

Bom dia, Obvious
Marcela Ceribelli
Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa da Obvious, recebe convidadas para conversas abertas sobre assuntos atuais do universo feminino: saúde mental, autocuidado, carreira, autoestima, relacionamentos e outros. Bom Dia, Obvious, o que você vai fazer pela sua felicidade hoje?
Episodes
Mentioned books

Apr 26, 2021 • 38min
#90 / mulheres difíceis, com Lela Brandão
O que diferencia a mulher que recebe o comentário "Ela é tão boazinha" daquela que ouve diretamente ou pelas costas "Nossa, ela é super difícil"? Ser uma pessoa boa envolve generosidade, educação, compaixão. Mas ser uma mulher boazinha parece que entra em um outro território: altruísmo quase compulsivo, o desejo constante de agradar e trazer conforto pro outro - mesmo que isso signifique ignorar o seu. Em Mulheres que Correm com os Lobos, Clarissa Pinkola Estés diz que a mulher selvagem ensina às mulheres quando não se deve ser "boazinha", no que diz respeito à proteção da expressão da nossa alma. A natureza selvagem sabe que a "doçura" nessas ocasiões só faz com que o predador sorria. Na contramão disso, temos aquelas que ousam desobedecer, expressar e até exigir suas necessidades, mas que facilmente são descredibilizadas pela categoria "personalidade forte demais". Afinal, as grandes vitoriosas acabam sendo aquelas que são melhores no ato de passar despercebidas? A melhor forma de controlar as mulheres seria convencê-las a se controlarem? Se ser difícil é conseguir estabelecer limites e entender quando estou passando por cima do que eu acredito para agradar o outro, muito prazer, está aqui uma mulher difícil. Bom Dia, Obvious, eu sou Marcela Ceribelli e hoje vamos explorar a cilada da mulher boazinha com a criadora de conteúdo, arte e roupas confortáveis, Lela Brandão.

Apr 19, 2021 • 46min
#89 / libido: onde vive, do que se alimenta? com Marcela McGowan
Na tentativa de investigar a libido, a terapeuta sexual Dra. Rosemary Basson, publicou um diagrama circular sobre "desejo responsivo". Muito diferente do súbito e até incontrolável desejo que os filmes de casais apaixonados nos mostraram toda a vida, o estudo trazia uma versão mais lenta, que enfatizava os muitos fatores que nos ajudam a entrar no clima. A pesquisadora notou ao longo de décadas que seus pacientes, especialmente mulheres em relacionamentos de longo prazo, muitas vezes demoram um pouco para se aquecer. Já um outro estudo de 2007, realizado por Cindy Meston, encontrou 237 razões pelas quais as pessoas fazem sexo: desde vínculo emocional, desejo de nos sentirmos atraentes, porque foi bom da última vez, aliviar o tédio e até querer se aquecer porque sente frio. Ela diz inclusive que o desejo pode aparecer no meio do ato: menos desejo de começar e mais desejo de continuar. Mas pera, isso aqui é um podcast ou um compilado de pesquisas? Calma, ouvinte.. Não é à toa que eu abri esse episódio com pesquisadoras mulheres sobre a pauta libido: por mais que exista uma nova crença de que todas nos tornamos muito safadas, sempre com muito tesão e prontas, em papos íntimos parece que a libido anda bem em baixa por aí…. Os motivos são muitos mas fato é que na nossa sociedade, não temos um banco de imagens saudáveis e naturais do que o sexo é. Temos as marcas da pornografia e da cultura, que são distorcidas e voltadas para a performance e o resultado disso é uma falta de conexão com nosso corpo, nosso prazer e nosso parceiro ou parceira. Afinal, estamos transando ou performando? Estamos sentindo todos os prazeres ou correndo pelo pódio do Orgasmo? Dá pra ter libido em meio a tudo isso? Acho que temos uma investigação boa vindo por aí. Bom Dia, Obvious. Hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretoria criativa da Obvious, conversa com a médica, apresentadora e podcaster, Marcela McGowan.

Apr 12, 2021 • 42min
#88 / sai de mim, ciúmes, com Thais Cézare
Sejam bem-vindas ao grande museu de sentimentos não nobres: logo ali, à esquerda, vocês encontram rancor e inveja, à direita, encontramos o nosso caso de estudo de hoje: o ciúmes. Aviso desde já que revisitar situações em que ele nos invadiu pode ser constrangedor. Temos quase ou nada de controle sobre ele, mas esse monstrinho chega como um incômodo físico, uma sensação de menos valia, um mix de raiva com meu deus eu não queria estar sentindo isso. Cada pessoa sabe onde o ciúmes bate: às vezes é sobre posse, outras tantas sobre inseguranças pessoais. Ciúmes da amiga, do namorado, ciúmes do brinquedo que é meu e de mais ninguém. Sim, a criança interior pode chegar dando estrelinhas e nos derrubar com força em situações em que dá vontade de gritar "a brincadeira é minha e eu que mando". Mas botando essa criança pra dormir e lembrando que o controle é na maior parte das vezes uma sensação falsa, entendemos que a posse é um telhado de vidro que pode ser destruído com a lembrança de que não importa quanto ciúmes você sente, o outro tem total domínio sobre as próprias ações. Bom Dia, Obvious. Hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa na Obvious conversa com a redatora da Obvious e estudante de psicanálise, Thais Cézare.

Apr 4, 2021 • 32min
#87 / desculpa pedir tantas desculpas, com Louise Madeira
Desculpa, posso dar minha opinião? Desculpa estar com essa cara. Desculpa, posso só terminar de falar? Desculpa, não sei se estátão bom. Desculpa, não sei se é besteira o que eu vou falar. Desculpa, não deu tempo de me arrumar. Desculpa. Desculpa. Desculpa. É fato: as mulheres, de uma forma geral, pedem muito mais desculpas que os homens. E não porque erramos mais, longe disso. O motivo talvez seja porque não sentimos que merecemos ocupar certos locais. Ou talvez porque fomos treinadas que jamais poderíamos desagradar. Mas qual a necessidade de culpa em atos que passam longe de serem deslizes? A sociedade está preparada para ter mulheres que são firmes em suas decisões e traduzem essa segurança em suas falas? Passou da hora de tirarmos a culpa da cabeça e as desculpas das nossas falas. Bom Dia, Obvious. Hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa da Obvious, conversa com a psicóloga Louise Madeira. Esse episódio é patrocinado pela Eqlibri que trouxe para gente essa grande reflexão na sua campanha #MeGostoSemDesculpa

Mar 29, 2021 • 37min
#86 / descomprimir para seguir, com Tia Má
Des-com-pri-mir. Por definição, o ato de diminuir a pressão de algo. Na pauta de hoje, esse algo talvez seja nós mesmas. A forma como entendíamos a vida entrou em suspensão e o que era descanso básico, se tornou um bote salva-vidas em meio a tudo em que estamos vivendo. Se um dia falamos sobre a glamourização do ocupado, estamos agora implorando pelo extremo oposto: os pequenos momentos de alegria, prazeres individuais, que nos lembram que se formos esperar pelo extraordinário, a felicidade vai ficar cada vez mais distante. Bom Dia, Obvious. Hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa na Obvious e conversa ao vivo com a jornalista, stand up e palestrante, Maíra Azevedo, também, conhecida por Tia Má. Nosso papo tem apoio de C&A Mindset que também acredita na valorização das pequenas alegrias do dia-a-dia.

Mar 15, 2021 • 50min
#85 / exausta de estar exausta, com Daniela Arrais
Completamos um ano de pandemia no Brasil e nesse marco em que não há nada a se comemorar, parece que apenas uma frase é capaz de unir todas as mulheres: "eu odeio o presidente" cof, digo, "eu estou exausta". Se antes as telas faziam parte da nossa vida, hoje elas são onde a nossa vida acontece: trabalho, vida social, educação, meditação, atividade física… a lista é imensa. Se fomos feitos pra passar mais de 12h olhando para um dispositivo digital? Dificilmente. A fadiga do zoom já bateu com força: quem ainda aguenta olhar pra própria cara por tanto tempo? E falando em tempo, até quando vão nos avisar que temos a mesma quantidade de horas no dia que a Beyonce? Parabéns a rainha mas nós estamos exaustas. E chegou a hora sim de valorizar e quem sabe glamourizar o descanso. Talvez também tenha chegado o momento de entender os absurdos que foram normalizados pela urgência constante das comunicações online: ninguém ligaria para o telefone fixo das 23h de uma segunda pra falar de algo banal sobre trabalho, então por que estamos mandando whatsapp? Bom dia, Obvious. Hoje, Marcela Ceribelli, ceo e diretora criativa da obvious, conversa com a jornalista e sócia da contente, Daniela Arrais sobre exaustão feminina em meio a telas, lives, instagram, clubhouse, twitter, zoom, ai… cansei.

Mar 8, 2021 • 53min
#84 / primeiro eu tive que renascer, com Lorena Portela
Quantas vezes se morre ainda em vida? A pergunta que de primeira parece mórbida vai sendo digerida ao longo das páginas do livro "Primeiro eu Tive que Morrer", da Lorena Portela . Talvez a pior morte de todas seja o viver no automático, esquecer o que se leva dessa passagem e não aproveitar o melhor dela. Ou talvez esquecer de si mesma e passar a viver a narrativa do outro, escapando de que se não nos tratarmos como protagonistas, alguém nos fará de coadjuvante. De tantas vezes que esse monólogo trouxe passagens literárias, hoje ele carrega um gosto especial: o prazer de conversar com a autora dessa ficção sobre a morte que lhe dá título, mas também sobre o feminino. O fim, retratado aqui, não é o que conhecemos como definitivo, e sim, aquele que abre caminhos para os renascimentos que passamos na vida. Quantas versões de você precisaram acabar pra você ser quem você é hoje? Ou o que precisa acabar pra você sentir que está vivendo em sua maior potência? Entre grandes amores que carregam grandes decepções, trabalhos aparentemente dos sonhos que nos tiram da nossa essência ou até um grande desencontro entre a realidade e as vozes cruéis que moram dentro de muitas de nós, o romance que vamos explorar hoje é acima de tudo, uma história de amor. Bom dia, Obvious. Hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa da Obvious, conversa com a jornalista e escritora Lorena Portela.

Mar 1, 2021 • 30min
#83 / projeto saúde financeira, com Nathalia Arcuri
Coração acelerado, uma certa adrenalina e um prazer rápido mas intenso. Eu poderia estar falando de várias coisas aqui, mas nesse caso estou falando sobre as sensações físicas de comprar. Hoje já comprovado cientificamente, consumir libera os mesmos hormônios que outros prazeres da vida e existe inclusive um termo pra isso: shopping high ou, em bom português, chapadinha de comprar. Mas em um país em que até 1962 as mulheres casadas não podiam abrir conta própria no banco e precisavam de permissão dos maridos para trabalharem fora, alimentar o mito de que as mulheres são mais suscetíveis a compras por impulso, que estão dispostas a pagar mais que os homens (e aqui, alô taxa rosa!) ou que levam "menos jeito" pro assunto, é também nos afastar da nossa saúde financeira. E enquanto alimentam e normalizam o mito da mulher gastadeira, seguimos recebendo menos: o salário das mulheres corresponde a 67,92% dos homens. Se compararmos o salário com uma pizza e o salário dos homens seria equivalente a 8 fatias - uma pizza inteira - enquanto o salário das mulheres seria, aproximadamente, de cinco fatias e meia. O modo como nos relacionamos com o dinheiro é, de muitas maneiras, um sintoma de como nos relacionamos com qualquer outra coisa na vida, por isso cuidar da nossa saúde financeira faz parte do cuidado com a nossa saúde mental e do futuro que queremos pra nós mesmas. Bom Dia, Obvious. Hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa na Obvious, conversa com a jornalista, empresária, podcaster e youtuber, Nathalia Arcuri.

Feb 22, 2021 • 33min
#82 / bom dia, empresárias, com Adriana Barbosa
Quando você escuta o termo "empreendedorismo", quais imagens vem a sua cabeça? Um homem engravatado? Ou então usando camiseta e seu tênis minimalista? E quando você pensa o que é necessário pra empreender, por acaso vem fórmulas prontas de quem conseguiu fortunas em um curto espaço de tempo? Pois saiba que a cara do empreendedorismo no Brasi é outra e sobreviver tendo seu próprio negócio nesse país é sobre ser resiliente e saber se reinventar. Bom Dia, Obvious! Hoje, Marcela Ceribelli CEO e diteora criativa da Obvious conversa com Adriana Barbosa, empresária, fundadora da Feira Preta, apresentadora do podcast Superar e foi eleita pela (ONU) em 2017 como uma das 50 Afrodescentes Mais Influentes do Mundo.publi

Feb 15, 2021 • 38min
#81 / intuição, pra que te quero? com Fernanda Sigilião
Pressentimento, sexto sentido, instinto.. A intuição tem diferentes roupagens mas o sentimento, que alguns chamam de “um conhecimento profundo”, é caracterizado por compreender algo com pouca ou nenhuma explicação. Nas palavras de Gustav Jung, “explora o desconhecido e adivinha possibilidades que às vezes não são evidentes”.. É por conta dela que algumas pessoas recusam empregos aparentemente perfeitos, que não se convencem com uma pessoa que aparentemente todos amam ou porque casais se casam depois de seis meses: eles simplesmente sabem. Acredite em si mesmo. Confie nos seus instintos. Ouça a sua voz interior. Temos também um monte de maneiras de dizer a nós mesmas para sermos mais intuitivas. Mas quando chega a hora de tomar uma decisão importante, por que pode ser tão difícil confiar em nossa intuição? E se pedirmos orientação à nossa intuição e não obtivemos nada, ou pior, respostas conflitantes? É tão simples quanto olhar para dentro? Bom Dia, Obvious! hoje, Marcela Ceribelli, CEO e diretora criativa na Obvious, conversa com Fernanda Sigilião sobre o grande desafio que é entender, sentir e ter o ímpeto de confiar na intuição.