

Filosofia Vermelha
Glauber Ataide
Podcast de filosofia, política e psicanálise. Produzido na Alemanha por Glauber Ataide, mestre e bacharel em Filosofia. Links para nossos cursos, livro e redes sociais: https://linktr.ee/filosofiavermelha
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Mar 19, 2022 • 32min
Moralidade sem Deus é possível?
Se Deus lhe ordenasse matar uma pessoa inocente, essa ação seria moral ou não? Ao esboçarmos uma resposta para esta pergunta, acabamos encontrando outra interessante questão filosófica: Deus ordena algo porque é moral, ou algo é moral simplesmente porque Deus ordena?
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Uma das principais dificuldades da discussão moral hoje, no contexto de um mundo relativista, líquido, pós-moderno, reside no problema da fundamentação da moral. Se uma moral é fundamentada numa religião particular, mas outro grupo não compartilha dessa crença, tal doutrina não tem nenhuma força sobre a primeira comunidade. As doutrinas morais religiosas parecem não possuir um caráter tão absoluto quanto seus adeptos acreditam. Neste episódio vamos refletir sobre a relação entre Deus e moralidade nos apoiando em Dostoiévski, Bernard Williams, Immanuel Kant e G. W. F.Hegel.

Mar 5, 2022 • 1h 5min
Psicologia de massas e análise do eu
Quando um indivíduo está sob influência de um grupo, ele sente, pensa e age de forma bem diferente do que se estivesse sozinho, e uma psicologia de massas deve responder, portanto, a três perguntas: o que é uma “massa”, como ela é capaz de influenciar a vida psíquica do indivíduo, e em que consiste as alterações psíquicas pelas quais passa o indivíduo.
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Neste episódio apresentamos o texto Psicologia de massas e análise do eu, publicado por Sigmund Freud em 1921. Esta obra é de fundamental importância para compreender não somente eventos históricos tais como o fascismo, mas também o conservadorismo radicalizado do século XXI.

Feb 11, 2022 • 33min
Nazismo e comunismo são iguais?
O nazismo é de esquerda? É verdade que nazismo e comunismo são iguais? Analisamos neste episódio a forma e o conteúdo do argumento que busca relacionar fascismo e socialismo. Vamos mostrar através da Lógica, enquanto disciplina filosófica, quais os principais problemas desta forma de argumento em geral e por que no caso em questão ele não se sustenta.
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A forma lógica do argumento que tenta equacionar nazismo e comunismo é chamada de indução por analogia. Dois de seus principais problemas são 1) a irrelevância de algumas propriedades para estabelecer a equivalência e 2) a violação da exigência de evidência total através da omissão de informações contrárias desfavoráveis.

Jan 29, 2022 • 19min
Freud explica o ciúme
Freud afirma que o ciúme é um daqueles estados emocionais que podem ser descritos como normais. Se alguém parece não possuí-lo, deve estar em curso ali uma severa repressão e o ciúme opera de forma ainda mais intensa em seu inconsciente.
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Os exemplos de ciúme de intensidade anormal encontrados no trabalho analítico revelam-se como constituídos de três camadas. As três camadas ou graus do ciúme podem ser descritas como ciúme (1) competitivo ou normal, (2) projetado, e (3) delirante.

Jan 22, 2022 • 22min
Precisamos de amigos para ser feliz?
Aristóteles afirma que a amizade é extremamente necessária à vida, de modo que “ninguém escolheria viver sem amigos, ainda que dispusesse de todos os outros bens." Neste episódio comentamos os três tipos de amizade identificados pelo filósofo grego e mostramos como a maioria dos nossos relacionamentos se encaixa em algum deles. Apresentamos também uma reflexão de Sêneca sobre a questão. O filósofo romano examina se o sábio pode viver sem amigos, já que este é autossuficiente e basta a si mesmo para uma vida feliz.
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Jan 11, 2022 • 12min
Fim do mundo ou fim do capitalismo?
Neste episódio fazemos uma breve crítica do filme Não olhe para cima (Don't look up), do diretor Adam McKay e com Leonardo DiCaprio no elenco. A obra coloca em debate principalmente a questão do negacionismo científico, mas não é este aspecto que mais nos interessa aqui. Queremos fazer uma meta-análise deste tipo de filme em geral, pois Don't look up é mais uma daquelas obras que têm como pano de fundo a destruição do planeta, uma catástrofe que acaba com a Terra ou que leva a sociedade atual à barbárie.
Nossa pergunta então é: por que é mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo?
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Trazemos em nossa reflexão o conceito de realismo capitalista, de Mark Fisher, e algumas contribuições de Georg Lukács e Theodor Adorno.

Dec 29, 2021 • 17min
A religião é o ópio do povo
Uma das afirmações mais conhecidas - e também mais polêmicas – de Karl Marx é a de que a religião é “o ópio do povo”. Para compreendermos o que Marx queria dizer com isso, devemos colocar a citação em seu contexto.
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Esta frase aparece nos primeiros parágrafos da introdução à Crítica da filosofia do direito de Hegel, escrita entre o fim de 1843 e o início de 1844. Marx começa este texto afirmando que, na Alemanha, a crítica da religião já estava concluída, e que esta é o pressuposto de toda crítica. Logo de início Marx nos revela que estava elaborando suas reflexões sobre a religião apoiando-se em pensadores de sua época, embora não estivessem de acordo em todos os aspectos.

Dec 22, 2021 • 18min
A arte da conversação
Conversar não consiste apenas em falar e ouvir. Conversar é uma arte, uma performance que envolve duas ou mais pessoas. Talvez poderíamos até mesmo dizer que a conversação é um jogo no qual todos ganham, em que não há vencedor e perdedor, mas que possui, como toda disputa, certas regras mais ou menos definidas.
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Foi para tentar salvar a tradicional arte da conversação, que parecia em declínio em sua época, que o enciclopedista francês André Morellet publicou em 1812 "Sobre a conversação", ensaio no qual enumera os onze principais vícios que estragam qualquer conversa. Estes erros são 1) a desatenção; 2) o hábito de interromper e falar vários ao mesmo tempo; 3) o afã exagerado de mostrar espírito; 4) o egoísmo; 5) o despotismo ou o espírito de dominação; 6) o pedantismo; 7) a falta de continuidade na conversação; 8) o espírito de pilhéria; 9) o espírito de disputa; 10) a disputa e 11) a conversação particular em substituição à conversação geral. Vamos falar sobre alguns desses vícios.
Ilustração: suposto retrato de Marie Thérèse Rodet Geoffrin, uma das principais figuras do Iluminismo. Ela reunia diversos intelectuais em seu salão e foi uma figura internacionalmente conhecida.

Dec 5, 2021 • 37min
Gosto se discute, sim
Ao contrário do que afirma o dito popular, gosto se discute, sim. Existe na filosofia uma disciplina específica para tais reflexões, e seu nome você já conhece: trata-se da Estética. Vemos esta palavra designando frequentemente coisas como “estilo”, “beleza” ou “forma”, mas o termo vem do substantivo grego “aisthesis” e significa basicamente apenas “sensação”.
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No sentido comum, os termos “estética”, “filosofia da arte” ou “teoria do belo” são usados de maneirar intercambiável. A discussão sobre o tema existe praticamente desde o início da filosofia ocidental. A Estética propriamente dita, todavia, é uma disciplina relativamente recente. Sua origem remonta à publicação da obra Aesthetica, do filósofo alemão Alexander Baumgarten, em 1750.
Neste episódio vamos mostrar por que gosto é algo discutível, e traçar a diferença entre conceitos como o bom, o belo e o agradável. Nosso foco é principalmente a discussão realizada pelo filósofo alemão Immanuel Kant em sua obra Crítica da faculdade de julgar (ou Crítica da faculdade do juízo, dependendo da tradução).

Nov 21, 2021 • 30min
A interpretação dos sonhos, de Sigmund Freud
Os sonhos são uma construção psíquica, e como tal, são passíveis de interpretação. Sigmund Freud, em sua obra “A interpretação dos sonhos” (1900), se propõe a apresentar provas de que “existe uma técnica psicológica que torna possível interpretar os sonhos, e que, quando esse procedimento é empregado, todo sonho se revela como uma estrutura psíquica que tem um sentido e pode ser inserida num ponto designável nas atividades mentais da vida de vigília”. Veremos então, de forma resumida, em que consiste essa técnica psicanalítica, assim como o processo de formação dos sonhos.
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Freud afirma que todo sonho é a realização de um desejo. Essa afirmação encontra franca verificação em sonhos estimulados principalmente de fontes somáticas, como, por exemplo, um sonho em que o indivíduo se vê bebendo água, quando, na verdade, sua sede é oriunda da vida real. No entanto, a afirmação de Freud vai mais além: ele diz que não apenas esse tipo de sonho é a realização de um desejo, mas sim que todo e qualquer sonho o é. Neste ponto, perguntamos: e quanto àqueles sonhos que nos causam angústia e sofrimento, como sonhos em que somos perseguidos e não conseguimos correr, ou nos quais pessoas que amamos aparecem mortas? Mesmo nesses casos, afirma Freud, o sonho é a realização de um desejo inconsciente.