Sinofolia. China e a nova guerra cultural

Kehinde Andrews argumenta que a China e o Brasil, entre outros países do sul global, reproduzem dinâmicas imperialistas e colonialistas em suas relações com outros países em desenvolvimento. O autor questiona a ideia de que a influência chinesa é puramente benéfica, destacando a exploração de recursos e a imposição de condições desfavoráveis. Andrews analisa como essas novas formas de imperialismo perpetuam desigualdades e afetam a soberania nacional. A obra provoca uma reflexão crítica sobre a geopolítica contemporânea e as relações de poder no sul global. A análise de Andrews desafia a narrativa dominante e convida a um exame mais profundo das implicações dessas novas formas de dominação.

Mo Yan, em "As Rãs", utiliza a alegoria das rãs para retratar as transformações sociais e políticas na China durante o período Maoísta. A narrativa acompanha a vida de vários personagens, cujas trajetórias são profundamente marcadas pela política do filho único e pelas mudanças drásticas na sociedade. O romance explora temas como a ambição, a manipulação e a perda da identidade individual em um contexto de controle estatal totalitário. A obra é uma crítica contundente ao regime e às suas consequências devastadoras para a população. Mo Yan, com sua prosa poética e visceral, apresenta uma visão complexa e multifacetada da China, revelando as cicatrizes do passado e as tensões do presente.