

Escafandro
Rádio Escafandro
Em cada episódio, uma investigação jornalística. Com uma hora de duração, os episódios são um mosaico de entrevistas inéditas, gravações em campo e áudios de arquivo, costurados pela narração do jornalista Tomás Chiaverini. Os temas são os mais variados e a abordagem é sempre profunda, irreverente e inusitada.
Episodes
Mentioned books

Sep 30, 2020 • 45min
35: Planeta plástico
Cada brasileiro produz quase 400 quilos de lixo por ano. São 80 milhões de toneladas ao todo. Esse volume é suficiente pra encher até a boca quase 200 estádios do Morumbi. São necessárias mais ou menos 11 milhões de viagens de caminhão pra escoar isso tudo.
Desse total, 8% não foi nem recolhido. Isso equivale a mais de 6 milhões de toneladas ou aproximadamente 800 mil caminhões. Outros 40%, 30 milhões de toneladas, 4 milhões de caminhões, foram despejados em locais inadequados.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, um terço de todo o lixo poderia ser reciclado. Mas, na prática, esse número está na casa dos 3%.
O que você tem a ver com isso? O que você pode fazer quanto a isso? Ouça e descubra.
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– Entrevistados do episódio:
Carolina Tarrio
Jornalista e fundadora do Movimento Boa Praça.
Thais Mauad
Professora do Departamento de Patologia da Universidade de São Paulo e supervisora da Divisão de Autópsias do Departamento de Patologia da FMUSP. Vice-coordenadora do INCT Análise Integrada do Risco Ambiental (www.inaira.org). Faz parte do Comitê Internacional ATS/ERS para nova definição de asma grave.
Maurício Waldman
Sociólogo, mestre em antropologia, doutor em geografia, especialista em gestão de resíduos sólidos. Autor do livro Lixo
– Ficha técnica:
Concepção, produção, apresentação, roteirização, edição e sonorização: Tomás Chiaverini
Trilha sonora tema: Paulo Gama
Mixagem: Vitor Coroa
Revisão técnica: Ana Schilling
Este episódio contou com músicas de: Gnawledge, Lobo Loco e Sawsquarenoise.

Sep 16, 2020 • 55min
34: Dívidas, calotes e papagaios
Este é um episódio voltado às dívidas. O que acontece com quem deixa de pagar o que deve? Por que grandes somas de dinheiro muitas vezes se transformam em alguns trocados diante da inadimplência?
Como é o trabalho de quem ganha a vida cobrando dos outros? Como funciona o sistema bancário, que se baseia na confiança mútua e funciona como uma extensão das finanças públicas?
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– Entrevistados do episódio:
Alex Meneses
Professor de história e contador.
Valéria Cristina Fais
Ex-cobradora de call-center.
Gabriel Galípolo
Economista formado pela PUC, foi Chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo e Diretor de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo. É CEO do banco Fator.
– Ficha técnica:
Concepção, produção, apresentação, roteirização, edição e sonorização: Tomás Chiaverini
Trilha sonora tema: Paulo Gama
Mixagem: Vitor Coroa
Este episódio contou com músicas de: Asher Fulero,Blue Dot Sessions e Ketsa.

Sep 2, 2020 • 58min
33: Profundezas da rede - Capítulo 3: O Jogo
Como os políticos usam a internet e as redes sociais para chegar ao poder, para continuar lá, e como isso afeta as políticas públicas. Esse é o tema do episódio final da série Profundezas da Rede, sobre os impactos da internet na nossa sociedade.
Dos disparos ilegais de WhatsApp, às campanhas de desinformação, passando por teorias da conspiração e pelo discurso de ódio às mulheres.
Está tudo conectado num sistema que tem reflexos profundos na política nacional, e que tem se mostrado eficiente para manter a popularidade do governo.
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– Entrevistados do episódio:
Patrícia Campos Mello
Jornalista, repórter e colunista da Folha de S.Paulo, autora de Lua de Mel em Kobane e A Máquina do Ódio.
Mariana Valente
Diretora do InternetLab, professora da pós-graduação no Insper e pesquisadora do CEBRAP (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). Coordenadora do Creative Commons Brasil. É doutora em sociologia jurídica pela Faculdade de Direito da USP, onde também obteve seu título de mestre e graduou-se em direito.
Denis Russo Burgierman
Escritor, jornalista, parte do time do programa Greg News, da HBO, colunista de revista Época. Foi diretor da revista Superinteressante e é autor de diversos livros-reportagens, entre eles “O Fim da Guerra – A maconha e a criação de um novo sistema para lidar com as drogas.”
– Ficha técnica:
Concepção, produção, apresentação, roteirização, edição e sonorização: Tomás Chiaverini
Trilha sonora tema: Paulo Gama
Mixagem: Vitor Coroa
Este episódio contou com músicas de: Edvard Grieg, Tchaikovsky e Unheard Music Concepts.

Aug 19, 2020 • 1h 7min
32: Profundezas da rede - Capítulo 2: As Peças
As redes sociais costumam recompensar discursos mais inflamados, mais polêmicos, que tirem os usuários do marasmo e provoquem interações. Esse tipo de discurso casa perfeitamente com uma paixão antiga da humanidade: as teorias conspiratórias.
Neste segundo episódio da série “Profundezas da Rede”, mergulhamos fundo nessas supostas tramas elaboradas para dominar o mundo. Falamos de como elas têm se multiplicado por aqui e nos EUA. E de como e por que a extrema direita tem abraçado esse tipo de discurso.
Falamos do pizzagate, do Qanon, de Lady Gaga, de Trump e de Bolsonaro, e falamos dele, do maior teórico conspiracionista do Brasil – o escritor, astrólogo e auto-intitulado filósofo, Olavo de Carvalho.
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– Entrevistados do episódio:
Denis Russo Burgierman
Escritor, jornalista, parte do time do programa Greg News, da HBO; colunista de revista Época. Foi diretor da revista Superinteressante e é autor de diversos livros-reportagens, entre eles “O Fim da Guerra – A maconha e a criação de um novo sistema para lidar com as drogas.”
Camila Rocha
Doutora e mestre em Ciência Política pela Universidade de São Paulo, com bacharelado em Ciências Sociais pela mesma universidade. Ganhadora do prêmio de melhor tese de doutorado da Associação Brasileira de Ciência Política (2017-2019), pesquisadora do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP).
– Mergulhe mais fundo
Tese de doutorado da cientista política Camila Rocha: Menos Marx, mais Mises – Uma gênese da nova direita brasileira (2006-2018).
– Ficha técnica:
Concepção, produção, apresentação, roteirização, edição e sonorização: Tomás Chiaverini
Trilha sonora tema: Paulo Gama
Mixagem: Vitor Coroa
Este episódio contou com músicas de: Blue Dot Sessions, Lobo Loco, Smokey Hormel, Unheard Music Concepts.

Aug 5, 2020 • 1h 4min
31: Profundezas da rede - Capítulo 1: O Tabuleiro
Em 1969, num projeto tocado por acadêmicos e financiado pelo Pentágono, entrava no ar a Arpanet. Uma rede de comunicações entre computadores que não podia ser desligada e à qual qualquer um podia ter acesso.
Ao longo das décadas, essa tecnologia foi sendo modificada para se tornar cada vez mais eficiente e abrangente. Hoje, ela incorpora inúmeras redes, espalha-se por todo o planeta e é conhecida como internet.
Atualmente a internet se tornou tão onipresente que até esquecemos de como era nossa vida sem ela. Diante disso, o mergulho nesse tema vai ser duplo.
Neste primeiro episódio, falamos sobre as origens da rede mundial de computadores, e sobre os fóruns anônimos de discussão que impulsionaram uma cultura digital de agressividade, humor politicamente incorreto, racismo, machismo e misoginia.
Daqui a quinze dias, voltaremos ao tema para falar sobre como a internet ajudou na ascensão da nova direita no Brasil.
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– Entrevistados do episódio:
Demi Getschko
Engenheiro eletricista e cientista da computação é considerado um dos pioneiros da Internet no Brasil. Atualmente ocupa o cargo de diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br). Foi o primeiro brasileiro eleito para o Hall da Fama da Internet.
Rafael Nakatsui
Jornalista pela PUC-RS, cientista social, mestre em estudos culturais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com dissertação que estuda o humor e o politicamente correto na cultura digital.
– Mergulhe mais fundo
– Tensões entre a “zoeira” e o “politicamente correto” : entrelaçamentos de estética e política na cultura digital jovem (Rafael Nakatsui).
– Ficha técnica:
Produção, apresentação e edição: Tomás Chiaverini
Trilha sonora tema: Paulo Gama
Mixagem: Vitor Coroa
Imagem da capa: Gerd Altmann (Pixabay).
Este episódio contou com músicas de: Ainst Char, Blue Dot Sessions, Curha, Ketsa, Smokey Hormel, Unheard Music Concepts.

Jul 22, 2020 • 53min
11: Heróis e Vilões (REPRISE)
No final da década de 1990, uma pequena cidade da grande São Paulo viveu um escândalo que abalou a politica nacional. Todos os vereadores da câmara municipal foram subitamente afastados de seus mandatos. Menos um.
No primeiro episódio de Escafandro, partimos dessa história para mostrar um pouco de como são os homens públicos mais próximos da população: os vereadores.
E de como as câmaras municipais replicam a política de outras esferas, criando heróis e vilões que mudam de lado com o tempo, ou apenas conforme o ponto de vista de quem observa.
Confira no Episódio 11 de Escafandro. Assine no seu aplicativo de podcast predileto e ouça de graça
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– Entrevistados do episódio:
Arthur de Almeida
Ex-vereador de Embu das Artes pelo PSDB.
Geraldo Cruz
Ex-vereador, ex-deputado e ex-prefeito pelo PT.
Rosana Almeida
Ex-vereadora e secretária de turismo de Embu das Artes.
Márcio Amêndola de Oliveira
Historiador e jornalista.
– Mergulhe mais fundo
Entrevista de Geraldo Cruz no Jô Soares.
– Ficha técnica:
Produção, apresentação e edição: Tomás Chiaverini
Trilha sonora original: Paulo Gama
Mixagem: Vitor Coroa

Jul 8, 2020 • 59min
12: Um dia numa casa coletiva (REPRISE)
Gravamos 17 horas de rotina de uma casa coletiva. São dez adultos, seis crianças e seis gatos morando juntos e dividindo os espaços comuns de um casarão em São Paulo. Contas e tarefas domésticas também são compartilhadas, num esquema orgânico em que há apenas uma regra: cada dia um dos adultos prepara o jantar para todo mundo.
Mergulhe nessa história escutando o Episódio 12 de Escafandro. Assine no seu aplicativo de podcast predileto e ouça de graça.
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Produção, apresentação e edição: Tomás Chiaverini
Trilha sonora: Paulo Gama (música tema), À Deriva (demais músicas)
Mixagem: Vitor Coroa

Jun 24, 2020 • 58min
30: Polícia para quem?
A morte do norte-americano George Floyd, assassinado pela polícia de Minneapolis no dia 25 de maio de 2020, causou protestos de proporções globais. Atos contra a violência policial e contra o racismo. Em algumas cidades, os protestos foram tão intensos que deram início a processos de desmantelamento de departamentos de polícia.
Mas o que ocorre nos EUA é pouco em comparação com a realidade das polícias brasileiras. Enquanto por lá policiais mataram 1.099 pessoas no ano de 2019, por aqui foram 5.804. Quando se fala em racismo, os números daqui também são piores.
Ainda em 2019, nos Estados Unidos, 24% das pessoas mortas pela polícia eram negras. Por aqui, essa porcentagem sobe para 75%.
É um genocídio em curso.
Num intervalo de poucas semanas em relação à morte de George Floyd, tivemos por aqui dois assassinatos semelhantes. Dois adolescentes. João Pedro Matos e Guilherme Silva Guedes. Em nenhum dos casos houve manifestações tão massivas quanto as provocadas pela morte de George Floyd.
Para entender por que isso acontece, mergulhamos fundo na estrutura das nossas polícias militares.
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– Entrevistados do episódio:
– Coronel José Vicente da Silva Filho
Coronel reformado da Polícia Militar, secretário nacional de segurança pública durante o governo FHC.
– Coronel Adilson Paes de Souza
Tenente coronel da reserva da Policia Militar do Estado de São Paulo. Bacharel em direito, mestre em Direitos Humanos pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo. Autor do livro O Guardião da Cidade.
– Fausto Salvadori
Jornalista, especialista em justiça, segurança e direitos humanos, cofundador da Ponte Jornalismo.
– Cecília Olliveira
Jornalista, pós graduada em Criminalidade e Segurança Pública e em Administração Pública com ênfase em Gestão Sociais. Foi consultora da Anistia Internacional, onde desenvolveu a plataforma de dados sobre violência armada Fogo Cruzado.
– Dina Alves
Advogada e coordenadora do Departamento de Justiça e Segurança Pública do IBCCRIM (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), cofundadora do coletivo autônomo de mulheres pretas, Adelinas.
– Ficha técnica:
Produção, apresentação e edição: Tomás Chiaverini
Trilha sonora: Paulo Gama
Mixagem: Vitor Coroa

Jun 10, 2020 • 1h 21min
29: E se a gente fosse índio?
Em 2011, um arqueólogo parte por conta própria para o interior da Amazônia. O objetivo é redescobrir um sítio arqueológico abandonado, no sudoeste de Rondônia. Um antigo cemitério, com sepultamentos que remontam há mais de quatro mil anos.
Ele descobre o local do sítio: o Sambaqui de Monte Castelo. Mas, por meio de mensagens gravadas nas árvores pelos índios Tuparis, descobre também que, ao contrário do que se imaginava, aquele lugar não está desocupado.
Dessa constatação, nasce uma parceria entre arqueólogos brancos e pesquisadores indígenas, que começou a vigorar no começo de 2020.
Nesse episódio, partimos desse encontro inusitado para falar sobre o encontro dessas duas civilizações.
Quais são as diferenças fundamentais entre elas? O que o mundo branco, numa crise tão profunda, pode aprender com o modo de viver dos índios? E o que seria desse modo de viver hoje se os brancos não tivessem chegado aqui mais de quinhentos anos atrás?
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– Entrevistados do episódio:
Eduardo Goes Neves
Graduado em História pela Universidade de São Paulo, Mestre e Doutor em Arqueologia pela Universidade de Indiana e Livre-Docente pela Universidade de São Paulo. Professor Titular de Arqueologia Brasileira do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo.
Francisco Pugliese
Pesquisador Colaborador do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília. Pós-doutorado em Geologia pelo IG/UnB. Doutor e Mestre em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Bacharel em História pela Universidade de São Paulo.
Ailton Krenak
Ambientalista e escritor, autor do livro “Ideias para Adiar o Fim do Mundo”. É um dos maiores nomes da luta indígena no Brasil. Pertence à etnia do povo Krenak.
Marcos de Almeida Matos
Possui graduação em filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003), mestrado em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2006) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina (2018). Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal do Acre.
– Ficha técnica:
Concepção, produção, apresentação e edição: Tomás Chiaverini
Trilha sonora original: Paulo Gama
Mixagem: Vitor Coroa

May 27, 2020 • 59min
28: Como a Netflix dominou o mundo
Você sabia que a Netflix provavelmente começou por causa de uma multa por um DVD atrasado? Sabia que a plataforma é responsável pela maior fatia de tráfego de internet?
Sabia que ela monitora tudo o que todo mundo faz lá dentro? E que usa isso pra planejar em que tipo de produção investir?
Sabia que House of Cards e Stranger Things só são do jeito que são porque um sistema de inteligência artificial previu que aqueles ingredientes juntos fariam sucesso?
Quer saber mais? Quer saber qual é o impacto da Netflix na forma com a gente produz e consome filmes e séries?
Pois é só dar o play.
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– Entrevistados do episódio:
Pedro Strazza
Jornalista, editor do portal B9, um dos apresentadores do podcast Cinemático.
Isabel Wittmann
Crítica de cinema, antropóloga, pesquisadora e apresentadora do podcast Feito por Elas.
Maurício Cardoso
Historiador, professor do departamento de História da USP, tem pesquisas sobre produção audiovisual brasileira, indústria cultural e história pública.
– Mergulhe mais fundo
– Como o algoritmo da Netflix funciona (revista Wired, em inglês)
– As origens de House of Cards (New York Times, em inglês)
– Ficha técnica:
Concepção, produção, apresentação e edição: Tomás Chiaverini
Trilha sonora original: Paulo Gama
Mixagem: Vitor Coroa