Neste programa, Sarah Bergenfield, psicóloga somática e especialista em autismo, compartilha sua experiência como autora e educadora. Ela discute como o autismo afeta o cérebro, corpo e mente, introduzindo seu novo livro. Sarah revela o conceito de Processamento Preditivo, abordando como isso impacta a percepção humana. A conversa destaca a importância do ambiente terapêutico e como estímulos sensoriais influenciam a regulação emocional em indivíduos autistas, além de enfatizar a credibilidade das experiências autistas e a necessidade de respeitar suas identidades.
O autismo é uma condição complexa que exige uma compreensão profunda do funcionamento cerebral autista, diferenciando-se das definições baseadas apenas em comportamentos visíveis.
A psicoeducação é crucial no processo terapêutico com clientes autistas, pois ajuda a explicar o funcionamento do corpo e do cérebro, promovendo compreensão e acolhimento.
Deep dives
Compreendendo o Autismo
O autismo é abordado como uma condição que impacta a percepção e a forma como a informação é processada pelo cérebro. Sarah Bergenfield enfatiza que, em vez de se concentrar apenas nas características visíveis, é fundamental entender como o cérebro autista funciona diferenciando-se do cérebro não autista. Ela usa o Predictive Processing Framework para explicar que o cérebro é uma máquina de aprendizado que utiliza experiências passadas para dar sentido a novas experiências, enfatizando que o cérebro autista tende a considerar as informações sensoriais atuais como mais importantes, o que causa rigidez em seus processos de pensamento. Essa forma distinta de percepção leva a um comportamento previsível e a uma necessidade de rotina, já que mudanças inesperadas podem resultar em desconforto significativo para indivíduos autistas.
Critérios de Diagnóstico do Autismo
Os critérios de diagnóstico para o autismo são vistos como consequências da condição e não como definições dela. Bergenfield argumenta que os critérios estabelecidos, que são baseados na observação de comportamentos, muitas vezes não capturam a complexidade da experiência autista. Esses critérios são agrupados em duas categorias, exigindo a presença de múltiplas características consistentes em diferentes contextos. Compreender que esses critérios são manifestações da necessidade de previsibilidade em um mundo muitas vezes caótico pode mudar a perspectiva sobre o que significa ser autista, permitindo que o foco se desloque das deficiências para as diferenças.
Reatividade Sensorial e Sistema Nervoso
A reatividade sensorial em pessoas autistas é exposta como uma resposta normal a um cérebro que prioriza informações sensoriais para formular previsões. Bergenfield destaca que essa reatividade não é uma forma de hipersensibilidade, mas sim uma ênfase na importância dos dados sensoriais percebidos no ambiente. Essa característica pode resultar em um sistema nervoso constantemente sob estresse ou desconforto, semelhante à resposta que um trauma pode provocar. Portanto, é crucial reconhecê-la ao trabalhar com indivíduos autistas, garantindo que ambientes terapêuticos sejam adaptados para amenizar a sobrecarga sensorial.
Importância da Psicoeducação
A psicoeducação é apresentada como um componente fundamental no trabalho com clientes autistas, proporcionando explicações sobre o funcionamento do corpo e do cérebro em resposta ao ambiente. Bergenfield sugere que essa abordagem ajuda a reduzir a carga emocional e oferece uma sensação de compreensão e acolhimento. Ao explicar por que comportamentos específicos ocorrem, como a necessidade de rotinas rigorosas, o terapeuta permite que as partes do cliente se sintam ouvidas e compreendidas. Essa prática pode levar à desburdenização espontânea, criando um espaço terapêutico seguro e aberto ao verdadeiro trabalho de autoconhecimento.
Our guest today is Sarah Bergenfield, a Somatic Psychologist, and a Level 3-trained and Certified IFS practitioner, specializing in autism. Sarah holds a master’s degree in embodiment studies and wrote her thesis on autism as an embodied condition that impacts the brain, body, and mind. Sarah is a student in the Applied Neuroscience program at Kings College in London and begins her Ph.D. in Psychology in September at the California Institute of Integral Studies. She is a wife, mom to three children, and dog mom to Magnus, her assistance dog. Sarah is the co-author of the book, Embodying Autism – Navigating your Autistic Brain, Body, and Mind, written with Martha Sweezey and published next year by New Harbinger. She is an international speaker and educator on the topic of understanding autism as an embodied condition. We will be speaking with Sarah about the nature of autism (Episode Part 1) and (Episode Part 2) how IFS concepts and techniques can be understood through the lens of autism, how IFS therapy can be helpful for autistic clients, and some special considerations to keep in mind when working with autistic clients with IFS. Hope you enjoy the episode and find it useful.
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