Christo Nihil Praeponere

Costumamos ler o relato da Paixão a certa distância, como se nada daquilo tivesse a ver conosco. Todas aquelas barbaridades cometidas contra Jesus, tantos flagelos, tantas cusparadas, tantas ofensas e blasfêmias, e por fim as marteladas na Cruz, parecem pecados de outros, que nós, discípulos tão bons e tão fiéis, seríamos incapazes de perpetrar. Mas será assim mesmo? Não seremos também nós como aqueles vinhateiros, satisfeitos e felizes enquanto faz bom tempo e o Senhor está longe, mas que se tornam assassinos ferozes quando nos é pedida a conta dos nossos frutos de amor e conversão?Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 21 de março, e que, por causa de nossa infidelidade, não nos venha a ser dito um dia: “O Reino de Deus vos será tirado”.

É de fé que existe o Inferno, ao qual são condenados e no qual são justamente punidos os que morrem em pecado mortal, mesmo que seja com um só. Não se trata de “invenção” da Igreja nem de rigorismo “medieval”. As Escrituras atestam essa verdade, ensinada e confirmada em inúmeras ocasiões por ninguém menos que Jesus Cristo, cujo Coração manso, de tanto nos amar, quis por isso nos deixar prevenidos: “Temei antes aquele que pode precipitar a alma e o corpo no Inferno”.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 20 de março, e medite sobre a necessidade de nos convertermos e verdadeiramente amarmos a Deus.

Nestes tempos de tribulação, estende-nos a mão neste dia o Pai das misericórdias, oferecendo-nos o mais doce consolo, a mais firme proteção e a mais fundada razão de esperança que poderíamos pedir: o nosso amorosíssimo São José, escolhido desde toda a eternidade para ser chefe da Sagrada Família e pai espiritual de toda a santa Igreja Católica.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 19 de março, e elevemos juntos ao Céu, como membros indignos da família de Cristo, um brado de louvor à grandeza de São José e um apelo confiado à sua sempre certa proteção.

Deus nos fez para a glória do Céu. Esse fim para o qual fomos criados está de tal modo impresso em nosso coração que nós, marcados pelo pecado, tendemos a querer desfrutar desta glória já nesta vida. Daí provêm a vaidade e a hipocrisia, que nos levam ao fingimento, a querer forjar um brilho que só teremos se, com verdadeira humildade, reconhecermos que é Deus a única fonte do bem que há em nós.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo desta terça-feira, dia 18 de março, e entenda a importância de combatermos a vanglória e glorificarmos ao Senhor.

O Evangelho de hoje é um apelo a que abandonemos a mesquinhez, a mediocridade, a estrita e cômoda “justiça” em nosso relacionamento seja com Deus, seja com o irmão, e adotemos uma “boa medida, calcada, sacudida”, quer dizer, abundante, generosa, transbordante. Pois é assim que o Senhor mesmo nos trata; Ele não se deixa vencer em generosidade: está sempre disposto a nos dar muito mais do que lhe pedimos e merecemos. Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta segunda-feira, dia 17 de março, e veja porque devemos ser misericordiosos com todos, inclusive com aqueles de quem temos ressentimentos.

Neste 2º Domingo da Quaresma, como ocorre em todos os anos, lemos o Evangelho da Transfiguração. Na versão do evangelista São Lucas, porém, esse episódio em que o Senhor manifesta a sua glória está situado como uma verdadeira preparação para o Calvário, como se Jesus lembrasse aos discípulos, e a cada um de nós, que, apesar das tribulações e cruzes desta vida, não podemos esquecer que nossa meta é a glória do Céu, onde estaremos plenamente configurados a Ele.Ouça a homilia dominical do Padre Paulo Ricardo e entenda que só conseguiremos suportar as agruras de nossa peregrinação terrena se não esquecermos o porquê estamos neste mundo.

No Evangelho de hoje, Jesus pede que amemos os nossos inimigos. Este preceito do Senhor, que evidentemente supera as limitações de nossa natureza decaída, só pode ser bem entendido se considerarmos que fomos nós, por causa de nossos pecados, os verdadeiros inimigos de Deus, escarnecido, humilhado e crucificado por nossas culpas, a fim de nos mostrar a imensidade do seu amor pelos homens.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para este sábado, dia 15 de março, e entenda por que aqueles que nos fazem mal são uma ocasião especial que o Senhor nos oferece para retribuirmos com amor todo o bem que Ele nos faz.

Querer bem ao próximo é parte integrante da vida cristã. De fato, o amor que leva Deus a se entregar como propiciação pelos nossos pecados nos estimula a ver no próximo, seja ele justo ou pecador, um verdadeiro tesouro pelo qual Cristo, cheio de misericórdia, derramou o próprio sangue.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta sexta-feira, dia 14 de março, e entenda verdadeiramente quais são os pecados contra a benevolência.

Jesus nos faz hoje uma promessa que, embora nos encha de confiança, parece ser desmentida todos os dias em nossas preces habituais: “Pedi e vos será dado”. Quantas e quantas vezes, porém, já procuramos, e não encontramos; batemos, e não nos foi aberto! Afinal, por que não recebemos de Deus aquilo que tanto lhe pedimos? Acaso estaremos fazendo algo de errado, ou será que o Senhor simplesmente não ouve as nossas súplicas? Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 13 de março, e descubra o que é necessário para que Deus ouça as nossas orações.

Os milagres de Deus, que podem ser conhecidos com certeza pela autenticidade de suas testemunhas e pelas maravilhas que ainda hoje acontecem em vários lugares do mundo, são um argumento luminoso da verdade da religião católica e um critério suficiente para aceitarmos a revelação que nos é proposta pela Igreja.No entanto, apesar de sua força intrínseca, nenhum milagre pode por si só nos obrigar a crer, porque a fé, embora apoiada em fundamentos sólidos, é uma adesão livre e pessoal da inteligência e da vontade a um Deus que nos criou livres e que livremente quer ser crido e amado por nós.Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quarta-feira, dia 12 de março, e peçamos a Cristo a graça de lhe prestarmos, ante os esplendores de seus sinais, o humilde obséquio da nossa fé.