Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer

A maratona de debates está a todo vapor, com 28 confrontos previstos até ao Natal. A visita de Bin Salman à Casa Branca gera controvérsia, especialmente após o confronto sobre o assassinato de Khashoggi. A resposta de Trump a uma jornalista, onde lhe disse 'cala-te, porquinha', levanta questões sobre a liberdade de expressão. Além disso, as sondagens contraditórias sobre André Ventura e as dinâmicas políticas em jogo são alvo de intensa especulação. Também se discutem as implicações éticas da presença de Cristiano Ronaldo na diplomacia saudita.

Uma juíza deu mais vinte dias a Sócrates para arranjar advogado, enquanto o processo "Influencer" ainda enfrenta confusões judiciais. O governo anunciou gigafábricas e ambições de liderança em inteligência artificial, mas há ceticismo sobre a capacidade do país. Grupos sindicais convocaram greve geral e há debates sobre as manobras políticas de Montenegro. Reflexões sobre a independência de Angola e o legado colonial também surgem, assim como críticas à comunicação do Procurador-Geral.

Descubra o poder da imaginação em um ensaio fascinante de Francisco Louçã, que nos leva por viagens culturais. Explore o terceiro volume da obra de Vergílio Ferreira, onde sua acidez afiada nos revela o contexto histórico. Prepare-se para os contos surpreendentes de Clarice Lispector, que quebram tradições literárias. Por fim, mergulhe na reedição crítica de Alberto Pimenta, que ilumina o papel académico do poeta. Uma mistura rica de reflexões literárias aguarda!

No programa, discute-se a moda dos "debates interruptus", destacando a performance de Ventura na TV. A situação da Ministra da Saúde gera polêmica, especialmente sua responsabilidade em um caso trágico. Além disso, o julgamento de Sócrates avança devagar com a desistência de seu advogado. Nos EUA, os democratas marcam vitórias importantes, enquanto se analisa o populismo e tentativas de ilegalizar o Chega. Os anfitriões ainda recomendam leituras fascinantes de Eco e Pamuk.

Nesta semana, a conversa passa por livros fascinantes. Umberto Eco misturou filosofia e humor em seu trabalho em verso, enquanto José Pedro Castanheira revela histórias impactantes sobre a PIDE. A reedição de um clássico da antropologia portuguesa desvenda as dinâmicas de classes no Alentejo. Por fim, os cadernos ilustrados de Orhan Pamuk trazem uma mistura de arte, reflexões e memórias. Temas envolventes que prometem agradar a todos os amantes da literatura!

A discussão sobre a evocação dos 'três Salazares' por um político levanta questões sobre a liberdade de expressão e o impacto social. O uso do humor como resposta a provocações políticas é explorado. O debate sobre a lei da nacionalidade revela negociações polêmicas entre partidos. O aumento simbólico de 10 cêntimos no subsídio de refeição contrasta com problemas maiores na saúde e habitação. Além disso, é analisada a polarização política que ofusca questões essenciais e a visão cristã sobre a imigração trazida por uma encíclica.

Nesta edição, o foco é na gastronomia portuguesa com "Volúpia", destacando a íntima relação entre comida e literatura. Também há uma discussão divertida sobre a ausência de sexo nas leituras. Daniel Blaufuks apresenta uma fotografia poética da vida doméstica em "Tentativa de Esgotamento", refletindo sobre a memória. Além disso, é discutido um documento interessante do Papa Leão XIV, abordando questões de justiça social. E, claro, Woody Allen faz sua estreia literária com um romance que promete divertir e provocar reflexões sobre crises pessoais.

Foi uma semana fantasma. O parlamento legislou sobre uma questão inexistente: quantas burqas, burkas ou burcas viram, caros ouvintes, caros espectadores, na última semana? No último mês, vá? Outro exemplo fantasma: que segurança pode esperar-se de um cabo sem certificação para transporte de passageiros que estica quatro metros? Será um cabo de plasticina? E ainda: que papel fantasma terá sido o do intelectual que descobriu, ao fim de cinco anos, estar num partido dirigido por um “predador narcísico”. Já agora que tipo de predação preda um predador narcísico? Predar-se-á a si próprio? Tudo questões para as quais a inteligência artificial ainda não tem respostas. Embora o painel desta desbunda, apesar de integralmente analógico, tenha voltado a ser convidado para encerrar o Portugal Digital SummitSee omnystudio.com/listener for privacy information.

Na edição especial dedicada a Francisco Pinto Balsemão, Ricardo Araújo Pereira recorda o fundador da SIC e do Expresso como um verdadeiro democrata e defensor intransigente da liberdade. O humorista sublinha que, em cerca de duas décadas de colaboração com o grupo, nunca sentiu qualquer tipo de censura ou interferência, e elogia o facto de Balsemão proteger os criadores para que trabalhassem sem constrangimentos. Destaca ainda o seu espírito jornalístico e curiosidade intelectual, que o levaram a manter-se atento à inovação até ao fim da vida, interessando-se por temas como a inteligência artificial e os podcasts. Ricardo Araújo Pereira considera que a fundação de meios como a SIC Radical foi decisiva para o surgimento de novas gerações criativas, incluindo o Gato Fedorento. Lembra-o como um homem visionário, generoso e curioso, que acreditava na liberdade de expressão e na força da comunicação como instrumento essencial da democracia portuguesa.See omnystudio.com/listener for privacy information.

Durante a gravação deste episódio, registaram-se alguns problemas de rede que afectaram o áudio. Foi como em todas as eleições: houve vencedores vencedores, vencedores vencidos e os outros de que não reza a história. Montenegro deu mais uma vitória eleitoral ao PSD, nalguns casos com a habilidade de cooptar gente de outras proveniências: até uma antiga autarca comunista. De tal modo que os dois nomes de que se fala para a presidência da Associação Nacional de Municípios, no rescaldo das autárquicas, são os de Santana Lopes e Isaltino Morais, dois antigos barões laranja que abandonaram o partido e foram agora a votos como trunfos pródigos do PSD. Entretanto, com o lavar dos cestos a nível local, instala-se em força a vindima das presidenciais. E quando o PS se prepara para apresentar o apoio formal à candidatura de António José Seguro, o Expresso descobriu que, entre os apoiantes de Passos Coelho, Seguro é visto como o candidato ideal. Socialistas e passistas, estranho caldo. Será o empurrão que faltava ao candidato ou o beijo da mulher-aranha?See omnystudio.com/listener for privacy information.