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O Assunto

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Jan 9, 2023 • 34min

Golpismo bolsonarista toma Planalto, Congresso e STF

A Praça dos Três Poderes foi o cenário do mais grave atentado terrorista contra o Estado Democrático de Direito brasileiro. Pouco antes das 15 horas de domingo, dezenas de milhares de golpistas organizados invadiram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal e vandalizaram parte da estrutura dos prédios e destruíram patrimônio público - a lista de objetos danificados tem documentos, mesas, cadeiras, obras de arte, computadores e outros equipamentos eletrônicos. Uma série de eventos que ocorreu sob a complacência dos agentes de segurança do Distrito Federal. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Miriam Leitão, jornalista da TV Globo, da Globonews, do jornal O Globo e da rádio CBN, sobre os significados e as consequências deste dia 8 de janeiro: - Miriam descreve o passo a passo das “cenas inacreditáveis de profanação” das sedes e dos símbolos dos três Poderes da República - e questiona sobre quem financiou os atos golpistas; - Ela explica por que autoridades como o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o governador afastado do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) podem ser responsabilizados criminalmente “por ação ou omissão”; - A jornalista analisa a “decisão moderada” de Lula (PT) de decretar a intervenção federal no DF – que irá durar até 31 de janeiro e terá o comando de uma liderança civil; - Miriam comenta ainda a atuação do ministro da Defesa, José Múcio, que fez “avaliação absolutamente equivocada” em relação aos manifestantes que passaram meses em frentes aos quartéis. E alerta para o “golpismo” em setores das Forças Armadas.
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Jan 6, 2023 • 23min

A crise nas gigantes da tecnologia

Uma onda de demissões em massa vem atingindo uma a uma as maiores empresas de tecnologia do Vale do Silício. Nos últimos meses, Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp), Alphabet (Google e Youtube), Twitter (recém comprada pelo bilionário Elon Musk), Apple, Amazon e Microsoft, entre outras, cortaram dezenas de milhares de profissionais - um pessimismo que não se via desde o estouro da bolha da internet, em 2000. Para explicar as causas e as consequências do derretimento das “big techs”, Natuza Nery conversa com o jornalista Pedro Doria, colunista do jornal O Globo e editor do Canal Meio, que cobre o setor de tecnologia há quase três décadas. Neste episódio: - Pedro relaciona as políticas restritivas da pandemia com a expectativa das gigantes da tecnologia de que “digitalizaríamos cada vez mais a nossa vida” - e como isso gerou um boom de expansão e contratações; (3:25) - Explica a cadeia de investimentos de risco por trás da cultura de inovação do Vale do Silício, e o impacto provocado pela alta dos juros nas grandes e nas pequenas empresas do setor; (8:15) - E posiciona a China no quebra-cabeça da indústria da tecnologia: o país concentra grande parte da manufatura do setor e tem companhias que buscam protagonismo global. (17:30)
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Jan 5, 2023 • 29min

Explosão de Covid na China

Depois de quase três anos de Covid zero, a política chinesa de prevenção contra o coronavírus entrou em colapso. No segundo semestre do ano passado, o número de casos cresceu na mesma proporção em que as medidas de isolamento social foram enrijecidas e parte da população reagiu, dando início a uma série de manifestações nas ruas de grandes cidades do país - protestos que colocaram em alerta até o regime central em Pequim. Xi Jinping, então, propôs um giro de 180° no combate à pandemia, um “liberou geral” que pode resultar em mais de 1 milhão de mortes, novas variantes e recuo na economia global. Neste episódio, Natuza Nery recebe Maurício Santoro, professor de relações internacionais da UERJ, onde faz parte do Núcleo de Estudos sobre China, e Julio Croda, infectologista da Fundação Oswaldo Cruz. - Maurício traça a linha do tempo dos protestos e das reações do governo chinês, a começar pela onda de protestos iniciada em novembro até a “transformação súbita” nas medidas sanitárias contra a Covid; (4:35) - Ele explica por que o sistema de saúde chinês e a vacinação aquém do adequado, sobretudo entre os idosos, podem ser insuficientes para dar conta de atender uma população superior a 1 bilhão de pessoas; (9:30) - E analisa as consequências de uma eventual desaceleração da capacidade produtiva chinesa nas cadeias de produção global e seus “potenciais inflacionários” em todo o mundo – inclusive no Brasil; (19:40) - Julio Croda fala sobre a importância de monitorar o surgimento de novas variantes e justifica por que as medidas de restrição a turistas chineses no Ocidente podem ter impactos negativos neste aspecto. (22:50)
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Jan 4, 2023 • 24min

O STF no governo Lula 3

Neste ano dois ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se aposentarão compulsoriamente: Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. Com o direito a duas indicações para o tribunal, o presidente Lula (PT) terá uma Corte diferente para lidar. Para entender o que esperar da relação entre os poderes Executivo e Judiciário, Natuza Nery conversa com Eloísa Machado, professora de direito constitucional da FGV. Neste episódio: - Eloisa avalia que as duas próximas nomeações serão "as mais importantes no STF" e explica o porquê; - A pesquisadora do STF traça o perfil de Lewandowski e Weber; - Avalia o tamanho da influência de Lula no Supremo.
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Jan 3, 2023 • 29min

A responsabilização pelos crimes da pandemia

Em seu primeiro discurso após tomar posse, o presidente Lula (PT) enfatizou que haverá apuração e punição dos delitos cometidos na gestão do governo Bolsonaro da pandemia. A fala coloca em evidência as violações atribuídas ao ex-presidente, - somente no relatório final da CPI da Covid são 9. E também a omissão em iniciar qualquer investigação pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. Para entender do que se tratam essas acusações, Natuza Nery conversa com Deisy Ventura, professora titular de Ética da Faculdade de Saúde Pública da USP e coordenadora, na USP, de um estudo que analisou mais de 3 mil normas relacionadas à Covid-19 baixadas pela gestão Bolsonaro. Neste episódio: - Deisy indica o que pode mudar na coleta de provas com novos depoimentos e documentos vindo a público por esforço do novo governo; - A jurista interpreta os sentidos do uso da palavra "genocídio" nessa discussão; - Como as palavras de ordem por "Sem Anistia" surgidas neste domingo dialogam com outros momentos da história do Brasil; - O episódio ainda conta com um depoimento exclusivo de André Maya Monteiro sobre o seu pai, o designer Claudio Maya Monteiro, preso torturado pela ditadura em 1970 e, décadas mais tarde, morto pela Covid-19 dias antes do início da vacinação no Brasil.
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Jan 2, 2023 • 30min

A estreia do terceiro mandato de Lula

No último domingo (1º) o presidente Lula tomou posse pela terceira vez. A cerimônia contou com discursos marcantes do presidente e a entrega da faixa pela sociedade civil - um grupo de oito pessoas subiu a rampa com Lula. O grupo representava a diversidade da população brasileira. Neste mandato, Lula enfrenta o desafio de governar o país com uma popularidade menor do que tinha antes. Somado a isso, estão as dificuldades orçamentárias e uma preocupação com a radicalização da oposição ao governo. Neste episódio, Natuza Nery conversa com o jornalista Fábio Zambeli, analista-chefe em São Paulo do Jota, e que há quase 3 décadas se dedica à cobertura política, sobre os momentos marcantes da posse e o que eles representam: - Segundo Zambeli, a caminhada na rampa do Palácio do Planalto foi uma solução sob medida para Lula, que teve uma subida triunfal; - Ao analisar os discursos de Lula durante a posse, o jornalista avaliou que Lula adotou um tom mais duro no Congresso, para demarcar limites que vão na contramão de quem precisa expandir a base política para governar. A fala aos parlamentares, para Zambeli, mostrou que o presidente busca o protagonismo na agenda, sem trégua ao governo que saiu de cena. Já o discurso no parlatório foi voltado a toda a população, e não apenas aos que votaram nele. - O jornalista destacou que Lula nunca adotou a cartilha liberal, e que tem o desafio de explicar como vai aplicar uma nova regra fiscal sem levar as contas públicas ao colapso.
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Dec 31, 2022 • 24min

EXTRA: A cara do governo Lula 3

Na última quinta-feira (29), depois de seguidos atrasos, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva terminou de montar sua nova equipe. Foram anunciados os 16 ministros que faltavam de um total de 37 pastas. Na nova leva, mais mulheres, a primeira ministra indígena da história do Brasil e nomes das siglas que podem compor a futura base de Lula no Congresso Nacional. Neste episódio, Natuza Nery conversa com a jornalista Vera Magalhães -- colunista do jornal O Globo, comentarista da rádio CBN e apresentadora do programa Roda Viva, da TV Cultura -- sobre quem saiu vitorioso e quem saiu perdendo neste processo e quais os sinais emitidos pela formação do governo Lula 3: - Segundo Vera, "pode ser um governo amplo, um governo diverso, mas é um governo em que o core é petista, tanto na área econômica, quanto na área política"; - Ao analisar os ganhos em termos de diversidade, a jornalista destaca o fato de termos, pela primeira, uma mulher no comando da Saúde: "que é dos dois grandes ministérios em termos de orçamento e de política na ponta. Isso é algo histórico e que tem o potencial de ser muito bom para a valorização das mulheres"; - Sobre o papel dos partidos do que Vera classifica como "novo centrão" na governabilidade futura, ela diz que é uma história ainda "está para escrita", já que algumas das siglas do "centrão velho" ficaram muito "compradas em ações do Bolsonaro e do orçamento secreto, duas coisas que estão de saída", como o Republicanos e o PP -- que Arthur Lira tentará "levar mais para perto do governo". - Vera também aborda as aparentes dissonâncias entre o ministro da Defesa, José Mucio, e da Justiça, Flávio Dino, em relação ao desmantelamento do acampamento bolsonarista na frente do QG do Exército. Os manifestantes pedem intervenção militar, o que é vedado pela Constituição. "Tende a ser tomada uma providência para desocupar realmente os quartéis. E não pode ficar só nas costas do Alexandre de Moraes".
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Dec 30, 2022 • 24min

Pelé, o Rei

Único jogador de futebol com três títulos do Copa do Mundo, Pelé morreu neste 29 de dezembro aos 82 anos. Ele, que defendeu o Santos por quase 20 anos, foi o brasileiro mais famoso do século XX. Além dos números inalcançáveis, como os mais de 1200 gols marcados, foi garoto-propaganda e embaixador do esporte. Para refletir a importância da vida e da obra de Edson, Natuza Nery conversa com o jornalista Andrew Downie, autor do livro “México 70: A mais bela Copa do Mundo contada por seus protagonistas”. Neste episódio: Andrew recorda como o gramado, os uniformes, a bola e a violência tolerada em campo eram distintas na época que Pelé jogou, fatores necessários em qualquer comparação com os dias atuais O jornalista enfatiza como a infância pobre de Pelé moldou sua personalidade pública Analisa como Pelé "representa o Brasil" no imaginário de todo o mundo e que depois do tricampeonato da Copa, conquistado entre 1958 e 1970, o Brasil passa a ser "o país do futebol".
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Dec 29, 2022 • 28min

REPRISE - A obra de Gal Costa, por Gilberto Gil

Para refletir sobre a trajetória de uma das maiores cantoras da história da música brasileira, que morreu neste 9 de novembro aos 77 anos, O Assunto recebe um “doce bárbaro” como ela, parceiro desde o primeiro show, em 1964 em Salvador. Gilberto Gil celebra não apenas a voz única, mas também a capacidade de eterna transformação dessa “tropicalista inata”, que em mais de 40 álbuns mergulhou em quase todos os gêneros de canção, colecionando sucessos como “Meu Nome é Gal”, “Baby”, “Força Estranha”, “Gabriela” e “Festa no Interior”. - Gil resgata desde sua memória mais antiga de Gal em uma lanchonete na capital baiana, quando ela tinha 18 anos). E explica por que a cantora de uma voz incomparável: “o aspecto físico e acústico, e a variedade de atitudes e intuições na interpretação das canções”; - Ele explica por que Gal era uma “tropicalista inata” e destaca o amor que ela tinha pela música: “Ela tinha compreensão profunda da extraordinária primazia que o som e as artes produzidas através dele têm"; - Recorda lembranças da turnê que fizeram juntos em 2018, em trio – os dois mais Nando Reis. “Uma retomada da jovialidade de nossa adolescência”. Gil fala também sobre a ampla “expressividade” da artista e seu lugar no acervo da música popular; - “Gosto daquelas músicas onde há vivacidade, contrição religiosa, tristeza... e gosto ainda mais de suas canções alegres”, resume o amigo.
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Dec 28, 2022 • 33min

REPRISE - Jô Soares, gênio de múltiplos talentos

Uma história que se confunde com a da televisão brasileira, na qual ele teve duas grandes “encarnações”: a dos programas humorísticos, dos quais saíram personagens e bordões eternizados na memória do público; e a do apresentador de “talk show” que entrevistava com igual habilidade notáveis e desconhecidos. Mas Jô Soares, morto aos 84 anos no início de agosto, foi muito mais: homem de teatro, tradutor, artista plástico, escritor de sucesso e, em todos os ofícios que abraçou, um eterno curioso. Neste episódio especial, Matinas Suzuki Jr., coautor do livro de memórias do artista, relembra marcos e casos curiosos de uma carreira que se estendeu por mais de seis décadas: - Matinas descreve como Jô construía seus personagens – um mix de três tradições: o humor do rádio, do teatro de revista e do cinema e da chanchada. E ao talento, afirma, somava-se a “visão internacional” de quem estudou na Suíça; - Recorda como a mudança de Jô para São Paulo define os novos rumos de sua carreira e desperta seu interesse em programas “talk show” - o que se tornaria “seu grande projeto de vida”. E como se daria seu posterior sucesso no formato: “Quando ele se interessava por um assunto, virava professor”; - O jornalista fala sobre a “paixão do artista” enquanto escritor: era um leitor voraz de thriller policiais e humorísticos, e foi o gênero no qual brilhou como escritor de romances. “Jô tinha uma vida maior que a vida”, afirma o diretor de operações da editora Companhia das Letras; Amigo pessoal de Jô, Matinas revela qual a frase que o artista escolheu para a epígrafe do livro que escreveram juntos – a mesma que repetiu em seus últimos dias de vida. “A ausência de Jô é uma ausência reveladora de um país que perdeu a graça”, resume.

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