A gestão de Fernando Haddad (PT) à frente do Ministério da Fazenda começou com um ponto de interrogação sobre qual seria a política econômica do governo Lula 3. Um ano depois, o ministro celebra vitórias no seu esforço de equilibrar gastos públicos e controle do déficit público - seu currículo na pasta já soma as aprovações de um novo marco fiscal, de medidas para aumentar a arrecadação e da tão desejada reforma tributária. Nesta semana, ele comemorou a elevação da nota de crédito do Brasil de BB- para BB na agência de classificação de risco Standard & Poor's. Para avaliar o desempenho de Haddad em 2023 nas batalhas com o PT e com o Congresso e nos índices econômicos, Natuza Nery recebe a jornalista Vera Magalhães, apresentadora do Roda Viva, da TV Cultura, colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN, e o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-presidente do BNDES. Neste episódio: - Vera descreve o “arco de reposicionamento” de Haddad, que precisou enfrentar fogo cruzado entre o apetite de parte do governo por mais fatias do orçamento e a desconfiança do mercado em relação à responsabilidade fiscal da Fazenda. “Agora é um Haddad mais humilde, ele entendeu que precisa negociar das teses dele”, avalia; - Ela avalia o desafio que o ministro impôs ao orçamento do ano que vem de atingir a meta de déficit zero nas contas públicas e a estratégia dele para chegar a esse resultado por meio de aumento de receitas. “Ele não vai conseguir a lista inteira do que pediu ao Papai Noel. Será uma meta impossível de cumprir em 2024”, afirma; - Luiz Carlos explica por que acredita que a elevação da nota de crédito do Brasil é a coisa mais importante dos últimos meses: “Quando agência muda a nota é coisa séria, e o mercado aqui é ‘Maria vai com as outras’. Isso abre espaço de trabalho para o Haddad ano que vem”; - O economista prevê que o “ciclo natural da economia começa a cair” e mostra apreensão em como Lula vai reagir quando os índices caírem, às vésperas das eleições municipais. E o principal motivo para a queda do desempenho é o recuo do agronegócio - que pode registrar PIB negativo em 2024. “É da vida, não é culpa de ninguém”, conclui.
Get the Snipd podcast app
Unlock the knowledge in podcasts with the podcast player of the future.
AI-powered podcast player
Listen to all your favourite podcasts with AI-powered features
Discover highlights
Listen to the best highlights from the podcasts you love and dive into the full episode
Save any moment
Hear something you like? Tap your headphones to save it with AI-generated key takeaways
Share & Export
Send highlights to Twitter, WhatsApp or export them to Notion, Readwise & more
AI-powered podcast player
Listen to all your favourite podcasts with AI-powered features
Discover highlights
Listen to the best highlights from the podcasts you love and dive into the full episode