Ilustríssima Conversa

Folha de S.Paulo
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Nov 20, 2021 • 25min

[Conteúdo patrocinado] Escritor Ronaldo Correia de Brito fala sobre café, memória e o respeito ao tempo

Autor de “A Arte de Torrar Café – Narrativas Além da Ficção”, escritor fala sobre sua paixão pelo processo de produção da bebida e a importância de aprender a observarSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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Nov 13, 2021 • 44min

Eliane Brum: Maioria se comporta como negacionistas do aquecimento global

Em 2017, Eliane Brum decidiu se mudar para Altamira, cidade do Pará virada pelo avesso pela construção da usina de Belo Monte. Na conversa com Eduardo Sombini, a jornalista e escritora explica por que considera que o Médio Xingu viveu um fim de mundo com a instalação da hidrelétrica —e por que o que aconteceu na região nos últimos anos é um prenúncio do que o Brasil e o mundo vão enfrentar com a intensificação da crise climática. Brum acaba de lançar “Banzeiro Òkòtó: uma Viagem à Amazônia Centro do Mundo”. No livro, ela combina apuração jornalística e relato em primeira pessoa do seu percurso e tece uma trama que escancara as forças de destruição da Amazônia e aponta as possibilidades de resistência dos povos da floresta.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Oct 30, 2021 • 36min

Lucas Ferraz: Tabu sobre justiçamentos na esquerda mostra que ainda é difícil lidar com ditadura

O entrevistado desta edição do Ilustríssima Conversa é o jornalista Lucas Ferraz, que lança o livro "Injustiçados" (Companhia das Letras). A obra aborda um tema ainda tabu e relegado a um limbo histórico em pesquisas sobre a ditadura militar no Brasil: os justiçamentos que ocorreram dentro dos grupos de luta armada durante a ditadura, ou seja, a execução sumária de guerrilheiros considerados traidores. O foco do livros são as histórias de quatro militantes de esquerda executados por seus colegas de luta armada: Márcio Leite de Toledo, Carlos Alberto Maciel Cardoso, Francisco Jacques de Alvarenga (os três ligados à ALN, Ação Libertadora Nacional) ​e Salatiel Teixeira Rolim (do PCBR, Partido Comunista Brasileiro Revolucionário).See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Oct 16, 2021 • 22min

Rebeliões de escravos moldaram cultura da Bahia, diz jornalista

O entrevistado do Ilustríssima Conversa desta semana é o jornalista Fernando Granato, que lança o livro "Bahia de Todos os Negros - As Rebeliões Escravas do Século XIX", pela editora Intrínseca. Depois de publicar, no começo dos anos 2000,  "O Negro na Chibata", em que abordava a  Revolta da Chibata (1910), na qual marinheiros negros foram agredidos fisicamente, Granato passou a pesquisar os fatores que fizeram de Salvador a cidade com maior presença da herança da cultura africana. A resposta, a seu ver, está na resistência à escravidão que levou a inúmeras revoltas em Salvador no século 19, quase todas lideradas por africanos muçulmanos vindos da região da Costa da Mina, que corresponde aproximadamente à faixa litorânea dos atuais estados de Gana, Togo, Benin e Nigéria. Nesse percurso de rebeliões, o livro resgata momentos históricos importantes, como a Revolta dos Malês, maior levante de escravos já ocorrido no Brasil, e personagens excepcionais, como Maria Felipa de Oliveira, Luísa Mahin  e, sobretudo, o abolicionista  Luís Gama, ex-escravo que  conquistou judicialmente a própria liberdade e passou a atuar na advocacia em prol dos cativos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Oct 2, 2021 • 34min

Augusto de Arruda Botelho: Espetáculo e partidarização prejudicam Justiça

A transmissão de julgamentos pela TV Justiça é um erro e contribui para a espetacularização da Justiça, diz o advogado criminalista Augusto de Arruda Botelho, que está lançando “Iguais Perante a Lei”. O livro é um guia prático com o objetivo de ajudar o cidadão a defender seus direitos. Arruda Botelho apresenta de maneira simples e didática uma série de informações e conceitos sobre o funcionamento da Justiça no Brasil. Mas o livro também trata, em sua introdução, de questões mais amplas sobre o Judiciário —e de maneira bastante crítica. Como as transmissões da TV Justiça que, afirma ele, criaram uma relação midiática entre magistrados e sociedade. Convidado desta semana, Arruda Botelho também sustenta a ideia de que a politização excessiva do Judiciário chegou às raias da partidarização, como se observou nos processos do Mensalão e da Operação Lava Jato, na qual ele atuou na defesa de acusados.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Sep 18, 2021 • 50min

Renan Quinalha: LGBTfobia de Bolsonaro atualiza moralismo da ditadura 'hétero-militar'

No livro "Contra a Moral e os Bons Costumes", Renan Quinalha se contrapõe à ideia de que a ditadura militar, marcada pela repressão política brutal, foi mais branda em relação a temas comportamentais. Convidado desta semana, o professor de direito da Unifesp diz que a retórica moralista e a defesa da família tradicional foram fundamentais para dar sustentação ideológica ao regime, que se empenhou em combater práticas consideradas desviantes, como a homossexualidade. Na conversa com Eduardo Sombini, Quinalha falou sobre as políticas sexuais da ditadura —como a perseguição policial a gays, lésbicas, travestis e prostitutas nas ruas das cidades brasileiras e a censura a obras artísticas com representações da diversidade sexual— e discutiu por que o Brasil de Jair Bolsonaro lembra tanto o regime militar no que diz respeito aos discursos sobre gênero e sexualidade.  See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Sep 4, 2021 • 47min

Simone Duarte: Por que o 11 de Setembro nunca terminou no Afeganistão

Na manhã de 11 de setembro de 2001, Simone Duarte, então chefe do escritório da Globo em Nova York, entrou ao vivo no plantão da emissora para narrar o atentado terrorista ao World Trade Center. Vinte anos depois, a jornalista lança “O Vento Mudou de Direção”, livro em que se volta para as consequências desse dia trágico na vida de sete pessoas de outros pedaços do mundo, onde o 11 de Setembro nunca terminou. Ahmer, menino-bomba treinado pelo Talibã paquistanês, Gawhar, médica afegã que se arrepende de ter fugido do país, e Baker Atyani, jornalista para quem Osama bin Laden anunciou que estava planejando um ataque, são alguns dos personagens da obra. Na conversa com Eduardo Sombini, a autora fala sobre a necessidade de humanizar os outros da história do 11 de Setembro, menos conhecidos no Ocidente, e discute a ocupação americana no Afeganistão e o que pode acontecer no país com a volta do Talibã ao poder.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Aug 21, 2021 • 51min

Natalia Viana: Ameaças mostram falta de autocrítica das Forças Armadas

Em “Dano Colateral”, Natalia Viana conta a história dos civis mortos pelas Forças Armadas na última década em GLOs (operações de garantia da lei e da ordem). O caso com maior repercussão foi o assassinato do músico Evaldo dos Santos e do catador Luciano Macedo em 2019, pouco depois do fim da intervenção federal no Rio de Janeiro. Evaldo ia com a família para um chá de bebê e seu carro foi alvejado por mais de 60 tiros de fuzil. A jornalista mostra que esse não foi um evento isolado: pelo menos 35 pessoas foram mortas em situações semelhantes. De acordo com ela, há um padrão de não investigar e não punir os militares envolvidos nessas ações. Na conversa com Eduardo Sombini, a autora abordou as consequências do emprego das Forças Armadas na segurança pública e discutiu as origens da intensa participação dos militares na política brasileira nos últimos anos.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Aug 7, 2021 • 48min

Camila Rocha: Nova direita vai continuar apesar de Bolsonaro

Em "Menos Marx, mais Mises", Camila Rocha, doutora em ciência política pela USP, narra como a direita envergonhada, que se dizia de centro depois da redemocratização para tentar se desvincular da imagem da ditadura, ficou para trás nos anos 2000. Nessa época, uma rede descentralizada de organizações e militantes tomou forma no Brasil: a nova direita, que não tem nenhuma vergonha de levantar suas bandeiras. A pesquisadora discutiu com Eduardo Sombini a evolução desse campo que, em sua avaliação, mescla radicalismo na defesa do livre mercado e conservadorismo moral, e falou sobre os vínculos entre a nova direita e o bolsonarismo.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 24, 2021 • 48min

Antonio S. Guimarães: Democracia racial também foi bandeira de luta de negros

De que forma pessoas com ascendência africana passaram a se identificar como negras no Brasil depois da abolição e, com o passar das décadas, como negras com origem na diáspora forçada pela escravidão? Esse é o fio condutor dos ensaios reunidos no livro “Modernidades Negras”, do professor da USP Antonio Sérgio Guimarães, convidado desta semana. Na conversa com o repórter Eduardo Sombini, o sociólogo discutiu as origens da noção de democracia racial, objeto de críticas do movimento negro desde a ditadura. Para Guimarães, o termo surgiu como uma utopia antirracista nas primeiras décadas do século 20, moldada em uma colaboração tensa entre negros, que buscavam se livrar dos estigmas da escravidão, e intelectuais brancos, que imaginavam um país com harmonia racial e um povo miscigenado.See omnystudio.com/listener for privacy information.

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