PQU Podcast

Usar ou não lítio em pacientes gestantes? A literatura sobre o assunto simplesmente não para de mudar. A janela de oportunidade para o uso desta medicação na gestação vive mudando e nós precisamos nos mantermos atualizados! Discuto neste episódio um artigo recentemente publicado no Lancet, que a meu ver deveria nos deixar mais conservadores quanto a esta prática!

A discussão aborda a polifarmacoterapia em psiquiatria, particularmente em casos difíceis e transtornos mentais complexos. Os desafios do ajuste de tratamentos e a necessidade de uma abordagem cautelosa são destacados. A complexidade no tratamento do transtorno bipolar é analisada, com ênfase na seleção adequada de medicamentos e no uso de aplicativos para controlar interações. O estudo sobre a combinação de lítio e valproato sugere efeitos anti-inflamatórios importantes, enquanto a evolução do tratamento da esquizofrenia requer reavaliação constante dos medicamentos.

Publicado no prestigioso periódico Science em 1973, On Being Sane in Insane Places, de uma maneira ou de outra transformou-se em um clássico e impulsionou, juntamente com outros estudos, necessárias mudanças no diagnóstico psiquiátrico. No episódio de hoje do PQU Podcast contei com a ajuda do Luiz Alberto para esmiuçar e discutir este controverso estudo que até os dias de hoje suscita paixões!

O TOC se caracteriza por obsessões (pensamentos, imagens e impulsos mentais recorrentes) ou compulsões (comportamentos repetitivos, rituais e contrapensamentos), frequentemente acompanhados de comportamentos de evitação. Por muito tempo, ele foi considerado pouco frequente. Sua prevalência hoje é estimada entre 1 a 3% da população, bem maior do que se pensava. Não só isso mudou. Neste episódio do PQU Podcast apresento revisão atualizada sobre diagnóstico e tratamento do TOC.

O Entrevistador Diligente é aquele com a capacidade de flexibilizar suas habilidades e utilizar de maneira individualizada o conjunto de técnicas e estratégias de entrevista que possui. É uma arte que se baseia em conhecimento, habilidades técnicas, atenção plena e perspicácia. A expressão estratégica de empatia é o tema deste, que é o primeiro episódio de uma série, em que tratarei de aspectos técnicos da entrevista médica.

O que fazer quando não se tem evidência científica? A resposta dessa pergunta não é tão difícil como pode parecer à primeira vista quando se avalia o conhecimento disponível mais detalhadamente a partir de algumas premissas e com postura clínica conservadora. Na realidade, usando sequencialmente conceitos e princípios da medicina baseada em evidências, temos mais respaldo do que pensamos para as várias condutas que empregamos

Não devemos negligenciar nem mesmo poucos minutos de uma entrevista psiquiátrica, o custo pode ser muito grande! É por este motivo que dedicamos um episódio inteiro do PQU Podcast a discutir uma fase inicial e bastante curta da entrevista, o prólogo. Espero que aproveitem!

A polifarmacoterapia, o uso simultâneo de dois ou mais medicamentos para tratar um mesmo problema, tornou-se prática usual em Medicina. Em Psiquiatria também. Neste episódio falamos dos problemas intrínsecos à polifarmacoterapia em psiquiatria, principalmente o aumento de efeitos colaterais e a diminuição da adesão, e de sua validade em alguns casos. Se é avanço ou retrocesso depende de como é ela é realizada. Se for bem planejada e realizada adequadamente, pode ser de grande utilidade em alguns casos e até mesmo fazer a diferença entre remissão parcial e completa recuperação.

Bordeline! Border o que? O Transtorno de Personalidade Borderline é um diagnóstico que desperta grande interesse de pesquisadores e é de grande utilidade para clínicos em psiquiatria, ainda assim, carece de definição conceitual sólida. No episódio de hoje do PQU Podcast faço um histórico dos significados que o termo borderline já teve na literatura psiquiátrica, e também da situação atual deste conceito já tão surrado

O Prof. Frederico Guilherme Graeff é um dos mais importantes neurocientistas nacionais. Professor Titular aposentado da Universidade de São Paulo, fez sua carreira nas áreas de farmacologia, psicofarmacologia e psicobiologia, estudando a participação dos sistemas serotonérgicos na neurobiologia dos transtornos de ansiedade e da depressão. Orientou dezenas de alunos de mestrado e doutorado, formando, sem exagero, uma geração de novos pesquisadores. Nessa entrevista fala de sua trajetória acadêmica, responde perguntas e compartilha sua impressão sobre os rumos da pesquisa científica.