

O Assunto
G1
Um grande assunto do momento discutido com profundidade. Natuza Nery vai conversar com especialistas, com personagens diretamente envolvidos na notícia, além de jornalistas e analistas da TV Globo, do g1, da Globonews e demais veículos do Grupo Globo para contextualizar, explicar e oferecer diferentes pontos de vista sobre os assuntos mais relevantes do Brasil e do mundo.
O podcast O Assunto, em comemoração aos 5 anos de existência, selecionou os 10 episódios essenciais para todo ouvinte na playlist 'This Is O Assunto'. Ouça agora no Spotify:
https://open.spotify.com/playlist/37i9dQZF1DXdFHK4Zrimdk
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Episodes
Mentioned books

Dec 28, 2023 • 30min
REPRISE - Recordes de calor e a ameaça à vida humana
2023 chega ao fim com uma marca histórica: foi o mais quente dos últimos 125 anos. Nesta sexta-feira, 20 de dezembro, O Assunto reprisa um episódio para explicar os recordes de calor e a ameaça dos eventos extremos à vida humana. Ameaças que podem ficar ainda mais intensas em 2024. Para comentar o risco do calor em excesso para a saúde humana e explicar até onde a temperatura pode chegar, Natuza Nery conversa com Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima e integrante do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, e com o biomédico fisiologista Daniel Mendes Filho, um dos autores do livro “Condições extremas: como sobrevivemos?”. Neste episódio: - Marcio lembra que as ondas de calor estão cada vez mais intensas, mas que os recordes de temperatura vêm sendo registrados há pelo menos duas décadas: “São gritos de alerta do planeta”. E a situação deve piorar. “A gente não vai mais recuperar os gases emitidos para a atmosfera. O planeta tem um problema já contratado”, afirma; - Ele avalia que as soluções para mitigação e adaptação dos impactos do clima são de responsabilidade de governos e estão, principalmente, nas mãos dos líderes dos países desenvolvidos: “As pessoas mais pobres vão pagar a conta”. “Quanto menos a gente fizer agora, maior será a conta para as próximas gerações”, conclui; - Daniel explica como o organismo humano reage às mudanças de temperatura, e quais são os riscos associados aos episódios de calor extremo – que afetam mais as crianças e os idosos: “Os mecanismos de adaptação do corpo são insuficientes para manter a temperatura em níveis fisiológicos. Pode haver quadros de hipertermia e insolação”; - Ele também comenta sobre o que as cidades podem fazer para enfrentar as mudanças climáticas, com ações dedicadas a aumentar a arborização e os ambientes com circulação de ar. Daniel orienta sobre como cada um pode se proteger: roupas leves, alimentação saudável, plantas domésticas e até papel alumínio na janela.

Dec 28, 2023 • 38min
REPRISE - Israel x Palestina - a história do conflito
O dia 7 de outubro de 2023 marcou o maior ataque terrorista do Hamas sobre o território israelense. Começava ali mais um capítulo de uma disputa milenar pelo controle da região que é berço das três maiores religiões ocidentais. Nesta quinta-feira, 28 de dezembro, O Assunto reprisa o episódio que explicar essa história de expulsões, perseguições, conflitos militares e terrorismo. Julia Duailibi entrevista Guilherme Casarões, professor da FGV-SP, doutor em ciência política, mestre em relações internacionais com especialização em nacionalismo judaico e pesquisador convidado da Universidade de Tel Aviv. Neste episódio: - Casarões recupera a história de milênios de ocupação de Jerusalém e seus arredores. Ele lembra que a tradição judaica reivindica mais de 5 mil anos no local que hoje compreende o Estado de Israel; mas que também os palestinos argumentam que já estavam lá desde os cananeus, há 10 mil anos; - Ele aponta que o início do conflito moderno se deu na virada do século 19 para o século 20, num momento em que despontam o sionismo e o nacionalismo árabe: “É quando começam aparecer os projetos nacionais como projetos políticos”. E completa que a disputa escala de nível com o plano de partilha proposto pela ONU para a criação dos Estados israelense e palestino - o que nunca aconteceu; - O professor descreve os efeitos das guerras dos Seis Dias (1967) e do Yom Kippur (1973) na formulação “da dinâmica que rege até hoje esse conflito” - com a primazia do domínio israelense sobre o território -, e como elas repercutiram para o crescimento da Organização para a Libertação Palestina; - Casarões explica as duas principais tentativas de acordo de paz entre Israel e os Estados árabes. O primeiro no Camp David (EUA) ao fim da década de 1970 entre Israel e Egito. E o segundo assinado em 1993: o Acordo de Oslo, entre as autoridades israelenses e palestina, definiria a divisão definitiva dos territórios entre os dois Estados. Nos dois casos, o processo de entendimento foi interrompido pelo assassinato de lideranças políticas por extremistas; - Por fim, ele comenta o aumento das tensões resultante da eleição do grupo terrorista Hamas como representante do povo palestino da Faixa de Gaza – resultado da única eleição realizada por lá, em 2006: “Vira uma guerra interna entre o Hamas e o Fatah” - organização palestina moderada.

Dec 27, 2023 • 38min
REPRISE - Como acabar com o garimpo na Terra Yanomami
Há quase 1 ano, o governo federal agiu para expulsar garimpeiros da maior Terra Indígena do país. A atividade foi reduzida em 80%, mas, meses depois, garimpeiros estão de volta à Terra Yanomami, colocando em risco a vida do povo originário. Nesta quarta-feira (27), O Assunto reprisa um episódio sobre a emergência sanitária que afetou os Yanomami. Datam da década de 1980 os primeiros sinais da presença de garimpeiros ilegais na região onde historicamente vive a etnia. Quando o então presidente Fernando Collor assinou a demarcação da Terra Indígena, em novembro de 1991, estima-se que o garimpo tivesse cerca de 40 mil pessoas em atividade. Aquele foi o início de um bem-sucedido processo de desintrução: liderada pela Funai e pela Polícia Federal, a operação Selva Livre expulsou os garimpeiros e desobstruiu os rios que abastecem as aldeias com água e peixes. O presidente da Funai à época era Sydney Possuelo, um dos principais indigenistas do país - ele relata a Natuza Nery as ações que liberaram o território da atividade criminosa. Natuza conversa também com a jornalista Sônia Bridi, que acompanhou in loco a comitiva do governo que decretou estado de emergência para levar comida e resgatar indígenas doentes. Neste episódio: - Sônia recorda o que viu ao ir à região do garimpo em terras Yanomami: cenário de destruição, pessoas com fome, crianças muito abaixo do peso, muitos contaminados com malária. “E os relatos mais horríveis que você pode imaginar”, reforça; - Ela também conta a história por trás da imagem na qual está segurando um bebê no colo – uma ação de emergência para evitar que as crianças morressem; - Sydney compara a situação do garimpo ilegal de 1992 e a de agora. E conta como agiu a operação Selva Livre: fechamento do espaço aéreo e dos rios, ação de tropa em campo e corte no abastecimento de alimentação e combustível dos garimpeiros. “Não vejo maiores problemas em fazer isso”; - O indigenista pondera que, embora o contingente atual de garimpeiros seja metade daquele enfrentado em 92, eles são “mais eficazes na destruição ambiental”. Ele também questiona sobre a presença do crime organizado e do narcotráfico na região; - E conclui, sobre a urgência da interferência das Forças Armadas em prol dos yanomamis: “Se a gente fala em guerra, uma guerra não avisa quando chega. Basta uma ação rápida”.

Dec 26, 2023 • 38min
REPRISE - Adeus a Zé Celso, o revolucionário do teatro
Em julho, a dramaturgia brasileira perdeu um de seus mais importantes nomes. Nesta terça-feira, 26 de dezembro, O Assunto reprisa uma homenagem ao dramaturgo José Celso Martinez Corrêa. Zé Celso morreu depois de um incêndio em seu apartamento em São Paulo, onde vivia com o marido, o ator Marcelo Drummond – com quem mantinha um relacionamento de quase 40 anos. No Teatro Oficina, fundado em 1958, Zé Celso escreveu, adaptou e dirigiu peças que entraram para a história da cultura brasileira e que formaram artistas ao longo de seis décadas. Para dimensionar o tamanho da história e da contribuição do artista ao Brasil, Natuza Nery ouviu Pascoal da Conceição, ator, diretor e produtor cultural que começou a carreira no Teatro Oficina e que era amigo íntimo de Zé Celso. Neste episódio: - Pascoal conta quais eram os planos profissionais do dramaturgo: a adaptação do livro "A Queda do Céu", com pensamentos do xamã yanomami Davi Kopenawa, para uma peça que seria exibida em comunhão com a natureza no parque do Teatro Oficina. “Ele anunciou que este seria o trabalho mais importante da vida dele”, relata; - O ator comenta as qualidades de Zé Celso como diretor de teatro: “Ele faz trabalhos coletivos e tem a capacidade de catalisar o trabalho de muita gente”. E recorda como as atuações que fez na TV como Dr. Abobrinha, do Castelo Ra-Tim-Bum, e no teatro com Hamlet tiveram influência de sua direção. “Ele falava que não existe atuação no particular, ela é sempre pública”, lembra; - Ele também detalha a história do Teatro Oficina, alvo de censura e perseguições pela repressão da ditadura militar: atores e atrizes foram agredidos e houve até um incêndio criminoso. E, mais recentemente, a tentativa do dramaturgo em comprar o terreno – que está em disputa judicial com o Grupo Silvio Santos. “Ele foi até o Banco Central e disse: que economia você quer pro Brasil, a dos que fazem teatro ou carnê?”, conta; - Por fim, Pascoal recupera a ideia de Zé Celso que “não somos drama, somos tragédia” para explicar sua morte. E justifica porque ele tinha o apelido de ‘fênix’. “É obrigado a levantar e sair à luta, sair pra vida”, conclui.

Dec 25, 2023 • 32min
REPRISE - Rita Lee, a majestade do rock, por Ney Matogrosso
A voz mais importante do rock brasileiro morreu aos 75 anos, no dia 9 de maio de 2023. Rita Lee não se limitava ao gênero e experimentou diversos ritmos ao longo de 5 décadas de carreira e 40 álbuns publicados, que renderam a ela mais de 55 milhões de exemplares vendidos. Nascida em São Paulo, Rita explodiu para a cena musical na década de 1960, durante o movimento tropicalista, quando integrava os Mutantes. Depois, em carreira solo – mas sempre em parceria com seu companheiro de vida, Roberto de Carvalho, com quem teve três filhos – colecionou hits e sucessos. Além do talento, Rita deixou um legado de autenticidade e liberdade. Nesta segunda-feira, 25 de dezembro, O Assunto reprisa um episódio especial em homenagem à cantora. Natuza Nery conversa com Ney Matogrosso, amigo de Rita e uma das maiores vozes da música. Neste episódio: - Ney conta que observa a Rita Lee desde antes de ser artista e o quanto a imagem dela de “noiva grávida” na década de 1960 imprimiu nele uma marca da revolução e da transgressão. “Me fez sentir como sua alma gêmea”, afirma; - Ele recorda as características da cantora que a faziam “diferente” e algumas das canções que a parceira escreveu para que ele cantasse: “Ela me sacava. Eu via a letra e pensava que era eu. Mas era ela também”; - Ney também fala sobre a forma como Rita Lee fazia questão de se mostrar uma representante de São Paulo: “Ela era uma representação dessa cidade desvairada”; - Ele explica como a artista venceu a resistência de um cenário “careta” na música brasileira e “reforçou a visão de que a música brasileira é antropófaga”.

Dec 22, 2023 • 19min
A reforma tributária, enfim, na Constituição
Pela primeira vez na história democrática do Brasil foi aprovado um novo sistema tributário. Depois de décadas de discussões e tentativas para viabilizar uma proposta de reforma, Congresso e Executivo chegaram a um termo comum e promulgaram a PEC que revoluciona a cobrança de impostos sobre produção e consumo no país. Para explicar o impacto da reforma tributária e esclarecer o que ainda falta, Natuza Nery entrevista o principal formulador técnico da proposta, o economista Bernard Appy, secretário extraordinário da reforma no Ministério da Fazenda. Neste episódio: - Appy justifica a urgência em alterar a forma como os impostos são cobrados sobre a produção e o consumo no Brasil: "Disfuncionais e têm efeito negativo na economia”. A lista de motivos apresentada por ele elenca a alta complexidade do sistema, as falhas nos mecanismos de não-cumulatividade e as distorções na organização da produção. “O efeito da reforma pode ser maior que 10% no PIB e na renda das famílias”, afirma; - Ele afirma que o texto final, “embora não seja o ideal [devido às exceções impostas pelo Congresso], é muito melhor do que o que temos hoje”. E explica as três etapas de implementação do novo sistema, que tem duas datas mais importantes: uma simplificação de impostos em 2027 e a reforma completa em 2033; - O economista comenta o apelido que recebera décadas atrás: o de ‘Dom Quixote’ em busca de viabilizar a reforma tributária. “Me sinto realizado”, celebra. “Deu certo agora porque aprendemos com os erros do passado e porque a reforma passou a ser prioridade para o Executivo e para o Parlamento”, conclui.

Dec 21, 2023 • 34min
O ano de Haddad na economia
A gestão de Fernando Haddad (PT) à frente do Ministério da Fazenda começou com um ponto de interrogação sobre qual seria a política econômica do governo Lula 3. Um ano depois, o ministro celebra vitórias no seu esforço de equilibrar gastos públicos e controle do déficit público - seu currículo na pasta já soma as aprovações de um novo marco fiscal, de medidas para aumentar a arrecadação e da tão desejada reforma tributária. Nesta semana, ele comemorou a elevação da nota de crédito do Brasil de BB- para BB na agência de classificação de risco Standard & Poor's. Para avaliar o desempenho de Haddad em 2023 nas batalhas com o PT e com o Congresso e nos índices econômicos, Natuza Nery recebe a jornalista Vera Magalhães, apresentadora do Roda Viva, da TV Cultura, colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN, e o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES. Neste episódio: - Vera descreve o “arco de reposicionamento” de Haddad, que precisou enfrentar fogo cruzado entre o apetite de parte do governo por mais fatias do orçamento e a desconfiança do mercado em relação à responsabilidade fiscal da Fazenda. “Agora é um Haddad mais humilde, ele entendeu que precisa negociar das teses dele”, avalia; - Ela avalia o desafio que o ministro impôs ao orçamento do ano que vem de atingir a meta de déficit zero nas contas públicas e a estratégia dele para chegar a esse resultado por meio de aumento de receitas. “Ele não vai conseguir a lista inteira do que pediu ao Papai Noel. Será uma meta impossível de cumprir em 2024”, afirma; - Luiz Carlos explica por que acredita que a elevação da nota de crédito do Brasil é a coisa mais importante dos últimos meses: “Quando agência muda a nota é coisa séria, e o mercado aqui é ‘Maria vai com as outras’. Isso abre espaço de trabalho para o Haddad ano que vem”; - O economista prevê que o “ciclo natural da economia começa a cair” e mostra apreensão em como Lula vai reagir quando os índices caírem, às vésperas das eleições municipais. E o principal motivo para a queda do desempenho é o recuo do agronegócio - que pode registrar PIB negativo em 2024. “É da vida, não é culpa de ninguém”, conclui.

Dec 20, 2023 • 20min
A guerra esquecida entre Rússia e Ucrânia
Iniciada em fevereiro de 2022 com a invasão do exército russo à região leste da Ucrânia, a guerra na região está perto de completar dois anos sem avanços de lado a lado. As tropas de Vladimir Putin avançaram cerca de 20% do território ucraniano. Já Volodymyr Zelensky arrecadou mais de US$ 200 bilhões em ajuda estrangeira para evitar mais perdas. Para explicar o atual contexto dessa guerra, Natuza Nery entrevista Tanguy Baghdadi, professor de Política Internacional na Universidade Veiga de Almeida e fundador do podcast Petit Journal. Neste episódio: - Tanguy faz uma análise dos quase 2 anos da guerra. Para ele, ao longo de 2023 houve “poucas mudanças estruturais no conflito e estagnação”. Agora, os russos tentam consolidar seu domínio sobre as regiões anexadas e os ucranianos buscam recursos para poder reconquistar esses territórios; - Ele avalia a “difícil situação” de Zelensky, que logo após a invasão russa conseguiu traduzir a grande onda de solidariedade dos países ocidentais em ajuda financeira e militar, mas agora vê um “cansaço” de seus pares; - Tanguy também comenta o possível ingresso da Ucrânia na União Europeia depois do anúncio da negociação para que o país seja aceito no bloco. “É uma demonstração simbólica de que há apoio à Ucrânia, mas é improvável que aconteça num futuro breve”, afirma; - Por fim, ele explica o impasse sobre um possível acordo no qual a Ucrânia abrisse mão de 20% de seu território para a Rússia. “Faz sentido que o governo ucraniano não aceite isso. E Putin quer fazer essa ocupação uma situação definida”, resume.

Dec 19, 2023 • 21min
CACs e a coleção de mortes violentas no Brasil
À luz do dia, em um bairro nobre de São Paulo, um homem com registro de CAC (caçador, atirador esportivo e colecionador) iniciou um tiroteio que culminou na morte de três pessoas: dele mesmo, de uma policial civil e de um vigilante. E a arma do crime, uma .45, estava legalizada. A tragédia é mais uma para a lista de incidentes provocados por armas de fogo depois da flexibilização dos critérios para porte e posse dos itens. Para analisar o quadro atual do país, Natuza Nery conversa com Natália Pollachi, gerente de projetos do Instituto Sou da Paz. Neste episódio: - Natália questiona a eficácia da fiscalização sobre as armas de fogo depois de quatro anos de liberou-geral, durante o governo Bolsonaro: “Já era precária antes de 2019, quando começou a flexibilização. E não acompanhou o crescimento”. E critica o sistema Sigma, utilizado pelo Exército para o registro das armas e que já foi descrito duas vezes pelo Tribunal de Contas da União (TCU) como “antigo e deficiente”; - Ela alerta para a fragilidade do processo de concessão de registro de armas de fogo: “Não pode ser apenas um check-list de documentos”. E relata casos nos quais CACs são suspeitos de fornecer armas legalizadas para o crime organizado. “Existe conexão entre os mercados legal e ilegal”, afirma; - Por fim, Natália elogia as atuais restrições à quantidade (até janeiro de 2023, CACs podiam ter até 60 itens; agora são 4) e ao poder letal das armas (caso dos fuzis, agora liberados apenas para atiradores experientes). “Vamos sentir os danos por muito tempo, mas voltamos a uma regra responsável”, conclui.

Dec 18, 2023 • 23min
Dezembrite - a angústia de fim de ano
O mês é de confraternizações entre familiares, amigos e colegas, de reflexões sobre os meses que passaram e de planos para o futuro. Tudo isso junto é fonte de ansiedade e angústia para quem tem que lidar com excesso de atividades ou com perdas e frustrações que tenham ocorrido ao longo do ano. No momento em que o Brasil tem quase 10% da população com ansiedade - é o país mais ansioso do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) - O Assunto trata do fenômeno que aflige a saúde mental de muita gente, a “dezembrite”. Para isso, Natuza Nery conversa com o psiquiatra Arthur Danila, coordenador do programa de mudança de hábito e estilo de vida do Instituto de Psiquiatria da USP. Neste episódio: - Arthur descreve a dezembrite: “Não é um diagnóstico em si”. Ele também relata os principais sintomas desse fenômeno, e como ele aparece nos consultórios de psicólogos e psiquiatras. “A procura por assistência aumenta, e é um desafio porque é preciso entender que há questões que precisam de tempo para serem resolvidas”, afirma; - O psiquiatra teoriza sobre a busca pela felicidade: “Há dificuldade em entender a felicidade em seu contexto mais amplo. Não é uma coisa estanque, é um processo”. E explica como a solidão - classificada como uma ameaça global urgente à saúde pela OMS – impacta biologicamente o ser humano. “Estar em solidão deixa o corpo mais vulnerável e reduz a expectativa de vida”, diz; - Ele alerta para a importância de procurar ou oferecer ajuda e apoio em casos de mudança de padrões de comportamento que se acentuem no fim do ano. E recomenda a introdução de hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas, o consumo de alimentos integrais e não-industrializados e a regularização do sono.


