Psicanálise de Boteco

Neste episódio, falamos da nossa dificuldade de estarmos a sós (com nós mesmos), que aparece como uma queixa frequente nos dias atuais. Por que dói? Por que algumas pessoas precisam estar o tempo todo acompanhadas? Por que sufocamos alguém, numa relação amorosa, quando não somos capazes de vivenciarmos a nossa própria solidão? Usamos como referência um artigo científico escrito por mim (Alexandre, rs), em parceira com o meu orientador, Alfredo Naffah Neto. *Vocês encontram facilmente para ler jogando o título no Google: “O sentimento de solidão na contemporaneidade: revisitando Melanie Klein”.

O programa mergulha no ensaio de Freud, 'Construções na análise', destacando como o analista atua como um arqueólogo da mente. Há uma discussão sobre a validade das reconstruções e o cuidado necessário para evitar sugestões inadequadas. Freud sugere que alucinações podem ser ecos de vivências infantis, enquanto Lacan acrescenta que a análise reescreve a história no presente. Os hosts enfatizam a necessidade de uma prática ética e reflexiva, abordando ainda o equilíbrio entre rememorar e ressignificar experiências passadas.

Nesse episódio, nós falamos de um assunto muito importante e, infelizmente, ainda pouco abordado: a adolescência. Para tanto, usamos como referência alguns recortes da série EUPHORIA (HBO) - que desnuda esse período da vida, mostrando sua verdadeira face sem qualquer romantização. Para enriquecer a discussão, tivemos a honra de receber o nosso querido amigo André Alves (@reflektory_) que é psicanalista, pesquisador e escritor. Também é um dos fundadores do @floatvibes e do podcast “Vibes em análise”.

O podcast mergulha em Freud, explorando sua obra "Análise Finita e Infinita". Perguntam se a análise realmente tem um fim e discutem a crítica de Freud às análises abreviadas. Questões contemporâneas como a 'inveja do pênis' e a passividade masculina geram debates instigantes. Os hosts ressaltam a importância da análise contínua para analistas e pacientes, além de discutir como o ego lida com traumas. Por último, questionam a resistência masculina à análise, trazendo reflexões relevantes sobre a prática psicanalítica moderna.

Neste episódio, falamos sobre essa tão angustiante “Era da pressa” e os gatilhos de ansiedade que ela nos provoca. Para expandir o tema, recebemos a nossa querida amiga Fernanda Fazzio (@fernandafazzio), que é psicanalista e doutoranda em Psicologia Clínica pela USP, criadora do podcast “A era da pressa”. O assunto é mais atual do que a gente imagina, sendo a causa de intensos sofrimentos psíquicos e estados de adoecimento. Que possamos, então, apreciar as delicadezas da vida, criando uma narrativa para as experiências que ocorrem no “entre” - espaço tão precioso para a nossa subjetividade (e saúde).

Neste episódio, que marca o início da 5ª temporada do “Psicanálise de Boteco” (raiz), decidimos falar de um tema tão atual: a depressão. Segundo a OMS, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram dessa patologia. A depressão, hoje, é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e, talvez, represente o maior desafio ao trabalho de psicanalistas, psicólogos e psiquiatras. Para embasar a nossa discussão, tomamos como referência o livro “Perto das trevas: a depressão em seis perspectivas psicanalíticas” (Blucher, 2022), organizado por Alexandre Patricio de Almeida e Alfredo Naffah Neto. O livro está disponível para compra na Amazon e no site da editora Blucher.

O debate gira em torno do conceito de "O Infamiliar" de Freud. Os hosts exploram as nuances da tradução de "Das Unheimliche" e seu impacto na arte e literatura. Litígios literários vão de Kafka a Clarice Lispector, destacando o modo como o infamiliar se manifesta. Reflexões profundas sobre clivagem narcísica, identificação e o papel do superego no autoestranhamento são abordadas. O episódio incita os ouvintes a reconhecerem seu próprio infamiliar, instigando uma jornada interna instigante.

Nesse episódio, falamos sobre o ódio e suas configurações na cultura e na sociedade. Tivemos a partição da querida Maria Homem @maria.homem (psicanalista e doutora em Literatura Comparada pela USP). Usamos como referência um artigo intitulado “O ódio em análise” de Douglas Rodrigo Pereira e Nelson Ernesto Coelho Junior. Além disso, citamos diversos artigos de Freud e finalizamos com a teoria winnicottiana. Ah, mencionamos o conto “O búfalo” de Clarice Lispector.

Relacionamento aberto, amor livre, poliamor… Não-monogamia é considerado um termo guarda-chuva que define formas de relacionamento íntimo que se opõem à monogamia e questionam os impactos negativos que ela gera na sociedade. O que a psicanálise tem a dizer sobre isso? Por que esse tema ainda é considerado um tabu? Nesse episódio, recebemos o nosso amigo Lucas Bulamah (@lchabu) que é doutor em Psicologia Clínica pela USP, para conversar sobre esse tema tão necessário.

O podcast mergulha em "O mal-estar na cultura" de Freud, discutindo o impacto da cultura neoliberal no sofrimento contemporâneo. Destacam a crítica de Freud à busca pela felicidade e a relação com a religião como um obstáculo. A tensão entre as pulsões de Eros e de morte é abordada, revelando o conflito interno e as exigências da sociedade moderna. Além disso, conectam ideias de Byung-Chul Han sobre a exaustão e o desempenho, explorando como o corpo reflete esse mal-estar atual.