Ponto de Partida cover image

Ponto de Partida

Latest episodes

undefined
Jun 23, 2025 • 12min

O cenário do pesadelo no Irã

O cenário do pesadelo é o seguinte: a inteligência americana e israelense está errada, ainda existe um laboratório secreto de enriquecimento de urânio no Irã e eles têm uma arma nuclear em menos de um mês. Estavam perto de ter essa arma. É um cenário improvável, mas não impossível.See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jun 20, 2025 • 45min

Entrevista de Flávio: alegria ou desespero pra quem?

No Ponto de Partida desta sexta-feira (20), Yasmim Restum e Pedro Doria conversam sobre as possíveis consequências da última entrevista do senador Flávio Bolsonaro para a Folha de São Paulo. O filho número 1 do ex-presidente acabou por redesenhar todo o cenário da eleição de 2026 ao, abertamente, demandar anistia ao futuro novo presidente da direita, ameaçando pedir um novo golpe de estado para safar seu próprio pai. Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) está encurralado? Petistas devem se preocupar? A demanda do senador é inconstitucional, mas será que tem algum mecanismo para colocá-la "dentro das quatro linhas" da democracia? Muitas perguntas e um só Ponto de Partida.Yasmim Restum e Pedro Doria te guiam nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Participe! Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferidoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jun 18, 2025 • 12min

Você conhece o Irã?

Você conhece o Irã? Vamos falar sobre o que acontece se você for gay? Ou se você for mulher? Sobre como é viver no regime dos aiatolás? É importante ao menos entender do que se trata.See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jun 16, 2025 • 12min

Flávio Bolsonaro quer um novo golpe

O senador Flávio Bolsonaro deu uma longa entrevista para a Folha de São Paulo. Ela redesenha todo o cenário da eleição do ano que vem, fortalece a direita e pede um novo golpe de Estado para safar o pai.See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jun 13, 2025 • 53min

Cancelem as festas juninas!

No Ponto de Partida desta sexta-feira (13), Yasmim Restum e Pedro Doria conversam sobre uma polêmica recente envolvendo as tradicionais festividades juninas, de São João, Santo Antônio ou mesmo de São Pedro. Neste papo, você vai saber um pouco mais sobre o brasileiro rural, caipira, de um passado nem tão distante, e como ele se relaciona com essa festividade mais intimamente do que costuma-se falar por aí.Ao final, passando rapidamente pelo assunto dos depoimentos dos réus da trama golpista no STF, sobrou tempo para Pedro discorrer acerca de uma Brasil que precisa conhecer o seu passado para caminhar junto para o futuro - democraticamente, é claro.Yasmim Restum e Pedro Doria te guiam nessa jornada com uma seleção dos comentários que vocês enviam nas redes sociais e canais do Meio. Participe! Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferidoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jun 11, 2025 • 12min

O plano de Bolsonaro

Se você acha que ontem assistimos a vários depoimentos meio modorrentos com os interrogatórios de Jair Bolsonaro ou dos generais Augusto Heleno, Braga Netto e Paulo Sérgio, calma lá. Muita coisa aconteceu no STF.See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jun 9, 2025 • 12min

Vamos proibir o caipira

Quando começamos a botar em dúvida se cabe às crianças se fantasiarem de caipiras, estamos abandonando uma das últimas tradições que restavam. E agora, como é que saberemos o que é ser brasileiro?See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jun 6, 2025 • 57min

Censura demais e Lula de menos

No Ponto de Partida desta sexta-feira (6), Yasmim Restum e Pedro Doria conversam sobre a maré ruim que acomete o governo Lula. Tanto na última edição da pesquisa Atlas como na Genial/Queast, as novidades foram ruins para Lula. Sua aprovação está no pior momento em 15 meses. Para quais caminhos esse xadrez político aponta?No mais, com o apoio dos questionamentos dos meiers nas redes, Yasmim e Pedro se debruçam sobre a problemática da censura na atualidade, analisando se estamos intolerantes à tolerância.Envie sua pergunta ou comentário e participe dos vídeos do Meio! Assista em vídeo no Youtube, e acompanhe em áudio no seu tocador de podcasts preferidoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jun 4, 2025 • 13min

Censura já!

Estamos vivendo um tempo de ímpeto censor. Na direita, na esquerda, todo mundo está muito convencido de que é preciso calar o outro. Não funciona. -See omnystudio.com/listener for privacy information.
undefined
Jun 2, 2025 • 12min

O PT é corrupto?

É bem ruim a notícia trazida pela última edição da pesquisa Atlas para o governo Lula. E para o presidente Lula, também, se ele deseja a reeleição. Sua aprovação está no pior momento em 15 meses, 53,7% dos brasileiros o reprovam pessoalmente. É cinco pontos mais do que a pesquisa realizada em março. Se o segundo turno de 2022 ocorresse hoje, Bolsonaro venceria com quase 47% dos votos contra 44% de Lula. E por que isso? Corrupção.Os números principais são os seguintes. Em outubro do ano passado, 51% dos brasileiros consideravam corrupção o maior problema do país. Subiu para 60% em março e se manteve no mesmo lugar, agora. 59%, mas na margem de erro. O número é o mesmo.Em 2023 e 24, os principais problemas que os brasileiros enxergavam no país, nas várias pesquisas, eram economia e saúde. Estavam acontecendo filas gigantes no SUS para cirurgias e consultas, coisa que o governo conseguiu resolver. Tudo aquilo que não deu para fazer durante a pandemia acumulou e demorou para tirar o gargalo. Teve um surto feio de dengue, no ano passado, um surto histórico, para não falar dos reajustes altos dos planos de saúde e Covid longa. Muita gente lidando com isso tudo fez Saúde disparar como problema. E teve inflação, juros altos. O governo jogou muita grana na economia, o que dá uns picos de crescimento de PIB mas também desorganiza mercados e gera inflação. É aquele tipo de crescimento que as pessoas não sentem na vida cotidiana porque o que veem são os preços subindo toda hora no supermercado.Só que, nesses primeiros meses do ano, saúde foi sumindo como problema grande, a economia não está nos eixos mas a inflação aperta menos. E aí estourou o escândalo do INSS.Para Lula, o pior tema que pode estar no topo das preocupações dos brasileiros é corrupção. É onde ele não consegue ganhar. Veja, a popularidade do presidente estava baixa, mas ela vinha subindo lentamente desde o primeiro semestre do ano passado. Entrou a coisa do INSS, abateu.Quer entender a natureza do problema? Então pensa só nesse número: 68% dos brasileiros julgam ou muito provável ou provável que “revelações sobre grandes fraudes ou esquemas de corrupção” aconteçam nos próximos seis meses. O impressionante deste número, quase 70%, é que ele vai muito além dos eleitores de direita. Isso quer dizer que pelo menos metade das pessoas que votariam em Lula para a presidência acham que é inevitável um escândalo grande nos próximos meses.Essa ideia de que um governo Lula é, necessariamente, um governo corrupto é uma que até quem vota no presidente compra como fato. Os governos do PT são percebidos como muito corruptos inclusive pelos eleitores petistas. E esse é um tema sobre o qual a gente não fala o suficiente. Até porque a responsabilidade desta percepção não é só do PT. Entender isso é importante porque esta percepção de que corrupção é o maior problema do país, se ela se mantém no ano que vem, derruba Lula e elege a oposição.Vamos começar por ideologia? Muita gente pensa em ideologia como uma escolha racional que as pessoas fazem. Raramente é. Ideologia costuma ser fruto natural de nossas predisposições internas, da nossa personalidade. Tem mais a ver com psicanálise e genética do que tem a ver com pensamento frio. A gente que racionaliza nossos valores a posteriori. E a mente conservadora, antes de tudo, percebe o mundo como um caos que precisa ser controlado. O conservador vê o mundo como ameaçador. O papel do Estado, para ele, é controlar essas ameaças. É um papel de força para a ordem. Então a relação do conservador com Justiça tende a ser punitivista, mesmo. Impor pelo receio de prisão, de punição, os limites a estes bichos selvagens que nós humanos somos.A cabeça liberal é bem diferente. Prum liberal, o instinto é que, se houver dúvida a respeito da culpa, melhor não prender, não condenar. O liberal prefere um Estado parcimonioso. Não pode ser ausente, porque sem Estado o forte se impõe ao fraco e liberal, liberal de verdade, quer que as pessoas estejam livres de qualquer opressão. Do Estado mas também de gente, de empresas. Não importa de onde vem. O socialista tem um terceiro caminho. Ele, como o conservador, quer um Estado forte. Mas é por outra razão. É um Estado para fazer Justiça social, se impor sobre os ricos, distribuir os recursos da sociedade. Ter esse guia sobre as três ideologias ajuda a explicar muita coisa.O conservador não lida bem com o jeito como a Lava Jato acabou. Os muitos problemas de rito da Justiça, a maneira como o juiz de primeira instância em Curitiba atravessou suas atribuições, para a cabeça conservadora isso é firula, é bobagem, tudo desculpa pra tirar a punição de corruptos. Para um liberal, os ritos da Justiça são a essência da garantia de que ninguém terá suas liberdades cerceadas sem o devido processo legal. Para os socialistas, a corrupção meio que não importa. O Estado brasileiro é corrupto mesmo, mas como o importante é que as pessoas em seu comando estejam fazendo Justiça social, se alguma corrupção for necessária, manda ver. É uma versão de esquerda do rouba mas faz, percebe?Cerca um petista, qualquer um, e pergunta se ele acha que nunca houve corrupção bárbara na Petrobras. Ninguém vai dizer isso. Eles só não acham tão relevante assim. Tem uma tese de doutorado do cientista político Thiago Barbosa, que ganhou prêmio da Capes em 2020, mostrando outra coisa. Se você é de esquerda, você tende a diminuir a percepção de corrupção da sua turma e aumentar a dos outros. Se você é de direita, idem.Entender o componente ideológico ajuda a explicar um pouco um mistério: por que a direita não liga pras muitas evidências de corrupção do ex-presidente Jair Bolsonaro? O fato de ser corrupção pessoal pode ajudar a explicar. É na física. É pra botar no bolso. Isso é pouco relevante porque, afinal, ele é durão, põe ordem no país. Isso que é importante. O PT, por sua vez, rouba da Petrobras, rouba do Estado, rouba em volumes muito maiores. Isso faz sentido racional? Nenhum. Primeiro porque não sabemos muito sobre a corrupção no governo Bolsonaro. Segundo porque, legalmente, todo dinheiro desviado é do Estado. Se foi pra comprar deputado ou apartamento, não tem qualquer relevância.Mas a gente vê isso no discurso público a toda hora. Porque não é só com Flávio Bolsonaro comprando casa de seis milhões de reais em dinheiro. A direita brasileira se joga em horda contra a ideia do julgamento da tentativa de golpe de Estado. E faz sentido. Afinal, a ordem pela força mesmo que fora da Constituição, é o lugar para onde escorrega todo conservador extremista. Botar ordem que é importante. E, neste rumo, a gente descobre como alguns conservadores vão parar nessa de defender ditadura.Nós, no fim, ficamos entre essas duas pressões. Um quer a força do Estado para reorganizar toda a sociedade. O outro quer a força do Estado para mexer o menos possível na sociedade. Essa, aliás, já era a tese de outro cientista político, bastante mais conhecido, André Singer, no livro Esquerda e Direita no Eleitorado Brasileiro. São essas forças que desembocam na percepção que um e outro têm da corrupção dos seus e dos outros.Fato é que a turma da direita ou não acredita nas rachadinhas do Bolsonaro, ou acha que não são relevantes. Afinal, ele é de direita e melhor que haja um governante de direita. A turma da esquerda sabe que o governo petista foi corrupto mas não acha relevante. Afinal, ele é de esquerda e melhor que haja um governante de esquerda. Uma turma quer ordem a todo custo, a outra distribuição das riquezas a todo custo.No meio disso fica o Brasil. Fica um Poder Judiciário que vai e volta, que hesita, que um ano pensa uma coisa e, no outro, pensa outra. E isso mina sua credibilidade. Numa democracia liberal, o ideal, ideal mesmo, é que tivéssemos leis claras, bem construídas, e um Judiciário que fosse capaz de normatizar a maneira como julga. Previsibilidade. A gente avançou nesse sentido, mas grandes decisões pelo Supremo ao longo dos últimos dez anos matam qualquer percepção de que a Justiça esteja melhor. E, sim, gente demais, entre esquerda e direita, acha que quando a Justiça julga a favor dos seus, ela é justa. Quando julga contra os seus, é injusta.É difícil, hein? O fato é o seguinte: os brasileiros acham que a direita lida melhor com corrupção do que a esquerda. Se isso é verdade? Não há qualquer indício de que seja. A percepção do brasileiro sobre o que é corrupção que deve ser punida muda de acordo com classe econômica e muda de acordo com preferências ideológicas. O resultado, no fim das contas, é que todo mundo acha o PT corrupto, uns não ligam. Nem todo mundo acha Bolsonaro corrupto.O governo Lula poderia escolher pegar este caso do INSS e transformar num exemplo, fazer umas demissões estrondosas, tocar barulho, fazer pose, quem sabe até promover uma grande investigação pública para trazer transparência ao que houve. Ia trazer a público até parte da corrupção no governo Bolsonaro. Mas isso ninguém de esquerda parece querer fazer. A esquerda, afinal, não liga pra corrupção. Mas devia. Se não porque corrupção é crime, é desviar dinheiro do Estado e, portando, de gente que precisa, pelo menos porque quem se dá mau quando há corrupção não é a direita. É a própria esquerda.See omnystudio.com/listener for privacy information.

The AI-powered Podcast Player

Save insights by tapping your headphones, chat with episodes, discover the best highlights - and more!
App store bannerPlay store banner
Get the app