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Bem-vindo ao Mamilos, um espaço pra gente conversar de peito aberto sobre tudo!
Toda terça-feira é dia de mergulhar em polêmicas com o Mamilos Debate! Juntamos especialistas e perspectivas diferentes numa mesa redonda pra discutir temas que incomodam, provocam questionamentos e reflexões.
Às quintas, vem tomar um café com a gente e conhecer pessoas incríveis em papos descontraídos. É a sua chance de passar um tempo gostoso, conhecendo melhor as pessoas que você admira e descobrindo os bastidores das suas trajetórias e visões de mundo.
Estamos há 10 anos te ajudando a entender melhor a sociedade, o mundo e você mesmo. Vem com a gente?
Contato: mamilos@mamilos.me
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Nov 19, 2019 • 1h 15min
Empreendedorismo feminino
De acordo com dados do governo federal, 3 em cada 4 lares são chefiados por uma mulher — e, dessas, 41% tem o seu próprio negócio. Estamos falando de mais quase 24 milhões de mulheres. Elas já comanda 43% de todos os negócios abertos no Brasil. Dessas 79% têm ensino superior, 68% trabalham em casa. 55% oferecem serviços, 33% estão ligadas ao comércio e apenas 12% a indústria. Esses números ganham ainda mais significados quando recordamos que apenas em 1962 as mulheres tiveram direito em ter CPF. Ou seja: há apenas 57 anos as mulheres podem registrar um negócio ou mesmo abrir uma conta em banco. Apesar dos visíveis avanços que temos em relação à conquista de espaço da mulher no ambiente empreendedor, ainda existem muitas dificuldades e desafios. A conversão de Empreendedoras (indivíduo que tem um negócios) em Dona de um Negócio (indivíduo que empregada) é 40% mas baixa entre as mulheres. A cada 10 empreendedoras somente 3,9 viram Donas de Negócios, segundo o Sebrae. E não é só isso, as mulheres raramente tem sócios, trabalham menos horas no negócio (adivinhem prq?), ganham 22% menos, tem porte menor, tomam menos empréstimo em bancos e quando o fazem pagam taxas maiores, apesar de serem menos inadimplentes. Sim, existe um longo caminho a percorrer e ele começa ao estabelecer o próprio negócio: Será que tenho algo de valor para oferecer pro mundo? Sou capaz de ter meu próprio negócio? Se sim, como vou ter dinheiro para fazer isso? Quem investiria em mim? Isso ainda passa pela relação das mulheres com o medo de falhar, com estabelecer preço, se vender, falar bem de si mesma, fazer marketing! Veja só! Fora aprender a lidar com embalagem, prazos, fluxo de caixa, contratação e demissão. E no meio disso tudo entender que sua energia é finita e será necessário priorizar e delegar: adeus controle, olá medo. É um universo muito grande e cheio de desafios onde, além de saber fazer muito bem uma coisa, você precisa dar conta de outras várias que nem passavam pela sua cabeça! Mas quando uma mulher investe em si mesma ela isso muda um pouco o mundo. É sobre as dores e delícias de ser empreendedora que vamos conversar no Mamilos de hoje, com Leda Böger, diretora do Instituto Consulado da Mulher, Márcia Monteiro, proprietária do restaurante Fio de Azeite e as participações especiais de Ana Paula Xongani e Denise Damiani! ======== FALE CONOSCO . Email: mamilos@b9.com.br . Facebook: aqui . Twitter: aqui ======== CONTRIBUA COM O MAMILOS Quem apoia o Mamilos ajuda a manter o podcast no ar e ainda recebe toda semana um apanhado das notícias mais quentes do jeito que só o Mamilos sabe fazer. É só R$9,90 por mês! Corre ler, quem assina tá recomendando pra todo mundo. https://www.catarse.me/mamilos ======== EQUIPE MAMILOS Edição – Caio Corraini com a Maremoto Produção – Beatriz Fiorotto Apoio à pauta – Jaqueline Costa e grande elenco Capa - Ana Paula Mathias Publicação – B9 Company Fotos e vídeos - Jéssica Modono com a Atrás da Moita Filmes

Nov 15, 2019 • 1h 23min
Efeito Lula
No dia 7 de abril de 2018, o ex-presidente Lula foi preso. Após muitas etapas da Operação Lava Jato, ele foi condenado em 2a instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex em Guarujá, em uma disputa legal que mobilizou o país. Na época Lula liderava as pesquisas de intenção de voto para presidência do país e a corrida o tirou da corrida presidencial. Naquela época, em discurso proferido no ABC paulista, antes de se entregar a polícia ele prometeu que sairia muito maior 580 dias se passaram. Nesse período, aconteceram as eleições presidenciais de 2018, Jair Bolsonaro se elegeu, Moro foi de juiz à Ministro da Justiça e Segurança Pública. "Lula Livre" virou o maior grito e bandeira da esquerda, a maior resistência ao atual governo. Enquanto isso, fora do Brasil, a América Latina vive uma primavera política cheia de protestos, revoltas e golpe. Tudo parece estar fervendo. E é nesse fervo que, no dia 7 de novembro de 2019, o STF decide derrubar a legitimidade da prisão em 2a instância. E Lula, no dia seguinte, saiu da cadeia. Ao sair da cadeia, o discurso para centenas de pessoas que estavam em vigília foi conciliador e otimista "Queridos companheiros e queridas companheiras, vocês não têm dimensão do significado de eu estar aqui junto de vocês. Eu, que a vida inteira, tive conversando com o povo brasileiro, não pensei que no dia de hoje eu poderia estar aqui conversando com homens e mulheres, que durante 580 dias ficaram aqui, me mandando ‘bom dia Lula’, gritaram ‘boa tarde, Lula’, gritaram ‘boa noite, Lula’. Não importa se estivesse chovendo, não importa se estivesse 40 graus, não importa se estivesse zero graus, todo santo dia vocês eram o alimento da democracia que eu precisava para resistir." No dia seguinte, no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC foi mais combativo e crítico ao governo. O ataque que se baseou nos três principais pilares que sustentam o atual Governo: o próprio Bolsonaro, a quem acusou de "governar para as milícias"; Sérgio Moro, apontado como um "canalha", e Paulo Guedes, da economia, acusado de ser um "demolidor de sonhos". A reação de Bolsonaro veio pelo Twitter: "Amantes da liberdade e do bem, somos a maioria. Não podemos cometer erros. Sem um norte e um comando, mesmo a melhor tropa, se torna num bando que atira para todos os lados, inclusive nos amigos. Não dê munição ao canalha, que momentaneamente está livre, mas carregado de culpa.". Ou seja, aplicou a famosa teoria do "não dar palco pro outro dançar". E não foi só desse lado do tabuleiro que as peças do xadrez se moveram. Nessa mesma semana, Jair anunciou sua saída do PSL. Após vários atritos com o presidente do partido, Luciano Bivar, e outros membros do grupo. E mais: comunicou a criação de uma nova legenda: a Aliança Pelo Brasil. O que a gente quer hoje é entender o que essas movimentações significam para o cenário político do país. Vamos observar a polarização se acirrar ou o jogo vai mudar? A decisão do STF é resultado das instituições funcionando, ou é mais uma movimentação política irresponsável? Quem são as forças disputando o jogo político, quais são suas propostas e táticas para dominar o discurso público e as intenções de voto? Conversamos com Juca Kfouri e Reinaldo Azevedo para entender melhor. Vem com a gente! ======== FALE CONOSCO . Email: mamilos@b9.com.br . Facebook: aqui . Twitter: aqui ======== CONTRIBUA COM O MAMILOS Quem apoia o Mamilos ajuda a manter o podcast no ar e ainda recebe toda semana um apanhado das notícias mais quentes do jeito que só o Mamilos sabe fazer. É só R$9,90 por mês! Corre ler, quem assina tá recomendando pra todo mundo. https://www.catarse.me/mamilos ======== EQUIPE MAMILOS Edição – Caio Corraini com a Maremoto Produção – Beatriz Fiorotto Apoio à pauta – Jaqueline Costa e grande elenco Capa - Ana Paula Mathias Publicação – B9 Company Fotos e vídeos - Jéssica Modono com a Atrás da Moita Filmes

Nov 8, 2019 • 1h 39min
Ditadura no Brasil
Políticos perseguidos, artistas silenciados, estudantes assassinados. Centenas de pessoas, homens e mulheres, torturados e desaparecidos. Se eu te disser que um regime oferece isso, provavelmente você não vai querer. Mas parece que, quando a corda aperta, e a gente fica com medo, essa é uma alternativa que nos passa segurança. Tanto é que, democraticamente, como nação, escolhemos formar uma política militarizada: militar na Presidência, militares nos ministérios, no Congresso; militares frequentemente nas ruas, exercendo papel de polícia nos Estados. Colocamos no poder uma família que constantemente referencia e exalta o regime militar e seus oficiais. Como um país sem memória temos um longo passado pela frente. Nossa proposta hoje é, junto com Joana Monteleone, historiadora e pesquisadora da Comissão da Verdade, Lucas Vilalta, coordenador do Instituto Vladmir Herzog e Rodrigo Basilio, também historiador e professor, relembrar uma parte fundamental da História do Brasil. Comparar memórias com fatos e dados sobre a época pra tentar entender porque o autoritarismo parece ser a ferramenta mais confiável para alguns no arsenal de soluções. Será que temos mesmo um passado glorioso para invocar em tempos de angústia e incertezas? ======== FALE CONOSCO . Email: mamilos@b9.com.br . Facebook: aqui . Twitter: aqui ======== CONTRIBUA COM O MAMILOS Quem apoia o Mamilos ajuda a manter o podcast no ar e ainda recebe toda semana um apanhado das notícias mais quentes do jeito que só o Mamilos sabe fazer. É só R$9,90 por mês! Corre ler, quem assina tá recomendando pra todo mundo. https://www.catarse.me/mamilos ======== EQUIPE MAMILOS Edição – Caio Corraini Produção – Beatriz Fiorotto Apoio à pauta – Jaqueline Costa e grande elenco Publicação – B9 Company ======== CAPA A capa dessa semana traz uma foto do Arquivo Nacional/Correio da Manhã, PH FOT 01996.005.

Nov 1, 2019 • 1h 28min
Plantão América Latina
Manchetes sobre eleições, protestos e tensões políticas na América do Sul parecem não param de aparecer em tudo quanto é lugar. E fica difícil acompanhar tantos fatos em tanto volume. Tá preocupante? Tá ruim de entender? Tem muito assunto? A gente, hoje, ajuda você junto com os nossos convidados: Lucas Berti, jornalista, repórter de relações exteriores do Brazilian Report e co-criador da newsletter Giro Latino, Sebastian Ronderos, Cientista político colombiano, professor e pesquisador em ideologia e análise do discurso pela Universidade de Essex, na Inglaterra e Paula Ramon, jornalista, correspondente da AFP News Agency em São Paulo. Embarca nessa com a gente! ======== FALE CONOSCO . Email: mamilos@b9.com.br . Facebook: aqui . Twitter: aqui ======== CONTRIBUA COM O MAMILOS Quem apoia o Mamilos ajuda a manter o podcast no ar e ainda recebe toda semana um apanhado das notícias mais quentes do jeito que só o Mamilos sabe fazer. É só R$9,90 por mês! Corre ler, quem assina tá recomendando pra todo mundo. https://www.catarse.me/mamilos ======== EQUIPE MAMILOS Edição – Caio Corraini Produção – Beatriz Fiorotto Apoio à pauta – Jaqueline Costa e grande elenco Publicação – B9 Company ======== CAPA A capa dessa semana é de autoria de Johnny Brito.

Oct 31, 2019 • 1h 15min
Emicida em AmarElo
Esse episódio é um conteúdo extra e faz parte da série — Mamilos e a Cultura Brasileira. No primeiro episódio falamos sobre Bacurau, uma importante peça do cinema brasileiro. Hoje vamos falar sobre as histórias e inspirações do álbum AmarElo com Emicida. Vem com a gente! ===== Você pode ouvir AmarElo em todas as plataformas digitais. Confira mais em www.emicida.com.br ======== FALE CONOSCO . Email: mamilos@b9.com.br . Facebook: aqui . Twitter: aqui ======== CONTRIBUA COM O MAMILOS Quem apoia o Mamilos ajuda a manter o podcast no ar e ainda recebe toda semana um apanhado das notícias mais quentes do jeito que só o Mamilos sabe fazer. É só R$9,90 por mês! Corre ler, quem assina tá recomendando pra todo mundo. https://www.catarse.me/mamilos ======== EQUIPE MAMILOS Edição – Caio Corraini Produção – Beatriz Fiorotto Apoio à pauta – Jaqueline Costa e grande elenco Publicação – B9 Company ======== CAPA A capa dessa semana é de autoria de Johnny Brito.

Oct 28, 2019 • 60min
Pets
Até pouco tempo os animais não humanos tinham função clara em nossas vidas: Gatos caçavam ratos; cães caçavam ou rastreavam a caça, até participavam de guerras protegendo as tropas, serviam como guardas, puxavam trenós e similares, proporcionavam calor, serviam como alimento, etc. Não havia esse elo como nos dias de hoje; tanto é que no século XVII, quando os cães de guarda e de pastoreio chegavam a uma idade avançada, que já os impedia de desempenharem de forma satisfatória suas funções, eram sacrificados por enforcamento ou afogamento. De meados do século XX pra cá muita coisa mudou. Os animais domesticados passaram a ser chamados de animais de estimação. E realmente passamos a estimá-los e isso por vários motivos. Pais com filhos em crescimento estão valorizando cada vez o relacionamento das crianças com animais como parte de seu desenvolvimento cognitivo e social. Mas também, há cada vez mais casais jovens buscando ter animais de estimação, entre outros motivos, como símbolo de conexão do casal. Pessoas que moram sozinhas muitas vezes fazem essa opção para terem companhia. Pessoas idosas também, além de terem com quem trocar afeto a qualquer momento. São intermináveis os estudos sociais que mostram o benefícios de se conviver com animais de estimação: sua companhia carinhosa reduz os níveis de estresse e depressão, ajuda no desenvolvimento imunológico das crianças, da aquela força pra manter o corpo em forma, já que vc não só brinca com ele mas também o leva pra passear. Criar um bicho em casa ajuda a reduzir a pressão sanguínea, o colesterol e o nível de triglicérides. Consequentemente, servem de prevenção contra ataques do coração e AVC. E estudam comprovam que alguns animais podem ajudar a detectar hipoglicemias e até câncer em seus donos. Essa relação tão longa quanto intensa é pauta até de um ciência, a chamada antrozoologia que estuda a interação entre pessoas e animais e trata assuntos como: a história da domesticação animal, a construção social dos animais e o que significa ser animal, as percepções e crenças humanas em relação a outros animais, a avaliação crítica do abuso e exploração de animais dentre outros assuntos. Os números retratam a transformação dessa relação. De acordo com dados levantados pelo IBGE e atualizados pela inteligência do Instituto Pet Brasil, em 2018 foram contabilizados no país 54 milhões de cães; 40 milhões de aves; 24 milhões de gatos; 19 milhões de peixes e pouco mais de 2 milhões de répteis e pequenos mamíferos. A estimativa total chega a cerca de 140 milhões de animais de estimação. Isso quer dizer que a cada duas casas brasileiras, uma tem um bicnhinho. Se estamos falando de novos conceitos de família uma certeza já está posta: nos tornamos famílias multiespécies! E como toda família, tem muito amor, mas também muitos problemas. Já está muito claro que os animais fazem bem aos humanos, mas o contrário pode não ser verdade sempre. Não estamos falando aqui de maus tratos, mas sim da a objetalização dos animais a serviço do nosso narcisismo. Para o mestre em Psicanálise e Psicopatologia Luis Nassif “Humanizar os animais é tentar fazê-los responsabilizar por algo que nem nós humanos gostaríamos de nos ocupar. Sim, ao reproduzir toda a sorte de cuidados, preocupações e sentimentos não estamos só tentando domesticar um animal, é nossa própria falta de civilidade e agressividade que está sendo colocada à prova. Sim, precisamos transformar os bichos em humanos por levarmos nossa espécie muito a sério. Os animais de estimação são merecedores do nosso profundo respeito e afeto, tanto que deveríamos poupá-los de nossas neuroses.” É para conversar sobre a nossa relação com nossos bichinhos que hoje vamos conhecer histórias de pessoas que tiveram suas vidas transformadas por seus animais de estimação. ======== FALE CONOSCO . Email: mamilos@b9.com.br . Facebook: aqui . Twitter: aqui ======== CONTRIBUA COM O MAMILOS Quem apoia o Mamilos ajuda a manter o podcast no ar e ainda recebe toda semana um apanhado das notícias mais quentes do jeito que só o Mamilos sabe fazer. É só R$9,90 por mês! Corre ler, quem assina tá recomendando pra todo mundo. https://www.catarse.me/mamilos ======== EQUIPE MAMILOS Edição – Caio Corraini Produção – Beatriz Fiorotto Apoio à pauta – Jaqueline Costa e grande elenco Publicação – B9 Company ======== CAPA A capa dessa semana é de autoria de Johnny Brito.

Oct 26, 2019 • 1h 29min
Ativismo & militância digital
Militância e ativismo são metodologias usadas para o mesmo fim: agir em conjunto para interferir nas normas. Porém, tratam-se de metodologias diferentes e, portanto, produzem efeitos diferentes em quem as usa. Não precisa pensar muito para perceber a aproximação entre as palavras militância e militar. Militar requer disciplina. Isso envolve regras rígidas, controle, padronização, repetição, hierarquia e regularidade. O militante é aquela pessoa que se convence de que não adianta se mobilizar em apenas alguns momentos, mas permanentemente. Dedica parte do seu dia a dia a se organizar com outros para conquistar apoio a uma causa, seja uma mudança local em seus bairros, seja uma transformação global como a luta ambiental – ou ambas as coisas de forma articulada. Um exemplo são partidos políticos, sindicatos, movimentos religiosos e torcidas organizadas. Em contrapartida, ativistas como o Movimento Passe Livre em 2013, feministas, coletivos negros, protetores de animais, e outros diversos têm preferido arranjos descentralizados, nos quais a liderança e as decisões são partilhadas entre muitos. Eles vêm usando as novas tecnologias de comunicação e informação para dar corpo a suas ações e têm na ideia de redes seu modelo organizativo estratégico. Neles a importância da agência, da criatividade e das necessidades singulares imediatas são reconhecidas e valorizadas. A internet amplificou muito o alcance desses grupos, mas nos últimos anos, o cenário está mais difícil. Antes de 2014, o que você postava em uma página do Facebook aparecia automaticamente para mais de 12% de seus curtidores. Quem produzia mensagens relevantes mobilizava uma base, atraía cada vez mais seguidores e organicamente conseguia criar uma onda que podia varrer toda a rede. A partir de 2014, esse número passou para cerca de 6%. Em 2016, o número de pessoas para quem a postagem é entregue chegou a 2% e continua reduzindo. E essa é a tendência das outras redes sociais. Quer que mais gente tenha acesso a seu conteúdo no Facebook? Pague. Hoje quem não paga pelo conteúdo está fadado a ter uma visibilidade quase nula. Vai abrir um canal no YouTube? Hoje em dia, as chances de se tornar relevante sem se enquadrar nas regras da rede são mínimas. Você até posta o que quiser, mas seu conteúdo não vai passar na “cláusula de barreira”. Nesse cenário, influenciadores, que conversam com um grande público aumentam sua relevância pois oferecem uma forma de continuar alcançando as pessoas de forma orgânica. Mas não é uma tarefa fácil, eles estão expostos a constante escrutínio, sobrevivendo em um ambiente CANCELAMENTOS. Já falamos aqui sobre a pobreza das conversas que acontecem em 280 caracteres, com os incentivos dos algoritmos para a lacração. Nesse contexto, como já dizia Dilma Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder. Eu já fui cancelada, a Cris já foi cancelada. Essa semana uma das grandes discussões de cancelamento girou em torno da história de que Raul Seixas entregou Paulo Coelho para os torturadores da ditadura. Na velocidade do som, o músico foi cancelado por uma horda. Chegou ao ponto do próprio Paulo Coelho defender o amigo: é admirável quem consegue proteger os seus mesmo sob tortura. Mas não existe honra em julgarmos pessoas do quentinho dos nossos sofás sem compreender os contextos. No final das contas, militância ou ativismo de sofá, funcionam? Qual é o impacto desse tipo de articulação na política e na cultura, e no atendimento de metas concretas de curto, médio ou longo prazo? Pra conversar sobre isso reunimos três perfis de mulheres que apoiam causas em redes sociais. ======== FALE CONOSCO . Email: mamilos@b9.com.br . Facebook: aqui . Twitter: aqui ======== CONTRIBUA COM O MAMILOS Quem apoia o Mamilos ajuda a manter o podcast no ar e ainda recebe toda semana um apanhado das notícias mais quentes do jeito que só o Mamilos sabe fazer. É só R$9,90 por mês! Corre ler, quem assina tá recomendando pra todo mundo. https://www.catarse.me/mamilos ======== EQUIPE MAMILOS Edição – Caio Corraini Produção – Beatriz Fiorotto Apoio à pauta – Jaqueline Costa e grande elenco Publicação – B9 Company ======== CAPA A capa dessa semana é de autoria de Johnny Brito.

Oct 18, 2019 • 1h 35min
O preço da democracia
O que dá legitimidade a quem tá exercendo o poder? A quem faz as escolhas por nós? Existem muitas respostas, mas uma delas depende das regras do jogo. As regras do jogo precisam estar montadas de um jeito que todo mundo tenha voz. Que quem tem mais dinheiro não seja mais representado do que quem não tem. Que quem é mais famoso, tem mais microfone, não fale mais alto. Que quem mora nos grandes centros não seja o único a ser escutado. Esse é um desafio que existe no mundo todo. Democracias maduras como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, Canadá, discutem como evitar que quem já está no poder use a máquina para se perpetuar e evitar as mudanças que o povo aspira. Como evitar que candidatos negociem o bem público por recursos de empresas para se reelegerem indefinidamente. Recentemente mudamos a regra do jogo pra tentar diminuir o impacto do poder financeiro na definição das eleições: agora empresas não podem mais doar para campanhas. Mas se a grana não vem da lógica do mercado, vem da lógica pública. Hoje temos o Fundo Partidário financiando campanhas e partidos. E como distribuir esse dinheiro de forma a garantir que pessoas que nos representem tenham uma chance justa de concorrer? Já conversamos aqui no Mamilos sobre isso no programa 116 Distritão e Fundo Partidário. A regra hoje é de que o fundo é distribuído de acordo com a representação que os partidos já tem na câmara. Essa regra usa as escolhas do povo como critério pra definir destinação de verba: se esse partido foi mais votado, é pq ele representa as pessoas, então merece mais do que um outro, recém aberto. A falha nesse sistema é que privilegia os mesmos políticos de sempre. Que são grandes exatamente porque se beneficiaram das regras antigas. É justo isso? Como podemos fazer ficar justo? Legitimidade também depende do quanto as pessoas que estão nos representando cumpriram as regras acordadas. Não tem problema nenhum pegar a bola com a mão. No basquete todo mundo faz. Mas no futebol não pode. Quem ganha o campeonato fazendo gol de mão pode até levantar a taça, mas não convence a torcida. Desculpa aí Maradona. Essa semana voltou a ocupar as manchetes um caso de quebra de regra do segundo maior partido na Câmara dos deputados. Uma apuração da Folha de São Paulo desvendou um esquema de candidatas laranjas do PSL em Minas Gerais que desviaram recursos do fundo partidário para financiar, por meio de caixa dois, as campanhas do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e do presidente Jair Bolsonaro. Ou seja: mesmo levantando a bandeira da honestidade, como todos levantam, o partido burlou a regra do jogo. Quais regras foram quebradas? Qual é o impacto e a importância disso? Nossa missão hoje é conversar sobre os desafios que democracias enfrentam nesse processo para fazer a vontade do povo se manifestar em representantes que tenham legitimidade e sejam reconhecidos por seus eleitores. ======== FALE CONOSCO . Email: mamilos@b9.com.br . Facebook: aqui . Twitter: aqui ======== CONTRIBUA COM O MAMILOS Quem apoia o Mamilos ajuda a manter o podcast no ar e ainda recebe toda semana um apanhado das notícias mais quentes do jeito que só o Mamilos sabe fazer. É só R$9,90 por mês! Corre ler, quem assina tá recomendando pra todo mundo. https://www.catarse.me/mamilos ======== EQUIPE MAMILOS Edição – Caio Corraini Produção – Beatriz Fiorotto Apoio à pauta – Jaqueline Costa e grande elenco Publicação – B9 Company ======== CAPA A capa dessa semana é de autoria de Johnny Brito.

Oct 12, 2019 • 1h 45min
Crianças & telas
A gente sabe: brincar com os filhos é importante. Dar atenção sempre, acompanhar nas brincadeiras, oferecer estímulos variados, sugerir atividades diferentes e criativa! Tudo é importante pra que os pequenos cresçam ativos, alegres e possam dizer que brincaram muito na infância. Mas nem sempre isso dá certo. Às vezes o cansaço bate e não dá pra ficar acompanhando. O ideal nem sempre é algo possível e aí entram outros agentes de entretenimento. E um dos mais populares são as telas! Aí entra a televisão, o celular e o tablet. Um vídeozinho aqui pra dar paz pra fazer o jantar, um joguinho ali pra distrair durante uma longa espera, um episódio de algum desenho pra dar um sossego. Até que vira rotina. Depois da aula, antes de dormir, durante as refeições... Mas isso não é novidade, né? Desde a popularização da televisão vemos crianças coladas nas telas pra assistir desenhos, seriados enlatados e outras atrações. Muita gente cresceu vendo Bambalalão, Lula Lelé, Bozo e até coisas não pensadas para crianças, como o Programa do Chacrinha ou o Coquetel com Miele. “Olhar para telas muito pequenas por tempo prolongado faz com que, se a criança tiver alguma predisposição a doença ocular, os sintomas apareçam mais cedo e em maior intensidade. É o caso de quem tem estrabismo, por exemplo”, contou a oftalmologista Pérola Grupenmacher ao G1. Ou seja: o problema não mora só no conteúdo, mas também na exposição às luzes e o quão próximas elas ficam dos olhos. É complicado mesmo. Com mais opções, aplicativos, canais, mais telas disponíveis e cada vez menos tempo livre para brincadeiras diferentes, como equilibrar o entretenimento? Como entender os limites entre a distração e a brincadeira? Pra responder esses e outros questionamentos, trouxemos o pediatra Daniel Becker e o educador George Stein! ======== FALE CONOSCO . Email: mamilos@b9.com.br . Facebook: aqui . Twitter: aqui ======== CONTRIBUA COM O MAMILOS Quem apoia o Mamilos ajuda a manter o podcast no ar e ainda recebe toda semana um apanhado das notícias mais quentes do jeito que só o Mamilos sabe fazer. É só R$9,90 por mês! Corre ler, quem assina tá recomendando pra todo mundo. https://www.catarse.me/mamilos ======== EQUIPE MAMILOS Edição – Caio Corraini Produção – Beatriz Fiorotto Apoio à pauta – Jaqueline Costa e grande elenco Publicação – B9 Company ======== CAPA A capa dessa semana é de autoria de Johnny Brito.

Oct 4, 2019 • 1h 32min
Bacurau: descolonizando o olhar
Você já viu Bacurau? O longa de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles conta a história de uma cidade chamada Bacurau. A típica cidadezinha do interior que tá no nosso imaginário, um lugar em que todo mundo se conhece, bem simples e aparentemente bem tranquilo. Até a hora em que essa tranquilidade cessa. Bacurau é um filme que explode cabeças! Fala sobre o Brasil. Sobre a nossa gente. Inclusive, fala sobre o que significa ser gente. Ter sua existência reconhecida. Colonialismo, racismo, brutalidade, comunidade, gênero, resistência… Bacurau fala sobre tantas coisas, na verdade, que quisemos dedicar um Mamilos só pra ele. E pra que fosse ainda mais especial, resolvemos colocar a nossa gente, a Mamilândia, pra ver o filme conosco e assistir a gravação! É o poder da comunidade mamileira na prática! Talvez você estranhe um pouco. A gente ficou tão envolvida pelo filme que nos afastamos um pouco da proposta de construir pontes do Mamilos. Esse episódio fala mais sobre nós, sobre nossos questionamentos e sobre o que nos dói, do que efetivamente sobre a proposta do Mamilos. Esse programa é o primeiro de uma série especial do Mamilos que fala sobre arte e cultura brasileira. Porque acreditamos que esse tema é urgente. Pra conversar conosco, chamamos o nosso já querido Túlio Custódio, a maravilhosa Rita Von Hunty e Thomás Aquino, ator que interpreta o Pacote/Acácio no filme. Vem com a gente pro bonde da polêmica gravado ao vivo! Ah, fica o aviso: tem spoiler, viu? Antes de ouvir, recomendamos que siga o conselho que estamos dando desde que saímos da sessão pela primeira vez: vá ver Bacurau! ======== FALE CONOSCO . Email: mamilos@b9.com.br . Facebook: aqui . Twitter: aqui ======== CONTRIBUA COM O MAMILOS Quem apoia o Mamilos ajuda a manter o podcast no ar e ainda recebe toda semana um apanhado das notícias mais quentes do jeito que só o Mamilos sabe fazer. É só R$9,90 por mês! Corre ler, quem assina tá recomendando pra todo mundo. https://www.catarse.me/mamilos ======== EQUIPE MAMILOS Edição – Caio Corraini Produção – Beatriz Fiorotto Apoio à pauta – Jaqueline Costa e grande elenco Publicação – B9 Company ======== CAPA A capa dessa semana é de autoria de Johnny Brito.