Livros da semana: mulheres, Zé Povinho, Agustina e ficção

O livro celebra os 150 anos da criação do Zé Povinho por Rafael Bordal Pinheiro, um marco no património gráfico português. Organizado por Jorge Silva, este catálogo acompanha uma exposição nas Caldas da Rainha. A obra percorre a história do Zé Povinho, desde o século XIX até representações na ditadura e no pós-revolução de Abril. Inclui também o Zé Povinho na faiança e loiça das Caldas da Rainha. O livro está disponível no local da exposição e em lojas como a Vida Portuguesa e o Museu Bordal Pinheiro.

O livro reúne textos onde Paulo José Miranda analisa a obra de outros escritores. O autor explora aspetos da escrita de ficção que lhe interessam, revelando uma abordagem única à crítica literária. A originalidade da obra reside no facto de os escritores analisados serem fictícios, o que não prejudica o exercício de análise. Este livro oferece uma perspetiva inovadora sobre a criação literária. É concluído com mais uma reunião semanal dos mesmos participantes no podcast.

André Canhoto Costa transporta-nos para o século XVI, revelando nomes de mulheres como Joana Vaz e Luísa Cigeia, figuras centrais no debate intelectual português. Influenciadas pela Itália renascentista, foram conselheiras políticas e artistas. A obra explora a ostracização da Infanta Maria, filha de Dom Manuel I, e o impacto na linha política portuguesa. É uma história cultural e política que ilumina um período crucial da história de Portugal. A obra mergulha no reinado de Dom Manuel e Dom Sebastião, desenterrando um passado ignorado.

Mónica Baldac, filha de Agostina Bessa-Luís, traça um retrato da vida familiar da escritora através das casas que marcaram a sua vida, desde Vila Amião até Póvoa e Porto. O livro explora como os episódios familiares se refletem nos romances de Agostina. Inclui referências ao relacionamento de Agostina com Francisco Sá Carneiro, que inspirou personagens nos seus livros. A obra destaca a conexão entre a vida pessoal e a obra literária da autora. O livro é editado pela Relógio d'Água, onde está a ser publicada a obra de Agostina.