Escafandro

Danilo Silvestre, filósofo e podcaster, compartilha sua experiência com cefaleia em salvas, uma dor intensa que muitos consideram insuportável, superando até a dor do parto. A médica neurologista Maria Eduarda Nobre traz um olhar profissional sobre a condição, discutindo a dificuldade no diagnóstico e as profundezas emocionais da dor crônica. Juntos, eles exploram a luta por tratamentos eficazes, a importância do apoio médico e a resiliência necessária para viver com essa doença debilitante.

Bruno Huberman, professor de Relações Internacionais, Michel Schlesinger, rabino e Reginaldo Nasser, chefe de departamento na PUC-SP, discutem as complexas relações entre sionismo, antissemitismo e a situação atual em Gaza. Eles abordam como a história da diáspora judaica e o Holocausto moldaram a identidade israelense, além das tensões acadêmicas sobre o debate da causa palestina. O impacto da extrema-direita e as pressões políticas na liberdade acadêmica também são destacados, revelando o dilema vivido por judeus críticos ao sionismo.

Tatiana Poggi, doutora em História e professora na UFF, analisa comparações entre Donald Trump e Adolf Hitler. Ela discute como ambos ascenderam ao poder em contextos de crise, prometendo restaurar a grandeza nacional. Poggi destaca a polarização social e a fragilidade das democracias, além dos discursos extremistas que emergem em crises. A conversa abrange também as origens sociais de Trump e Hitler, as influências da masculinidade no poder e a crítica ao neoliberalismo, refletindo sobre o futuro político e os riscos de regimes autoritários.

Cecília Oliveira, jornalista e cofundadora do The Intercept Brasil, discute a ascensão e a evolução das milícias no Rio de Janeiro. Ela revela como grupos de extermínio surgiram na década de 60, transformando-se em poderosas organizações que dominam territórios. Cecília analisa a complexa relação entre milícias e Estado, destacando a atuação dos milicianos e suas diversas formas de extorsão. Também são abordadas as conexões entre política e criminalidade, mostrando como o cenário do Rio reflete desafios maiores enfrentados em todo o Brasil.

Marie Declerq, jornalista responsável por reportagens sobre Balneário Camboriú, revela as contradições da cidade, conhecida como a "Dubai brasileira". Ela narra situações inusitadas, como milionários resgatando iPhones do mar e o contraste entre o luxo e a desigualdade gritante ao lado. Os arranha-céus ocultam não apenas o sol, mas também a dura realidade de seus vizinhos em Camboriú. Declerq investiga como a ostentação impacta a identidade social e discute as dinâmicas imobiliárias que moldam essa vibrante e complexa região.

Jessé Souza, sociólogo renomado, Marcos Nobre, cientista político da Unicamp, Isabela Kalil, antropóloga especializada em extrema-direita, e Camila Rocha, especialista em comunicação política, discutem a ascensão da extrema-direita no Brasil e no mundo. Eles exploram as táticas de desinformação e a criação de sistemas paralelos de comunicação. Também abordam polarização política, a manipulação da raiva popular e propostas para revitalizar a esquerda democrática, enfatizando a comunicação clara como chave para a sustentabilidade da democracia.

Juliana Dal Piva, jornalista e escritora, fala sobre seus desafios ao entrevistar torturadores e a complexa relação entre jornalismo e a ditadura militar no Brasil. Ela traz à tona o caso do desaparecido Rubens Paiva, revelando as dificuldades e dilemas éticos enfrentados em investigações de tortura. A conversa destaca a impunidade dos torturadores e a importância de contar essas histórias para confrontar narrativas distorcidas. Juliana também discute o impacto emocional dessas experiências tanto para jornalistas quanto para as vítimas.

Este episódio fala sobre a Jurema, uma planta alucinógena que originou uma religião indígena e que pode revolucionar o tratamento da depressão. Na seiva da Jurema corre uma substância chamada N, N-dimetiltriptamina - a DMT, que acredita-se ser uma das responsáveis pelos nossos sonhos. Ela também está presente na ayahuasca, que, quando ingerida, pode provocar alucinações.A Jurema, porém, vai muito além do seu potencial alucinógeno e se diferencia de outras plantas parecidas. Ela é a protagonista de uma religião ancestral, que se misturou a cultos de matriz africana e passou anos escondida.Neste episódio de podcast, falamos sobre como uma substância psicodélica, que tem o potencial de revolucionar o tratamento de depressão, deu origem a um conjunto de crenças e rituais que se constituem numa das religiões mais brasileiras que existem.Mergulhe mais fundo⁠A Ciência Encantada de Jurema (link para compra)⁠Entrevistados do episódio⁠Marcelo Leite⁠Jornalista de ciência e ambiente, colunista da Folha de S. Paulo, autor de “Psiconautas - Viagens com a Ciência Psicodélica Brasileira”.⁠Luiz Assunção⁠Doutor em antropologia e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. ⁠Draulio Araujo⁠Professor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Sua atuação é focada nos estudos de alteração de consciência provocados pela ayahuasca e o potencial da substância como antidepressivo.⁠Rodrigo Grünewald⁠Antropólogo e professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Autor do livro "Jurema".Ficha técnicaProdução e edição: Matheus Marcolino.Mixagem de som: Vitor Coroa.Trilha sonora tema: Paulo GamaDesign das capas dos aplicativos e do site: Cláudia FurnariDireção, roteiro e sonorização: Tomás ChiaveriniCânticos entoados por: Joanah Flor e Thulny Fulni-ô

Os convidados Daniel Leite, apostador esportivo profissional e criador do "Guia das Apostas", e Fernando Resende Cavalcante, doutorando em educação física, aprofundam-se no intrigante mundo das apostas esportivas. Eles discutem por que o Brasil se tornou o sétimo maior mercado de apostas, as percepções negativas e as questões de classe associadas. Além disso, abordam os riscos de dependência e a necessidade de controle emocional. Os impactos sociais e a nova regulamentação de 2025 também são temas centrais dessa conversa instigante.

Este episódio parte de golpes com frutas inexistes e ataques a hortas urbanas para mergulhar na nossa relação com aquilo que comemos.O Mercado Municipal de São Paulo já foi um importante entreposto de alimentados da cidade. Hoje, sobrevive como marco arquitetônico e também como armadilha para turistas que caem no conto do sanduíche de mortadela ou na lábia dos vendedores de fruta que cobram preços proibitivos. A partir de uma incursão neste espaço, a jornalista de gastronomia Priscila Pastre investiga como o golpe da fruta do mercadão se relaciona com ataques a uma horta urbana. E reponde o que, afinal, é o famigerado kiwi-banana.Mergulhe mais fundoComida Comum – Neide Rigo (Link para compra)Entrevistados do episódioLuis Fernando ReversDoutor em Ciências Biológicas e pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Neide RigoNutricionista, agricultora urbana e escritora.Ficha técnicaReportagem: Priscila PastreProdução e apoio de edição: Matheus Marcolino.Mixagem de som: Vitor Coroa.Trilha sonora tema: Paulo GamaDesign das capas dos aplicativos e do site: Cláudia Furnari.Direção, roteiro e edição: Tomás Chiaverini