Endörfina com Michel Bögli

Michel Bögli
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Feb 13, 2025 • 2h 43min

#399 Marcelo Ortiz

Ele não gostava das aulas de educação física e fazia o possível para fugir delas. Alguns anos mais tarde, seria incentivado a nadar por um primo triatleta. Pegou gosto pela modalidade e logo passou a correr também. Faltava-lhe o ciclismo, que começou a praticar quando ganhou uma bicicleta do pai. Porém, antes mesmo de participar de sua primeira competição, em 1993, o destino já lhe reservava um teste de resistência fora das pistas: um grave acidente de bicicleta que quase encerrou sua jornada antes mesmo de começar. O episódio, no entanto, apenas reforçou sua determinação de transformar o triathlon em mais do que um hobby. Encantou-se pela modalidade e passou a admirar a dedicação e a ousadia de grandes nomes do triathlon da época, como Marcus Ornellas e Marcello Butenas, que não apenas competiam, mas representavam o espírito do esporte que tanto admirava. A fim de atender aos anseios dos pais, ingressou no curso de Engenharia, mas não demorou a perceber que sua vocação estava na Educação Física. Sua paixão pelo triathlon e sua curiosidade sobre o desempenho humano falaram mais alto. Após graduar-se, mergulhou na pesquisa acadêmica, buscando compreender os limites da fisiologia humana em esportes de longa duração. Concluiu o mestrado em Fisiologia do Exercício no ano 2000, com um trabalho focado no treinamento esportivo voltado para triathlon e corrida. Movido pelo desejo de contribuir com a ciência e inspirar a nova geração, mudou-se para São Paulo em 2001 para ingressar no doutorado, enquanto iniciava suas atividades como professor e coordenador de cursos de pós-graduação. Em paralelo, começou a treinar dois amigos, Ivan Albano e Fábio Carvalho. Aos poucos, foi ganhando notoriedade e passou a atender mais pessoas. Esse foi o início da BR Esportes Assessoria, em 2002. Mais tarde, outros grandes nomes passariam por suas mãos, entre eles Ariane Monticelli e Bia Neres. Sua visão sistêmica do esporte também chamou a atenção do Esporte Clube Pinheiros, que o convidou, em 2013, para liderar o projeto de alto rendimento da modalidade. Com um currículo que combina títulos acadêmicos robustos e uma prática baseada em dados científicos, ele se consolidou como referência nacional e internacional. Foi convocado pela primeira vez como técnico da seleção brasileira de triathlon em 2017, guiando atletas como Miguel Hidalgo, Djenyfer Arnold e Antônio Bravo. Desempenhou papel importante nos Jogos Pan-Americanos de 2023, onde conquistou o ouro no revezamento misto, resultado que impulsionou as expectativas para Paris 2024, quando foi nomeado técnico do time nacional e trabalhou para realizar o sonho de classificar seus atletas para a participação olímpica — feito conquistado com Miguel, Djenyfer e Manoel Messias que, ao lado da experiente Vittória Lopes, foram responsáveis pela melhor performance brasileira na história olímpica do triathlon. Além disso, com sua competência e expertise, classificou dezenas de triatletas para mundiais de 70.3 e Ironman, sempre demonstrando que seu compromisso era tão científico quanto humano. Dono de um extenso histórico de publicações científicas sobre desempenho esportivo e com liderança em iniciativas como a coordenação do maior laboratório de fisiologia do exercício do Brasil entre 2004 e 2008, ele não apenas focou sua carreira no desenvolvimento de talentos, mas também compartilha o conhecimento que transforma vidas. Conosco aqui, o educador físico, Doutor em Ciências, Mestre em Fisiologia do Exercício e Treinamento Esportivo, triatleta com quatro provas de Ironman no currículo e um amante do ciclismo, cuja paixão pelo esporte tornou-se uma missão de vida: o mogimiriano Marcelo Janini Ortiz. Inspire-se! Um oferecimento @oakleybr e @technogym_brazil Onde o design encontra o esporte Combinando desempenho e design, há 40 anos, a Technogym apresenta as soluções de treino mais inovadoras do mercado. Um dos exemplos é a Technogym Ride, bicicleta que nasceu a partir da experiência da marca como fornecedora oficial de equipamentos das últimas nove edições dos Jogos Olímpicos, incluindo Paris 2024. Concebida em conjunto com os principais campeões de ciclismo, a TG Ride oferece uma vivência realista e completa de treinamento outdoor tanto para ciclistas profissionais quanto amadores. Com tela touch de 22" e resolução Full HD, ela proporciona a realização de um treino imersivo e interativo, visando a alta performance. Com a possibilidade de realizar todos os ajustes de acordo com o tamanho do usuário, incluindo as variações do pé de vela, a TG Ride oferece STI eletrônicos e integrados, a partir dos quais é possível fazer trocas de marchas e ter uma experiência completa de gestão de potência, resistência, inclinação, velocidade em subidas e porcentagem de FTP de forma precisa. Além disso, através do Pedal Printing™ é possível acompanhar a cadência, a simetria e a órbita das pedaladas. A Technogym Ride também conta com aplicativos integrados ou compatíveis, através dos quais o atleta tem, a um toque, ferramentas como Rouvy, Zwift, Bkool, TrainingPeaks, Strava, Eurosport, entre outros. As sessões de treinamento oferecidas pela Technogym Ride desafiam o atleta a alcançar as zonas de potência adequadas e a pedalar em dezenas de rotas virtuais, incluindo os destinos mais lendários do mundo. https://www.technogym.com/pt-BR/ SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.
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Feb 6, 2025 • 1h 56min

#398 Ulan Galinski

No coração do Vale do Capão, na Chapada Diamantina, nasceu um jovem que cresceria em meio à natureza exuberante, carregando consigo os valores que moldariam não apenas sua carreira, mas também sua essência como ser humano. Filho de um francês e de uma baiana, seu sobrenome tem raízes russas, compondo uma mistura de culturas tão rica quanto sua trajetória. Criado em um ambiente artístico, ele participou das atividades do Circo do Capão, fundado por seu pai, um artista circense que chegou ao Brasil em busca da capoeira e encontrou na Bahia um novo lar. Além das atividades no picadeiro, ele praticou jiu-jitsu, capoeira, boxe e futebol. Em 2013, começou também a praticar o mountain bike. Foi no ano de 2014, ao acompanhar a ultramaratona Brasil Ride como espectador, que ele descobriu o mundo do mountain bike competitivo. Inspirado pelo seu então professor de educação física, deixou as outras modalidades para se dedicar ao ciclismo e deu seus primeiros passos no esporte competitivo, conquistando o campeonato baiano na categoria Júnior no ano seguinte. A ascensão foi rápida, e logo ele estava dividindo a pista com grandes nomes como Henrique Avancini, de quem viria a se tornar companheiro de equipe e aprendiz. Desde 2020, integra a equipe Caloi Henrique Avancini Racing, destacando-se no cenário nacional e internacional. Conquistas como o bicampeonato na Super Elite da Copa Internacional (2020/23), o campeonato brasileiro elite de maratona em 2021, os vice-campeonatos brasileiro de XCO em 2022 e 2023, as quatorze vitórias UCI na elite e um top 20 na etapa da Copa do Mundo realizada em Mairiporã, este ano, foram marcos em sua carreira, evidenciando sua categoria e capacidade de competir entre os melhores do mundo. Em 2024, garantiu sua vaga nos Jogos Olímpicos de Paris, conquistando a 21ª colocação no Cross-Country Olímpico (XCO), feito que ele atribui tanto à sua evolução técnica quanto à serenidade mental alcançada. O que começou como uma simples paixão por pedalar nas trilhas da Chapada Diamantina o levou a ser uma das principais promessas do mountain bike brasileiro. Agora, aos 26 anos, com seu espírito resiliente e sua conexão com as raízes, ele se prepara para enfrentar mais um ciclo olímpico, carregando consigo a bandeira nordestina e brasileira, bem como a leveza de quem sabe que sua história já é, por si só, inspiradora. Conosco aqui, um artista do mountain bike profissional, atual campeão brasileiro de XCO, um sonhador e ambicioso palmeirense, Ulan Bastos Galinski. Inspire-se! Um oferecimento @oakleybr SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.
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Jan 30, 2025 • 2h 5min

#397 Beatriz Nantes

Ela iniciou sua trajetória na natação aos quatro anos, treinando ao lado de seu irmão. Competiu pelo Clube Saldanha da Gama, destacando-se em provas de fundo e no nado borboleta. Foi vice-campeã paulista em diversas ocasiões e finalista no Campeonato Brasileiro de sua categoria. Aos 12 anos, participou de sua primeira prova no mar e, aos 16, decidiu encerrar as competições federadas, embora nunca tenha abandonado as piscinas. Durante a faculdade, integrou equipes universitárias de natação, mantendo a paixão pelo esporte. Graduou-se simultaneamente em Economia pela Universidade de São Paulo e em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Em 2010, foi convidada por um amigo da faculdade a estagiar na Empiricus, recém-criada empresa especializada na publicação de conteúdos financeiros. Em 2014, retornou ao ambiente competitivo, ingressando na natação master sob a orientação de Danilo Lima, no Tênis Clube Paulista. Enquanto participava de provas em piscinas, alimentava um desejo crescente por desafios em águas abertas. Em 2017, finalmente mergulhou nesse universo, participando dos 10 km da Ilha do Mel e do Rio Negro Challenge. No âmbito profissional, ascendeu dentro da Empiricus e tornou-se sócia e COO. Paralelamente, manteve uma ligação constante com o jornalismo esportivo, especialmente no universo da natação. Cobriu in loco os Campeonatos Mundiais de Natação em Barcelona (2013) e Budapeste (2017), conciliando o trabalho com sua paixão pelo esporte. Em parceria com uma amiga, produziu o documentário "Meninas de Atenas", que revisita a participação da equipe feminina brasileira nas finais da natação nas Olimpíadas de 2004 e inclui depoimentos das atletas e até mesmo do tenista Gustavo Kuerten. Em 2020, lançou o podcast "Swim Cast" ao lado de Danilo Lima, onde conversou com diversos nadadores e treinadores brasileiros. Ano passado, tomou a difícil decisão de deixar o trabalho no mercado financeiro e embarcou em um novo projeto documental, desta vez sobre a tradicional Travessia 14 Bis, com previsão de lançamento ainda este ano. Ela detém o segundo melhor tempo da Travessia Leme ao Pontal, no ano de 2022 ficou a apenas dois minutos do recorde feminino no Desafio 14 Bis e foi a primeira mulher a nadar os 22 km do Desafio Ilhabela. Em 2024, apenas 10 meses após o nascimento da sua filha, bateu o recorde paulista dos 1.500 metros nado livre. Conosco aqui a nadadora, jornalista e economista, uma apaixonada e conhecedora da natação brasileira e mundial, mãe dos futuros nadadores Mateus e Marina, a santista Beatriz Nantes. Inspire-se! Um oferecimento @oakelybr. SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.
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Jan 23, 2025 • 2h 23min

#396 Pedro Cianfarani

Nascido em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, ele cresceu em um ambiente típico da época, onde a paixão pelo futebol o inspirava a passar os dias jogando bola. Embora o futebol tenha sido sua primeira paixão esportiva, sua curiosidade o levou a experimentar outras modalidades, como vôlei, lutas e até o mountain bike. Foi na academia, inspirado por uma amiga que o convidava insistentemente para trocar a esteira pelas ruas, que ele descobriu uma nova paixão: a corrida. Em 1998 participou de sua primeira prova, a saudosa Corrida de Natal no Parque do Ibirapuera, e nunca mais parou. Nos anos seguintes, as corridas de rua evoluíram para desafios cada vez maiores. Depois de algumas maratonas, despertou nele o interesse pelas ultras, estreando em 2006 em uma prova de seis horas organizada por Carlos Dias, um dos grandes nomes do esporte. Desde então, ele se desafia em provas como a Brazil 135, que participou 12 vezes e o 300 - O Desafio, com três participações. Enfrentou o temido Vale da Morte na Badwater 135, em 2018. Na prova internacional de 48 horas na Mantiqueira, percorreu impressionantes 316 km, resultado que o colocou em 19º no ranking mundial de 2018. Foi destaque também na LLAJTAY Backyard Ultra, na Bolívia, onde conquistou o segundo lugar em 2019 e garantiu uma vaga no mundial da modalidade. Embora tenha competido em diversas provas pelo Brasil e pelo mundo, ele nunca perdeu a essência que o fez começar: o amor pelo esporte e o prazer de testar os seus limites. Conosco aqui, o administrador de empresas que construiu uma carreira sólida como empresário no setor de informática, liderando sua própria empresa há três décadas, o corredor de ultra maratonas e segundo brasileiro a participar da Barkley Marathons, o sul-caetanense Pedro Luiz Cianfarani. Inspire-se! SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.
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Jan 16, 2025 • 2h 51min

#395 Christian Kittler

Meu convidado de hoje cresceu cercado por boas oportunidades e descobriu cedo seu fascínio pelos esportes e pelo mundo além das fronteiras convencionais. Dotado de uma curiosidade inata, explorou diferentes modalidades, navegando pelos mares como velejador e buscando a precisão nas quadras como tenista. No entanto, foi o triathlon que capturou seu coração e transformou sua trajetória. Ao decidir se aprofundar nesse universo, ele não hesitou em cruzar o continente para se estabelecer em San Diego, o berço da modalidade. A cidade não apenas moldou sua visão sobre o esporte, mas também despertou um senso de inovação e empreendedorismo que se tornaria a marca de sua carreira. Durante seu período lá, ele não apenas treinou e competiu, mas também mergulhou no mercado esportivo ao conseguir um estágio na revista Triathlete. Essa experiência seria o ponto de partida para algo maior. Observador e criativo, percebeu o potencial do meio digital, que ganhava tração nos anos 90, e idealizou uma plataforma pioneira para divulgação e inscrições de provas nos EUA. Alguns anos depois, já de volta ao Brasil, adaptou a ideia e criou o ativo.com, um marco no setor esportivo digital nacional. Durante mais de uma década, ele liderou o projeto, consolidando-o como referência no mercado. Seu espírito inquieto e inovador o levou a novas experiências profissionais, incluindo uma passagem importante na organização do Ironman Brasil. Mas a busca por autenticidade o trouxe de volta a San Diego, dessa vez com sua esposa e filho. Inspirado por sua paixão pelo esporte e pelas viagens, ele fundou a 7 Sherpas, uma agência de turismo esportivo feita sob medida, capaz de transformar desafios em experiências memoráveis. Há dois anos, ele criou uma start-up que conecta esportistas de qualquer modalidade no mundo todo. Hoje, ele voltou a se dedicar exclusivamente à sua agência e está sempre em busca de oportunidades no meio esportivo. Conosco aqui, pela terceira vez, o administrador e empreendedor visionário, apaixonado pelo mundo outdoor, pela fotografia e pelas experiências que o esporte proporciona, tenista veterano e triatleta com três participações no Mundial de Ironman no Havaí, o paulistano minimalista Hans Christian Kittler. Inspire-se! SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.
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Jan 9, 2025 • 1h 33min

#394 Lilian Jeane Schiffer

Desde cedo, minha convidada de hoje foi muito influenciada pelo estilo de vida do pai, um empresário que se dividia entre o tiro, a pilotagem de aviões, o paraquedismo e o motociclismo. Foi na figura paterna que encontrou o primeiro exemplo de uma vida dinâmica. Na infância, praticou natação e todas as modalidades esportivas disponíveis no colégio. Foi nos Jogos Estudantis Municipais de sua cidade natal que um treinador de ciclismo percebeu seu talento e a convidou para integrar a equipe local. Apesar de pedalar de forma despretensiosa, com uma bicicleta simples de passeio, a experiência de ser convidada para treinar com atletas mais experientes despertou nela o sentimento de ser especial em algo. Na adolescência, o ciclismo deu lugar ao handebol e a outros esportes coletivos. Ela acabou deixando as atividades esportivas nos primeiros anos da faculdade, até voltar a pedalar, influenciada por um namorado. Foi nessa época que o triathlon entrou em sua vida. Fascinada, começou a correr e retomou a natação, participando com entusiasmo provas como o Desafio da Serra do Rio do Rastro, a corrida de São Silvestre e seu primeiro triathlon olímpico. Em 2017, encarou o maior desafio de sua vida até então: o Ironman de Florianópolis. Nos anos seguintes, buscou experiências além das competições esportivas, como cursos de paraquedismo e parapente, e, em 2019, completou sua primeira ultramaratona. No entanto, a pandemia trouxe uma fase difícil. Com as piscinas fechadas e o isolamento social, ela limitou seus treinos e sentiu a frustração de estar distante do que amava, perdendo a conexão mais próxima com os esportes. Em 2023, a chama voltou a acender. Inspirada por vídeos da Ultramaratona dos Perdidos, decidiu retomar os treinos com foco total. Ao lado de sua treinadora de longa data, Elayne Alves, que sempre acreditou em seu potencial, encarou um ciclo intenso que a fez redescobrir sua força e renovar sua paixão pelo esporte. Correndo ao lado de seu border collie, Coyote, seu fiel companheiro, e motivada pelo reconhecimento de um grande número de seguidores no Instagram, encontrou uma nova energia para se desafiar e realizar seus sonhos. Conosco aqui hoje, a veterinária, triatleta, mountain biker, arrais amador, atiradora, paraquedista, skydiver, motociclista, ultramaratonista, fotógrafa amadora e aviadora, uma ponta-grossense viciada em viver, a comandante Lilian Jeane Schiffer. Inspire-se! SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.
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Jan 4, 2025 • 1h 26min

#393 Vinícius Rodrigues

Ele acredita que sua verdadeira vida começou em 2013, no dia em que sofreu um grave acidente de moto em Maringá, no Paraná. À primeira vista, parecia o início de um fim. Mas a visita inesperada de uma campeã paralímpica mudou tudo. Ela o encorajou com palavras simples e certeiras: "O Brasil estava precisando de um atleta mesmo, ainda bem que você chegou." Foi ali, no leito de um hospital e com um futuro incerto, que brotou o desejo de se tornar um atleta. Cinco dias após o acidente, decidiu que seria corredor. Em menos de cinco meses, já havia trocado Maringá por São Paulo, com a ambição de integrar a seleção paralímpica brasileira. Uma determinação inabalável, alimentada por uma mentalidade renovada e uma coragem inédita, qualidades que, segundo ele, nunca haviam se manifestado antes do acidente. O homem de antes cedeu lugar a outro, que carregava consigo uma nova visão de vida. Seu objetivo: tornar-se um dos melhores velocistas do mundo. O início, como é para tantos, foi marcado por desafios e frustrações. A mais difícil de todas as provas, segundo ele, foi a não classificação para os Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. A dor de não competir em seu país serviu como combustível. Determinado a superar a decepção vivida, ele entrou no top 3 mundial em 2017 e, dois anos depois, estabeleceu um novo recorde mundial nos 100 metros T63, com a marca de 11s95. Em sua estreia nos Jogos Paralímpicos, em Tóquio 2021, ele subiu ao pódio com a medalha de prata, a apenas um centésimo do lugar mais alto. Não satisfeito, seguiu acumulando conquistas, como a prata no Campeonato Mundial de Atletismo Paralímpico em Paris e, finalmente, mais uma medalha paralímpica, com o bronze nos Jogos de Paris 2024. Fora das pistas, ele também protagonizou discussões importantes sobre acessibilidade como participante do Big Brother Brasil de 2024, tornando-se o segundo atleta paralímpico da história do programa. Conosco aqui está um dos maiores velocistas paralímpicos do Brasil, atleta ASICS que não tem receio de desafiar seus limites, inspirando milhares de pessoas com sua história de superação, resiliência e busca pela excelência, e cujo legado transcende as pistas, ecoando como uma verdadeira lição de vida e coragem, o primaveirense Vinícius Gonçalves Rodrigues. Inspire-se! Powered by ASICS SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.
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Jan 2, 2025 • 1h 23min

#392 Tota Magalhães

Ana Vitória Tota Magalhães, campeã brasileira de ciclismo e vencedora do Prêmio Brasil Olímpico de 2023, compartilha sua inspiradora jornada no esporte. Ela fala sobre a troca dos gramados pelo asfalto e como isso revelou sua verdadeira paixão. Tota discute suas conquistas, incluindo competir no Giro d’Italia Feminino e sua convocação para os Jogos Olímpicos de Paris. A conversa também aborda a evolução do ciclismo feminino no Brasil e a importância de apoio emocional e familiar para lidar com a ansiedade e os desafios da carreira.
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Dec 28, 2024 • 1h 58min

#391 Marcelo Avelar

Meu convidado vem de uma família humilde. Ele vendeu geladinhos, trabalhou revirando grãos de café, vendeu cerveja no carnaval, foi office boy e palhaço em um circo improvisado. Seu pai era árbitro de futebol de salão, e ele cresceu imerso nesse ambiente esportivo. A vivência em diversas modalidades esportivas durante a infância também o ajudou a desenvolver um repertório de habilidades físicas que o beneficiaram em sua carreira esportiva e ele encontrou no futebol um caminho para a prosperidade. Jogando como volante, foi selecionado para compor o elenco do Guarani de Campinas. Embora sua técnica não fosse refinada, sua dedicação e entrega em campo eram exemplares. Algum tempo depois, ele se despediu do clube e rumou para São Paulo, onde vestiu a camisa da Portuguesa e, na sequência, foi emprestado para um time da segunda divisão na Holanda. A adaptação ao frio e à cultura foi um desafio, e após dezoito meses, ele retornou ao Brasil. Mais tarde, foi emprestado para um time costa riquenho e mudou-se para Boston, onde ficou por seis meses antes de voltar definitivamente ao Brasil. Sem contrato, em 2008, ele passou a correr na avenida próxima à sua casa, para manter o condicionamento físico. Pouco depois, surgiu uma oportunidade: na academia de ginástica que frequentava, ele foi convidado para substituir um professor de spinning ausente. A aula foi um sucesso, e ele rapidamente assumiu o posto de instrutor auxiliar de spinning. Foi nesse ambiente que conheceu Márcia, uma corredora que o incentivou a acompanhá-la nos treinos e, ao conhecer sua história, propôs financiar seus estudos em Educação Física em troca de sua companhia nos treinos – uma oferta que mudou o rumo de sua vida. Márcia o convidou para participar de sua primeira corrida de rua, e, para sua surpresa, ele conquistou o 10º lugar. Curioso e comprometido, ele começou a aplicar os conhecimentos da faculdade em seus próprios treinos. Logo, passou a figurar no pódio em competições, e essa transformação fez com que ele abraçasse a corrida como sua verdadeira profissão. Esse sucesso o inspirou a criar um grupo de corrida de rua, onde oferecia aos corredores o suporte e a orientação que ele próprio gostaria de ter recebido no início de sua trajetória. Ele não apenas se destacou como corredor de elite – acumulando vitórias na Meia Maratona Internacional de Porto Alegre e na Meia Maratona Internacional de João Pessoa, Vice-campeão na Meia Maratona de Washington e na ultramaratona Bertioga-Maresias – mas também se consolidou como um treinador de excelência. Com profundo conhecimento em performance esportiva, ele guia atletas amadores a atingirem seus melhores resultados, transmitindo disciplina e paixão por meio de sua abordagem motivacional. Conosco aqui, tenho a honra de receber o educador físico, pós-graduado em Fisiologia e Biomecânica, treinador, corredor versátil, fundador da CZN Assessoria Esportiva, tri-campeão da Meia Maratona da Disney, o conquistense que não sabe o que significa desistir, Marcelo Batista Avelar. Inspire-se! Powered by ASICS SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.
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Dec 26, 2024 • 1h 24min

#390 Tamara Klink e Marina Helena Klink

Elas nasceram em São Paulo, em uma casa onde o horizonte era muito mais do que uma linha distante. Cresceram rodeadas por histórias e vivências que pareciam tiradas de livros de aventura, mas eram reais — escritas a cada expedição, a cada viagem, a cada travessia. Inspiradas pelos pais, ambas foram moldadas por um olhar curioso e inquieto sobre o mundo, um olhar que as levou a caminhos tão diversos quanto complementares. A mais velha enxergou nos diários de bordo e nas linhas do horizonte um convite para seguir seu próprio curso. Apaixonada pela escrita e pelo mar, atravessou fronteiras com a mesma naturalidade com que anotava suas impressões de viagem. Formou-se arquiteta entre São Paulo e Nantes, na França, onde se especializou em arquitetura naval. Mas o destino a chamou para longe das pranchetas e a levou a transformar pequenos barcos em grandes capítulos da sua vida. Da Noruega a Paraty, da Bretanha à Baía de Disko, com liberdade e coragem desbravou milhas e milhas náuticas, protagonizando jornadas solitárias e, ao mesmo tempo, universais. Já a mais nova encontrou seu território nas maratonas. A primeira corrida foi um refúgio durante os dias da pandemia, uma maneira de manter a mente e o corpo em movimento. Autodidata, abraçou a fisiologia como um desafio pessoal até decidir que era hora de contar com a orientação de um treinador. O resultado veio rapidamente: em 2023, ela estreou na maratona de Porto Alegre e, poucos meses depois, cruzou a linha de chegada em Amsterdã, cravando excelentes 3h03m. Para ela, a corrida é um espelho de sua personalidade — uma jornada de autoconhecimento, resiliência e superação. Mas o horizonte dessas duas irmãs não se limita a mares e maratonas. A mais velha é, além de velejadora, escritora, fotógrafa e palestrante, compartilhando suas histórias e reflexões sobre a vida e a natureza humana. A mais nova, formada em Administração de Empresas pela FGV, deu uma guinada no roteiro: trocou o mercado financeiro pelo sonho de ser médica e hoje cursa a faculdade de Medicina no Albert Einstein, sem deixar de lado sua paixão pela fotografia, pela corrida e pela escrita. Duas irmãs, dois caminhos singulares e uma herança comum de coragem, inquietude e poesia. Juntas, hoje aqui no Endörfina, a primeira e única Tamara Wolff Bandeira Klink e a futura doutora Marina Helena Bandeira Klink. Inspire-se! Um oferecimento de @BOVEN_ENERGIA. Quando a paixão pelo esporte encontra a energia transformadora, nascem histórias inspiradoras e uma nova etapa do seu negócio está para começar! Sabia que no Mercado Livre de Energia, você está livre das Bandeiras Tarifárias e pode economizar até 40% na conta de energia? É uma alternativa inteligente para empresas que procuram eficiência energética, economia e compromisso com a sustentabilidade, contribuindo com a redução de emissões de carbono em nosso planeta. Com a Boven, você migra com segurança e tranquilidade, aproveitando todas as vantagens desse modelo. Descubra quanto o seu negócio pode economizar com o gerenciamento da Boven. De energia, a Boven entende! boven.com.br SIGA e COMPARTILHE o Endörfina através do seu app preferido de podcasts. Contribua também com este projeto através do Apoia.se.

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