O Assunto

Mirticeli Medeiros, vaticanista e correspondente da Globo News, e Gerson Camarotti, comentarista da TV Globo, discutem a eleição do novo papa, Leão XIV, e sua trajetória. Medeiros analisa o significado do nome escolhido e a continuidade em relação a Francisco. Camarotti relata a campanha a favor de Prevost e suas visões sobre imigração. Eles abordam o impacto do novo papa em questões contemporâneas, como guerra e pobreza, além das expectativas para um papado duradouro que mantenha o legado de reformas.

Neste episódio, Lara Mesquita, doutora em Ciência Política e professora na FGV, discute as recentes mudanças na Câmara dos Deputados. Ela analisa a decisão do STF para redistribuição das cadeiras com base no Censo de 2022 e a proposta de aumento de 513 para 531 deputados. Lara questiona os impactos dessa alteração na representatividade e os custos financeiros associados. A conversa também aborda a desconexão entre parlamentares e a população, ressaltando a necessidade de transparência e comunicação política.

Mirticeli Medeiros, vaticanista e Ph.D em História do Catolicismo, compartilha insights sobre o conclave papal. Ela discute o clima em Roma e como a diversidade internacional entre os cardeais pode dificultar o consenso. Mirticeli analisa os candidatos cotados ao papado, mencionando a improbabilidade de um escolhido brasileiro. Além disso, destaca a importância das reuniões pré-conclave e as estratégias de "pope makers" que ajudam a orientar os indecisos na escolha do novo líder da Igreja.

Guilherme Balza, repórter da GloboNews em Brasília, e Daniela Lima, colunista do g1, discutem a fraude bilionária no INSS que impactou milhões de aposentados. Balza detalha como o esquema desviou R$ 6 bilhões e culminou na queda do ex-ministro Carlos Lupi. Daniela analisa as repercussões políticas, incluindo a promessa de uma CPI e as investigações do TCU que podem revelar mais desdobramentos dessa crise. Juntos, eles pintam um quadro alarmante da corrupção e da negligência no sistema previdenciário.

Bruno Geloneze, médico endocrinologista e pesquisador do OCRC da Unicamp, discute os remédios como Ozempic e Monjaro, originalmente destinados ao tratamento do diabetes, mas que se tornaram populares no emagrecimento. Ele alerta sobre o uso indiscriminado sem supervisão médica, que pode gerar riscos significativos à saúde. Geloneze também analisa a nova regulamentação da Anvisa que exige receita médica para a compra desses medicamentos e enfatiza a importância de um tratamento completo, que inclua mudanças no estilo de vida.

Manuela Dias, autora da nova versão de "Vale Tudo", detalha como atualizou a trama icônica para 2025, mantendo personagens como Odete Roitman intactos. Ela fala sobre o desafio de matar Odete, já com um suspeito em mente. A historiadora Martina Spohr se junta à conversa, enfatizando a relevância de discutir ética e desigualdade social nos dias de hoje. Juntas, elas exploram a importância da novela como espelho da sociedade brasileira, refletindo as transformações culturais desde 1988, e as complexidades da representação nas telinhas.

Maurício Moura, professor da Universidade George Washington e especialista em eleições globais, analisa o impacto de Donald Trump nas eleições canadenses. Ele explica como a vitória de Mark Carney foi influenciada pela retórica anti-Trump, que mobilizou eleitores e transformou o cenário político. Moura também discute a polarização política no Canadá, a resposta patriotista dos canadenses e as diferenças entre os sistemas parlamentar canadense e presidencial brasileiro. Sua visão detalha como líderes ao redor do mundo, inspirados por Trump, estão tendo suas popularidades elevadas.

Felippe Coaglio, correspondente da Globo em Iowa, e Oliver Stuenkel, professor de Relações Internacionais na FGV, discutem os tumultuados 100 dias de Donald Trump. Coaglio revela a incerteza dos agricultores diante das tarifas e da política anti-imigração. Stuenkel analisa as profundas transformações geopolíticas provocadas por Trump, sinalizando uma ameaça à democracia americana. O clima de desaprovação entre os cidadãos e as reações internacionais às suas polêmicas decisões são explorados, evidenciando a fragilidade das alianças e a crescente competitividade do Brasil.

Fundada em 1636, a Universidade Harvard nasceu antes mesmo da Independência dos EUA (1776). Com 388 anos de vida, agora a prestigiosa instituição de ensino é considerada uma “ameaça à democracia” pelo presidente Donald Trump. Em mais um capítulo da batalha entre o presidente dos EUA e universidades do país, Harvard entrou com um processo contra o governo americano para impedir o congelamento de mais de US$ 2,2 bilhões em subsídios. No pano de fundo dessa disputa estão exigências feitas pelo governo Trump às universidades. Para a comunidade acadêmica e outras universidades do país, o que está em curso é a tentativa de interferência política. Neste episódio, Natuza Nery conversa com Guga Chacra para explicar o que Trump quer e qual a resposta da universidade mais respeitada dos EUA. Comentarista da Globo em Nova York e colunista do jornal O Globo, Guga relembra como o presidente dos EUA usa o argumento de que as universidades americanas são palco de antissemitismo para pressionar por alinhamento político. Guga responde se o governo americano tem poder para impedir que Harvard aceite matrículas de alunos estrangeiros, uma das ameaças feitas por Trump a Harvard. Na conversa, Guga explica também o que permitiu que Harvard resistisse, ao contrário da postura adotada por Columbia, outra instituição que figura entre as mais respeitas do país. Ele analisa ainda as chances de o processo aberto por Harvard chegar à Suprema Corte dos EUA.

Um dia depois de a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União realizarem uma operação que acabou com o presidente do INSS demitido, o governo suspendeu o repasse para entidades e disse que aposentados e pensionistas prejudicados vão receber o dinheiro de volta. O caso revelado por uma operação na quarta-feira (23) é o início de um “escândalo”, afirma a jornalista Camila Bomfim em conversa com Natuza Nery neste episódio. Na quarta-feira, o agora ex-presidente do INSS Alessandro Stefanutto e outros integrantes da cúpula do instituto foram alvo de uma operação que, segundo as investigações, beneficiava pelo menos 11 entidades suspeitas de descontar indevidamente o benefício de aposentados e pensionistas. A suspeita é que, entre 2019 e 2024, os desvios podem ter chegado a mais de R$ 6 bilhões. Colunista do g1 e apresentadora da GloboNews, Camila Bomfim lembra o que pesou contra Stefanutto e os indícios de que o caso pode levar a um escândalo ainda maior. Camila relata como o INSS, cujos dois últimos presidentes foram indicados pelo Ministro da Previdência, Carlos Lupi, se tornou uma fonte de preocupação para o governo do presidente Lula. “O que o Lupi entregou até agora foi problema”, diz, ao relembrar como a promessa de Lula de zerar a fila do INSS está longe de ser cumprida. Natuza Nery conversa também com Diego Cherulli, advogado e presidente do IBDP, o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário. Ele explica como, ao coordenar benefícios de milhões de brasileiros, o INSS é uma fonte de fraudes. “Os bloqueios a repasses a entidades deviam ter sido feitos já no ano passado”, diz, ao lembrar denúncias de fraudes escancaradas no instituto. Cherulli responde o que pode ser feito para evitar novos esquemas de corrupção no instituto e o que beneficiários podem fazer para se proteger.