FRAPACAST

No último episódio da temporada, Jaqueline Souza e Renata Martins, criadoras e roteiristas da antologia da Globo, compartilham o processo criativo por meio de materiais e documentos produzidos ao longo do desenvolvimento da série, que mistura o fantástico, o horror, o thriller psicológico e conceitos do afrosurrealismo, com dramas tão corriqueiros quanto surpreendentes. Elas também discutem os desafios de construir uma narrativa provocativa que ressoe com um público amplo da TV aberta.

As convidadas Julia Priolli, Letícia Fudissaku, Luíza Fazio e Thais Pontes compartilham suas experiências na criação de segundas temporadas de famosas séries brasileiras, trazendo dicas de como incrementar a história sem se distanciar da primeira temporada, os critérios para novos arcos e criação e desenvolvimento de novos personagens, e também sobre a dinâmica da sala de roteiro para roteiristas que entram com um projeto já em andamento. Mediação de Raquel Terto.

Quando roteiristas criam personagens e espaços de visibilidade sobre a comunidade trans, não adianta que a presença seja apenas na ficção, é necessário ter a mão de profissionais trans nessa construção. Nesta mesa de debate, Bartolomeu Luiz, Cássio Kelm e Clarice Siqueira conversam sobra a urgência que população trans tem na mudança da narrativa sobre ela, para além da criação de espaços de trabalho. Escrever sobre a comunidade trans é uma forma de apoiar sua existência e pode ser diretamente responsável na diminuição da violência contra esta população. Mediação: Rastricinha Dorneles. A atividade foi realizada em parceria com a APTA (Associação de Profissionais Trans do Audiovisual). 

Ana do Carmo e Victor di Marco analisam as características únicas do curta-metragem, destacando tanto os desafios quanto as oportunidades que esse formato oferece. Eles também discutem o papel crucial do roteiro na criação de narrativas impactantes dentro de um espaço limitado, além de abordar como o curta-metragem pode influenciar a carreira dos profissionais envolvidos, apresentando casos de sucesso e desafios superados. Mediação de Daniel Jaber e Luciana Damasceno. A atividade foi realizada em parceria com a Cardume, plataforma de streaming de curtas-metragens parceira do FRAPA.

Na atividade, as representantes da Associação Brasileira de Autores Roteiristas (ABRA), entidade parceira do FRAPA, debatem os caminhos necessários e urgentes para a conquista de inclusão e equidade racial no mercado audiovisual brasileiro de forma consciente. Elas também conversam sobre os prazeres, os desafios e as responsabilidades envolvidas no processo de desenvolvimento de narrativas que atravessam esse tema. 

A diretora e roteirista Maíra Bühler compartilha sua experiência na elaboração de projetos selecionados por fundos e laboratórios internacionais, com preciosas dicas para roteiristas que querem trilhar estes caminhos. Mediação de Luísa Lucciola. A atividade foi uma parceria do FRAPA com Paradiso Multiplica, ação de difusão de conhecimento do Projeto Paradiso.

O Brasil produz narrativas melodramáticas como ninguém, e o melodrama uma ferramenta poderosa para conectar com o público. Nessa conversa, o roteirista e diretor Igor Verde relê o melodrama, gerando possibilidades de uso ou subversão desse gênero. Afinal, nuvem de lágrimas sobre os olhos dá história boa.

O audiovisual é marcado por um histórico de condutas abusivas. Nas salas de roteiro, é preciso lidar com diferentes responsabilidades e personalidades, sob a pressão de qualidade e prazo, o que nem sempre é uma tarefa fácil. Nesta atividade, Aila Sampaio e Lucas Veiga debatem casos reais da nossa indústria e os caminhos que podem transformar a sala de roteiro em um espaço mais seguro e inclusivo. Mediação de Babi Teles.

Beatriz Seigner, Elisio Lopes Jr, Hela Santana e Jaqueline Souza debatem sobre como as particularidades culturais, sociais e políticas do Brasil influenciam as narrativas fantásticas que contamos. Como a nossa realidade se entrelaça com o imaginário e desafia as convenções dos gêneros tradicionais? Nossos convidados compartilham um pouco de seus processos criativos e trazem exemplos de obras brasileiras que têm utilizado elementos locais para criar universos únicos. Mediação de André Pereira.

Maurício Rizzo, Nathalia Cruz e Renata Andrade debatem as especificidades de como escrever uma esquete eficaz, com exemplos a partir de suas experiências. Falando desde técnicas de construção de personagens, diálogos, timing até às estruturas destas narrativas curtas, os convidados dão dicas preciosas de como transformar uma ideia simples e situações do dia-a-dia em um roteiro de comédia. Mediação de Gustavo Suzuki.