Podcast Tecnopolítica

Nesse episódio, Sergio Amadeu conversa com Laymert Garcia dos Santos, sociólogo, professor aposentado do Departamento de Sociologia da Unicamp. A conversa começou com a atualização do tema da entrevista que Laymert realizou com a física e ambientalista indiana Vandana Shiva, publicada no livro "Politizar as Novas Tecnologias: o impacto sócio-técnico a informação digital e genética". Laymert expôs como o capitalismo neoliberal reduziu o humano e a biodiversidade a condição de recursos informacionais apropriáveis. O capitalismo está realizando um novo cercamento, não mais de terras comunais, mas digital e genético.

O Tecnopolítica completa a marca de 100 episódios com a live comemorativa sobre “Qual é o futuro do digital?”. Na live Sérgio Amadeu recebe Demi Getschko, conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), Nina da Hora, cientista da computação, pesquisadora na área de pensamento computacional e HackerAntirracista, e Yumi Ambriola, matemática, doutoranda em engenharia da informação pela Universidade Federal do ABC e integrante do Garoa Hacker Clube. A live conta com o apoio da Fundação Heinrich Böll, que neste ano comemora 21 anos no Brasil.

Neste episódio, Sergio Amadeu conversa com a advogada, mestre e doutoranda em Direito pela UNB, Tainá Aguiar Junquilho. Ela pesquisa as implicações da Inteligência Artificial no Direito. Tainá atuou no projeto Victor de implementação da IA no STF. A conversa tratou da ética, da regulação e dos desafios da IA para o Direito. Imperdível.

Neste episódio do Tecnopolítica, Sergio Amadeu conversa com Marco Aurélio Sobrosa Friedl, representante eleito pelos empregados no Conselho de Administração do Serpro. O governo Bolsonaro quer privatizar a empresa que detém dados do imposto de renda dos brasileiros e possui um faturamento superior a 3 bilhões de reais e com lucros acima dos 100 milhões. Além disso, o Serpro possui outros bancos de dados estratégicos para o país o que inclui diversos tributos e programas do governo. Estima-se que a empresa seja colocada em leilão por 5 bilhões de reais, podendo ser adquirida por uma grande plataforma estrangeira. Sobrosa explica porque lançaram a campanha Salve Seus Dados.

Nesse episódio do Tecnopolítica, Sérgio Amadeu conversa com a pesquisadora Ana Elisa Ferreira, doutora em Linguística pela UFSCAR, sobre as perspectivas utópicas e distópicas da literatura diante das tecnologias. A conversa se inicia com uma passagem da obra-prima da literatura mundial "Memórias do Subsolo", de Fiódor Dostoiévski, e vai até o debate sobre a vigilância e os modos de produção da subjetividade por meio de algoritmos. Outros clássicos da literatura como A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, integram essa conversa imperdível. Ouça, assista, divulgue e se inscreva no canal!

Inscreva-se na nossa newsletter em http://bit.ly/newstecnopolitica Nesse episódio, Sergio Amadeu conversa com Beá Tibiriça, Ricardo Bimbo, João Cassino e Jesulino Alves, integrantes da equipe que construiu o programa de telecentros da Prefeitura de São Paulo entre 2001 e 2004. Além de reviverem a história de construção do maior programa de inclusão digital já realizado por um município (foram criados mais de 400 telecentros), debateram as novas assimetrias digitais, a permanência de múltiplas desigualdades e a atualização das políticas de inclusão digital. Um episódio efetivamente sensacional para comemorar os 20 anos da inauguração do primeiro telecentro da Prefeitura de São Paulo que ocorreu no dia 18 de junho de 2001, na Cidade Tiradentes, extremo Leste da capital paulista.

Esse episódio do Tecnopolítica é com um dos temas mais pedidos por vocês: Sérgio Amadeu fala sobre o app lançado pelo governo federal chamado SouGov.br. Analisando alguns aspectos dos termos de uso e da política de privacidade do aplicativo voltado aos servidores públicos federais, aposentados e pensionistas, Sérgio Amadeu levanta questões que precisam ser respondidas pelo governo. Também mostra que o aplicativo assume que transferirá dados pessoais dos servidores brasileiros para computadores hospedados nos Estados Unidos. Imperdível.

Nesse episódio, Sergio Amadeu conversa com o professor de Direito da UFPR, Marcos Wachowicz, sobre a proposta de quebra das patentes da vacina contra a Covid-19. Marcos Wachowicz é coordenador do Gedai, Grupos de Estudos de Direito Autoral e Industrial, e estuda a propriedade intelectual há muitos anos. A conversa girou em torno da importância do licenciamento compulsório, do compartilhamento do conhecimento e das implicações de um enrijecimento da propriedade intelectual em um cenário de intensa digitalização e dataficação.

Neste breve episódio, Sergio Amadeu discute a validade das noções de exclusão e inclusão digitais na atualidade. Detalha o cenário de assimetrias digitais em um país em que 95% dos indivíduos pertencentes à classe A acessam a internet praticamente todos os dias, enquanto apenas 66% da classe D/E alegam ter navegado nas redes digitais pelo menos uma vez. Sergio Amadeu mostra ainda que entre as pessoas incluídas, 58% acessam a internet exclusivamente por telefones celulares. Entre os usuários de internet que recebem menos de 1 salário mínimo 79% acessam a internet somente pelo celular, o que restringe muito determinados práticas adequadas aos computadores. Por fim, mostra que as assimetrias são alargadas pelo modelo de conexão das operadoras de telecom que é baseado na restrição do volume de dados. Ouça, veja e divulgue ;)

Inscreva-se na nossa newsletter em http://bit.ly/newstecnopolitica Nesse episódio, Sergio Amadeu conversa com Augusto Herrmann, ativista dos dados abertos, do software livre e dos direitos digitais. A conversa girou em torno da franquia zero ou zero rating praticado pelo Whatsapp, que viola a neutralidade da rede e aumenta a concentração econômica nas empresas do Facebook. Herrmann trouxe detalhes do processo no CADE e mostrou como isso prejudica a entrada de novos concorrentes ao poder do Whatsapp. Além disso, Hermann argumenta que o modelo de negócios das operadoras de celular deveria ser alterado e proibido a limitação do volume de dados por um determinado período. As operadoras deveriam cobrar apenas pelas velocidades, uma vez que os limites de dados impedem que boa parte da sociedade exerçam seu legítimo direito à comunicação.