

Rádio Companhia
Companhia das Letras
O podcast que respeita a sua inteligência – e alimenta o seu amor pelos livros. Quinzenalmente, às quartas-feiras, autores, editores e convidados especiais trazem histórias e conversas sobre lançamentos, bastidores e grandes temas da literatura. Um espaço para quem quer estar mais perto do universo dos livros da Companhia e fazer parte de uma comunidade de leitores apaixonados.
Episodes
Mentioned books

May 23, 2021 • 56min
#143 - "Pequena coreografia do adeus", por Aline Bei, Juliana Leuenroth e Stéphanie Roque
Em 2017, chegava às livrarias pela editora Nós “O peso do pássaro morto”, de Aline Bei — um romance de estilo único que chama a atenção pela honestidade e crueza com que retrata o feminino. Quatro anos depois, a autora faz sua estreia, de sucesso imediato, na Companhia das Letras com o recém lançado “Pequena coreografia do adeus”. O livro, que acompanha a protagonista Júlia Terra, constrói um relato tão sensível quanto brutal sobre família, amor e abandono.
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Para falar sobre “Pequena coreografia” e clubes de leitura — peça chave para a divulgação dos livros da autora —, a Rádio Companhia convida a escritora e atriz Aline Bei, Juliana Leuenroth, uma das criadoras e coordenadoras do projeto Leia Mulheres, e Stéphanie Roque, editora da Companhia das Letras e uma das editoras de Bei.
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Saiba mais sobre “Pequena coreografia do adeus”:
Júlia é filha de pais separados: sua mãe não suporta a ideia de ter sido abandonada pelo marido, enquanto seu pai não suporta a ideia de ter sido casado. Sufocada por uma atmosfera de brigas constantes e falta de afeto, a jovem escritora tenta reconhecer sua individualidade e dar sentido à sua história, tentando se desvencilhar dos traumas familiares. O livro já está disponível nos formatos físico e e-book.
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Apresentação: Mariana Figueiredo
Edição: Paulo Júnior

May 16, 2021 • 43min
#142 - "Debaixo do vulcão", de Malcolm Lowry, por Milton Hatoum e Luara França
“Debaixo do vulcão” não é um livro de enredo simples e nem de leitura exatamente fácil. A obra prima de Malcolm Lowry acaba sendo tomada por uma prosa poética, pela riqueza da linguagem que o autor utiliza para construir um dos grandes romances do século XX. A trama tem dois mundos: o facismo na Espanha e na Alemanha repercutindo no México, onde se passa a história, e o universo interior de Geoffrey Firmin, um ex-cônsul britânico tomado pelo alcoolismo.
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Para marcar o lançamento de uma nova edição do livro, cultuado por muitos leitores e artistas, pela @editora_alfaguara, a Rádio Companhia promove uma conversa entre o escritor Milton Hatoum, que assina o texto de orelha da nova versão, e a editora Luara França.
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Saiba mais sobre “Debaixo do vulcão”:
Um romance imprescindível sobre a luta de um homem contra as forças que ameaçam destruí-lo. Malcolm Lowry, gênio conturbado e inconstante, autor de apenas dois romances em vida, é comparado a escritores como Melville, Conrad e James Joyce. A nova edição, traduzida por José Rubens Siqueira, já está disponível nos formatos físico e e-book.
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Apresentação: Paulo Júnior
Edição: Paulo Júnior

May 9, 2021 • 44min
#141 - "Bartleby e companhia", de Vila-Matas, por Carola Saavedra e Priscilla Campos
Quando "Bartleby e companhia" foi lançado no ano de 2000, o nome de Enrique Vila-Matas era ainda pouco conhecido fora da Europa. A publicação mudou este cenário: tornou o autor um sucesso mundial de crítica. Mais de vinte anos após o seu lançamento, podemos dizer que este é um livro inescapável para os amantes da literatura.
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Partindo deste marco na carreira de Enrique Vila-Matas, o episódio de hoje da Rádio Companhia traz um bate-papo sobre a obra do autor, com a participação especial de Carola Saavedra, autora da casa cujo último romance é "Com armas sonolentas", e Priscilla Campos, crítica literária e poeta que se debruçou sobre a obra de Enrique Vila-Matas no seu mestrado, realizado na Universidade Federal de Pernambuco.
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Saiba mais sobre “Bartleby e companhia”:
Romance, livro de contos, de ensaios, crítica literária, peça de humor: este livro marcou época ao colocar o fazer literário no espelho e mesclar diversos gêneros de maneira radical. Com tradução de Josely Vianna Baptista e Maria Carolina de Araújo, a nova edição de “Bartleby e companhia” já está disponível em formato físico e e-book.
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Apresentação: Mariana Figueiredo
Edição: Paulo Júnior

Apr 30, 2021 • 1h 1min
#140 - Clube Rádio Companhia - O verão sem homens
“O verão sem homens”, de Siri Hustvedt, foi o livro escolhido para nosso Clube Rádio Companhia de abril. Thaís Britto, apresentadora do programa, conversou com Luara França, editora da Companhia das Letras; Enrico Sera, do departamento de marketing; e Aline Aimee, mestre em literatura pela UERJ, produtora de conteúdo literário na internet e mediadora do clube Leia Mulheres..
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“O verão sem homens” é um romance lírico e profundamente reflexivo sobre questões como o amor, o casamento, a velhice e a infância. Mia e Boris são casados há trinta anos. Ela é filósofa e poeta. Ele, neurocientista. Sem nenhum aviso, ele decide que é momento de dar um tempo no relacionamento. A pausa tem nome completo e endereço - é francesa, vinte anos mais jovem, colega de laboratório dele. Após um colapso nervoso, Mia decide passar as férias de verão em sua cidadezinha natal, em Minnesota.
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Este episódio contém spoilers e, por vezes, apresenta interferências e ruídos nos microfones por conta da gravação on-line!
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Outras referências citadas durante o episódio:
Persuasão (Jane Austen): https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=4300128
Floresta escura (Nicole Krauss): https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=14433
Assombração da casa da colina (Shirley Jackson): https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=28000408
Sempre vivemos no castelo (Shirley Jackson): https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=28000407
A vida invisível de Eurídice Gusmão (Martha Batalha):
https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=14112
Olive Kitteridge (Elizabeth Strout): https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=14064
Meu nome é Lucy Barton (Elizabeth Strout):
https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=14063
O que deu para fazer em matéria de história de amor (Elvira Vigna): https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=13337
Semente de Bruxa (Margaret Atwood): https://editoramorrobranco.com.br/livros/semente-de-bruxa/
Não sou ninguém (Emily Dickinson): https://editoraunicamp.com.br/produto/393/emily-dickinson--nao-sou-ninguem-ed--2
Dias de abandono (Elena Ferrante): http://globolivros.globo.com/livros/dias-de-abandono
Malcom & Marie: https://www.netflix.com/br/title/81344370

Apr 26, 2021 • 48min
#139 - LACAN 120 anos: Uma aula com Marco A. C. Jorge e Laéria Fontenele
Em 2021, completa-se 120 anos do nascimento de um dos maiores nomes da psicanálise: Jacques Lacan. Por conta da data, a editora Zahar realizou uma série de ações, conteúdos e eventos especiais. Neste episódio da Rádio Companhia, compartilhamos a aula com os psicanalistas Marco Antonio Coutinho Jorge e Laéria Fontenelle sobre vida e obra do francês, transmitida no dia 12 de abril em nosso canal no YouTube.
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Sobre os participantes:
LAÉRIA FONTENELE é é psicanalista e professora Titular da Universidade Federal do Ceará, atuando na graduação e pós-graduação em Psicologia. É diretora associada da Revista de Psicologia da UFC. Dirige o Laboratório de Psicanálise da UFC e o Corpo Freudiano Escola de Psicanálise - Seção Fortaleza. Integra, como membro, a Academia de Letras e Artes do Nordeste - Núcleo Fortaleza.
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MARCO ANTONIO COUTINHO JORGE é psicanalista e médico psiquiatra, é professor associado do Instituto de Psicologia da Uerj, onde ensina no Programa de Pós-Graduação em Psicanálise. Diretor do Corpo Freudiano Seção Rio de Janeiro, é membro da Association Insistance (Paris) e da Sociedade Internacional de História da Psiquiatria e da Psicanálise. É autor, entre outros, da tetralogia Fundamentos da psicanálise.
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Apresentação e edição: Paulo Junior

Apr 18, 2021 • 40min
#138 - Uma conversa com Fabiane Guimarães e Stênio Gardel
Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB), a goiana Fabiane Guimarães é autora da novela seriada "Pequenas esposas", publicada pela revista digital AzMina, além de diversos contos em antologias e revistas semanais. Stênio Gardel é nascido em Limoeiro do Norte, no Ceará, estado onde trabalha no Tribunal Regional Eleitoral. Nos últimos anos, tem participado de uma série de coletâneas de contos. Ambos estão lançando seus romances de estreia pelo Grupo Companhia das Letras — um dos temas norteadores do bate-papo do novo episódio da Rádio Companhia.
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Publicado em fevereiro deste ano pela Editora Alfaguara, "Apague a luz se for chorar", de Fabiane Guimarães, apresenta duas narrativas que se entrelaçam para compor um retrato do interior do Brasil — e pensar até onde é possível esconder um segredo de família.
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Já "A palavra que resta", de Stênio Gardel, chega amanhã às livrarias e lojas on-line pela Companhia das Letras. O romance tem como protagonista Raimundo, homem de 71 anos que decide aprender a ler e a escrever. Ao longo de mais de meio século, ele guardou consigo uma carta que nunca pôde ler, escrita pelo seu grande amor da juventude, Cícero, e entregue a ele após a relação entre os dois ser brutalmente interrompida.
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Apresentação: Mariana Figueiredo
Edição: Paulo Júnior

Apr 10, 2021 • 19min
#137 - Baixo esplendor: bate-papo com Marçal Aquino
No episódio de hoje da Rádio Companhia, conversamos com Marçal Aquino sobre o seu retorno à cena literária dezesseis anos após o sucesso de “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”. Agora, em “Baixo esplendor”, Aquino segue com a prosa ágil e intensa característica de sua obra, confirmando o seu nome entre os melhores da ficção brasileira contemporânea.
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Saiba mais sobre o livro:
O ano é 1973, um dos períodos mais duros da ditadura militar no Brasil. É num ambiente contaminado pela paranoia que se move Miguel, um agente do setor de Inteligência da polícia civil cuja especialidade é se infiltrar em quadrilhas sob investigação. Numa das operações, ele se aproxima de um grupo de ladrões de carga, tornando-se íntimo de Ingo, o chefe, que não só apadrinha sua entrada no bando como lhe apresenta a irmã, Nádia, com quem Miguel inicia um relacionamento que tem no sexo seu ponto de combustão.
Profissionalmente vaidoso, Miguel acredita que, na hora adequada, não terá dificuldades para romper os laços surgidos durante a operação. Mas as coisas não saem como ele imagina: apaixonado por Nádia, o policial se vê surpreendido por dúvidas sobre de que lado irá ficar quando o cerco se fechar sobre a quadrilha.
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Roteiro, produção e edição: Paulo Júnior

Apr 4, 2021 • 45min
#136 - "Minha Luta", de Karl Ove Knausgard, por Alejandro Chacoff e Natalia Timerman
Definida pelo jornal The Guardian como um dos “maiores feitos literários de nossos tempos”, a série de autoficção “Minha Luta” chegou ao fim em 2020 com a publicação de seu sexto volume. Fenômeno internacional de crítica e público, nesse projeto monumental Karl Ove Knausgård apresenta os detalhes mais íntimos de sua vida, da infância até o momento em que decide transformar a própria existência em livro.
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Neste episódio da Rádio Companhia, Alejandro Chacoff, autor do romance "Apátridas" e de textos sobre Knausgård, e Natalia Timerman, médica psiquiatra e escritora, conversam sobre as tantas questões que o texto do escritor norueguês trazem para a literatura, a psicologia e a ética.
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Saiba mais sobre “O fim”, último volume da série:
Knausgård examina a vida, a morte, o amor e a literatura com um rigor ímpar e contabiliza os custos e as consequências de seu gigantesco projeto literário de autoficção, que sempre envolveu riscos – afinal, ele testa os limites entre o público e o privado o tempo todo.
Em “O fim” acompanhamos o escritor diante da pressão do reconhecimento literário e da repercussão muitas vezes devastadora de seus primeiros livros. Mas há também um longo ensaio sobre Hitler, o poder da linguagem, questões de identidade e outras questões estéticas. “O fim” é o arremate genial desse feito sem paralelos.
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Apresentação: Mariana Figueiredo
Edição: Paulo Júnior

Mar 20, 2021 • 41min
#134 - O ar que me falta: Bate-papo com Luiz Schwarcz
Muitos de nós — se não todos nós — já tivemos momentos memoráveis de nossa história marcados pela música. Com Luiz Schwarcz não poderia ser diferente. Para o editor e autor, que sempre nutriu um profundo interesse pela arte, a música adquiriu também um papel crucial: o da salvação.
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No episódio de hoje da Rádio Companhia, Schwarcz fala sobre o seu novo livro de memórias, “O ar que me falta”, mas também sobre as canções que o acompanharam em momentos belos e críticos de sua vida. Boa parte delas foi cuidadosamente selecionada e reunida em uma playlist, disponível no Spotify da editora.
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Segundo o autor, quem leu o seu livro sobre depressão, silêncio, família e holocausto, provavelmente notou a importância da música em sua trajetória. “[Ela] foi e é minha resposta, ou saída, para o silêncio com o qual inundei minha existência, ora intencionalmente, ora sem querer”, compartilha Luiz no texto de apresentação da playlist, publicado no Blog da Companhia.
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🎧 Escute a playlist de “O ar que me falta” no Spotify:
LADO A: bit.ly/ladoaplaylist
LADO B: bit.ly/ladobplaylist
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Roteiro, produção e edição: Paulo Júnior

Mar 13, 2021 • 17min
#133 - O som do rugido da onça: Bate-papo com Micheliny Verunschk
No episódio #132 da Rádio Companhia, recebemos a escritora e historiadora Micheliny Verunschk, que acaba de lançar “O som do rugido da onça”. Neste romance embebido de lirismo, Verunschk joga luz sobre a história de duas crianças indígenas raptadas no Brasil do século XIX.
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Saiba mais:
Em 1817, Spix e Martius desembarcaram no Brasil com a missão de registrar suas impressões sobre o país. Três anos e 10 mil quilômetros depois, os exploradores voltaram a Munique trazendo consigo não apenas um extenso relato da viagem, mas também um menino e uma menina indígenas, que morreriam pouco tempo depois de chegar em solo europeu.
Em seu quinto romance, Micheliny Verunschk constrói uma poderosa narrativa que deixa de lado a historiografia hegemônica para dar protagonismo às crianças – batizadas aqui de Iñe-e e Juri – arrancadas de sua terra natal. Entrelaçando a trama do século XIX ao Brasil contemporâneo, somos apresentados também a Josefa, jovem que reconhece as lacunas de seu passado ao ver a imagem de Iñe-e em uma exposição.
Com uma prosa embebida de lirismo, este é um livro sem paralelos na literatura brasileira ao tratar de temas como memória, colonialismo e pertencimento.
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Apresentação e edição: Paulo Júnior