Monica Herz, professora associada do Instituto de Relações Internacionais da PUC - RJ, traz uma análise profunda sobre as crescentes tensões geopolíticas globais. Ela destaca como a corrida armamentista nuclear e movimentos políticos, como a ascensão da extrema-direita nos EUA, criam um cenário volátil. A conversa também aborda conflitos regionais, como a guerra na Ucrânia e tensões em Taiwan, e sua capacidade de desestabilizar a América Latina e o Brasil. Herz examina se há caminhos para evitar um novo conflito mundial.
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Fragmentação e corrida nuclear
A corrida armamentista nuclear está se intensificando com a fragmentação das relações internacionais.
A insegurança global aumenta com a desinstitucionalização e a priorização da soberania pela força física individual dos países.
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Instabilidade aumenta risco global
O risco de conflito global aumenta pela instabilidade e ausência de normas claras entre potências.
Normas da Guerra Fria não explicam as atuais relações entre China, EUA e Rússia.
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Escaladas escolhidas e não escolhidas
Escaladas podem ser estratégicas ou não, escolhidas ou acidentais.
Conflitos regionais podem aumentar tensões mesmo sem intenção clara dos países envolvidos.
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Com as tensões crescentes entre as grandes potências e o avanço da corrida armamentista nuclear, uma nova guerra de proporção mundial parece cada vez mais próxima. Trump, nos Estados Unidos, considerando a possibilidade de deixar a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), as tensões em Taiwan, novas investidas de Putin na guerra contra a Ucrânia e Netanyahu dobrando a aposta no Oriente Médio com o genocídio palestino, são alguns dos exemplos de que passo a passo o mundo parece caminhar em direção a a um novo conflito mundial. Em 2024, as despesas militares em todo o mundo atingiram 2,7 trilhões de dólares, o maior aumento anual desde pelo menos o fim da Guerra Fria.
Mesmo que uma nova guerra não se concretize, o fato deste cenário ser considerado já mexe muitas peças do tabuleiro geopolítico e transforma o aspecto da economia global. Para tentarmos entender o que realmente toda essa movimentação significa, o quanto estamos mais próximos deste conflito global, a entrevista do Pauta Pública da semana é com Monica Herz, professora associada do Instituto de Relações Internacionais da PUC - RJ. Ela analisa as tensões entre as grandes potências mundiais,como fica todo esse contexto de instabilidade para América Latina e para o Brasil e avalia se tem algo que possa impedir essa escalada.
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