45 Graus

José Maria Pimentel
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Nov 5, 2020 • 1h 15min

#97 Susana Peralta - Desigualdade(s)

Susana Peralta é professora de economia na Nova SBE e colunista no jornal Público. A convidada tem investigação sobretudo nas áreas da economia pública e economia política.  -> Aqui o inquérito para (i) o/a convidado/a que gostavam de voltar a ouvir no podcast e (ii) enviarem as vossas perguntas para o episódio especial de ‘perguntas dos ouvintes’. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar O episódio que vão ouvir foi gravado ao vivo, e transmitido online, no âmbito do festival de podcasts ‘Podes’. Vejam aqui o vídeo da conversa   Índice da conversa: Porque falamos tanto hoje de desigualdade? Dados sobre desigualdade: World Inequality Lab; World Inequality Report 2018 Economia do desenvolvimento O crescimento económico vs pobreza Poupança Inquérito à Situação Financeira das Famílias (INE) Heterogeneidade na poupança e a necessidade de fazer “oversampling at the top” Problema da Iliteracia financeira em Portugal Aumento da desigualdade a nível mundial nas últimas décadas Livro: “Inequality: What Can Be Done”, de Anthony B. Atkinson Causas Globalização Efeito “winner-takes-all” Monopólios naturais Tecnologia Tecnológicas, artistas, desportistas J. K. Rowling, Ronaldo O problema da destruição dos empregos do meio Stiglitz e o mercado de trabalho enquanto um mundo de rendas Um aumento dos impostos para os rendimentos mais altos geraria uma diminuição da desigualdade mesmo no rendimento base. Salários dos CEOs Paper Thomas Piketty et al CEOs no mercado do petróleo Desigualdade de oportunidades (o que verdadeiramente interessa) Portugal: estudo da EDULOG sobre equidade no acesso ao ensino superior Londres: mapa ‘lives on the line’ Porque há tão poucos dados para estudo (microdados) em Portugal? BPLIM (Banco de Portugal) As especificidades da desigualdade em Portugal Dados sobre a desigualdade em Portugal Desigualdade comparada com outros países europeus Estudo Fundação Gulbenkian: “Só 24% dos jovens abaixo dos 30 anos têm casa própria” Monopsónio no mercado laboral O problema da educação Pesadelo na Cozinha Investigação de Francisco Queiró sobre o efeito da qualificação dos gestores no desempenho das empresas Luca David Opromolla e a importância da escala das empresas Em Portugal, a desigualdade é maior no rendimento ou no património? -> Sabemos como compara a desigualdade no património com os países europeus?  Faz sentido um imposto sobre o património? Justeza Limitações (e.g. evasão fiscal dos que podem) Distorções no comportamento das pessoas Ideia de um imposto negativo sobre o rendimento   Obrigado aos mecenas do podcast: Paulo Peralta, Nuno Costa, Miguel Marques, Filipe Bento Caires, Goncalo Murteira Machado Monteiro, Gustavo, Margarida Varela, Corto Lemos, Joana Faria Alves, Carlos Martins, Tiago Leite, Salvador Cunha, João Baltazar, Rui Oliveira Gomes, Miguel Vassalo, Francisco Delgado Gonçalo Matos, Bruno Heleno, Emanuel Gouveia, Isabel Oliveira, Ana Teresa Mota, Luís Costa, Sara Mesquita, João Bernardino, Manuel Martins, Ana Sousa Amorim, Andreia Esteves, José Jesus, Andre Oliveira, José Soveral, Galaró family, Diogo Sampaio Viana, Rafael Santos, Francisco Fonseca, João Nelas, Carmen Camacho, Tiago Queiroz, Ricardo Duarte, António Padilha, Rita Mateus, Daniel Correia, Tiago Neves Paixão, Joao Saro, Abilio Silva.  Joao Salvado, Vasco Sá Pinto, Mafalda Pratas, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, João Castanheira, Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Pires, Francisco dos Santos, Francisco Arantes, João Raimundo, Renato Vasconcelos, Marta Baptista Coelho, Hugo Correia, Mariana Barosa, Miguel Palhas, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, rodrigo brazão, Pedro, Vasco Lima, Tomás Félix, Duarte, José Galinha, José Oliveira Pratas, isosamep, João Moreira, Joao Pinto, Pedro alagoa, Francisco Aguiar, José Proença, Joao Diogo, Marco Coelho, João Diogo Silva, Jose Pedroso, João Crispim, Margarida Gonçalves, Miguel Lamela, Andrea Grosso, João Pinho, Abílio Mateus, Paulo dos Santos, Maria Oliveira, Sérgio Catalão, Luis Filipe, Jose António Moreira, João Barbosa, Fonsini, Maria Francisca Couto, Carlos Manuel Lopes de Magalhães Lima, Renato Mendes, Alexandre Freitas, Robertt, Tiago Costa da Rocha, Jorge Soares, Pedro Miguel Pereira Vieira, Cristiano Tavares, Francisco Santos, Pedro F. Finisterra, Antonio Albuquerque, Fernando Sousa, juu-san, joana antunes, Francisco Vasconcelos, Gabriela, Paulo Ferreira, MacacoQuitado - Twitter, Pedro Correia, Francisco López Bermúdez, Nuno Almeida, Carlos Silveira, Bruno Lamas, Francisco Manuel Reis, Diogo Rombo, Francisco Rocha, Nelson Poças, Fábio Mota, Diogo Silva, Patrícia Esquível, Inês Patrão, Luis Miguel da Silva Barbosa, Albino Ramos, Daniel Almeida, Salomé Afonso, Alberto Santos Silva, Ana Batista, Angela Martins, Luis Gomes, Miguel Mendes, Vítor Araújo, Gil Batista Marinho, Susana Ladeiro, Cesar Correia, Filipe Melo, Cheila Bhuralal, Ricardo Leitão, Vitor Filipe, João Bastos, Natália RIbeiro, André Balças, Bernardo Pimentel, Pedro Gaspar, Hugo Domingues Bio: Susana Peralta é professora Associada da Nova SBE desde 2004, doutorada em economia da Université catholique de Louvain, na Bélgica. Tem investigação publicada em temas de federalismo fiscal, economia política e concorrência fiscal, em revistas da especialidade, incluindo The Economic Journal, Journal of Public Economics, Journal of Public Economic Theory, Journal of International Economics, Regional Science and Urban Economics, e Journal of Urban Economics. É professora associada, com agregação, na Nova School of Business and Economics, à qual se juntou em 2004. Ensina ou ensinou Economia Pública, Teoria dos Jogos, Economia da Pobreza, Microeconomia. Já foi directora académica do Mestrado em Economia, do Mestrado de Investigação em Economia, e do Doutoramento em Economia na Nova SBE. Faz parte do Comité de Coordenação do Doutoramento em Economia. É co-organizadora da conferência bi-anual Lisbon Meeting on Economics and Political Science. Foi coordenadora da área científica de economia da Fundação Francisco Manuel dos Santos entre 2014 e 2018. É contribuinte regular do Jornal Público.  See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Oct 22, 2020 • 1h 30min

#96 Nuno Palma - “Afinal, quantos séculos tem o atraso económico de Portugal?”

Nuno Palma, an economics professor, discusses the economic development of countries, surprising findings about Portugal's GDP since 1527, and the factors contributing to economic advancement. Topics include historical domains, understanding human skills, advantages of the financial crisis, and the role of government and infrastructure in economic development.
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Oct 7, 2020 • 1h 13min

#95 Carlos Moedas - O presente e o futuro da União Europeia

Carlos Moedas dispensa grandes apresentações. Engenheiro de formação, é atualmente administrador da Fundação Gulbenkian e foi, até ao final do ano passado, comissário europeu com a pasta da Investigação, Ciência e Inovação, responsável pela gestão do maior programa de ciência do mundo (80 mil milhões de euros). Anteriormente, foi o responsável no governo de Passos Coelho pela coordenação do Programa de Ajustamento. Mas a carreira política veio só depois dos 40 anos - antes, teve uma carreira ligada à banca de investimento e investimento imobiliário. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar O pretexto para esta conversa foi o livro lançado pelo convidado já este ano (mesmo antes da pandemia), ‘Vento Suão - Portugal e a Europa’, um livro que reúne as crónicas semanais que publicou durante os anos de comissário. Sendo o autor dessas crónicas comissário europeu, uma espécie de ministro do governo da Europa, está longe de ser um observador imparcial da União Europeia, mas, ao mesmo tempo, alguém que tem uma perspectiva rara dos meandros da Europa e, em particular no caso do convidado, alguém que tem uma visão para o projecto europeu. Foi essa visão que tentei compreender -- e também desafiar, a partir da minha posição também de europeísta, mas um não tão optimista em relação ao estado actual e ao potencial real da UE.  Durante esta hora e picos de conversa, falámos sobre vários aspectos da Europa, mas acabámos por regressar sempre a dois, em particular: um deles é a forma como a governação da UE está organizada, num quadro institucional peculiar que gera lentidão e uma tensão permanente entre as instituições comunitárias, como a Comissão, e os vários governos nacionais (como se viu ainda recentemente na negociação do pacote de estímulo pós-pandemia; por agora, a tensão desvaneceu, mas as causas mantêm-se). O outro aspecto de que falámos é menos tangível mas é o que verdadeiramente (às vezes quase nos esquecemos) é a base de qualquer projecto de integração política: uma noção de comunidade. Neste caso, será que temos dado verdadeiramente passos para construir uma comunidade cívica à escala da Europa, para lá dos velhos Estados-nação?    No último trecho, tivemos ainda tempo para discutir a visão do convidado sobre o futuro, em particular sobre o impacto das alterações que o digital veio trazer, nomeadamente sobre nas democracias, que terão de se reinventar se querem sobreviver. É uma altura interessante para ter desta discussão, uma vez que pandemia (e também falamos disso) veio tornar ainda mais presentes estas tecnologias   Índice da conversa: Livro de crónicas do convidado: Vento Suão - Portugal e a Europa União Europeia Porque é importante a UE Livro: The Brussels Effect: How the European Union Rules the World Kindle Edition, de Anu Bradford California effect Tensão Comissão Europeia vs. Conselho  -> Continua a faltar uma ‘nação’ europeia? A crise do Euro  O efeito da pandemia Pascal Lamy Stefan Zweig - Appels aux Européens Os frugais Europa lidera no top 10% de artigos científicos mais citados -> Que melhorias institucionais são necessárias na UE? Regra da unanimidade  Spitzenkandidat -> O que explica porque algumas áreas da governação foram transferidas para a UE e outras não? As audições aos futuros comissários no Parlamento Europeu O futuro da democracia representativa na era digital Experiência em França, com cidadãos a participar em assembleias deliberativas O papel do digital na sociedade pós-pandemia Livros recomendados The Usefulness of Useless Knowledge, de Abraham Flexner Philippe Aghion Kishore Mahbubani Breve História da Europa, de Simon Jenkins   Esta conversa foi editada por: Martim Cunha Rego   Obrigado aos mecenas do podcast: Paulo Peralta, Nuno Costa, Miguel Marques, Filipe Bento Caires, Goncalo Murteira Machado Monteiro, Gustavo, Margarida Varela, Corto Lemos, Joana Faria Alves, Carlos Martins, Tiago Leite, Salvador Cunha, João Baltazar, Rui Oliveira Gomes, Miguel Vassalo, Francisco Delgado Gonçalo Matos, Bruno Heleno, Emanuel Gouveia, Isabel Oliveira, Ana Teresa Mota, Luís Costa, Sara Mesquita, João Bernardino, Manuel Martins, Ana Sousa Amorim, Andreia Esteves, José Jesus, Andre Oliveira, José Soveral, Galaró family, Diogo Sampaio Viana, Rafael Santos, Francisco Fonseca, João Nelas, Carmen Camacho, Tiago Queiroz, Ricardo Duarte, António Padilha, Rita Mateus, Daniel Correia, Tiago Neves Paixão, Joao Saro, Abilio Silva.  Joao Salvado, Vasco Sá Pinto, Mafalda Pratas, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, João Castanheira, Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Pires, Francisco dos Santos, Francisco Arantes, João Raimundo, Renato Vasconcelos, Marta Baptista Coelho, Hugo Correia, Mariana Barosa, Miguel Palhas, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, rodrigo brazão, Pedro, Vasco Lima, Tomás Félix, Duarte, José Galinha, José Oliveira Pratas, isosamep, João Moreira, Joao Pinto, Pedro alagoa, Francisco Aguiar, José Proença, Joao Diogo, Marco Coelho, João Diogo Silva, Jose Pedroso, João Crispim, Margarida Gonçalves, Miguel Lamela, Andrea Grosso, João Pinho, Abílio Mateus, Paulo dos Santos, Maria Oliveira, Sérgio Catalão, Luis Filipe, Jose António Moreira, João Barbosa, Fonsini, Maria Francisca Couto, Carlos Manuel Lopes de Magalhães Lima, Renato Mendes, Alexandre Freitas, Robertt, Tiago Costa da Rocha, Jorge Soares, Pedro Miguel Pereira Vieira, Cristiano Tavares, Francisco Santos, Pedro F. Finisterra, Antonio Albuquerque, Fernando Sousa, juu-san, joana antunes, Francisco Vasconcelos, Gabriela, Paulo Ferreira, MacacoQuitado - Twitter, Pedro Correia, Francisco López Bermúdez, Nuno Almeida, Carlos Silveira, Bruno Lamas, Francisco Manuel Reis, Diogo Rombo, Francisco Rocha, Nelson Poças, Fábio Mota, Diogo Silva, Patrícia Esquível, Inês Patrão, Luis Miguel da Silva Barbosa, Albino Ramos, Daniel Almeida, Salomé Afonso, Alberto Santos Silva, Ana Batista, Angela Martins, Luis Gomes, Miguel Mendes, Vítor Araújo, Gil Batista Marinho, Susana Ladeiro, Cesar Correia, Filipe Melo, Cheila Bhuralal, Ricardo Leitão, Vitor Filipe, João Bastos, Natália RIbeiro, André Balças, Bernardo Pimentel, Pedro Gaspar, Hugo Domingues   Bio: Carlos Moedas nasceu em Beja, em 1970. É licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior Técnico. Frequentou a École Nationale des Ponts et Chaussées de Paris. Em 1998, obteve um MBA – Master of Business Administration – na Universidade de Harvard. Iniciou a carreira no grupo Suez, em França, trabalhou vários anos em Londres e criou a sua própria empresa em Portugal. Em 2011, foi eleito deputado e tornou-se secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro do XIX Governo Constitucional, com responsabilidade pela coordenação do Programa de Ajustamento. Em 2014, tornou-se o quinto português a exercer as funções de comissário europeu, tendo gerido o maior programa de ciência do mundo (80 mil milhões de euros). É o mais jovem membro da Academia de Engenharia de Portugal. É medalha de ouro da Ordem dos Engenheiros e membro honorário da Academia de Ciência Africana. Recebeu o doutoramento honoris causa em Direito pela Universidade de Cork, na Irlanda, e outro doutoramento honoris causa pela École Supérieure de Commerce de Paris. É hoje administrador executivo da Fundação Calouste Gulbenkian.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Sep 24, 2020 • 1h 45min

#94 Filipe Nobre Faria - Os limites evolutivos da (nossa) moral liberal

Filipe Nobre Faria é doutorado em Teoria Política (2016) pelo King's College London e professor na Universidade Nova de Lisboa, com investigação nas áreas de filosofia política e ética .  -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar Conversámos a propósito do livro recente do convidado, ‘The Evolutionary Limits of Liberalism’ (os limites evolutivos do liberalismo). É um tema que vem mesmo a calhar, tendo em conta que junta filosofia política à biologia evolutiva, precisamente dois assuntos que estou farto de discutir aqui no 45 Graus. Resumidamente, no livro o Filipe faz uma análise à sustentabilidade da moral liberal, típica das democracias ocidentais, à luz da teoria evolucionista de Darwin. Por ‘moral liberal’ entenda-se a primazia dada ao indivíduo, que está na base das ideologias dos principais partidos do sistema nos países ocidentais (e não só), que defendem, em maior ou menor medida, princípios como a democracia, mercados livres, estado de direito, direitos civis,  direitos humanos, secularismo, igualdade de gênero, igualdade racial , internacionalismo, liberdade de expressão, etc etc. Na sua análise, o Filipe tenta, então, medir directamente a ‘fitness’ evolutiva (i.e., a adaptabilidade) desta moral à luz da selecção natural: ou seja, avalia em que medida é que uma moral baseada no primado da liberdade individual gera ou não coesão e promove a natalidade dos grupos. As conclusões, já vão ver, não são as melhores para o paradigma liberal. Este é um trabalho oportuno, porque ajuda a enquadrar a raiz de alguns dos desafios que o modelo liberal enfrenta actualmente; sejam as ameaças que vêm de dentro, como a ascensão de movimentos populistas e anti-sistema, sejam as ameaças que vêm de fora, como a aparente perda de força das democracias no plano internacional face a Estados autocráticos como a China ou a Rússia, com a sua visão a longo-prazo e menores pruridos éticos.  Preparem-se: como todas as conversas filosóficas, que nos forçam a revisitar as fundações das nossas convicções, esta foi uma conversa desafiante e, por vezes, admito que algo confusa de seguir, tal o número de dimensões em cima da mesa e a complexidade do objecto de análise. No final, embora discorde de alguns aspectos da tese do Filipe, foi sem dúvida uma conversa muito estimulante, que me deixou a pensar nos dias a seguir.    Índice da conversa: Liberalismo Modelo de seleção de grupo (multinível) A função da moralidade Aptidão reprodutiva vs prosperidade Falácia naturalista Revolução cultural chinesa A vida nos Kibbutz Teoria do mismatch Gene-culture coevolution Hayek e a vantagem evolutiva do liberalismo Críticas contemporâneas ao liberalismo quer à esquerda quer à direita Jogos de soma positiva Lógica normativa vs naturalista O caso de Portugal, que é um país considerado colectivista (à escala europeia), mas tem das mais baixas taxas de natalidade Hofstede Taxas de natalidade Capital social Dados do World Social Capital Monitor A sedução dos regimes autocráticos Será que a teoria da selecção de grupo caiu em desuso após a II GM em virtude da aversão das sociedades a ideologias colectivistas? Teoria da escolha racional A União Europeia e a dificuldade em criar uma comunidade cultural à escala europeia A coexistência, nas sociedades contemporâneas ocidentais, da moral liberal com outras morais, colectivistas e/ou tradicionais Jonathan Haidt e a Teoria dos fundamentos morais O exemplo dos Amish: David Benatar - livro A (alegada) insustentabilidade do Liberalismo ajuda a explicar a ascensão dos movimentos populistas? Karl Polanyi Recomendações do convidado para gerar uma moral mais sustentável nas sociedades contemporâneas Livro recomendado: , de Joseph Henrich   Obrigado aos mecenas do podcast: Paulo Peralta, Eduardo Correia de Matos, João Baltazar, Salvador Cunha, Rui Oliveira Gomes, Tiago Leite, Joana Faria Alves, Carlos Martins, Corto Lemos, Margarida Varela, Gustavo, Goncalo Machado Monteiro, Filipe Bento Caires, Rui Barbosa Tomás Costa, Tiago Neves Paixão, Joao Saro, Rita Mateus, Daniel Correia, António Padilha, Abilio Silva, Ricardo Duarte, Tiago Queiroz, Joao Salvado, Francisco Fonseca, João Nelas, Diogo Sampaio Viana, Rafael Santos, Carmen Camacho, José Soveral, Andre Oliveira, José Jesus, Ana Sousa Amorim, Luís Costa, Sara Mesquita, João Bernardino, Manuel Martins Vasco Sá Pinto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, João Castanheira, Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Pires, Francisco dos Santos, João Raimundo, Renato Vasconcelos, Marta Baptista Coelho, Hugo Correia, Mariana Barosa, Miguel Palhas, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, rodrigo brazão, Pedro, Vasco Lima, Tomás Félix, José Carlos Abrantes, Duarte, José Galinha, José Oliveira Pratas, isosamep, João Moreira, Joao Pinto, Pedro alagoa, Francisco Aguiar, José Proença, Joao Diogo, JP, Marco Coelho, João Diogo Silva, Jose Pedroso, António Amaral, João pinto, Rodrigo Murteira Pedrosa, João Jaime, João Crispim, Ricardo Nogueira, Margarida Gonçalves, Miguel Lamela, Andrea Grosso, João Pinho, Andre Peralta Santos, Abílio Mateus, Paulo dos Santos, Telmo, Cátia João Prudêncio, Sérgio Catalão, joao Martins, Luis Filipe, Jose António Moreira, João Barbosa, Fonsini, Maria Francisca Couto, Carlos Magalhães Lima, Renato Mendes, Andreia Esteves, Alexandre Freitas, Tiago Costa da Rocha, Francisco Santos, Pedro F. Finisterra, Guilherme Pimenta Jacinto, Antonio Albuquerque, Fernando Sousa, juu-san, joana antunes, Francisco Vasconcelos, Gabriela, Paulo Ferreira, MacacoQuitado - Twitter, Pedro Correia, Francisco López Bermudez, Nuno Almeida, Carlos Silveira, Bruno Lamas, Francisco Manuel Reis, Diogo Rombo, Francisco Rocha, Fábio Mota, Diogo Silva, Tiago Gameiro, Pedro Conceição, Patrícia Esquível, Inês Patrão, Luis Miguel da Silva Barbosa, Albino Ramos, Daniel Almeida, Ricardo Campos, Ricardo Leitão, Vítor Filipe, João Bastos, Natália Ribeiro, André Balças, Hugo Domingues, Filipe Melo   Esta conversa foi editada por: Martim Cunha Rego Bio: Filipe Nobre Faria investiga e lecciona em filosofia política e ética na Universidade Nova de Lisboa. Anteriormente, obteve o seu doutoramento em Teoria Política (2016) pelo King's College London e o seu mestrado em Filosofia, Política e Economia (2011) pela Universidade de East Anglia. Leccionou também nas áreas de teoria política e de economia política no King's College London. O seu principal interesse de investigação reside em aplicar o conhecimento das ciências comportamentais e evolutivas a questões de filosofia social e política.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Aug 5, 2020 • 1h 32min

#93 Alice Ramos - Estereótipos, preconceito e racismo

Alice Ramos é doutorada em Ciências Sociais, com especialidade em Sociologia pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, onde é actualmente investigadora. A convidada tem-se dedicado a analisar o impacto conjugado de factores individuais e contextos sociais nas atitudes face aos imigrantes e no preconceito racial. Desde janeiro de 2018, é também a Coordenadora Nacional do Inquérito Social Europeu e do Estudo Europeu dos Valores. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar E foi sobretudo isto que me fez convidá-la para o 45 Graus. O Inquérito Social Europeu é uma sondagem realizada a cada dois anos, desde 2001, com o objetivo de avaliar as atitudes e comportamentos dos cidadãos de 24 países europeus sobre um leque muito variado de assuntos.  Mas, no caso português, é sobretudo uma área específica que traz os resultados do inquérito para a ribalta: o nível do racismo em Portugal, porque o inquérito indica que é desconfortavelmente mais elevado do que tendemos a achar.  Os resultados da versão mais recente do inquérito foram foram divulgados há cerca de um mês e mostram que quase ⅔ dos portugueses manifestam pelo menos uma forma de racismo, e apenas cerca de 10% da população (repito: 10%) discorda de todas as crenças que o inquérito identifica como racistas. Como é fácil de adivinhar, estes números são como uma bomba que cai no debate público e na discussão sobre a dimensão do racismo em Portugal, um debate antigo mas que tem ganho tracção nos últimos anos, à boleia de estudos como este mas, talvez mais ainda, de um activismo crescente que chama a atenção quer para desigualdades estruturais quer para (alegada) violência policial sobre minorias e crimes com motivações racistas. Foi isso que aconteceu no caso recente do assassinato do actor Bruno Candé, que aconteceu (numa coincidência funesta) poucos dias depois de termos gravado este episódio… (sendo que, neste caso, tudo indica que o preconceito racista do homicida teve, no mínimo, influência no crime).  Avaliar a dimensão do racismo em Portugal é, evidentemente, um exercício muito complexo, até por ter várias dimensões, mas, claro, a discussão nas redes sociais rapidamente se encarrega, com a sua pulsão para o pensamento binário e comportamento tribal, de politizar a discussão e de a reduzir a um debate entre dois campos opostos: o dos que garantem que Portugal “é um país racista” (excluindo, claro, depreende-se, os virtuosos autores do diagnóstico) e o campo dos que continuam a negá-lo.  Por isso, decidi convidar a Alice Ramos para o 45 Graus, para não só tentar compreender, com a calma que um podcast proporciona, a dimensão, as expressões e, sobretudo, as causas do racismo em Portugal, mas também, de caminho, fazê-lo como deve ser, a partir da base, isto é, começando por tentar compreender por que existem e como funcionam aspectos quase universais da psicologia humana e da sociedade, como os estereótipos, o preconceito e os comportamentos discriminatórios. Nota: há alguns conceitos que a convidada usa aqui e ali, e que todos usamos correntemente mas que, nesta área têm um significado mais específico: Os valores são os princípios com que orientamos a nossa vida, são aquilo que nos permite distinguir o que é bom do que é mau Os nossos valores influenciam as nossas atitudes, que são predisposições para agir de uma determinada forma, avaliações sobre situações específicas; o preconceito é uma atitude, mas também o é a nossa opinião face à legalização do aborto ou face à intervenção do Estado na economia, etc. Finalmente, os comportamentos, são as atitudes em acção: é o que verdadeiramente fazemos. A discriminação é um comportamento.   Índice da conversa: O que são, e o que distingue, estereótipos, preconceito e discriminação? A utilidade dos estereótipos enquanto mecanismo cognitivo (heurística) Preconceito  Implicit Association Test Faça aqui! Eye track Como combater os preconceitos que temos, sem deixar de colher os benefícios dos estereótipos enquanto mecanismo cognitivo? Distância social enquanto proxy para o preconceito Diferentes tipos de preconceito Racismo Inquérito Social Europeu -- ESS Não há culturas melhores do que outras? Causas do racismo em Portugal “O problema do racismo é que não ensinamos os nossos filhos explicitamente a não serem racistas” Desigualdades no acesso à educação Deputados das colónias durante o Estado Novo Percepção de ameaça: realista e simbólica  Variáveis explicativas das diferenças individuais no racismo: idade, educação, diferenças de personalidade, valores, inteligência(?) Labelling experience  Experiências com “stereotype priming”  Experiência de Jane Elliot “A class divided” Série “Botched” Livros recomendados:  The Finer Points of Sausage Dogs, de Alexander McCall Smith  O Visconde Partido Ao Meio, de Italo Calvino -> O bizarro guia de conversação Português - Inglês   Obrigado aos mecenas do podcast: Paulo Peralta, Eduardo Correia de Matos, João Baltazar, Salvador Cunha, Rui Oliveira Gomes, Tiago Leite, Joana Faria Alves, Carlos Martins, Corto Lemos, Margarida Varela, Gustavo, Goncalo Machado Monteiro, Filipe Bento Caires, Rui Barbosa, Sérgio Vicente Tomás Costa, Tiago Neves Paixão, Joao Saro, Rita Mateus, Daniel Correia, António Padilha, Abilio Silva, Ricardo Duarte, Tiago Queiroz, Joao Salvado, Francisco Fonseca, João Nelas, Diogo Sampaio Viana, Rafael Santos, Carmen Camacho, José Soveral, Andre Oliveira, José Jesus, Ana Sousa Amorim, Luís Costa, Sara Mesquita, João Bernardino, Manuel Martins Vasco Sá Pinto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, João Castanheira, Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Pires, Francisco dos Santos, João Raimundo, Renato Vasconcelos, Marta Baptista Coelho, Hugo Correia, Mariana Barosa, Miguel Palhas, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, rodrigo brazão, Pedro, Vasco Lima, Tomás Félix, José Carlos Abrantes, Duarte, José Galinha, José Oliveira Pratas, isosamep, João Moreira, Joao Pinto, Pedro alagoa, Francisco Aguiar, José Proença, Joao Diogo, JP, Marco Coelho, João Diogo Silva, Jose Pedroso, António Amaral, João pinto, Rodrigo Murteira Pedrosa, João Jaime, João Crispim, Ricardo Nogueira, Margarida Gonçalves, Miguel Lamela, Andrea Grosso, João Pinho, Andre Peralta Santos, Abílio Mateus, Paulo dos Santos, Telmo, Cátia João Prudêncio, Sérgio Catalão, joao Martins, Luis Filipe, Jose António Moreira, João Barbosa, Fonsini, Maria Francisca Couto, Carlos Magalhães Lima, Renato Mendes, Andreia Esteves, Alexandre Freitas, Tiago Costa da Rocha, Francisco Santos, Pedro F. Finisterra, Guilherme Pimenta Jacinto, Antonio Albuquerque, Fernando Sousa, juu-san, joana antunes, Francisco Vasconcelos, Gabriela, Paulo Ferreira, MacacoQuitado - Twitter, Pedro Correia, Francisco López Bermudez, Nuno Almeida, Carlos Silveira, Bruno Lamas, Francisco Manuel Reis, Diogo Rombo, Francisco Rocha, Fábio Mota, Diogo Silva, Tiago Gameiro, Pedro Conceição, Patrícia Esquível, Inês Patrão, Luis Miguel da Silva Barbosa, Albino Ramos, Daniel Almeida, Ricardo Campos, Ricardo Leitão, Vítor Filipe, João Bastos, Natália Ribeiro, André Balças, Hugo Domingues   Esta conversa foi editada por: Martim Cunha Rego   Bio: Alice Ramos licenciou-se em Sociologia no ISCTE e obteve o mestrado em Ciências Sociais no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-UL). Doutorou-se em Ciências Sociais, especialidade de Sociologia Geral, no ICS-UL, com a tese Human Values and Opposition towards Immigration in Europe, onde analisa o impacto de factores individuais e de contextos sociais nas atitudes face aos imigrantes, na percepção de ameaça a eles associada e no preconceito racial. Presentemente, é investigadora auxiliar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. Os seus interesses de investigação têm-se centrado no cruzamento de duas linhas de pesquisa: a) o impacto da articulação entre factores individuais (valores e atitudes) e estruturas sociais no desenvolvimento de atitudes discriminatórias, nomeadamente face aos imigrantes e refugiados, numa perspectiva multinível; b) metodologias de estudos trans-nacionais e longitudinais. Desde janeiro de 2018 é Coordenadora Nacional do European Social Survey-ERIC e do European Values Study. Em conjunto com Jorge Vala e Cicero Pereira fundou em 2009 a Escola de Verão de Métodos Avançados em Análise de Dados do ICS-ULisboa. Actualmente, é Coordenadora das Escolas de Verão/Inverno e vice-presidente da Comissão de Estudos Pós-Graduados do ICS-ULisboa.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 22, 2020 • 1h 45min

#92 Henrique Leitão - Os mitos surpreendentes da História da Ciência

Henrique Leitão, doutorado em Física, Prémio Pessoa em 2014, é investigador em História da Ciência, sendo actualmente Presidente do Departamento de História e Filosofia da Ciência da Universidade de Lisboa (FCUL). Interessa-se, em particular, pela história das ciências exactas nos séculos XV-XVII, pela história da ciência em Portugal e pela história do livro científico. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar Foi uma conversa fascinante e surpreendente, esta, uma daquelas que me fizeram olhar com outros olhos para a História - neste caso a da Ciência - e até mesmo para o mundo em que vivemos. O Henrique já me tinha sido recomendado há muito tempo, mas confesso que fui hesitando, basicamente por recear que a História da Ciência fosse já um tema demasiado explorado, e sem grande matéria para discussão no podcast. Isto, claro, para além do interesse das descobertas científicas propriamente ditas e do trabalho das grandes figuras de referências.  Não podia estar mais enganado! Na verdade, a História da Ciência, sobretudo a História de como, a partir do século XVI houve uma transição para aquilo a que chamamos Ciência Moderna, tem muito que se lhe diga. E esta área da Historiografia ganhou uma nova vida nos últimos 50/60 anos; nova vida essa da qual, falo por mim, tinha pouca noção.  Neste último meio-século surgiu um debate intenso sobre uma série de factores que sobressaem numa análise mais fina e ampliada daqueles tempos e que eram, até ali, ignorados ou subvalorizados; aspectos que  que nos fazem perceber que as transformações que ocorreram naquele período são muito mais complexos do que a história que nos é habitualmente contada, do surgimento, quase que por geração espontânea, de um modo diferente de olhar e estudar o mundo natural.  Nesta conversa, percorremos uma série desses aspectos; por exemplo:  Será que os grandes nomes da chamada Revolução Científica pensavam como os cientistas actuais? O que dizer, por exemplo, da paixão de Newton pela alquimia, ou pela cronologia bíblica? Qual foi o motor daquela transição: um pequeno número de génios e momentos de inspiração, ou uma mudança mais transversal na organização da sociedade e na maneira como as pessoas olhavam o mundo? E essa transição ocorreu exclusivamente em alguns países do centro da Europa, ou foi um fenómeno pan-europeu? Que influência tiveram, por exemplo, os descobrimentos? E como é que áreas como a Astronomia já tinham dado o grande salto para a modernidade em meados do sec XVII, enquanto a Biologia, por exemplo, teve de esperar mais dois séculos para uma verdadeira mudança de paradigma? E, por fim, se a História é tão complicada e cheia de matizes, será que ainda faz sentido falarmos de uma Revolução Científica, ocorrida entre 1500 e 1700? Foram estas e outras perguntas que discutimos, numa conversa que foi um pouco mais ziguezagueante do que o habitual (sorry!).    Índice da conversa: Que tipo de História é, afinal, a História da Ciência? A visão simplista da História da Ciência, e da “Revolução Científica”, que ainda hoje nos é transmitida Limitação #1: Os primeiros cientistas não pensavam, em muitos aspectos, como nós O desconforto que nos cria o interesse de Newton pela alquimia Os preconceitos de Darwin Limitação #2: A influência do contexto cultural e social em que actuavam os primeiros cientistas no tipo de Ciência que fizeram Frances Yates (historiadora de ciência) Boris Hessen (historiador de ciência) - "As Raízes Sócio-Económicas dos Principia de Newton" O (alegado) papel do protestantismo no lançamento da Ciência Moderna A herança pré-moderna: Europa medieval, mundo Árabe Limitação #3: O papel fulcral dos artesãos na criação da Ciência Moderna Alexandre Koyré (historiador de ciência) Edgar Zilsel (historiador de ciência) Francis Bacon Limitação #3(b): As grandes descobertas científicas enquanto produto de saberes e debates partilhados num contexto social alargado O papel de Galileu Limitação #4: O papel da herança grega e da visão judaico-cristã na criação de um modo diferente de olhar para o mundo natural, já presente na Idade Média Os perigos e as limitações da pulsão relativizadora da Historiografia  Limitação #5: Como a ciência convive com teorias parcialmente erradas até encontrar melhor  Thomas Kuhn (filósofo de ciência) Ciência feita vs. o processo através do qual se faz ciência  Como é possível que a Revolução Científica tenha surgido precisamente num período tão marcado por conflitualidade e fechamento na Europa? Limitação #6: A transição para a modernidade científica enquanto fenómeno pan-europeu, e não apenas localizado num pequeno conjunto de países protestantes O papel dos descobrimentos na primeira fase desta transição (Sec XVI) Pedro Nunes, Frei Heitor Pinto A importância fulcral da experiência directa de milhares de pessoas com lugares distintos na mudança da relação mental com a natureza A revolução ocorrida na Iberian Science nas últimas décadas  Porque é que Portugal não fui, depois, um ator principal na ciência do século XVII em diante? O desenvolvimento da Ciência na Europa beneficiou de contributos do oriente (China, Japão)? O que é especial (ainda hoje) na cultura europeia  A importância da inscrição social da ciência e da curiosidade pelo mundo natural Limitação #7: As mudanças de paradigma não ocorreram na mesma altura e ao mesmo ritmo nos diferentes ramos da Ciência Sendo assim, ainda faz o não sentido falar de uma Revolução Científica? Mistérios em torno da Revolução Industrial Livro recomendado: Galileu, Cortesão - A Prática da Ciência na Cultura do Absolutismo, de Mario Biagioli   Obrigado aos mecenas do podcast: Paulo Peralta, Eduardo Correia de Matos, João Baltazar, Salvador Cunha, Rui Oliveira Gomes, Tiago Leite, Joana Faria Alves, Carlos Martins, Corto Lemos, Margarida Varela, Gustavo, Goncalo Machado Monteiro, Filipe Bento Caires, Rui Barbosa, Sérgio Vicente Tomás Costa, Tiago Neves Paixão, Joao Saro, Rita Mateus, Daniel Correia, António Padilha, Abilio Silva, Ricardo Duarte, Tiago Queiroz, Joao Salvado, Francisco Fonseca, João Nelas, Diogo Sampaio Viana, Rafael Santos, Carmen Camacho, José Soveral, Andre Oliveira, José Jesus, Ana Sousa Amorim, Luís Costa, Sara Mesquita, João Bernardino, Manuel Martins Vasco Sá Pinto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, João Castanheira, Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Pires, Francisco dos Santos, João Raimundo, Renato Vasconcelos, Marta Baptista Coelho, Hugo Correia, Mariana Barosa, Miguel Palhas, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, rodrigo brazão, Pedro, Vasco Lima, Tomás Félix, José Carlos Abrantes, Duarte, José Galinha, José Oliveira Pratas, isosamep, João Moreira, Joao Pinto, Pedro alagoa, Francisco Aguiar, José Proença, Joao Diogo, JP, Marco Coelho, João Diogo Silva, Jose Pedroso, António Amaral, João pinto, Rodrigo Murteira Pedrosa, João Jaime, João Crispim, Ricardo Nogueira, Margarida Gonçalves, Miguel Lamela, Andrea Grosso, João Pinho, Andre Peralta Santos, Abílio Mateus, Paulo dos Santos, Telmo, Cátia João Prudêncio, Sérgio Catalão, joao Martins, Luis Filipe, Jose António Moreira, João Barbosa, Fonsini, Maria Francisca Couto, Carlos Magalhães Lima, Renato Mendes, Andreia Esteves, Alexandre Freitas, Tiago Costa da Rocha, Francisco Santos, Pedro F. Finisterra, Guilherme Pimenta Jacinto, Antonio Albuquerque, Fernando Sousa, juu-san, joana antunes, Francisco Vasconcelos, Gabriela, Paulo Ferreira, MacacoQuitado - Twitter, Pedro Correia, Francisco López Bermudez, Nuno Almeida, Carlos Silveira, Bruno Lamas, Francisco Manuel Reis, Diogo Rombo, Francisco Rocha, Fábio Mota, Diogo Silva, Tiago Gameiro, Pedro Conceição, Patrícia Esquível, Inês Patrão, Luis Miguel da Silva Barbosa, Albino Ramos, Daniel Almeida, Ricardo Campos, Ricardo Leitão, Vítor Filipe, João Bastos, Natália Ribeiro, André Balças, Hugo Domingues   Esta conversa foi editada por: Martim Cunha Rego Bio: Henrique Leitão, a quem foi atribuído o Prémio Pessoa 2014, tem vindo a desenvolver intenso trabalho na área da história da ciência. É doutorado em Física e actualmente Presidente do Departamento de História e Filosofia da Ciência (FCUL). Interessa-se, em particular, pela história das ciências exactas nos séculos XV-XVII, pela história da ciência em Portugal e pela história do livro científico. É autor de vasta bibliografia sobre estes temas. É membro efectivo da Académie Internationale de Histoire des Sciences e é o representante de Portugal na Division of the History of Science and Technology, da International Union of History and Philosophy of Science. Entre outras associações nacionais, é sócio efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e sócio emérito da Academia de Marinha. Coordena a comissão científica encarregue de publicar a obra completa de Pedro Nunes. Das suas traduções, destaca-se a tradução, pela primeira vez em Portugal, da obra emblemática de Galileu, Sidereus Nuncius. O Mensageiro das Estrelas (Fundação Calouste Gulbenkian, 2010). Recebeu uma Advanced Grant do European Research Council em 2019.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 8, 2020 • 1h 51min

#91 Luís Aguiar-Conraria - A visão de um ‘liberal de esquerda’, a importância e apostar na educação & muito mais

Professor de Economia na Universidade do Minho, doutorado em Economia pela Cornell University, investigação nas áreas da macroeconomia e da economia política. Colunista regular na imprensa, actualmente no Expresso. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar Este episódio é, de certa forma, duas conversas numa só. A primeira parte foi mais típica; falámos sobre alguma da investigação mais marcante do convidado nos últimos anos, que até é mais na área da ciência política. Por exemplo, o efeito de diferentes tipos de quóruns em referendos ou a interação entre o desempenho da economia e a justiça procedimental enquanto determinantes do voto nos governos incumbentes. Podem parecer temas algo áridos, mas garanto que as conclusões são bem interessantes. Estes papers foram feitos, aliás, em conjunto com Pedro Magalhães, que foi convidado logo no episódio seis do podcast. A segunda parte da conversa, isoladamente, podia ser um dos episódios da série Orientações Políticas que tenho gravado com diferentes convidados. Falámos sobre a visão do Luís, que se descreve como um ‘liberal de esquerda’, uma combinação invulgar que talvez explique porque é que consegue o feito raro de ter leitores de simpatias políticas muito diferentes. Isso e, talvez, o facto de não cair no perfil típico de muitos colunistas da nossa praça -- mesmo alguns dos mais persuasivos -- que apenas escrevem artigos de esquerda, ou de direita, ou contra o PS ou a defender o governo; isto é, apenas escrevem para a sua tribo, e tipicamente de uma posição moralmente superior. Esta segunda parte foi, por isso, muito mais uma discussão de ideias, sem um guião pré-definido. Falámos de temas tão diferentes como o salário mínimo e a flexibilidade do mercado de trabalho, as dificuldades do cronista regular de jornal e, a minha parte preferida da conversa, a importância da educação, e o modo como ajuda a explicar, mais ainda do que podemos achar, o atraso relativo do país.    Índice da conversa: Investigação do convidado Referendos (com Pedro Magalhães: um, dois Referendo em Itália em 2005 sobre fertilização invitro Voto económico Paper sobre o voto económico nas autárquicas Política e economia “O que é isso de ser um ‘liberal de esquerda’?” Economia pública vs Teoria da Escolha Pública Aumento do salário mínimo e Monopsónio.  Pedro Portugal Concorrência e concertação entre empresas Papel dos reguladores Fiscalidade A racionalidade (ou amoralidade) característica dos economistas Os desafios de escrever regularmente nos jornais Blog Ladrões de Bicicletas O tribalismo na política Mercado de trabalho “O mercado de trabalho em Portugal é demasiado rígido, ou, pelo contrário, já é mais flexível do que devia ser?” Texto de Ricardo Reis Mário Centeno - O Trabalho, uma visão de mercado O caso dos docentes universitários Educação / ensino “Temos um PIB alto para o nível de escolaridade da população” Escolaridade da população Público vs Privado Gestão da Escola Pública durante a pandemia e a evidência do impacto da ausência de aulas sobre o futuro dos alunos Os custos escondidos da pausa nas aulas Os benefícios de trabalhar numa empresa com um nível de escolaridade médio elevado Livro recomendado: “Beyond the Invisible Hand: Groundwork For A New Economics”, de Kaushik Basu   Obrigado aos mecenas do podcast:   Paulo Peralta, Eduardo Correia de Matos, João Baltazar, Salvador Cunha, Tiago Leite, Joana Faria Alves, Carlos Martins, Corto Lemos, Margarida Varela, Gustavo, Goncalo Machado Monteiro, Sérgio Vicente Tomás Costa, Tiago Neves Paixão, Joao Saro, Rita Mateus, Daniel Correia, António Padilha, Abilio Silva, Ricardo Duarte, Tiago Queiroz, Joao Salvado, Francisco Fonseca, João Nelas, Diogo Sampaio Viana, Rafael Santos, Carmen Camacho, José Soveral, Andre Oliveira, José Jesus, Ana Sousa Amorim, Luís Costa, Sara Mesquita, João Bernardino, Manuel Martins Vasco Sá Pinto, Rui Baldaia, Luis Quelhas Valente, Rui Carrilho, João Castanheira, Luis Marques, Joana Margarida Alves Martins, Tiago Pires, Francisco dos Santos, João Raimundo, Renato Vasconcelos, Marta Baptista Coelho, Hugo Correia, Mariana Barosa, Miguel Palhas, Pedro Rebelo, Nuno Gonçalves, rodrigo brazão, Pedro, Vasco Lima, Tomás Félix, José Carlos Abrantes, Duarte, José Galinha, José Oliveira Pratas, isosamep, João Moreira, Joao Pinto, Pedro alagoa, Francisco Aguiar, José Proença, Joao Diogo, JP, Marco Coelho, João Diogo Silva, Jose Pedroso, António Amaral, João pinto, Rodrigo Murteira Pedrosa, João Jaime, João Crispim, Ricardo Nogueira, Margarida Gonçalves, Miguel Lamela, Andrea Grosso, João Pinho, Andre Peralta Santos, Abílio Mateus, Paulo dos Santos, Telmo, Cátia João Prudêncio, Sérgio Catalão, joao Martins, Luis Filipe, Jose António Moreira, João Barbosa, Fonsini, Maria Francisca Couto, Carlos Magalhães Lima, Renato Mendes, Andreia Esteves, Alexandre Freitas, Tiago Costa da Rocha, Francisco Santos, Pedro F. Finisterra, Guilherme Pimenta Jacinto, Antonio Albuquerque, Fernando Sousa, juu-san, joana antunes, Francisco Vasconcelos, Gabriela, Paulo Ferreira, MacacoQuitado - Twitter, Pedro Correia, Francisco López Bermudez, Nuno Almeida, Carlos Silveira, Bruno Lamas, Francisco Manuel Reis, Diogo Rombo, Francisco Rocha, Fábio Mota, Diogo Silva, Tiago Gameiro, Pedro Conceição, Patrícia Esquível, Inês Patrão, Luis Miguel da Silva Barbosa, Albino Ramos, Daniel Almeida, Ricardo Campos, Ricardo Leitão, Vítor Filipe, João Bastos, Natália Ribeiro, André Balças, Hugo Domingues   Esta conversa foi editada por: Martim Cunha Rego Bio: Luís Aguiar Conraria é doutorado em Economia pela Cornell University, mestre pela Universidade do Porto e licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra. Desde 2005 que é professor de economia na Universidade do Minho. Já exerceu diversos cargos, dos quais se destaca o de director do Departamento de Economia. Actualmente é vice-presidente para a Investigação e Internacionalização da Escola de Economia e Gestão da UMinho. A sua investigação desenvolve-se na área de Macroeconomia, Economia do Ambiente, Economia Política e Métodos Quantitativos de Previsão. Recentemente começou a debruçar-se sobre a sustentabilidade da segurança social e os problemas da desigualdade de género no mercado laboral. Tem dezenas de artigos publicados em algumas das melhores revistas científicas internacionais, como o Journal of Money Credit and Banking, Energy Economics, American Journal of Political Science, Journal of Economic Dynamics and Control, entre várias outras. Em 2011 recebeu o Prémio Gulbenkian para a Internacionalização das Ciências Sociais. A nível de consultoria destaca-se a participação nas equipas que elaboraram o Estudo sobre a Poupança em Portugal — trabalho encomendado pela Associação Portuguesa de Seguradores em 2011 ― e o Parecer à Introdução à Conta Geral do Estado de 2009 — trabalho encomendado pelo Tribunal de Contas em 2010. See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jun 24, 2020 • 1h 49min

#90 Paulo Gama Mota - O mito de que a evolução produz adaptações perfeitas & muito mais

Biologist Paulo Gama Mota discusses the myths of perfect adaptations in evolution, covering the diverse behaviors shaped by sexual selection and the intelligence of octopuses. The conversation delves into the complexities of natural selection and challenges the ideal of flawless adaptations, emphasizing the need to understand evolutionary processes.
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Jun 11, 2020 • 1h 49min

#89 Paulo Gama Mota - Uma viagem pela teoria da evolução: Darwin, genes, selecção sexual e selecção de grupos

Paulo Gama Mota é biólogo, doutorado e professor na Universidade de Coimbra. Os seus interesses científicos têm sido o estudo do comportamento animal e a compreensão das suas causas evolutivas. O convidado foi também Director do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra até 2015, e é actualmente presidente da Sociedade Portuguesa de Etologia. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar Nesta conversa, fizemos uma viagem pela Biologia Evolutiva, percorrendo vários aspectos da teoria da evolução.  A evolução é um bom candidato à área mais fascinante da ciência. Como dizia o filósofo Daniel Dennett -- de quem falámos no episódio passado -- a descoberta de Darwin de evolução por selecção natural é, provavelmente, “a melhor ideia que alguém alguma vez teve”. Uma ideia muito simples de explicar, mas, na prática, com a imensa variedade da árvore da vida, incrivelmente complexa.  Compreender a lógica da evolução é fascinante por si só, mas também nos ajuda a compreender melhor uma série de outros aspectos, seja de outras áreas da ciência seja do nosso comportamento humano. Por isso, é um tema que já veio a propósito de vários temas que abordei no podcast; temas tão diferentes como genética, inteligência artificial, antropologia, psicologia evolutiva, doenças psiquiátricas, nutrição...e podia continuar. É, por isso, uma grande lacuna não ter ainda convidado um biólogo evolutivo para fazer uma viagem completa pelas teorias da evolução. Este episódio preenche essa lacuna. E, para compensar, não fica por aqui: no próximo episódio, o Paulo regressa para uma 2ª parte em que, depois desta panorâmica, falamos de vários outros aspectos que tornam a evolução um fenómeno tão complexo e, ao mesmo tempo, claro, fascinante.  Nesta primeira parte da conversa com o Paulo Gama Mota, fizemos, então, uma viagem pela biologia evolutiva. Falámos da teoria original de Darwin e do modo como foi complementada, já no século XX, pela visão da selecção como ocorrendo primariamente ao nível dos genes (e não apenas no indivíduo). E falámos também da chamada “selecção de grupo”, uma área controversa da Biologia, que propõe que a evolução pode também ocorrer um nível acima: ao nível dos grupos. Mas para haver selecção, não basta a um indivíduo ter maiores probabilidades de sobreviver mais tempo, tem que conseguir passar os seus genes para a geração seguinte. É aqui que entra a selecção sexual, de que falámos na última parte da conversa e que é uma das áreas de investigação do convidado. Nota: quando, a certo ponto, falamos de Egas Moniz, queremos obviamente dizer Martim Moniz.   Índice da conversa: Como funciona a evolução por selecção natural? Outros usos da lógica da evolução por selecção A síntese moderna Hamilton Haldane A visão da evolução centrada nos genes (ou teoria do gene egoísta) Richard Dawkins A explicação do infanticídio entre muitos mamíferos, e os primatas em particular. Transposões Quando a evolução produz resultados imperfeitos O pescoço da girafa Nos humanos: olho, próstata, o parto A visão da evolução centrada nos genes Seleção de parentesco  Green-beard effect Ajuda a explicar a origem evolutiva da homossexualidade? Grandmother hypothesis  Envelhecimento  Genes que evoluem por arrasto Diferença no tamanho de mãos e pés entre os dois sexos Seleção de grupo Edward Wilson (A mutação que nos permitiu beber leite em adultos) Evolução cultural Experiência Melissa Bateson Seleção sexual  Abetarda (pássaro) Modelo de Ronald Fisher (runaway selection) Modelo de bons genes (“sexy son hypothesis”) Modelo do handicap Livro: Evolution of beauty - Richard O. Prum (vídeo recém nascidos seguram-se sozinhos) Estímulos supranormais Modelo do sensory bias Obrigado aos mecenas do podcast:   Gustavo Pimenta; Eduardo Correia de Matos, Joana Monteiro Carlos Martins, Corto Lemos, Joana Faria Alves, João Baltazar, Mafalda Lopes da Costa, Rogério Jorge, Salvador Cunha, Tiago Leite, Rui Oliveira Gomes, Duarte Dória, Margarida Varela Abilio Silva, António Padilha, Carmen Camacho, Daniel Correia, Diogo Sampaio Viana, Francisco Fonseca, Helder Miranda, Joao Saro, João Nelas, Mafalda Pratas, Rafael Melo, Rafael Santos, Ricardo Duarte, Rita Mateus, Tiago Neves Paixão, Tiago Queiroz, Tomás Costa, José Soveral, João Almeida, André Oliveira, João Silveira, Miguel Cabedo e Vasconcelos, Joao Salvado, José Jesus, Ana Sousa Amorim, Manuel Martins, Maria Joao Braga da Cruz, Luis Belchior, João Bernardino, Sara Mesquita, Nuno Tiago Samelo, Ricardo Ribeiro Duarte, Filipe Ribeiro, Francisco Aguiar , Francisco Arantes, Francisco dos Santos, Francisco Vasconcelos, Henrique Lopes Valença, Henrique Pedro, Hugo Correia, isosamep, Joana Margarida Alves Martins, Joao Diogo, Joao Pinto, Jose Pedroso, José Galinha, José Oliveira Pratas, JosÉ Proença, JoÃo Diogo Silva, JoÃo Moreira, JoÃo Raimundo, Luis Ferreira, Luis Marques, Luis Quelhas Valente, Marco Coelho, Mariana Barosa, Marise Almeida, Marta Baptista Coelho, Marta Madeira, Miguel Coimbra, Miguel Palhas, Nuno Gonçalves, Nuno Nogueira, Pedro, Pedro alagoa, Pedro Rebelo, Pedro Vaz, Renato Vasconcelos, Ricardo Delgadinho, rodrigo brazÃo, Rui Baldaia, Rui Carrilho, Rui Passos Rocha, Telmo, Tiago Costa da Rocha, Tiago Pires, Tomás Félix, Vasco Lima, Vasco Sá Pinto, Vitor Filipe, Ricardo Nogueira, Alexandre Almeida, Francisco Arantes, João Crispim, Paulo dos Santos, Élio Mateus, André Peralta Santos, João Pinho, Paulo Fuentez, Simão Morais, Andrea Grosso, Robertt, Fonsini, João Barbosa, Jose António Moreira, Luís Pereira, João Martins, Sérgio Catalão, Vasco Faden Araujo, João Castanheira, Cátia Prudêncio, Telmo Damião, Gerson Castro, Rodrigo Murteira Pedrosa, Alexandre Freitas, Andreia Esteves, Renato Mendes, Carlos Magalhães Lima, Maria Francisca Couto, Tomás Santos, Antonio Albuquerque, Natália Ribeiro, Pedro F. Finisterra, Francisco Santos, João M. Bastos, Rita Branco, Inês Grosa, Lara Pimentel, Natália Ribeiro, Joana Antunes, Lara Luís, Nelson Lopes, João Bastos, Nelson Poças, Tânia Marques, Fernando Sousa, Francisco López Bermúdez, Pedro Correia, Tiago Chança, MacacoQuitado, Paulo Ferreira, João Aires, Gabriela, Carlos Silveira, Ricardo Campos, Sérgio Vicente, Nuno Almeida, Mauro Ribeiro, Francisco Rocha, Inês Braga, André Balsas, Francisco Manuel Reis, Ricardo Leitao, Bruno Lamas, Danel Almeida, Albino Ramos     Esta conversa foi editada por: Martim Cunha Rego Bio: Doutorado pela Universidade de Coimbra e Professor Associado, com agregação, do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC. Os seus interesses científicos têm sido o estudo do comportamento animal e a compreensão das suas causas evolutivas, incluindo a nossa espécie. Em especial, interessa-se pela evolução de sinais sexuais, como a coloração nas aves, e a comunicação animal. Publica regularmente nas revistas mais importantes de comportamento animal e evolução. É investigador do CIBIO, onde coordena o grupo de investigação em Ecologia Comportamental e é Presidente da Sociedade Portuguesa de Etologia. A par da sua actividade científica e de ensino, interessou-se pela comunicação de ciência, aspecto que considera essencial na actividade de um cientista. Foi director do Museu Antropológico da FCTUC, do Museu Nacional da Ciência e da Técnica, e responsável pelo projecto e Director do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (2006-2015), que recolheu inúmeros prémios nacionais e internacionais, pela excelência do projecto e da sua actividade. Comissariou várias exposições de ciência e coordenou vários projectos de ciência cidadã, sempre com a preocupação de aproximar os cidadãos da ciência.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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May 27, 2020 • 1h 46min

#88 Sofia Miguens - Filosofia da Mente & muito mais

Sofia Miguens é professora catedrática no Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e fundadora do MLAG, dedicado à Filosofia da Mente, Linguagem e Acção. -> Apoie este projecto e faça parte da comunidade de mecenas do 45 Graus em: 45graus.parafuso.net/apoiar Decidi convidar a Sofia para o 45 Graus porque há muito que queria abordar algumas das questões da área da Filosofia da Mente, em que ela se começou por especializar.  Como vão perceber, depois, como o leque de interesses da convidada dentro da Filosofia contemporânea é particularmente alargado, a nossa conversa acabou por se estender por outros terrenos igualmente interessantes. Abrimos as hostilidades a discutir uma peculiaridade da Filosofia Contemporânea que me vem intrigando já há algum tempo: o facto de coexistirem abordagens e estilos distintos na Filosofia actual -- por vezes tão distintos que nem parecem vir da mesma área do conhecimento. Há várias maneiras de organizar estas diferenças de estilo, mas a distinção mais comum é entre Filosofia Analítica e a Filosofia Continental, que correspondem também (e não por acaso) a tradições linguísticas específicas. Esta discussão levou-nos a discutir também um tema eterno: a relação da Filosofia com a Ciência: será que são, no fundo, a mesma coisa ou, pelo contrário, são irremediavelmetne incompatíveis? Na segunda parte da conversa, a partir sensivelmente dos 35 minutos, saltámos para problemas mais concretos da principal área de investigação da convidada: a Filosofia da Mente, da Linguagem e da Acção, como por exemplo o chamado “problema mente-corpo”. No último trecho da conversa, tivemos ainda tempo para discutir outro tema quente destas áreas: o campo crescente, composto por filósofos e cientistas, que declara que, por muito que nos custe, tudo indica que não temos livre arbítrio.    Índice da conversa: Livros da convidada Uma Leitura da Filosofia Contemporânea Filosofia da Mente - Uma Antologia The Logical Allien Filosofia Analítica vs Filosofia Continental Analítica: Frege, Russell, Wittgenstein  Continental: Husserl, Heidegger, Kant, Hegel, Nietzsche, Kierkegaard, Marx Quine e os "Dois Dogmas do Empirismo" Hilary Putnam Porque é que a Filosofia é tão dependente de autores individuais? Porque é que não há um corpo de conhecimento universal da Filosofia? A importância da linguagem Filosofia vs Ciência Quine e a Filosofia da Ciência Thomas Nagel e o papel do observador (“The view from nowhere”) Existencialismo Filosofia da Mente (& da Linguagem e da Acção) O que é? Daniel Dennett  David Chalmers Problema mente-corpo: onde está a nossa mente? Pensamento vs mente A Consciência  Experiências de pensamento clássicas da Filosofia da Mente Thomas Nagel - What Is It Like to Be a Bat?  Frank Jackson - Mary the super-scientist David Chalmers - o zombie filosófico Teoria de Dennett Qualia Inteligência Artificial  Racionalidade e Emoções David Hume Livre arbítrio A experiência de Libet Livros recomendados Stanley Cavell - The Claim of Reason: Wittgenstein, Skepticism, Morality, and Tragedy Robert Nozick - The Nature of Rationality   Obrigado aos mecenas do podcast:   Gustavo Pimenta; Eduardo Correia de Matos, Joana Monteiro Carlos Martins, Corto Lemos, Joana Faria Alves, João Baltazar, Mafalda Lopes da Costa, Rogério Jorge, Salvador Cunha, Tiago Leite, Rui Oliveira Gomes, Duarte Dória, Margarida Varela Abilio Silva, António Padilha, Carmen Camacho, Daniel Correia, Diogo Sampaio Viana, Francisco Fonseca, Helder Miranda, Joao Saro, João Nelas, Mafalda Pratas, Rafael Melo, Rafael Santos, Ricardo Duarte, Rita Mateus, Tiago Neves Paixão, Tiago Queiroz, Tomás Costa, José Soveral, João Almeida, André Oliveira, João Silveira, Miguel Cabedo e Vasconcelos, Joao Salvado, José Jesus, Ana Sousa Amorim, Manuel Martins, Maria Joao Braga da Cruz, Luis Belchior, João Bernardino, Sara Mesquita, Nuno Tiago Samelo, Ricardo Ribeiro Duarte, Filipe Ribeiro, Francisco Aguiar , Francisco Arantes, Francisco dos Santos, Francisco Vasconcelos, Henrique Lopes Valença, Henrique Pedro, Hugo Correia, isosamep, Joana Margarida Alves Martins, Joao Diogo, Joao Pinto, Jose Pedroso, José Galinha, José Oliveira Pratas, JosÉ Proença, JoÃo Diogo Silva, JoÃo Moreira, JoÃo Raimundo, Luis Ferreira, Luis Marques, Luis Quelhas Valente, Marco Coelho, Mariana Barosa, Marise Almeida, Marta Baptista Coelho, Marta Madeira, Miguel Coimbra, Miguel Palhas, Nuno Gonçalves, Nuno Nogueira, Pedro, Pedro alagoa, Pedro Rebelo, Pedro Vaz, Renato Vasconcelos, Ricardo Delgadinho, rodrigo brazÃo, Rui Baldaia, Rui Carrilho, Rui Passos Rocha, Telmo, Tiago Costa da Rocha, Tiago Pires, Tomás Félix, Vasco Lima, Vasco Sá Pinto, Vitor Filipe, Ricardo Nogueira, Alexandre Almeida, Francisco Arantes, João Crispim, Paulo dos Santos, Élio Mateus, André Peralta Santos, João Pinho, Paulo Fuentez, Simão Morais, Andrea Grosso, Robertt, Fonsini, João Barbosa, Jose António Moreira, Luís Pereira, João Martins, Sérgio Catalão, Vasco Faden Araujo, João Castanheira, Cátia Prudêncio, Telmo Damião, Gerson Castro, Rodrigo Murteira Pedrosa, Alexandre Freitas, Andreia Esteves, Renato Mendes, Carlos Magalhães Lima, Maria Francisca Couto, Tomás Santos, Antonio Albuquerque, Natália Ribeiro, Pedro F. Finisterra, Francisco Santos, João M. Bastos, Rita Branco, Inês Grosa, Lara Pimentel, Natália Ribeiro, Joana Antunes, Lara Luís, Nelson Lopes, João Bastos, Nelson Poças, Tânia Marques, Fernando Sousa, Francisco López Bermúdez, Pedro Correia, Tiago Chança, MacacoQuitado, Paulo Ferreira, João Aires, Gabriela, Carlos Silveira, Ricardo Campos, Sérgio Vicente, Nuno Almeida, Mauro Ribeiro, Francisco Rocha, Inês Braga, André Balças, Francisco Manuel Reis, Ricardo Leitao     Esta conversa foi editada por: Martim Cunha Rego Bio: Áreas de ensino e investigação: epistemologia, filosofia da mente, da linguagem e da acção, filosofia moral, história da filosofia contemporânea. Professora Catedrática no Departamento de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto. O seu orientador de doutoramento foi o filósofo português Fernando Gil (FCSH-UNL - Lisboa, EHESS – Paris) No Instituto de Filosofia da Universidade do Porto criou em 2005 o MLAG (Mind, Language and Action Group,) que dirige até hoje e que tem levado a cabo sucessivos projectos de investigação externamente financiados (FCT, BIAL, DAAD, CNRS) e albergado o trabalho de mestrandos, doutorandos e investigadores de pós-doutoramento. No Instituto de Filosofia é ainda a responsável pela coordenação dos grupos de investigação da área de Filosofia Moderna e Contemporânea.  Foi visiting scholar na NYU – Nova Iorque (2000), no Instituto Jean Nicod, Paris (2007-2008). Foi Visiting Researcher na Universidade de Sydney – Australia (2013). Em 2017 foi Visiting Professor em Amiens. Tem lecionado cursos e feito conferências em vários países (Espanha, França, Alemanha, Áustria, Turquia, Suíça, Finlândia, Austrália, Polónia, Rússia, China entre outros). Foi Presidente da Sociedade Portuguesa de Filosofia. Foi Diretora do Departamento de Filosofia da FLUP e Diretora da licenciatura em Filosofia. É atualmente Diretora do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto, uma Unidade de Investigação da FCT.  É autora de sete livros, Uma Teoria Fisicalista do Conteúdo e da Consciência – Daniel Dennett e os debates da filosofia da mente (2002), Racionalidade (2004), Filosofia da linguagem (2007), Será que a minha mente está dentro da minha cabeça? Da ciência cognitiva à filosofia (2008), Compreender a mente e o conhecimento (2009), Uma leitura da filosofia contemporânea – figuras e movimentos (2019).  Coordenou mais de duas dezenas de volumes colectivos em português e inglês, o último dos quais The Logical Alien (Harvard University Press, 2020). É autora de mais de 100 artigos em inglês, francês e português, alguns dos mais recentes: “Temptation and Therapy – Wittgensteinian responses to other minds scepticism” (Wittgenstein Studien, 2019) e “The Human Face of Naturalism – Putnam and Diamond on religious belief and the ethical ‘gulfs between us’” (The Monist, 2020).  See omnystudio.com/listener for privacy information.

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