

Agora, agora e mais agora
Público
Agora, agora e mais agora é um podcast de histórias da história para tempos de quarentena. Baseado num livro em progresso com o mesmo título, de Rui Tavares, Agora, agora e mais agora percorrerá mil anos de história europeia e global tendo por objetivo atualizar os dilemas das pessoas do passado e colocar em perspectiva histórica os dilemas das pessoas do presente.
Episodes
Mentioned books
Feb 16, 2023 • 17min
Agora, agora e mais agora chega a livro para “ajudar a revalorizar o conceito de sabedoria”
 Os dilemas que se viviam há mil anos são muito semelhantes aos de hoje. É Rui Tavares que o diz em “Agora, agora e mais agora”, o podcast criado durante a pandemia que agora toma a forma de uma colecção de livros. Nela, o autor conta-nos, em conversas, as preocupações de há um milénio, actualizando-as e dando-nos uma nova perspectiva sobre os nossos dias. Neste P24 ouvimos o autor do livro, Rui Tavares. 
Jun 17, 2020 • 1h 29min
Epílogo: figos e filosofia
 Este é o epílogo do podcast “Agora, agora e mais agora” — seis memórias do último milénio (um episódio que pode ser acompanhado por figos, de preferência secos, para quem assim o desejar).  Se entre a nossa primeira, segunda e terceira memória há traços de união, uns fios de seda translúcida, quase transparentes, que antes ignorávamos, e se entre a quarta, quinta e sexta memória — as da emancipação, do ódio e da pergunta do destino humano — há traços de união mais fortes e celebrados, corriqueiramente glosados como sendo os que unem iluminismo a modernidade e contemporaneidade — que ligação há entre a primeira, segunda e terceira memória, por um lado, e a quarta, quinta e sexta memória? Haverá um elo perdido entre a primeira e a segunda metade da nossa história?  A haver, o elo perdido teria de ser Espinosa.  “Agora, agora e mais agora” — seis memórias do último milénio é um podcast de história para tempos de quarentena por Rui Tavares.  Conheça os podcasts do PÚBLICO em www.publico.pt/podcasts 
Jun 2, 2020 • 39min
Alfarrábios e algoritmos
 Esta é a quinta e última conversa da nossa sexta e última memória, intitulada "A Pergunta", dedicada aos direitos humanos.  Este podcast cobre mil anos de história. Mais ou menos. De 950, ano em que morre Al Farabi, até 1948, ano da Declaração Universal de Direitos Humanos — e do 1984 de George Orwell. Vá, mil e setenta e seis se considerarmos o ano de nascimento de Al Farabi, no ano de 872.  Deixamos-lhe um convite: tenha consigo um figo seco quando estiver a ouvir o último episódio — o epílogo deste podcast —, que será publicado nos próximos dias.  Agora, agora e mais agora — seis memórias do último milénio, é um podcast de história para tempos de quarentena. Por Rui Tavares.  Conheça os podcasts do PÚBLICO em www.publico.pt/podcasts 
May 29, 2020 • 41min
Mil novecentos e quarenta e oito
 Esta é a quarta conversa da nossa sexta e última memória, intitulada "A Pergunta", dedicada aos direitos humanos.  Seis dias antes de a Declaração Universal de Direitos Humanos ser consagrada no Palais de Chaillot, em Paris, um escritor inglês enviou a versão final do seu novo romance, que ele não sabia que seria o seu último, para o seu editor. O escritor chamava-se George Orwell e o romance chamava-se 1984.  Agora, agora e mais agora — seis memórias do último milénio, é um podcast de história para tempos de quarentena. Por Rui Tavares.  Conheça os podcasts do PÚBLICO em www.publico.pt/podcasts 
May 26, 2020 • 47min
O momento cosmopolita
 Esta é a terceira conversa da nossa sexta e última memória, intitulada "A Pergunta", dedicada aos direitos humanos.  Não houve praticamente discussão de direitos humanos na Conferência de Teerão, no fim de 1943, que juntou Roosevelt, Churchill e Stalin, e que conseguiu o acordo deste para fazer parte das Nações Unidas também após a Guerra — ficando de qualquer forma definido que haveria um direito de veto para cada um dos três governos. Dois anos depois, a Conferência de Ialta, no início de 1945, entre os mesmos três homens, foi principalmente dedicada a questões de partilhas, ou seja, de definição de esferas de influência entre cada uma das potências vitoriosas, a que se juntaria depois a China republicana, de Cheng-Kai Shek. Mais tarde, relutantemente, Churchill lá consegue agregar a França de Charles de Gaulle aos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, com o mesmo veto que fora prometido antes.  Agora, agora e mais agora — seis memórias do último milénio, é um podcast de história para tempos de quarentena. Por Rui Tavares.  Conheça os podcasts do PÚBLICO em www.publico.pt/podcasts 
May 18, 2020 • 35min
Recomeçar
 Esta é a segunda conversa da nossa sexta e última memória, intitulada "A Pergunta", dedicada aos direitos humanos.  As malhas que a ideia dos direitos humanos tece são agora muitas; poderíamos contar uma infinitude de histórias com elas. O rio subterrâneo de que tenho vindo a falar apareceu agora à superfície, mas não julguem que foi num enorme caudal. Os direitos humanos não são, ainda, uma ideia dominante entre as elites políticas e económicas e provavelmente também não entre as massas. A imagem que podemos ter não é a de um enorme estuário de um rio prestes a entrar no mar, mas antes a de inúmeras pequenas correntes num solo seco e crestado, prestes a engoli-las de novo. Ainda assim, à diferença de outras histórias que contámos antes, a ideia de direitos humanos não está agora dependente de apenas uma linhagem. São agora umas centenas, talvez milhares ou, com sorte, milhões de humanos que são capazes de levar essa ideia para a frente.  Agora, agora e mais agora — seis memórias do último milénio, é um podcast de história para tempos de quarentena. Por Rui Tavares.  Conheça os podcasts do PÚBLICO em www.publico.pt/podcasts 
May 15, 2020 • 41min
Os sobreviventes
 Esta é a primeira conversa da nossa sexta e última memória, dedicada aos Direitos Humanos.  Gaetano Salvemini entra no anfiteatro, encara os seus alunos, esboça talvez um sorriso, e diz: “como estávamos a dizer na nossa última aula”. E continua. Como se não tivesse havido nada. Como se o mundo dentro da sala de aula, a aula de história nem mais nem menos, permitisse pôr um parêntesis à volta de tudo o que tinha acontecido. Ou como se o exilado saboreasse, com aquela travessura, a sua sobrevivência sobre os seus carrascos — vejam a pouca importância que vos dou, faço aqui de conta que não tentaram destruir a minha vida, que não existiram sequer. Ou talvez fosse aquela uma demonstração de resiliência e de coragem. Não nos vergaram, é manter a calma e seguir em frente. Pode ter sido tudo isso.  Agora, agora e mais agora — seis memórias do último milénio, é um podcast de história para tempos de quarentena. Por Rui Tavares.  Conheça os podcasts do PÚBLICO em www.publico.pt/podcasts 
May 10, 2020 • 33min
A verdade acerca da verdade
 Esta é a quinta conversa da nossa quinta memória, dedicada ao ódio.  Admito que a ideia que em geral tenhamos do Caso Dreyfus, mesmo quando temos pouca ideia dele, seja mais ou menos a seguinte: um erro judiciário em que um capitão judeu é acusado e condenado por espionagem, num primeiro momento. E um segundo momento em que a verdade vem ao de cima trazida à tona de água por salvadores heróicos como Émile Zola. Assunto esclarecido. Os bons ganharam. Vitória, vitória, acabou-se a história.  Agora, agora e mais agora — seis memórias do último milénio, é um podcast de história para tempos de quarentena. Por Rui Tavares.  Conheça os podcasts do PÚBLICO em www.publico.pt/podcasts 
May 7, 2020 • 33min
O meu problema com Bernard Lazare
 Esta é a quarta conversa da nossa quinta memória, dedicada ao ódio. O meu problema com Bernard Lazare é que não consigo fazê-lo caber num episódio, nem provavelmente numa memória inteira, nem sequer num livro. Para isso, devo confessá-lo já, o melhor é lerem uma das biografias que lhe foram consagradas, ou por Jean-Cristophe Bredin — que vamos aqui seguir em traços largos — ou por Phillippe Oriol. Mas mesmo depois de tirar uns dias para poder esquecer-me do excesso de leituras sobre ele, para poder resumi-lo ao essencial aqui, eu não consigo pôr Bernard Lazare num só episódio, agora que começamos a aproximar-nos do fim, não tenho outra hipótese senão enfiá-lo mais ou menos à força num episódio apenas.  Agora, agora e mais agora — seis memórias do último milénio, é um podcast de história para tempos de quarentena. Por Rui Tavares.  Conheça outros podcasts em publico.pt/podcasts. 
May 1, 2020 • 27min
Antes de a verdade calçar as botas
 Esta é a terceira conversa da nossa quinta memória, dedicada ao ódio.  Houve anti-semitismo antes e depois do Caso Dreyfus mas o anti-semitismo moderno nasce com o Caso Dreyfus. O solo fértil da França revancharde, regado por doses copiosas de ressentimento e vitimização das elites católicas e monárquicas faz germinar este fenómeno. Ele não é, contudo, exclusivo deles. Há que dizer que, mesmo na esquerda republicana, muitos admitem desde logo e sem questionar que Dreyfus será certamente culpado. Políticos como o republicano Clémenceau ou o socialista Jaurès, que mais tarde serão vigorosos dreyfusards, dão nestes primeiros tempos por adquirida a culpabilidade de Dreyfus e lamentam até que a pena de morte tenha sido abolida pois consideram-na inteiramente adequada a este caso.  Agora, agora e mais agora — seis memórias do último milénio, é um podcast de história para tempos de quarentena. Conheça os podcasts do PÚBLICO em www.publico.pt/podcasts 


