Podcast da Semana

O relacionamento do século 21 tem muitas nuances e especificidades inéditas. O celular, por exemplo, foi algo que mudou para sempre o jeito como as pessoas se relacionam e até se conhecem. Mas o que mais mudou?Os roteiristas e escritores Renata Corrêa e Antonio Prata são os convidados do Podcast da Semana sobre relacionamento amoroso. Renata, que é apresentadora do podcast P.R.I.M.A.S e colunista do UOL Splash, fala que, na era da selfie e do narcisismo, estamos vivendo uma crise do apaixonamento. “A gente não está preparado para um relacionamento, que é alteridade, diferença, lidar com o outro”, afirma.“Se eu fosse começar um relacionamento hoje eu teria que primeiro fazer um curso de informática”, diz Prata, que é também cronista, colunista da Folha de S.Paulo e autor do livro “Trinta e Poucos” (Companhia das Letras, 2016), entre outros títulos. Para ele, outra dificuldade do relacionamento do século 21 é nosso nível de exigência, que está muito maior: os parceiros têm que estar em perfeita sintonia em diferentes áreas, precisam gostar das mesmas coisas, ser bons em tudo juntos, jamais decepcionar. “Quando o legal é a diferença”, diz.Os dois falam sobre o namoro e o casamento dos tempos de hoje na realidade e na ficção e sobre como a pandemia mudou ainda mais a dinâmica das relações.

Todos os dias, toneladas de lixo têxtil chegam aos aterros sanitários. Sem falar de toda energia gasta com a produção e distribuição de roupas e a e contaminação da água (a fabricação de uma calça jeans gasta mais de 5 mil litros de água). A moda gera muito lixo e é sobre isso o Podcast da Semana com André Carvalhal.O carioca trabalhou na área de marketing e criação de marcas brasileiras e hoje é consultor e especialista em sustentabilidade. É autor de livros como Moda como Propósito (2016), “A Moda Imita a Vida” (2018), e o livro finalista do prêmio Jabuti, “Viva o Fim” (2018).Mais recentemente lançou “Como Salvar o Futuro” (Companhia das Letras, 2021) . No livro ele traz reflexões de como habitamos o mundo, nos relacionamentos com a natureza, com o consumo e com as pessoas.No Podcast da Semane ele fala de futuro, de como fazer escolhas mais conscientes, de economia circular, de consumir menos e da necessidade de cobrar por fiscalização e boas práticas por parte das marcas e do poder público.

Como é possível aproveitar ao máximo tudo que o nosso corpo tem para nos oferecer? Como sair do lugar-comum na hora do sexo e ter uma experiência melhor. É sobre isso o trabalho da terapeuta orgástica Mariana Stock, entrevistada do Podcast da Semana."A gente precisa cada vez mais poder falar sobre essas questões. Saber onde está o nosso potencial erógeno, orgástico para não ficar repetindo esse distanciamento total das possibilidades de sentir prazer através do nosso corpo", diz a Gama.A curitibana era publicitária e mudou a trajetória profissional. Estudou psicanálise, doulagem até fundar o Prazerela, em 2017. Um espaço, com cursos e vivências para a mulher. Seu companheiro, o terapeuta Cláudio Serva, toca o Prazerele, focado nos homens. Ambos somam 280 mil seguidores no Instagram, tamanho o interesse no tema.

O chef Luiz Filipe Souza, do restaurante Evvai, tornou-se um empreendedor durante a pandemia. Não que ele já não fosse sócio do restaurante. Mas diante de tantas adversidades, precisou se adaptar e tomar decisões rápidas para manter seu negócio ativo neste primeiro ano de pandemia. “A maior habilidade que tem que incentivar e cultivar é a tomada de decisão rápida. É a flexibilidade, a resiliência, a maleabilidade como empresa e como negócio. Se eu tivesse continuado com meus dogmas, de como gostaria de ser, eu não estaria aqui contando a minha história”, afirmou em entrevista ao Podcast da Semana, que na edição de empreendedorismo fala de um dos setores que mais sofreu na pandemia, o da restauração.A receita do chef do Evvai para vencer as adversidades neste ano foi ousada: em vez de reduzir, expandir. Além de ter adaptado seu restaurante de alta gastronomia para o delivery e ter conseguido lançar novos menus-degustação, Luiz Filipe Souza abriu uma pizzaria, uma loja de biscoitos cuja renda é totalmente revertida em caixinha para os funcionários e abriu um mercado onde vende os produtos dos pequenos produtores que o atendem. Tudo isso para não demitir ninguém. “A minha equipe é o meu maior bem hoje”, ele afirma.Na entrevista a Gama, Souza fala sobre os desafios da pandemia, de ser um empreendedor no Brasil, sobre o que acredita que é importante fazer para continuar empreendendo. Hoje, ele se reconhece até mais empreendedor do que chef.

A importância do diálogo, da transparência e da transmissão de valores está na base da ideia de maternidade da apresentadora e empresária Fernanda Lima, entrevistada do Podcast da Semana na edição do Dia das Mães. Mãe de três filhos, os gêmeos João e Francisco, de 13 anos, e Maria Manoela, de 1 ano e meio, Fernanda conta sobre como se imaginou uma mãe autoritária antes de tê-los, mas que acabou fazendo o caminho inverso. “A autoridade afasta a criança, ninguém está aqui pra obedecer. Eles têm que ter responsabilidade. Os valores que carrego comigo passo e exijo deles.”“Prefiro que me considerem uma pessoa com quem possam trocar, dividir, tocar em assuntos cabeludos. Falo coisas que aconteciam comigo, dos medos que tinham nessa idade, falo que isso vai passar, que é coisa do momento”, contou na entrevista ao podcast. Em casa, à noite quando põe os filhos para dormir, ela tem sessões de bate-papo no escuro com os meninos. “É como se eu não fosse mais a mãe quando se apaga a luz, eles falam tudo o que vem à mente, seus medos, inseguranças, dúvidas sobre namoro, sexo. Eu posso estar muito iludida e daqui a pouco me mostrarem que não é bem assim, mas neste momento acho que estou dando suporte para eles está sendo legal”, conta.Num papo aberto e sincero com a Gama, Fernanda Lima falou sobre a divisão de tarefas em casa, como criar filhos feministas e como encontrar tempo para si — três coisas que estão completamente conectadas, ela explica. Conta sobre as diferenças de ter filhos aos 30 e aos 42, e como foi a experiência de estar totalmente imersa na vida familiar duante a pandemia.

No Podcast da Semana a conversa é com Francisco Silveira Guimarães, médico, farmacologista e professor titular da Faculdade de Ribeirao Preto da Usp. Como pesquisador, desde os anos 1980 ele estuda os efeitos do canabidiol (CDB) especialmente para tratar a ansiedade.Ainda que com um legislação instável no tema, na área de pesquisa o Brasil é referência. Segundo o estudo Global Trends in Cannabis and Cannabidiol Research from 1940 to 2019, publicado em 2020 na revista Current Pharmaceutical Biotechnology, a USP ocupa o primeiro lugar como a instituição que mais publica artigos sobre o canabidiol no mundo.A Universidade tem mais que o dobro da segunda instituição, a King’s College London, do Reino Unido. O médico Francisco Silveira Guimarães, que você escuta nesta edição do podcast, está entre os dez pesquisadores do mundo que mais publicaram nesse período.

Neste episódio do Podcast da Semana o tema é a dor da perda, o luto. A psicóloga Valeria Ulbricht Tinoco é cofundadora, professora e supervisora do 4 Estações, um instituto de psicologia focado nas chamadas vivências de rompimento. Ela diz que a criação desse espaço tem a ver com o fato de que pessoas enlutadas, muitas que inclusive já fazem terapia, relatam sentir falta de um acolhimento mais especializado, daí essa iniciativa.Na conversa, ela fala sobre as particulares do processo de luto em tempos pandêmicos, quando não é possível passar pelos rituais de despedida tradicionais. Dá caminhos para acolher o luto do outro e lembra que cada pessoa tem seu próprio tempo e ferramentes para encarar essa realidade. "A gente sempre precisa pensar que não sabemos o que aquela perda representa na experiência do outro" , diz a Gama.

"Podcast da Semana" está na Orelo app.orelo.audio/3Jqh ☁️🎧-Se teve uma coisa que a pandemia mexeu foi com a alimentação. Para uns, foi a hora de descobrir a cozinha — há relatos de prazer, mas também de desespero. Outros viveram uma overdose de delivery. Mas um terceiro grupo, o mais amplo e preocupante, passou a viver em total insegurança alimentar e o Brasil voltou para o mapa da fome. No Podcast da Semana da edição O que come o Brasil? conversamos com a chef Mara Salles, do restaurante Tordesilhas, autora de “Ambiências” (DBA, 2000), um clássico da cozinha brasileira; e com a nutricionista e pesquisadora Neide Rigo, autora do blog Come-se.Amigas de longa data, as duas traçam comentários sobre o cenário atual da alimentação do Brasil, as transformações causadas pela entrada massiva da industrialização em todo o território nacional e o crescimento das restrições alimentares. Sobre o momento em que vivemos, dão dicas de como ter mais agilidade na cozinha de casa quando ela também vira escritório. Falam também sobre como a educação pode melhorar a cesta básica num momento em que a escassez alimentar cresce, além de tecer comentários sobre a cozinha amazônica e a mandioca como um dos ingredientes mais interessantes do país.

"Podcast da Semana" está na Orelo https://app.orelo.audio/3Jqh ☁️🎧 -O amor, para Letrux, é elemento essencial de criação. É um tema sobre o qual a cantora, letrista e colunista da Gama trata sempre — seja no disco que ela lançou em março de 2020, “Aos Prantos”. Seja no livro que ela acaba de lançar, o “Tudo que já Nadei” (Planeta, 160 pág., R$ 34,90). “Eu amo todos os amores, os inventados, os platônicos, os romantizados, os verdadeiros, os crus, os horrorosos — até os horrororos eu entendo e respeito”, diz a Gama.Nesta edição do Podcast da Semana, o papo com a carioca Leticia Novaes, 39, é sobre a amor, criação e como nasceu “Cuidado Paixão”, um hit do seu último disco que certamente será cantado em coro quando seu público puder se aglomerar de novo.

O acesso à universidade é capaz de promover mudanças profundas na sociedade e nas famílias que passam a ter membros que ingressam no ensino superior. Para isso é preciso, entre outras coisas, ações afirmativas e políticas de permanência. Sobre esse tema, o Podcast da Semana entrevista a socióloga e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) Flavia Rios. Ela integra o Cebrap/afro, é coordenadora do curso de Ciências Sociais da UFF e do Projeto Gestão municipal da igualdade racial e políticas inclusivas de educação e trabalho no município de Niterói. É também coautora do livro “Lélia Gonzalez” (Summus, 2010), sobre a grande antropóloga e filósofa brasileira e co-organizadora do livro “Negros nas Cidades Brasileira”(Intermeios/Fapesp, 2018).