Escafandro

Rádio Escafandro
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Jul 7, 2021 • 59min

30: Polícia para quem? (REPRISE)

A morte do norte-americano George Floyd, assassinado pela polícia de Minneapolis no dia 25 de maio de 2020, causou protestos de proporções globais. Atos contra a violência policial e contra o racismo. Em algumas cidades, os protestos foram tão intensos que deram início a processos de desmantelamento de departamentos de polícia. Mas o que ocorre nos EUA é pouco em comparação com a realidade das polícias brasileiras. Enquanto por lá policiais mataram 1.099 pessoas no ano de 2019, por aqui foram 5.804. Quando se fala em racismo, os números daqui também são piores. Ainda em 2019, nos Estados Unidos, 24% das pessoas mortas pela polícia eram negras. Por aqui, essa porcentagem sobe para 75%. É um genocídio em curso. Num intervalo de poucas semanas em relação à morte de George Floyd, tivemos por aqui dois assassinatos semelhantes. Dois adolescentes. João Pedro Matos e Guilherme Silva Guedes. Em nenhum dos casos houve manifestações tão massivas quanto as provocadas pela morte de George Floyd. Para entender por que isso acontece, mergulhamos fundo na estrutura das nossas polícias militares. ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** – Entrevistados do episódio: – Coronel José Vicente da Silva Filho Coronel reformado da Polícia Militar, secretário nacional de segurança pública durante o governo FHC. – Coronel Adilson Paes de Souza Tenente coronel da reserva da Policia Militar do Estado de São Paulo. Bacharel em direito, mestre em Direitos Humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.  Membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo.  Autor do livro O Guardião da Cidade. – Fausto Salvadori Jornalista, especialista em justiça, segurança e direitos humanos, cofundador da Ponte Jornalismo. – Cecília Olliveira Jornalista, pós graduada em Criminalidade e Segurança Pública e em Administração Pública com ênfase em Gestão Sociais. Foi consultora da Anistia Internacional, onde desenvolveu a plataforma de dados sobre violência armada Fogo Cruzado. – Dina Alves Advogada e coordenadora do Departamento de Justiça e Segurança Pública do IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), cofundadora do coletivo autônomo de mulheres pretas, Adelinas. – Ficha técnica: Produção, apresentação e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa
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Jun 23, 2021 • 1h 23min

29: E se a gente fosse índio? (REPRISE)

Em 2011, um arqueólogo parte por conta própria para o interior da Amazônia. O objetivo é redescobrir um sítio arqueológico abandonado, no sudoeste de Rondônia. Um antigo cemitério, com sepultamentos que remontam há mais de quatro mil anos. Ele descobre o local do sítio: o Sambaqui de Monte Castelo. Mas, por meio de mensagens gravadas nas árvores pelos índios Tuparis, descobre também que, ao contrário do que se imaginava, aquele lugar não está desocupado. Dessa constatação, nasce uma parceria entre arqueólogos brancos e pesquisadores indígenas, que começou a vigorar no começo de 2020. Nesse episódio, partimos desse encontro inusitado para falar sobre o encontro dessas duas civilizações. Quais são as diferenças fundamentais entre elas? O que o mundo branco, numa crise tão profunda, pode aprender com o modo de viver dos índios? E o que seria desse modo de viver hoje se os brancos não tivessem chegado aqui mais de quinhentos anos atrás? ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** – Entrevistados do episódio: Eduardo Goes Neves Graduado em História pela Universidade de São Paulo, Mestre e Doutor em Arqueologia pela Universidade de Indiana e Livre-Docente pela Universidade de São Paulo. Professor Titular de Arqueologia Brasileira do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Francisco Pugliese Pesquisador Colaborador do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília. Pós-doutorado em Geologia pelo IG/UnB. Doutor e Mestre em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Bacharel em História pela Universidade de São Paulo. Ailton Krenak Ambientalista e escritor, autor do livro “Ideias para Adiar o Fim do Mundo”. É um dos maiores nomes da luta indígena no Brasil. Pertence à etnia do povo Krenak. Marcos de Almeida Matos Possui graduação em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (2018). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Acre. – Ficha técnica: Concepção, produção, apresentação e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora original: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa
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Jun 9, 2021 • 1h 4min

50: Gente invisível não estraga parede

Um episódio em dois atos. No primeiro ato, um mergulho em histórias de pessoas que desaparecem nas grandes metrópoles. São muitas. Só em São Paulo, a polícia registra, em média, 20 casos de pessoas desaparecidas todos os dias. Felizmente, muitas acabam reencontradas. E isso se deve, em boa medida, ao trabalho de um homem: Darko Hunter, responsável pela Divisão de Localização Familiar e Desaparecidos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. No segundo ato, um mergulho em histórias de pessoas que arriscam tudo para aparecer por meio da pichação. E especialmente um mergulho em uma história, do pichador que ousou desafiar o mundo das artes plásticas. ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** – Entrevistados do episódio Darko Hunter Responsável pela Divisão de Localização Familiar e Desaparecidos da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, da Prefeitura de São Paulo. Luciano Pereira Empresário. Alcirene Campos Cabelereira Cripta Djan Pichador, artista e ativista. – Ficha técnica: Concepção, produção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa Trilha incidental: Blue Dots e Paulo Gama
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May 26, 2021 • 1h 8min

49: Conspirações psicodélicas em busca de cérebros livres

Neste programa, Marcelo Leite, escritor e jornalista, Dráulio Barros de Araújo, físico e neurocientista, e Camila Patah, pedagoga e psicóloga, discutem os usos terapêuticos de psicodélicos como a ayahuasca e o MDMA. Eles exploram os benefícios dessas substâncias no tratamento de doenças mentais, como depressão e dependência química. Além disso, compartilham experiências pessoais e científicas que revelam novas perspectivas sobre a saúde mental e a conexão humana, destacando a importância da empatia na recuperação e transformação pessoal.
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May 12, 2021 • 1h 1min

48: A Wikipédia e a inteligência das plantas

A inteligência das plantas vai muito além do que a gente pode imaginar e tem paralelos com inciativas humanas, como, por exemplo, a Wikipédia. Trepadeiras misteriosas imitam as folhas de arbustos vizinhos, flores controlam a mente de exércitos de formigas, árvores  emitem alertas de ataques e plantinhas malandras guardam lembranças por várias semanas. Essa inteligência, em geral descentralizada, dispersa e horizontal é bem diferente da nossa inteligência humana. Centralizada, focada, vertical. Mas, em alguns casos, esses dois tipos de inteligência se encontram. Como, por exemplo, na Wikipédia, uma enciclopédia global, criada horizontalmente, de forma dispersa e descentralizada, por um enxame de editores espalhados pelo planeta. ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** Mergulhe mais fundo Democracias Verdes (Stefano Mancuso) A Planta Inteligente Link para compra do livro Revolução das Plantas – Entrevistados do episódio Francisco Venâncio Editor da Wikpédia em português. Marcos Silveira Buckeridge Professor Titular de Fisiologia Vegetal do Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo. Membro fundador do Centro de Biologia de Sistemas e Biologia Sintética  do INOVA-USP. Membro do Instituto de Estudos Avançados da USP, onde criou e coordena o programa USP-Cidades Globais. Presidente do Instituto de Biociências da USP. – Ficha técnica: Concepção, produção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa Trilha incidental: Blue Dots
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Apr 28, 2021 • 58min

47: A guerra invisível dos códigos

Desde a Roma antiga, códigos têm sido usados para ocultar mensagens. São vários os exemplos da história em que a criptografia mudou o curso de guerras e alterou o rumo de civilizações. Mas nunca esse tipo de arma matemática esteve tão presente na nossa vida, no nosso cotidiano e, consequentemente, também no mundo dos crimes. No caso, dos cibernéticos. Seja num ataque a uma usina de enriquecimento de urânio no Iran, seja num golpe pelo WhatsApp, seja num elaborado golpe que sequestra arquivos de computador e pede resgates em dinheiro. Enfim, com o advento da internet, a criptografia se tornou onipresente. E, com ela, criou-se uma guerra silenciosa entre aqueles que querem proteger as informações e aqueles que querem acessar essas mesmas informações, descobrir as que têm valor, e tirar vantagem disso. ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** – Entrevistados do episódio Marcos Nogueira Jornalista, titular do blog Cozinha Bruta, da Folha de S.Paulo. Rafael Correia Analista de segurança da informação, especialista em segurança ofensiva e desenvolvimento seguro. Rodrigo Albernaz Perito da Polícia Federal especialista em computação e segurança da informação. João Milton Mendonça Martins Editor e cinegrafista. – Ficha técnica: Concepção, produção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa Trilha incidental: Blue Dots
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Apr 14, 2021 • 1h 13min

46: Bolsonaro sorri na terra da maldade

O que explica a maldade humana? Como a filosofia, a teologia e a psicologia lidaram com esse tema ao longo dos séculos. Como Deus e o diabo se refletem nos homens? E como esse conceito se insere na necropolítica de Bolsonaro e dos bolsonaristas durante a pandemia de coronavirus? Bolsonaro pode ser considerado um psicopata? E os bolsonaristas radicais? São todos perversos? São homens maus? E, mais do que isso, consideram-se homens maus? ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** – Entrevistados do episódio Tessa Moura Lacerda Filósofa e professora da Universidade de São Paulo. Faz parte do Grupo de Estudos Espinosanos da USP e coordena o NÓS – Grupo de estudos sobre Feminismos. Também é editora dos Cadernos Espinosanos (USP) e parecerista dos Cadernos de Ética e Filosofia Política (USP), e membro da Comissão de Defesa de Direitos Humanos da FFLCH-USP. Marcelo Loreno Diretor de uma clínica de recuperação passou mais de 20 anos preso e fez parte da liderança do PCC – Primeiro Comando da Capital. Frei Betto Estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia. Frade dominicano e escritor, tem 60 livros publicados, entre contos, ensaios, romances e obras infanto-juvenis. Ganhou duas vezes o prêmio Jabuti . Suas obras já foram traduzidas para 25 idiomas. Joel Birman Psiquiatra e psicanalista, professor de psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Autor de livros diversos, entre eles O Trauma na Pandemia de Coronavírus (2020, Civilização Brasileira). – Ficha técnica: Concepção, produção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa Trilha incidental: Blue Dots
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Mar 31, 2021 • 59min

45: Caçada ao Cabeça Branca

Ao longo de três décadas, Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, construiu um gigantesco império do tráfico. A Polícia Federal estima que, no auge das operações, o esquema do traficante escoava cerca de 5 toneladas de cocaína por mês. A droga produzida na Colômbia e na Bolívia era levada de aviões até o estado do Mato Grosso. De lá, era escoada por terra até São Paulo, onde parte era distribuída para o mercado interno, parte era exportada para a Europa, pelo porto de Santos. Esse esquema fez com que Cabeça Branca se tornasse o maior traficante de drogas da história do Brasil. Mas os negócios chegaram ao fim em 2017, com a prisão de Luiz Carlos da Rocha, na cidade de Sorriso (MT). Para chegar a isso, a Polícia Federal criou uma operação de longo prazo e usou métodos detetivescos modernos e elaborados, que parecem saídos de um roteiro de Hollywood. ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** – Mergulhe mais fundo. A Guerra do PCC Link para compra de Cabeça Branca – A caçada ao maior narcotraficante do Brasil. Link para compra de Cocaína – Rota Caipira Link para compra de: O delator: A história de J. Hawilla, o corruptor devorado pela corrupção no futebol – Entrevistados do episódio Allan de Abreu Jornalista e escritor, especialista em narcotráfico e crime organizado. É repórter da revista Piauí e autor dos livros Cabeça Branca, Cocaína – Rota Caipira, e O Delator, todos publicados pela editora Record. Elvis Secco (em depoimento a Allan de Abreu) Delegado da Polícia Federal, foi responsável pela operação Spectrum, que culminou na prisão de Luiz Carlos da Rocha, narcotraficante conhecido como Cabeça Branca. – Ficha técnica: Concepção, produção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa Trilha incidental: Blue Dots
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Mar 17, 2021 • 56min

44: Utopias, distopias e boletos

Em meio à pandemia de Covid-19, uma escola resolveu se reinventar. O Colégio Waldorf Micael de São Paulo tem sido uma escola diferente desde que foi fundada, no final da década de 1970. Mas, com a chegada da pandemia, essa escola teve de se tornar ainda mais diferente. Eles, resolveram, por exemplo, acabar com as mensalidades, adotando princípios da economia fraterna. Hoje, na medida do possível, os pais é que escolhem quanto vão pagar. Esse movimento  disruptivo se baseia no conceito de economia fraterna. E, curiosamente, vai ao encontro do sonho utópico do grupo de pais e professores que fundou  a escola há mais de quatro décadas. ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** – Mergulhe mais fundo. Livro digital sobre a história do Colégio Micael. – Entrevistados do episódio Roberto Veiga Administrador de empresas, gerente administrativo do Colégio Waldorf Micael de São Paulo. Maurício Santos Administrador de empresas, CFO Brasil da Regus e Spaces, membro do conselho de pais do Colégio Waldorf Micael de São Paulo. Áurea Machorro Professora, educadora, uma das fundadoras do Colégio Waldorf Micael de São Paulo. Rayana Pereira Carneiro Aluna. Daniel Kulaif Professor de classe do Colégio Waldorf Micael de São Paulo. Alice Polito Aluna. – Ficha técnica: Concepção, produção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa Trilha incidental: Marginals e Blue Dots.
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Mar 3, 2021 • 1h 1min

43: Corra, humano, corra!

Você tem a sensação de que  o tempo passa cada vez mais rápido? De que o mundo está cada vez mais acelerado? De que tudo está ficando mais complicado? De que por mais que você corra, sempre existem mais tarefas pela frente? Pois seus problemas acabaram! Ou melhor. Seus problemas serão explicados. Em parte. Em um episódio que fala sobre como nós percebemos o tempo, sobre as razões por trás da aceleração do mundo, e sobre os efeitos dessa aceleração na nossa vida, na sociedade, na política e, enfim, na espécie humana. ***** – Colabore com a Rádio Escafandro e receba recompensas. Clique aqui. ***** – Entrevistados do episódio André Cravo Psicólogo, doutor em Neurofisiologia pela Universidade de São Paulo com um estágio na Universidade de Oxford. Realizou seu Pós-Doutorado no Instituto de Radiologia da FMUSP. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do ABC. Sigmar Malvezzi Psicólogo, mestre em psicologia social PUC de São Paulo (1979), Doutor pela University of Lancaster, Livre Docência na Universidade de São Paulo (2006). Atualmente é professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, professor visitante da Universidade Icesi de Cali, professor visitante – Universidad de Belgrano e professor visitante – Universidad Tecnologica Nacional. Rane Morais Advogada, doutoranda na área de Teoria do Direito na PUC Minas e pesquisadora no grupo Sociedade de Informação e Governo Algorítimico na UFMG. Pesquisa a teoria da Aceleração Social e a atuação do Tribunal Superior Eleitoral nas demandas sobre Fake News em eleições. – Ficha técnica: Concepção, produção, roteiro, apresentação, sonorização e edição: Tomás Chiaverini Trilha sonora tema: Paulo Gama Mixagem: Vitor Coroa

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