

Podcast da Semana
Gama Revista
"Podcast da Semana" traz todo domingo um bate-papo de 30 minutos com um convidado sobre o assunto da semana da Gama Revista.
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Jul 3, 2022 • 21min
Pedro Andrade: "Qualquer viagem fica melhor quando se busca novos pontos de vista"
Viajar para cumprir uma listinha de lugares turísticos definitivamente não é o estilo que o apresentador Pedro Andrade traz em seu novo programa, o Entre Mundos, que acaba de chegar a sua segunda temporada, no canal CNN.Ainda que traga boas viagens, a proposta é retratar como vivem diferentes comunidades: os judeus ortodoxos de NY, os aposentados nos dias de hoje, os produtores de mescal no méxico, os produtores de maconha na Califórnia.Não é a primeira vez que o apresentador tem um programa para mostrar o que o mundo tem de mais interessante. Antes de ser contratado pela CNN, ele tocava o Pedro Pelo Mundo, esse mais turístico, e ficou anos no Manhattan Connection, da TV Cultura, em que, além de comentar as notícias do dia, trazia o que Nova York, cidade onde ele vive desde nos anos 1990, tinha de melhor pra ver e fazer. Nessa, já são 72 países no passaportePara o Podcast da Semana ele fala sobre outros jeitos de viajar. Em tempos de crise, de preços altos das passagens, como ter esse prazer de ter contato com diferentes culturas? Pedro Andrade dá caminhos.Acesse a Semana "Tá viajando?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/ta-viajando

Jun 26, 2022 • 27min
Lucas Bulamah: ‘Um hiperaproveitamento da vida é a marca do nosso tempo’
Ficamos tão próximos à morte que agora queremos viver em excesso. A pandemia não acabou, mas as vacinas possibilitaram um período de ressocialização permeado de euforia, festas e mais festas e sensação de que temos que ser felizes agora ou nunca. Nesta edição do Podcast da Semana, a conversa é com o psicanalista Lucas Charafeddine Bulamah, doutor em psicologia clínica pela USP, que fala sobre a atual busca pelo prazer.”Adiar o gozo ou o prazer caiu em desuso”, ele afirma, e diz que essa ideia está ligada ao imediatismo da vida contemporânea: ninguém quer mais perder tempo, como mostram os altos números de divórcio no país. Além da prática clínica, Bulamah tem um canal no Youtube em que discute psicanálise e não monogamia.“Antigamente o futuro era onde você depositava o fruto dos investimentos ao longo da vida: prazer, trabalho. Hoje, um hiperaproveitamento da vida é marca do período que a gente vive. O futuro é amanhã e o presente é o de mais interessante que a gente pode viver. Antigamente as pessoas tinham certa ideia do futuro, mas ele já não é mais tão magnético”, afirma Bulamah.Mas tanta euforia assim pode fazer mal? “O lado B de tanto prazer é um crescimento do sofrimento também”, diz Bulamah, que acredita e defende uma política de redução de danos.Acesse a Semana "Tá todo mundo eufórico?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/ta-todo-mundo-euforico

Jun 19, 2022 • 29min
Pedro Amorim: 'A comédia sempre foi o gênero que levou público ao cinema'
Não é exagero dizer que a comédia é o gênero de mais sucesso no Brasil, afinal foram filmes como o do humorista Paulo Gustavo (1978-2021) que bateram todos os recordes de bilheteria no país, ganhando inclusive de blockbusters como os da Marvel. No entanto, a crítica não alivia para o gênero. "A comédia é renegada pelos críticos, mas sempre foi abraçada pelo público, sempre foi o gênero que levou o público ao cinema e que cria o hábito. Da parte dos críticos no Brasil, há um certo estigma das pornochanchadas e da chanchada, que não eram gêneros que falavam de temas pertinentes sociais e políticos", afirma o diretor de cinema e TV Pedro Amorim, entrevistado da edição sobre cinema nacional do Podcast da Semana.Amorim é um apaixonado por comédia. Na sua filmografia, há filmes como "Mato Sem Cachorro" (2013), "Um Namorado pra minha Mulher" (2014) e "Carlinhos e Carlão" (2019), e, na próxima semana, estreia "Dissonantes" no serviço de streaming Star+. Na entrevista a Gama, ele defende que a comédia não é um gênero menor, que muitos comediantes, décadas depois, acabam sendo vistos como "autor", como é o caso de Jacques Tati e Charles Chaplin. E, no Brasil, ele prevê que, nos próximos anos, deve começar a haver uma regionalização dos enredos e uma maior diversidade de histórias. A diversidade, aliás, estará tanto na frente, como por trás das câmeras, com equipes formadas por gente de diferentes origens. Esse movimento tem no streaming um dos seus principais motores.Acesse a Semana "O que será do nosso cinema?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/o-que-sera-do-nosso-cinema

Jun 12, 2022 • 32min
Carol Tilkian, do Soltos: ‘Amor é resiliência’
“Amor é resiliência. A gente vai ter desilusões amorosas, vai doer. Se dê o tempo e se permita fazer novos movimentos.” O conselho é da Carol Tilkian, comunicadora e pesquisadora de relacionamentos, que tem um canal no Youtube chamado Soltos e uma página homônima no Instagram, além de manter uma agenda de cursos sobre temas que envolvem os relacionamentos. Nesta semana, ela lança seu novo podcast, o Amores Possíveis, com entrevistas que estão no canal e transforma o Podcast da Semana numa espécie de consultório amoroso.Na entrevista, ela fala que as pessoas estão sem paciência com o outro, ansiosas com o ritmo das relações e querem que tudo aconteça muito rápido. Se a pessoa é diferente do ideal, já se desiste de insistir um pouco mais e entender como o relacionamento pode dar certo.Tilkian diz ainda que os divórcios cresceram muito em 2021, mas que aquela euforia esperada para a volta da socialização parece ser menor do que o desejo das pessoas de encontrar um novo amor.Acesse a Semana "Qual é a do amor?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/qual-e-a-do-amor

Jun 5, 2022 • 25min
Alexandre Patricio de Almeida: 'O perdão é uma conquista que pressupõe maturidade'
Este não deve ser um ano fácil para muitos no que diz respeito às relações familiares. Pode ser uma reedição do que foi 2018, quando uma eleição muito polarizada elegeu o atual presidente Jair Bolsonaro. Naquela época, muitos romperam com parentes que pensavam diferentes, num fla x flu político que reverbera até hoje. Com as novas eleições, o bolsonarismo e o antibolsonarismo devem voltar à arena. E o que fazer para evitar brigas imensas com quem se ama mas pensa diferente? É possível perdoar?No Podcast da Semana da edição perdão, o psicanalista Alexandre Patricio de Almeida fala sobre como há uma infantilização em não aceitar o outro e seus pensamentos. “O momento de eleição reativa movimentos infantilizados. A criança não consegue lidar com ambivalência, não consegue amar e odiar. De alguma forma, essas eleições e a polarização reativa essa reação psíquico infantil. Tem um lado bom que idealizo como salvador da pátria o meu candidato. Mas quem não acredita nele é mau”, afirma.Na entrevista a Gama, Almeida fala sobre como o conceito de reparação acontece na psicanálise e como o rancor e o ressentimento fazem mal, não só às relações, mas ao indivíduo. “Quando eu causo um dano muito grande ao outro, eu preciso reparar efetivamente. E não é pedir desculpa. O perdão tem que ser verdadeiro e efetivo e isso promove uma reparação e uma mudança psiquica, que implica na maturidade.”Acesse a Semana "Você consegue perdoar?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/voce-consegue-perdoar

May 29, 2022 • 29min
Aline Diniz: “Os super-heróis sempre trouxeram o debate da inclusão”
Aline Diniz acompanha o consumo de filmes, séries e especialmente o mercado de entretenimento nerd. A jornalista e apresentadora diz que o tema da diversidade sempre existiu nas produções desse meio. “O entretenimento sempre teve o papel de mostrar a inclusão. Olha o X-Men, é o grupo mais diverso de super-heróis. Não é de agora que os nossos super-heróis estão lacrando, eles estão desde sempre trazendo esse debate, mostrando que a grande questão deles é exatamente trazer essa inclusão”, diz em entrevista ao Podcast da Semana.Após passar quase uma década como editora do portal de entretenimento Omelete, e no CCXP, um evento brasileiro de cultura pop que cobre vídeo-games, histórias em quadrinhos, filmes e séries para TV, ela resolveu seguir sozinha. Aos 31 anos, é uma das integrantes do canal no youtube Entre Amigas, é comentarista do TNT, tem uma conta de instagram e de twitter com mais de 100 mil seguidores cada e toca o podcast Falando de Nada, ao lado de Michel Arouca, em que analista especialmente o mercado de streaming e tv.Nesta episódio do Podcast da Semana, a conversa é especialmente sobre o avanço do universo nerd nas redes e na indústria de entretenimento.Acesse a Semana "Os nerds venceram?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/os-nerds-venceram

May 22, 2022 • 23min
Remédios e obesidade: 'Há estigma e vergonha'
Quando remédios podem ser recomendados para emagrecer? Quando é seguro tomá-los? E quando é melhor deixá-los de lado e focar em alimentação saudável e exercícios físicos? Essas questões estão nesta edição do Podcast da Semana, que entrevista a médica endocrinologista Lívia Lugarinho, diretora do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Segundo Lugarinho, há muito estigma contra a obesidade, uma doença que não para de crescer no Brasil, e contra os remédios usados em seu tratamento. “Isso porque diz-se que você consegue perder peso e emagrecer se tiver força de vontade, se fechar a boca, como se a obesidade não fosse uma doença e uma epidemia crescente”, ela diz. Segundo ela, pessoas que usam medicamentos para perder um ou dois quilos e fórmulas ditas naturais milagrosas para emagrecer são outros dois problemas para o estigma da doença e de seu tratamento. “O uso de remédios deve ser prescrito por um médico e dentro de um tratamento específico para cada paciente.”A endocrinologista fala ainda das novidades das pesquisas de medicamentos usados no tratamento contra a obesidade e dos problemas em usar remédio sem prescrição médica.Acesse a Semana "Qual o remédio?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/qual-o-remedio

May 15, 2022 • 27min
Cibele Tucci, advogada: “A mediação é importante quando as pessoas perderam o diálogo"
Como pedir o divórcio? Como separar de maneira que ninguém saia muito machucado? O sonho da separação amigável existe mas definitivamente não é tarefa fácil – especialmente quando envolve fihos, bens, mágoas e acordos mal acertados antes da relação chegar ao fim. Para chegar lá da melhor maneira possível, a entrevistada do Podcast da Semana, a advogada especialista em direito de família e sucessões Cibele Tucci, indica sempre ter um advogado por perto. Só assim, ela diz, para evitar respostas atravessadas, acusações na hora errada e o atraso da tão sonhada liberdade. "O divórcio não vem sozinho, mas com toda essa dissolução dos vínculos estabelecidos pelo casal", diz a Gama. "A mediação é importante quando as pessoas perderam o diálogo, quando um não ouve mais o outro."Acesse a Semana "Como foi sua separação?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/como-foi-sua-separacao

May 8, 2022 • 26min
Ingrid Silva: 'Um dos meus medos era não voltar a ser quem sou. Não queria ser só mãe'
A bailarina Ingrid Silva deu um passo ousado no auge de sua carreira: resolveu ser mãe. Aos 33, ela hoje divide seu tempo entre o trabalho na companhia do Dance Theatre of Harlem e os cuidados com a filha, a pequena Laura, de um ano e cinco meses de idade. E, quando sai em turnê, as duas coisas se misturam e mãe e filha viajam juntas. “Tenho um grupo de dança que é uma comunidade. Sem eles, eu não conseguiria estar dançando até hoje, todo mundo cuida dela e me dá apoio”, diz Ingrid, a convidada dessa edição do Podcast Da Semana. “Um dos meus medos era eu voltar para a minha profissão e não voltar a ser quem eu sou. Não queria ser só mãe, não me sentiria completa. Fui super aceita no meu ambiente de trabalho”, ela conta a Gama.A história de Ingrid com o balé começou ainda na infância, aos 8, no Rio de Janeiro. No Brasil, estudou ainda com Debora Colker e foi estagiária do Grupo Corpo. Em 2007 ganhou uma bolsa para estudar nos EUA, no Dance Theatre of Harlem School, e em 2013 juntou-se à companhia do teatro. Em 2020, suas sapatilhas foram parar no Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana Smithsonian, em Washington. Isso porque a Ingrid pintava as sapatilhas com base pra que elas ficassem do tom da sua pele. Essa história, e muitas outras, ela conta no livro “A Sapatilha que Mudou meu Mundo” (Editora Globo, 2021), que traça sua trajetória desde a infância.Na entrevista ao Podcast da Semana, Ingrid conta um pouco da sua rotina de mãe e bailarina profissional, sobre as dificuldades com o corpo depois da gravidez, sobre as descobertas da maternidade e sobre como sua luta antirracista e feminista tem influenciado na criança de Laura. “Nenhuma mãe branca tem que andar com a certidão do filho; uma mãe preta com criança mais clara, sim”, afirma.Acesse a Semana "Qual o direito das mães?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/qual-o-direito-das-maes

May 1, 2022 • 23min
Elaine de Azevedo: ‘Para comer melhor tem que apoiar quem produz; não o agro’
Talvez você já tenha ouvido a voz da Elaine de Azevedo. Ela faz o podcast “Panela de Impressão”, que fala da cultura brasileira pelas “lentes da comida”, como ela diz. Nutricionista PhD em Sociologia Política e professora da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) há 35 anos, ela é também autora de “Alimentos Orgânicos: Ampliando os conceitos de saúde humana, ambiental e social” (Senac, 2012) e nos últimos tempos resolveu se dedicar a um ativismo mais intenso: pegou uma licença para fazer o podcast, produzir conteúdo de Instagram e dar cursos na Escola Livre Comida ETC. O objetivo dela é espalhar a palavra da alimentação de qualidade.Convidada do Podcast da Semana, ela explica o que é preciso fazer para se comer melhor. “É uma mudança estrutural, tem que agir em várias direções. Aqui no Brasil é de cima para baixo. Para comer bem, tem que enfraquecer a ponta do neoliberalismo, do capitalismo (…) Para comer melhor tem que apoiar quem produz, e não é o agro”, afirma a Gama.Acesse a Semana "Por que comemos mal?": https://gamarevista.uol.com.br/capa/por-que-comemos-mal.


