Rádio Companhia

Companhia das Letras
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Apr 26, 2021 • 48min

#139 - LACAN 120 anos: Uma aula com Marco A. C. Jorge e Laéria Fontenele

Em 2021, completa-se 120 anos do nascimento de um dos maiores nomes da psicanálise: Jacques Lacan. Por conta da data, a editora Zahar realizou uma série de ações, conteúdos e eventos especiais. Neste episódio da Rádio Companhia, compartilhamos a aula com os psicanalistas Marco Antonio Coutinho Jorge e Laéria Fontenelle sobre vida e obra do francês, transmitida no dia 12 de abril em nosso canal no YouTube. * Sobre os participantes: LAÉRIA FONTENELE é é psicanalista e professora Titular da Universidade Federal do Ceará, atuando na graduação e pós-graduação em Psicologia. É diretora associada da Revista de Psicologia da UFC. Dirige o Laboratório de Psicanálise da UFC e o Corpo Freudiano Escola de Psicanálise - Seção Fortaleza. Integra, como membro, a Academia de Letras e Artes do Nordeste - Núcleo Fortaleza. *⠀⠀ MARCO ANTONIO COUTINHO JORGE é psicanalista e médico psiquiatra, é professor associado do Instituto de Psicologia da Uerj, onde ensina no Programa de Pós-Graduação em Psicanálise. Diretor do Corpo Freudiano Seção Rio de Janeiro, é membro da Association Insistance (Paris) e da Sociedade Internacional de História da Psiquiatria e da Psicanálise. É autor, entre outros, da tetralogia Fundamentos da psicanálise. * Apresentação e edição: Paulo Junior
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Apr 18, 2021 • 40min

#138 - Uma conversa com Fabiane Guimarães e Stênio Gardel

Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB), a goiana Fabiane Guimarães é autora da novela seriada "Pequenas esposas", publicada pela revista digital AzMina, além de diversos contos em antologias e revistas semanais. Stênio Gardel é nascido em Limoeiro do Norte, no Ceará, estado onde trabalha no Tribunal Regional Eleitoral. Nos últimos anos, tem participado de uma série de coletâneas de contos. Ambos estão lançando seus romances de estreia pelo Grupo Companhia das Letras — um dos temas norteadores do bate-papo do novo episódio da Rádio Companhia. * Publicado em fevereiro deste ano pela Editora Alfaguara, "Apague a luz se for chorar", de Fabiane Guimarães, apresenta duas narrativas que se entrelaçam para compor um retrato do interior do Brasil — e pensar até onde é possível esconder um segredo de família. * Já "A palavra que resta", de Stênio Gardel, chega amanhã às livrarias e lojas on-line pela Companhia das Letras. O romance tem como protagonista Raimundo, homem de 71 anos que decide aprender a ler e a escrever. Ao longo de mais de meio século, ele guardou consigo uma carta que nunca pôde ler, escrita pelo seu grande amor da juventude, Cícero, e entregue a ele após a relação entre os dois ser brutalmente interrompida. * Apresentação: Mariana Figueiredo Edição: Paulo Júnior
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Apr 10, 2021 • 19min

#137 - Baixo esplendor: bate-papo com Marçal Aquino

No episódio de hoje da Rádio Companhia, conversamos com Marçal Aquino sobre o seu retorno à cena literária dezesseis anos após o sucesso de “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”. Agora, em “Baixo esplendor”, Aquino segue com a prosa ágil e intensa característica de sua obra, confirmando o seu nome entre os melhores da ficção brasileira contemporânea. * Saiba mais sobre o livro: O ano é 1973, um dos períodos mais duros da ditadura militar no Brasil. É num ambiente contaminado pela paranoia que se move Miguel, um agente do setor de Inteligência da polícia civil cuja especialidade é se infiltrar em quadrilhas sob investigação. Numa das operações, ele se aproxima de um grupo de ladrões de carga, tornando-se íntimo de Ingo, o chefe, que não só apadrinha sua entrada no bando como lhe apresenta a irmã, Nádia, com quem Miguel inicia um relacionamento que tem no sexo seu ponto de combustão. Profissionalmente vaidoso, Miguel acredita que, na hora adequada, não terá dificuldades para romper os laços surgidos durante a operação. Mas as coisas não saem como ele imagina: apaixonado por Nádia, o policial se vê surpreendido por dúvidas sobre de que lado irá ficar quando o cerco se fechar sobre a quadrilha. * Roteiro, produção e edição: Paulo Júnior
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Apr 4, 2021 • 45min

#136 - "Minha Luta", de Karl Ove Knausgard, por Alejandro Chacoff e Natalia Timerman

Definida pelo jornal The Guardian como um dos “maiores feitos literários de nossos tempos”, a série de autoficção “Minha Luta” chegou ao fim em 2020 com a publicação de seu sexto volume. Fenômeno internacional de crítica e público, nesse projeto monumental Karl Ove Knausgård apresenta os detalhes mais íntimos de sua vida, da infância até o momento em que decide transformar a própria existência em livro. * Neste episódio da Rádio Companhia, Alejandro Chacoff, autor do romance "Apátridas" e de textos sobre Knausgård, e Natalia Timerman, médica psiquiatra e escritora, conversam sobre as tantas questões que o texto do escritor norueguês trazem para a literatura, a psicologia e a ética. * Saiba mais sobre “O fim”, último volume da série: Knausgård examina a vida, a morte, o amor e a literatura com um rigor ímpar e contabiliza os custos e as consequências de seu gigantesco projeto literário de autoficção, que sempre envolveu riscos – afinal, ele testa os limites entre o público e o privado o tempo todo. Em “O fim” acompanhamos o escritor diante da pressão do reconhecimento literário e da repercussão muitas vezes devastadora de seus primeiros livros. Mas há também um longo ensaio sobre Hitler, o poder da linguagem, questões de identidade e outras questões estéticas. “O fim” é o arremate genial desse feito sem paralelos. * Apresentação: Mariana Figueiredo Edição: Paulo Júnior
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Mar 20, 2021 • 41min

#134 - O ar que me falta: Bate-papo com Luiz Schwarcz

Muitos de nós — se não todos nós — já tivemos momentos memoráveis de nossa história marcados pela música. Com Luiz Schwarcz não poderia ser diferente. Para o editor e autor, que sempre nutriu um profundo interesse pela arte, a música adquiriu também um papel crucial: o da salvação. * No episódio de hoje da Rádio Companhia, Schwarcz fala sobre o seu novo livro de memórias, “O ar que me falta”, mas também sobre as canções que o acompanharam em momentos belos e críticos de sua vida. Boa parte delas foi cuidadosamente selecionada e reunida em uma playlist, disponível no Spotify da editora. * Segundo o autor, quem leu o seu livro sobre depressão, silêncio, família e holocausto, provavelmente notou a importância da música em sua trajetória. “[Ela] foi e é minha resposta, ou saída, para o silêncio com o qual inundei minha existência, ora intencionalmente, ora sem querer”, compartilha Luiz no texto de apresentação da playlist, publicado no Blog da Companhia. * 🎧 Escute a playlist de “O ar que me falta” no Spotify: LADO A: bit.ly/ladoaplaylist LADO B: bit.ly/ladobplaylist * Roteiro, produção e edição: Paulo Júnior
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Mar 13, 2021 • 17min

#133 - O som do rugido da onça: Bate-papo com Micheliny Verunschk

No episódio #132 da Rádio Companhia, recebemos a escritora e historiadora Micheliny Verunschk, que acaba de lançar “O som do rugido da onça”. Neste romance embebido de lirismo, Verunschk joga luz sobre a história de duas crianças indígenas raptadas no Brasil do século XIX. * Saiba mais: Em 1817, Spix e Martius desembarcaram no Brasil com a missão de registrar suas impressões sobre o país. Três anos e 10 mil quilômetros depois, os exploradores voltaram a Munique trazendo consigo não apenas um extenso relato da viagem, mas também um menino e uma menina indígenas, que morreriam pouco tempo depois de chegar em solo europeu. Em seu quinto romance, Micheliny Verunschk constrói uma poderosa narrativa que deixa de lado a historiografia hegemônica para dar protagonismo às crianças – batizadas aqui de Iñe-e e Juri – arrancadas de sua terra natal. Entrelaçando a trama do século XIX ao Brasil contemporâneo, somos apresentados também a Josefa, jovem que reconhece as lacunas de seu passado ao ver a imagem de Iñe-e em uma exposição. Com uma prosa embebida de lirismo, este é um livro sem paralelos na literatura brasileira ao tratar de temas como memória, colonialismo e pertencimento. * Apresentação e edição: Paulo Júnior
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Mar 7, 2021 • 44min

#132 - Poetas hoje: uma entrevista com Heloisa Buarque de Hollanda

O ano era 1976. O Brasil vivia uma ditadura militar movida a censuras e repressões. Foi neste contexto político que a professora Heloisa Buarque de Hollanda reuniu uma antologia chamada "26 poetas hoje". A obra surgia como um retrato da contracultura dos anos 70, ressaltando poetas à margem das grandes editoras. Virou um clássico. A tal geração marginal, também chamada de mimeógrafo, agora estava representada em forma de livro. Na antologia, Heloisa lançou luz a nomes como Roberto Piva, Torquato Neto, José Carlos Capinan, Waly Salomão, Chacal e Ana Cristina César. Detalhe importante: eram apenas cinco vozes femininas num universo de 21 homens. * Passados quarenta e cinco anos, Heloisa perguntou: quem está fazendo a poesia agora? A partir deste questionamento, saiu em campo e mergulhou na obra de mulheres, sobretudo das jovens que fossem, de alguma forma, afetadas pela quarta onda feminista. Com o nome de "As 29 poetas hoje", fica mantida a referência, mas trazendo uma poesia que permeia os tempos contemporâneos a elas: o machismo, a desigualdade e as novas formas questionadoras e combativas do Brasil atual. "O diferencial das novas poetas me parece ter sido a conquista de um capital inestimável: um ponto de vista próprio e irreversível e o enfrentamento sistemático do cotidiano, dos desejos e dos custos de ser mulher, já bem distante do que se conhecia como linguagem e/ ou poética de mulheres. A nova experiência com a linguagem é a consequência imediata dessa conquista", afirma a organizadora. * No episódio #131 da Rádio Companhia, convidamos Heloisa Buarque de Hollanda a falar sobre as duas antologias. Ao longo do programa, também ouvimos a leitura de alguns dos poemas do livro pelas próprias autoras. * Apresentação: Mariana Figueiredo Edição: Paulo Júnior
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Feb 26, 2021 • 54min

#131 - Clube Rádio Companhia - Marrom e Amarelo

Após um ano de hiato, o Clube Rádio Companhia está de volta! O primeiro livro discutido neste episódio da nova temporada, que foi gravado de forma on-line seguindo os protocolos de distanciamento social, é “Marrom e Amarelo”, de Paulo Scott. A apresentadora Thaís Britto recebeu para o bate-papo: Marcelo Ferroni, editor do livro; Enrico Sera, do departamento de marketing; Bruna Britto, do departamento de projetos digitais; Camilla Dias, assistente social, mediadora de leituras, docente em literatura e humanidades e produtora de conteúdo independente; e Marlon Pires Ramos, poeta, escritor e produtor cultural. * “Marrom e Amarelo” é um livro que retrata diferentes aspectos de um Brasil distópico, conflagrado, da inércia do comando político à crônica tensão racial de toda a sociedade. É um romance preciso, que nos faz mergulhar nos abismos expostos do país. * Alerta: este episódio contém spoilers e, por vezes, apresenta interferências e ruídos nos microfones por conta da gravação on-line! * Outras referências citadas no episódio: Kindred (Octavia Butler): https://editoramorrobranco.com.br/livros/kindred-brochura-luxo/ O quarto de Giovanni (James Baldwin)i: https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=14483 Vanishing Half (Brit Bennett): https://www.amazon.com.br/dp/B082KH5D4M/ref=dp-kindle-redirect?_encoding=UTF8&btkr=1 Identidade (Nella Larsen): http://www.harpercollins.com.br/livro/identidade/ O avesso da pele: https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=14705 Entre o mundo e eu (Ta-Nehisi Coates): https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=28000267 Quando me descobri negra (Bianca Santana): https://www.sesispeditora.com.br/produto/quando-me-descobri-negra/ The Broken Earth Trilogy (N.K Jemisin): https://www.hachettebookgroup.com/articles/n-k-jemisin-broken-earth-trilogy-books-in-order/ Série I May Destroy You : https://www.hbobrasil.com/series/detail/i-may-destroy-you/15155/ttl767847 Série A Black Lady Sketch Show: https://www.hbobrasil.com/series/detail/a-black-lady-sketch-show/14855/ttl737811
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Feb 21, 2021 • 20min

#130 - Os tais caquinhos: Bate-papo com Natércia Pontes

No episódio de hoje, Natércia Pontes fala sobre o processo de escrita do seu novo livro, “Os tais caquinhos” — que surgiu de um conto, chamado “Lúcio” —, explorando também um pouco da história de Abigail, Berta e Lúcio, família que acompanhamos bem de perto ao longo da narrativa. De acordo com a autora, enquanto seu volume de contos “Copacabana Dreams” é resultado de um “olhar para fora”, “Os tais caquinhos” é um profundo “olhar para dentro”. * Saiba mais sobre a obra: Faltava muita coisa no apartamento 402. Mas sobravam muitas outras: caixas de papelão, bandejas de isopor, cacarecos, baratas, cupins, muriçocas, poeira, copos sujos. Abigail, Berta e Lúcio formam um trio nada convencional. Duas adolescentes dividem o apartamento com o pai, um homem amoroso, idiossincrático, acumulador, pouco afeito à vida prática, que torce para que a morte venha logo lhe buscar e dá conselhos incomuns às filhas: "É muito bom sentir fome". “Os tais caquinhos” é um romance de formação trágico e comovente, capaz de arrancar risos nervosos. Ao descrever o dia a dia de uma família simbiótica em meio à cordilheira de lixo que só faz crescer, Natércia Pontes desenha um fascinante retrato de três pessoas que buscam conviver com seus sonhos e suas fantasias, suas manias e seus anseios, seus medos e suas revelações. * Apresentação e edição: Paulo Júnior
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Feb 14, 2021 • 46min

#129 - "Meridiano de sangue", de Cormac McCarthy, por Carol Bensimon e Antônio Xerxenesky

Neste episódio, falamos sobre "Meridiano de sangue", de Cormac McCarthy, um épico inesquecível e brutal sobre o Oeste americano ― um lugar violento e imprevisível, onde real e imaginário se fundem em uma história com dimensões apocalípticas. Saudado por críticos como Harold Bloom como um dos maiores feitos estéticos dos Estados Unidos, o livro, há muito esgotado, voltou ao catálogo da Editora Alfaguara em nova edição com capa de Gustavo Piqueira e Samia Jacintho (Casa Rex) e tradução de Cássio de Arantes Leite. * Participam do episódio Carol Bensimon, autora da Companhia das Letras cujo último romance é "O clube dos jardineiros de fumaça" (Prêmio Jabuti 2018 na categoria Romance), leitora fiel das histórias de caubóis do autor, e Antônio Xerxenesky, também autor da casa — que acaba de entregar o seu novo romance para a editora! — e é entusiasta há muito tempo de McCarthy. O episódio é apresentado por Mariana Figueiredo e conta com leituras da obra por Paulo Júnior. * Apresentação: Mariana Figueiredo Leitura de trechos, edição e produção: Paulo Júnior

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