Deu Tilt

UOL
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Oct 7, 2025 • 38min

A outra regulação das big techs: Cade com poder para vigiar impacto sobre rivais

No novo episódio, Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, trata dos planos do governo Lula de transformar o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) no vigia das grandes empresas de tecnologia, uma espécie de "xerife das big tech". Para explicar as adaptações, o programa recebeu Victor Oliveira Fernandes, conselheiro do Cade. Segundo ele, as leis tradicionais de defesa da concorrência não dão conta da velocidade dos mercados digitais, onde empresas crescem rápido, formam oligopólios e concentram poder. Para enfrentar o problema, o governo Lula enviou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei 4675/25, que define critérios para monitorar grupos tecnológicos bilionários, como Alphabet (Google), Meta e Microsoft. Um desses quesitos para ser enquadrado na nova regra é o efeito de rede: plataformas com muitos usuários atraem ainda mais gente, fazendo com que qualquer nova função tenha alta adesão e impacte serviços concorrentes imediatamente. Hoje, o Cade só age após suspeitas de abuso, em processos que podem levar anos, mas o PL quer inverter a lógica e obrigar as empresas a terem seus produtos e serviços avaliados antes de serem lançados. Em entrevista ao Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Victor Oliveira Fernandes, conselheiro do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), contou que o projeto de lei do governo Lula (PL 4675/25) que transforma o Cade no 'xerife das big tech' não copia legislações estrangeiras, como dizem os críticos: prevê que o Cade negocie com cada grupo econômico obrigações adequadas para cada um.
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Sep 30, 2025 • 43min

China x futilidade; Nova lei: idade na internet; Morte do Windows 10; o chat secreto Spotify

A China decidiu enquadrar o Rednote, rede social apelidada de “Instagram chinês”. O motivo? O excesso de memes feitos por IA, fofocas de celebridades e o famoso brain rot, ou seja, aquele tipo de conteúdo considerado fútil que, segundo as autoridades, “apodrece o cérebro”. O curioso é que a bronca não foi direcionada somente para a plataforma, mas também para os executivos responsáveis por ela, que serão alvo de sanções. A mensagem é clara: em vez de empurrar bobagens, as redes devem priorizar conteúdos educativos, informacionais e que promovam o bem-estar do usuário e da sociedade. Não se trata exatamente de censura, já que ninguém está proibindo a circulação de memes, mas sim de uma tentativa de enquadrar a atuação das big techs dentro do que é considerado socialmente saudável pelo governo chinês. Enquanto isso, no Ocidente, as plataformas seguem surfando na lógica de prender atenção a qualquer custo, mesmo que seja com dancinhas, fofocas ou vídeos cada vez mais curtos. O debate vai além da China. No Brasil e nos EUA, também já vimos governos pressionando empresas. Ao serem colocadas contra a parede, as plataformas costumam alegar que tudo gira em torno das decisões e preferências dos usuários, mas a questão é: até onde vai a liberdade de escolha de quem está nas redes se a circulação de conteúdos fica totalmente a cargo dos algoritmos?
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Sep 23, 2025 • 50min

Google no Modo AI; A web em declínio; Epidemia de links falsos; Reunião de voz do WhatsApp

O Google já percebeu que os hábitos de busca mudaram com a chegada dos chatbots, e a resposta foi lançar o Modo IA. Diferente do IA Overview, ele funciona como uma conversa direta: o usuário pergunta, a ferramenta busca em toda a web e entrega um resumo pronto. A promessa é encurtar o caminho da pesquisa, mas isso muda tudo. Antes os links levavam o usuário até o produtor de conteúdo, agora, a informação é mastigada pelo próprio Google, sem que o clique aconteça. Dados oficiais falam em tráfego “estável”, mas sem indicar para onde ele vai. A impressão é que parte desse acesso migra dos sites para dentro da IA. Na prática, o Google se exime de responsabilidade com quem produz conteúdo, ao criar uma plataforma que suga material de terceiros sem remunerá-los. A conta sobra para os editores, que precisam inventar formas de driblar a queda no tráfego e continuar atraindo público. Para o consultor e colunista de tecnologia Guilherme Ravache, essa discussão envolve também direitos autorais. Afinal, o conteúdo de terceiros não é usado apenas no treinamento, mas também na própria inferência da IA, quando gera respostas rápidas sem qualquer pagamento ao autor. Isso muito mais no Deu Tilt, com os apresentadores Helton Simões Gomes e Diogo Cortiz.
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Sep 17, 2025 • 54min

Embaixador Eugênio Garcia: as jogadas do Brasil no ‘tabuleiro de War da tecnologia’

A tecnologia passou a ser tratada como tema político e de segurança nacional. Nesse contexto, a governança da inteligência artificial desponta como um dos assuntos mais controversos da atualidade. No Brasil, a discussão aparece no Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), enquanto no cenário internacional o quadro é bem mais fragmentado: cada país adota sua própria abordagem e, na prática, não existe um modelo global de governança de IA. Para o embaixador Eugênio Garcia, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia, Inovação e Propriedade Intelectual (DCT) do Ministério das Relações Exteriores, a ONU continua sendo o fórum mais legítimo para conduzir esse debate, por garantir representatividade e espaço de negociação O Brasil, por sua vez, tem defendido posições que vão na contramão do atual enfraquecimento do multilateralismo, sustentando que a IA deve ser usada para reduzir desigualdades, respeitar direitos humanos e combater vieses algorítmicos. Nesse sentido, a experiência brasileira serve de referência. O trabalho do Comitê Gestor da Internet (CGI) e a criação do Marco Civil da Internet são exemplos de governança multissetorial que podem inspirar a construção de um debate global sobre inteligência artificial.
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Sep 9, 2025 • 50min

‘Pai do Pix’, Carlos Brandt explica origem, os fãs e inimigos da tecnologia mais amada do Brasil

O Pix, o ecossistema de pagamentos 100% brasileiro teve sua primeira semente plantada em 2002, quando o Banco Central criou o sistema de liquidação em tempo real. A partir dali, a equipe do banco começou a fazer um grande esforço para entender quais eram as necessidades da população no dia a dia quando o tema eram transações financeiras. Entre os gargalos encontrados estavam o alto custo das transações, a demanda por inclusão financeira e a crescente digitalização do setor bancário. O economista e então funcionário de carreira do BC, Carlos Eduardo Brandt, também conhecido como o “Pai do Pix”, conta que foi preciso pensar em cada possibilidade de uso para criar soluções técnicas além de engajar governo, bancos e todo o ecossistema financeiro para que a ideia saísse do papel. Tudo desenvolvido internamente pela equipe de tecnologia do Banco Central. O resultado foi surpreendente, mas não por acaso. O objetivo do Pix sempre foi contribuir para a inclusão bancária, a digitalização da economia e a redução de custos. A velocidade da adoção só reforçou o acerto: o Pix virou motivo de orgulho por ser 100% brasileiro e ter se tornado referência mundial. Até as famosas chaves Pix foram pensadas para cobrir todas as situações: CPF, celular, e-mail e até a chave aleatória, para quem não quer compartilhar nenhum dado pessoal. E o futuro já está no horizonte, com o Pix parcelado e ideias de integração com sistemas de crédito, além da internacionalização.
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Sep 2, 2025 • 54min

Christian Dunker: tudo que você queria saber sobre IA e humanos, mas temia perguntar ao ChatGPT

Christian Dunker, psicanalista e professor da USP, explora a crescente solidão na era digital, diferenciando-a da saudável solitude. Ele discute como o uso intenso de smartphones e redes sociais pode intensificar o isolamento, mesmo em um mundo hiperconectado. Dunker aborda a "economia da inveja" e como a tecnologia transforma relações em commodities. Finalmente, reflete sobre a influência da inteligência artificial na saúde mental e a urgência da conexão humana autêntica diante de desafios contemporâneos.
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Aug 26, 2025 • 53min

Por que o Pix é amado no Brasil, irritou Trump e inspira o mundo? Sebastian Fantini, do Ebanx, conta

O Pix é sucesso de público (levou mais de 70 milhões de brasileiros a terem conta em banco) e de crítica (é o meio de pagamento mais amado do Brasil) e, por isso mesmo, já cultiva inimigos. O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, abriu investigação de práticas comerciais do país supostamente injustas contra empresas norte-americanas e inclui o Pix na mira. Em conversa com Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes, no Deu Tilt, o podcast do UOL para os humanos por trás das máquinas, Sebástian Fantini, diretor de produto do Ebanx, conta o que faz do Pix uma tecnologia tão única em todo o mundo. A empresa brasileira intermedeia os pagamentos de companhias estrangeiras, muitas delas americanas, que atuam no Brasil. E contar com Pix entre as opções de pagamento faz com que elas vendam mais por aqui.
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Aug 21, 2025 • 2min

Novo podcast “O Professor e os Meninos: uma História de Abusos” | Teaser

Novo podcast original UOL Prime reconstrói, em quatro episódios, o caso do ex-professor Carlos Veiga Filho, que deu aulas em um colégio de elite em São Paulo e é acusado de abusar de seus alunos. Protagonista de um dos maiores escândalos sexuais recentes do país, Carlos Veiga foi condenado a 40 anos de prisão em fevereiro deste ano. A série é apresentada pelas jornalistas Cris Fibe, colunista do UOL e autora do livro "João de Deus: o abuso da fé", Paula Sacchetta, documentarista, diretora e roteirista, e Camila Brandalise, do núcleo de reportagens especiais do UOL, especializada na cobertura de assédio sexual e violência de gênero. Estreia dia 25 de agosto em todas as plataformas do UOL.
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Aug 19, 2025 • 54min

Affonso Nina: Brasil não pode perder o trem-bala do desenvolvimento tecnológico

Para Affonso Nina, presidente-executivo da Brasscom, data centers são peças centrais no desenvolvimento econômico e social do Brasil. No mundo conectado, eles armazenam, processam e distribuem dados para empresas, governos e serviços de todos os portes. Hoje, porém, 60% do processamento em nuvem usado no país é feito no exterior, o que gera dependência e um déficit de cerca de US$ 7 bilhões na balança de tecnologia. O Brasil, diz ele, tem condições de virar esse jogo: matriz elétrica 87% renovável, sistema de energia interligado e posição geográfica estratégica.
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Aug 12, 2025 • 55min

Terras raras do Brasil; App ranqueia homens; ‘Novo RG’ explicado; Morango do amor vence o algoritmo

O tema das terras raras voltou ao centro das discussões depois do tarifaço imposto por Donald Trump e do interesse da Casa Branca nesse recurso estratégico. O Brasil, vale lembrar, é dono da segunda maior reserva mundial desses minerais que são cruciais para três áreas que moldam o futuro imediato do planeta: chips de celulares, infraestrutura de data centers e transição energética. Segundo André Nunis, pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), terras raras são 17 elementos usados em óptica e eletrônica, mas sobretudo na fabricação de superímãs fundamentais para produzir motores de carros elétricos, aviões, mísseis e turbinas eólicas. Hoje, a China concentra cerca de 90% do processamento global. Apesar da grande reserva, o Brasil ainda não domina as tecnologias necessárias para explorar e processar terras raras em escala comercial. Por enquanto, parte do que é extraído no país acaba exportada para a própria China, onde passa por todo o refinamento. Em paralelo, o Ministério de Minas e Energia promete apresentar políticas para garantir que essas riquezas sejam exploradas de forma sustentável e, sobretudo, que os ganhos fiquem no Brasil. Resta saber se o país conseguirá passar de fornecedor a protagonista nessa disputa.

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