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Podcast da Semana

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May 4, 2025 • 33min

Alessandro Marimpietri: Ansiedade e trabalho

Se você não aguenta mais o volume de trabalho, fazer tantas coisas diferentes ao mesmo tempo, se está se sentindo esgotado, provavelmente não é o único. Olhe ao redor e veja como estão seus familiares e amigos. Quem propõe o exercício é o psicólogo Alessandro Marimpietri, graduado pela Universidade Federal da Bahia, doutor em Ciências da Educação pela Universidad Nacional de Cuyo, na Argentina. É ele o convidado da edição sobre trabalho e saúde mental do Podcast da Semana.Marimpietri, que também tem formação em neuropsicologia pela USP e prepara um livro, pela editora Vestígio, com reflexões sobre a vida na contemporaneidade, fala que a melhor imagem para nos entender na contemporaneidade é a do malabarista.“O malabarista é bonito de ver, mas ele é escravo de uma lógica perigosa: tem sempre mais malabar do que mão, não dá conta de segurar tudo e é obrigado ao movimento ininterrupto, ou tudo aquilo desmorona", afirma na entrevista. "Esse é o sujeito da contemporaneidade. Faz alguma beleza? Faz, mas a custa de um esgotamento, de um tipo de vida que definitivamente precisa ser repensado.”Marimpietri joga luz sobre o fato de ser o ambiente atual que nos impõe esse sistema de trabalho, mas aponta caminhos para nos desviarmos dele. "Temos que achar fissuras, saídas, caminhos, estrias por onde a gente consiga fazer algum tipo de reinvenção da nossa própria vida. O sujeito contemporâneo é muito impelido a reinventar a própria vida, porque é um cenário de muita incerteza, de muita velocidade, de muito trabalho, de muito cansaço e de muita informação", diz na entrevista."A grande variável decisiva para a felicidade e saúde é a qualidade de relacionamentos, a gente ter capacidade de estabelecer com as pessoas bons relacionamentos", afirma. O psicólogo fala sobre a importância de nos darmos tempo e espaço e de impor limites. Comenta ainda as diferenças de visão sobre a vida profissional das diferentes gerações e como é importante falar para as crianças sobre o que fazemos.Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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Apr 27, 2025 • 32min

Lilia Guerra: literatura e o livro "Perifobia"

Escritora e enfermeira trata de preconceito com bairros mais distantes da região central e de transformar o entorno em criação literária
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Apr 20, 2025 • 30min

Bianca Santana: A escrita de si

A escrita sobre uma experiência vivida ou sobre seus pensamentos é uma ferramenta importante para a construção da subjetividade. É partindo dessa ideia que a escritora, jornalista e pesquisadora Bianca Santana fala neste episódio do Podcast da Semana sobre a "escrita de si"."Nós costumamos utilizar a escrita como possibilidade de elaboração, mesmo que a gente não perceba. Se alguma coisa me irritou muito, eu não quero falar disso com ninguém, eu escrevo. Eu salvo um rascunho de e-mail, mando uma mensagem de WhatsApp para mim mesma. E, quando a gente estuda essa escrita de si, e colocamos a intenção nela, a coisa fica mais interessante", diz Santana ao Podcast da Semana.Bianca Santana conta que desde que teve contato com a obra de Sueli Carneiro passou a pensar sobre a escrita de si. Quando passou a dar aulas em oficinas de escrita para mulheres negras, ela entendeu que as memórias dessas mulheres eram também memórias coletivas e entendeu o interesse das histórias pessoais como algo que pode contar a história de uma época e de um lugar."A escrita em primeira pessoa de uma mulher negra da periferia da Amazônia é também uma escrita universal porque ela vai mergulhar em temas que dizem respeito às pessoas que vivem em qualquer lugar do mundo. Ao mesmo tempo em que ela vai contar particularidades do seu tempo e da sua região que precisam ser conhecidas por mais pessoas. Tem o poder de identificação, tem o poder também da curiosidade. A gente adora saber da vida dos outros, não é?", provoca.Autora de livros como “Quando me Descobri Negra” (Fósforo, 2023), “Arruda e Guiné: Resistência negra no Brasil contemporâneo” (Fósforo, 2022) e "Continuo Preta: A vida de Sueli Carneiro" (Companhia das Letras, 2021), ela é parceira da Gama em seu primeiro clube do livro e vai ser a facilitadora dos encontros. Com o nome de Leitura de Si, ela propõe que coletivamente os participantes leiam textos de autores como Conceição Evaristo, Marcelo Rubens Paiva, Abdias Nascimento e Natália Timerman, entre outros.Doutora em ciência da informação e mestra em educação pela Universidade de São Paulo, Santana estudou jornalismo na Faculdade Cásper Líbero e é colunista da Folha de S.Paulo, comentarista do Jornal da Cultura e professora da Faap.Nessa edição do Podcast da Semana, além da escrita de si, Santana comenta o fenômeno dos clubes de leitura como uma resposta à solidão e ao mundo acelerado de hoje e conta sobre o novo clube da Gama.
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Apr 13, 2025 • 26min

Cauana Mestre: as mudanças em um relacionamento amoroso

Um relacionamento não é estático, livre de mudanças. Mas, às vezes, temos medo delas — ou não sabemos como implementá-las. Nesta edição do Podcast da Semana, a psicanalista Cauana Mestre fala sobre a importância das transformações dentro de relacionamentos amorosos e os desafios que enfrentamos ao lidar com elas.“Não existe um relacionamento que não passe por lutos, por finais, por términos, por separações. Um casal que se uniu há 20 anos atrás certamente não é o mesmo de agora. Essas pessoas não são as mesmas. A lógica não é a mesma”, afirma Mestre na entrevista.Segundo ela, a resistência à mudança ocorre porque em algum momento internalizamos que aquilo era bom. “Encontrar uma outra forma de fazer parceria amorosa, um outro jeito de amar, requer que a gente abra mão, que a gente suporte perder uma parcela dessa satisfação que a gente encontrava lá atrás no amor.”Graduada em Psicologia e mestra em Literatura, a psicanalista é conhecida pelas análises que faz de produtos culturais — livros, filmes, séries — nas redes sociais, partindo de personagens do cinema e da literatura para falar de psicanálise. No episódio desta semana, ela fala de séries como “White Lotus”, da Max, “Adolescência” e “Invejosa”, ambos da Netflix.Este último é usado para ilustrar certas idealizações feitas sobre o relacionamento amoroso. “A idealização que ela faz do que é um casamento é tão grande, é tão consistente, que a impede de ver toda a série de coisas incríveis que estão acontecendo à volta dela. E quando, a partir do trabalho de análise, com muito custo, porque ela é uma paciente muito resistente, a idealização se dissolve um pouco, ela percebe como tudo aquilo que ela imaginou não faz o menor sentido. Como não é isso que, no fim das contas, ela deseja”, afirma.Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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Apr 6, 2025 • 40min

Tati Bernardi: Se sentir um peixe fora d'água

A vida de Tati Bernardi é quase toda pública, basta ler seus livros e suas crônicas ou ouvir seus podcasts que logo descobrimos muito sobre ela. Mas o seu livro mais recente, "A Boba da Corte" (Fósforo, 2025), vai mais fundo. Seguindo o gênero da autoficção, tão bem explorado por nomes como Annie Ernaux e Édouard Louis, com esse lançamento o leitor entende de onde veio Tati Bernardi e pra onde ela sempre quis ir. Acontece que ela chegou lá, mas não se sentiu exatamente confortável, como ela conta neste episódio do Podcast da Semana.Além de escritora, Bernardi é roteirista e colunista da Folha de S. Paulo há mais de uma década. Aos 45 anos, já trabalhou com publicidade, com roteiro na Globo, escreveu livros como “Depois a Louca Sou Eu” (2016) e “Você Nunca Mais Vai Ficar Sozinha” (2020), ambos pela Companhia das Letras. E sua voz e ideias são ouvidas nos podcasts Desculpa Alguma Coisa, Calcinha Larga e Meu Inconsciente Coletivo.Na conversa com Gama, e em seu novo livro, Bernardi fala da trajetória de sair do Tatuapé, bairro de classe média da Zona Leste de São Paulo, até comprar um apartamento em Higienópolis, região de alto poder aquisitivo da cidade. Com observações afiadas sobre a elite intelectual e econômica que ela passou a frequentar, o livro rende boas risadas e traz as dores de alguém que nunca se sentiu aceita nesse novo lugar e classe social que ocupa, mas que jamais deixou de fazer piada disso.Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
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Mar 30, 2025 • 31min

Debora Terribilli: Emagrecimento e massa muscular

Médica do esporte e nutróloga fala dos métodos e da importância de construir músculos por meio de atividade física e alimentação adequada, com foco em longevidade e qualidade de vida
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Mar 23, 2025 • 35min

Fernando Aguzzoli: Alzheimer e identidade

“Eu era o pai de uma senhora de 75 anos, que vivia a fase final de sua vida com uma doença incurável, que se despedia de sua própria imagem no espelho. A minha missão não era tirar aquilo que lhe trazia prazer, mas fazer com que ela pudesse se despedir da vida sendo quem ela sempre foi. Minha grande missão era preservar a identidade dela.”O depoimento acima é de Fernando Aguzzoli Peres, escritor e comunicador que cuidou da avó, Nilva Aguzzoli desde que foi diagnosticada com Alzheimer até sua morte cinco anos depois, em 2013. O escritor ainda era um adolescente quando o diagnóstico chegou, mas mesmo assim foi quem se responsabilizou por seus cuidados. Esse mergulho naquela nova realidade e na demência, acabou por transformar a vida do jovem para sempre.Aguzzoli escreveu cinco livros sobre demência e tornou-se uma voz importante para os que têm o Alzheimer na família. É parceiro do Centro Internacional de Longevidade e faz parte do World Young Leaders in Dementia (WYLD), uma organização mundial para a conscientização sobre a demência. Entre seus livros, estão “Quem, Eu?” (Paralela, 2015) e “Alzheimer não é o Fim: Estratégias para familiares e amigos” (Fontanar, 2020), além de títulos voltados para crianças.Na entrevista ao Podcast da Semana, Aguzzoli fala sobre como é viver com a demência dentro de casa, sobre a invisibilidade do cuidador e como é difícil que encontrem tempo para que consigam cuidar de si também, sobre como as políticas públicas brasileiras que dizem respeito à demência ainda podem melhorar muito e sobre como ter um diagnóstico de Alzheimer na família não é o fim da vida.Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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Mar 16, 2025 • 25min

Marcelo Hessel: fãs brasileiros

Que tipo de fã é você? Que tipo de fã é o brasileiro, esse que faz de tudo para que seu ídolo brilhe, tenha o maior número de seguidores, vença o álbum do ano e leve a estatueta do Oscar?"A gente tem uma coisa muito particular, fala apaixonadamente sobre as coisas, como se fosse algo de propriedade nossa", diz o jornalista e crítico de cinema Marcelo Hessel, convidado deste episódio do Podcast da Semana, da Gama. Apesar de toda essa dedicação, o fã brasileiro tem também seu lado obscuro. "Ao mesmo tempo, está sempre à beira de linchar o ator na fila do supermercado porque ele faz um vilão da novela", diz. No Omelete desde 2001, além de crítico e editor, Hessel fez parte da Associação Paulista dos Críticos de Arte, a APCA, e já integrou o quadro de críticos do Guia da Folha. Hoje é também apresentador do OmeleTV. É co-autor de livros como o "Almanaque do Cinema" (Ediouro, 2009).Na conversa com Gama, ele explica o poder dos fandoms -- esse grupos de fãs com influência nas redes, nos estúdios de Hollywood e na vida de seus ídolos -- trata da presença do conservadorismo nesse meio e traça as principais características do fã brasileiro. Roteiro e apresentação: Luara Calvi Anic
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Mar 9, 2025 • 34min

Carol Tilkian: o relacionamento amoroso e a crise de atenção

Como é possível engatar um novo relacionamento com alguém se a gente vive a lógica da rapidez das redes e uma crise de atenção generalizada? Ajustar o foco e controlar a própria ansiedade são dois passos importantes, segundo a psicanalista e pesquisadora das relações amorosas Carol Tilian. É ela a entrevistada da edição sobre relacionamento do Podcast da Semana.“Tente entender menos e criar menos regras, estar mais presente. Preste atenção também se a pessoa é interessada, além de interessante. Vejo que, nesse início de relação, há um encantamento que vem pela construção da fantasia que fazemos a partir dos primeiros encontros e da nossa coleta de dados digitais”, diz na entrevista a Gama. “Nos apaixonamos pela ideia da pessoa e por como a gente se sente por estar ali com ela, sem perceber que talvez ela não esteja interessada na sua vida.”Na entrevista, Tilkian fala sobre o que se deve e o que não se deve fazer para que uma série de encontros vire um relacionamento. Responde também sobre o desejo de muitos de ter uma “relação leve”.“As pessoas dizem que querem uma relação leve como quem diz ‘eu não quero problema’, como se relação fosse sinônimo de problema. Na verdade não existe essa leveza que se busca. Parte desse discurso é o que tem causado a gente viver essa epidemia de solidão”, afirma.Colunista do jornal Folha de S.Paulo, onde responde a perguntas dos leitores numa espécie de consultório amoroso, e comentarista da rádio CBN, ela também dá cursos na Casa do Saber sobre os relacionamentos hoje. Ao Podcast da Semana, falou ainda sobre como continuar apostando no amor mesmo depois de tantas desilusões.Roteiro e apresentação: Isabelle Moreira Lima
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Mar 2, 2025 • 21min

Simoninha: Carnaval de rua

Um dos criadores do bloco paulistano Acadêmicos do Baixo Augusta, músico fala das transformações da festa e da cidadeRoteiro e apresentação: Luara Calvi Anic

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