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Geração 80

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Oct 23, 2024 • 35min

Especial ao vivo no Tribeca com Gabriela Barros: “Não me sinto imigrante, mas sinto-me de lugar nenhum. Tenho referências belgas, francesas, brasileiras, portuguesas. Sinto-me um bocado de todo o lado”

Nasceu em agosto de 1988, em Bruxelas. Filha de mãe portuguesa e pai brasileiro, sempre se sentiu uma “mulher do mundo”. A educação foi belga, com referências francesas, portuguesas e brasileiras. Os pais conheceram-se no Rio de Janeiro, mas foi em Bruxelas que se fixaram. Ser cantora era o “grande plano de vida” em criança - talvez ainda seja o de hoje - e por isso trouxe para este podcast alguns CD's. "Passava horas, tardes, a ouvir e a cantar Celine Dion e Mariah Carey". Percebeu cedo que tinha talento para o teatro e, na escola, era sempre a “estrela da companhia”. Visitava Portugal todos os anos a "reboque" da mãe que vinha matar saudades da família e amigos. Mudaram-se para Lisboa quando tinha 18 anos. Começou por ter aulas de teatro amador, mas foi aos 21 anos, com a participação na série “Morangos Com Açúcar”, que alcançou uma fama “assustadora”. “Só tinha três referências portuguesas: o Herman, o Diogo Infante e a Catarina Furtado”, recorda. Gabriela Barros é a convidada do novo episódio do Geração 80, conduzido pelo Francisco Pedro BalsemãoSee omnystudio.com/listener for privacy information.
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Oct 1, 2024 • 31min

Bárbara Tinoco: “Esta geração sente uma culpa gigante por descansar e não estar a ser produtiva. É por isso que chegamos a um ponto de exaustão”. Oiça aqui a estreia de Geração 90, com Júlia Palha

É neta de um poeta e de um cantor. O pai tinha uma loja de música e ensinou-a a tocar guitarra aos 13 anos - talvez seja por isso que não percebe como é que os pais a deixaram estudar música. “Não faz ideia” como é que torna as músicas em hits, mas acredita que um artista se faz de tentativas e de “errar demasiadas vezes”. Em 2018, ficou conhecida por causa uma audição num programa de televisão, não foi selecionada, mas o original que cantou (a pedido do júri) colocaram-na no top das rádios. Hoje é jurada do programa que lhe deu esse “não”. Bárbara Tinoco é a primeira convidada do Geração 90, o novo podcast de Júlia Palha.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Sep 30, 2024 • 47sec

Trailer: Geração 90

Júlia Palha abre as portas à geração que cresceu com a revolução digital e que vive ansiosa em relação ao futuro. No Geração 90, fala-se de forma leve do peso que acarretam os sonhos e as expectativas. Todas as terças-feiras novos episódios.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Aug 1, 2024 • 45min

João Sousa: “O ténis deu-me tudo o que tenho. Anunciar o fim da carreira foi das decisões mais difíceis da minha vida. Mas é um até já, não é um adeus”

Nasceu em 1989, em Guimarães. O pai, juiz e tenista amador, levava-o para os torneios de ténis que fazia com amigos ao fim de semana. “Ele dizia sempre que se ficasse quietinho e me portasse bem, no final do jogo jogava um bocadinho comigo. E eu ficava ali, uma hora, à espera”, recorda. Competitivo desde pequeno - “até a jogar às cartas” - começou no futebol, mas foi no ténis que encontrou uma paixão. O verão era passado em família, no Algarve, e nem de férias dava descanso à bola e à raquete. Aos 12 anos já era campeão nacional. Sabia que em Portugal não ia crescer na modalidade. “Só havia investimento no futebol” e foi preciso “tomar decisões”. Foi a mais de 1000km de casa que chegou ao topo do ténis mundial. Com 15 anos foi sozinho para Barcelona atrás do sonho. O caminho até ao top 30 mundial foi duro e dispendioso. É o melhor de sempre do ténis português. Conhecido como o “Conquistador”, foi pioneiro em quase tudo. João Sousa é o convidado do último episódio do Geração 80. Em 2024, aos 35 anos, anunciou o fim da carreira. Nesta conversa com Francisco Pedro Balsemão, fala sobre aquela foi a decisão mais “pesada” que tomou na vida, mas também a mais “pensada e ponderada”. “Não é um adeus, é um até já”, admite. Ouça-o aqui.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 25, 2024 • 40min

Nininho Vaz Maia: “Chegar ao Verão era a nossa maior alegria porque tínhamos os monitores no bairro e uma porta aberta para criar. Não saíamos do bairro porque não tínhamos como sair para outro sítio. Não tínhamos ninguém; o meu pai estava preso, o pai do meu amigo estava preso, os nossos tios estavam presos. Aquele projeto era nossa saída do bairro”

Nasceu em fevereiro de 1988, em Lisboa. Viveu no bairro da Picheleira, antigo bairro da Curraleira - um dos maiores e mais antigos bairros de barracas de Lisboa. Foi aí que os pais se conheceram. A família paterna é cigana, os pais cresceram juntos e viviam “porta com porta”. Estão juntos desde os 11 anos. “Gosto muito da história deles.” É cigano e cresceu no bairro com a comunidade. A vida era complicada, mas a fuga aos “maus caminhos” tornou-se fácil com a ajuda de projetos de integração social como o “Sementes a Crescer”. “Marcou-me para sempre. Sem o acompanhamento daqueles profissionais, o mais provável era sair da escola e andar pelas ruas a fazer porcaria, a roubar”, confessa. Em 2014, tornou-se conhecido com um vídeo publicado nas redes sociais, a cantar e tocar guitarra com uma pulseira eletrónica na perna. Estava em casa em prisão domiciliária. Hoje é um dos artistas mais conhecidos do país e um exemplo para o bairro onde cresceu e para a comunidade cigana. Nininho Vaz Maia é o convidado do Geração 80, conduzido por Francisco Pedro Balsemão.See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 18, 2024 • 50min

Sara Cerdas: “Na minha altura o tamagotchi tinha de ficar desligado nas aulas, agora são os telemóveis. Os tempos mudaram”

Nasceu e cresceu no Funchal. A mãe é madeirense, o pai costa-riquenho. Estudou Medicina na Universidade de Lisboa e especializou-se em Saúde Pública, na Suécia. Era onde estava quando recebeu uma chamada, num jantar com amigos e colegas de trabalho. Do outro lado o convite para integrar as listas do PS para o Parlamento Europeu. Os amigos nem queriam acreditar e a própria nem sabia se estava à altura do desafio. Aceitou o convite em “estado de choque”. Os dias que se seguiram serviram para informar a família e passar a pente fino as redes sociais para evitar a exposição de alguma publicação “problemática”. Depois do anúncio somaram-se as críticas, muitas relacionadas com a sua aparência. Este ano acabou distinguida como uma das "Eurodeputadas em Ascensão". Esta semana fechou o ciclo em Bruxelas e é a convidada do Geração 80, numa conversa conduzida por Francisco Pedro Balsemão. "O Parlamento Europeu representa todos os cidadãos da União Europeia. Porque é que não podemos ter mais jovens lá? Porque é que não podemos estar mais descontraídos? Diziam-me para usar saltos altos... e se entrasse de t-shirt e sapatilhas era mandada parar".See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 11, 2024 • 42min

Joana Schenker: “A minha parte alemã é aquela em que chego a horas a todo o lado, o meu lado descontraído e fácil de lidar é o que ganhei de Portugal. Tentei ao longo dos anos ir buscar as coisas boas de cada cultura”

Nasceu em outubro de 1987. Joana Schenker tornou-se uma figura incontornável no mundo do bodyboard, tendo sido coroada campeã mundial da modalidade em 2017. Nascida em Faro mas foi nas ondas de Sagres que cresceu, zona com uma comunidade robusta de praticantes de bodyboard. Schenker não escolheu a modalidade, mas o grupo de amigos "com o desporto lá incluído". "Os miúdos mais fixes da escola faziam e eu também queria ser fixe", lembra. O apelido alemão herdado dos pais, ambos pertencentes a uma forte comunidade germânica no Algarve, traz consigo a necessidade de "chegar a horas a todo o lado" e alguma "dificuldade em esperar". Oiça aqui a conversa, gravada sem atrasos, de Joana Schenker, atleta de bodyboard, com Francisco Pedro Balsemão no podcast Geração 80See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jul 4, 2024 • 44min

Virgílio Bento: “Fui educado com uma mentalidade americana. Os EUA são bem sucedidos porque têm um espírito de que tudo é possível e todos aceitam bem o risco. Lá, falhar é currículo; em Portugal e na Europa, é cadastro”

Virgílio Bento, CEO da Sword Health, compartilha sua jornada emocionante desde um acidente familiar marcante até o desenvolvimento de uma solução inovadora de fisioterapia baseada em inteligência artificial. Ele discute a diferença na mentalidade em relação ao risco e ao fracasso entre Estados Unidos e Portugal, destacando como a aceitação do fracasso como parte do aprendizado impulsiona a inovação nos EUA. Além disso, aborda o sucesso da empresa, expansão internacional, cultura de trabalho e o impacto humano por trás do propósito da Sword Health de ajudar milhões de pessoas a se libertarem da dor.
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Jun 27, 2024 • 45min

André Santos: “Lidar com a eutanásia leva-nos para buracos e, por muitos mais anos que tenhamos de profissão, nunca vamos habituar-nos a perder um paciente”

Nasceu em Lisboa em março de 1988. Sempre quis ser veterinário, mas pelo meio foi jogador de ténis. Deixou o ténis quando entrou para a faculdade, mas continuou sempre ligado ao desporto. Para o Geração 80, André Santos trouxe uma raquete de ténis e a Azeitona, a sua cadela que dormiu a entrevista praticamente toda, mas não deixou de se abanar quando  teve mesmo de ser. Estudou na Universidade Lusófona e está há oito anos no hospital do Restelo. Tornou-se o "mais famoso veterinário português" graças às dicas nas rede sociais dadas aos donos de animais. Usava a página para mostrar que os animais também fazem TAC, ressonâncias e que a medicina veterinária não está assim tão atrasada como se julga, em comparação com a humana. André Santos é veterinário cardiologista há 12 anos e já viu muita coisa. Nesta conversa com Francisco Pedro Balsemão, partilha alguns episódios insólitos da profissão, mas também deixa um alerta sobre a saúde mental dos médicos veterinários. "Por muitos mais anos que tenhamos de profissão nunca nos vamos habituar a perder um paciente".See omnystudio.com/listener for privacy information.
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Jun 20, 2024 • 52min

Cláudia Semedo: “A minha mãe nasceu em Goa, o meu pai na Guiné. Tenho todos os traços do mundo, nunca me senti estranha e tenho a sensação de que tudo me é familiar”

Nasceu em janeiro de 1983, em Lisboa. Cresceu na Madorna onde vivia com os pais e as duas irmãs. Sempre foi a menos “certinha” das três e a mais energética. Os pais deixaram a Guiné e começaram do zero uma vida em Portugal. O pai começou por trabalhar nas obras, mas graças às aulas de português, inglês e francês que dava aos colegas conseguiu uma carreira como gerente na FNAC. Tem um familiar em quase cada continente: três tias maternas, uma casada com um chinês, outra com um angolano e uma outra com um brasileiro. É a primeira artista da família e já em pequena o avô lhe chamava "teatrista". Com 9 anos participou na Rua Sésamo e aos 14 já tinha um programa na Rádio Renascença. Hoje é uma mulher dos sete ofícios. É atriz, jornalista, locutora, apresentadora de televisão, faz dobragens de filmes e séries de animação. Cláudia Semedo é a convidada de Francisco Pedro Balsemão no podcast Geração 80 e desabafa as "preocupações" que tem com o mundo e com o país: “O preconceito faz parte de um lugar de ignorância e a mudança está nas escolas. Uma criança nunca se recusará a brincar com outra”.See omnystudio.com/listener for privacy information.

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