcast, no Google Podcast e no link abaixo você escuta essa conversa com Roberto Andrés.Roteiro e apresentação: Luara Calvi AnicEdição de som: Ricardo Monteiro

Fundador da ONG Gerando Falcões, Eduardo Lyra não tem vergonha de dizer que sonha alto: seu objetivo de vida é transformar a pobreza em peça de museu. Nascido em uma favela, ele diz que foi vitaminado pela mãe que dizia que não importa de onde se vem, e sim para onde se vai. “Ela me vitaminou para eu correr atrás. Hoje, minha dedicação de vida é desarmar muitas bombas-relógios em escala e tirar jovens e famílias da pobreza”, ele diz sobre o trabalho de sua organização, cujos projetos estão focados em esporte e cultura para crianças e adolescentes e qualificação profissional para jovens e adultos. Com um modelo de gestão inspirado nos mecanismos de administração da Ambev, com metas, indicadores de performance, rituais de gestão, plano de carreira e gratificação para os colaboradores, a ONG conseguiu atrair atenção de pesos-pesados da economia para financiar seu trabalho e só cresce desde sua fundação há dez anos. “A pobreza é multidimensional e precisa de atuação multisetorial”, diz Eduardo Lyra no Podcast da Semana.