Reynaldo Turollo Jr., repórter do g1 em Brasília e especialista em política, compartilha detalhes alarmantes sobre um plano de assassinato contra Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. Ele discute a prisão de militares envolvidos e a complexidade do esquema, que chegou a considerar envenenamento. Turollo destaca a reunião secreta liderada por um general e as táticas utilizadas para evitar a detecção pela polícia. A conversa também toca nas possíveis implicações jurídicas e na tentativa de deslegitimar o processo eleitoral no Brasil.
A investigação da Polícia Federal revelou um plano de assassinato previamente elaborado contra líderes políticos, destacando a gravidade da conspiração militar.
A relação entre os militares e figuras do governo sugere um apoio institucional potencial a ações golpistas, levantando sérias preocupações sobre a estabilidade política.
Deep dives
Tentativa de Golpe e Prisão de Suspeitos
A investigação revela um plano de golpe de estado envolvendo a elaboração de assassinatos de figuras políticas, incluindo o presidente eleito e o ministro do TSE. A Polícia Federal prendeu cinco indivíduos, incluindo um policial federal e quatro militares de alto escalão do Exército, que eram parte de um grupo treinado para operações especiais. O plano sugerido incluía armamentos pesados, como fuzis e até envenenamento, contemplando ações violentas e cuidadosamente planejadas. A reunião onde o plano foi aprovado aconteceu na casa do ex-candidato a vice-presidente, indicando a profundidade da conspiração dentro do governo.
Contexto Político e Reclusão de Bolsonaro
Após a derrota nas eleições, o ex-presidente Jair Bolsonaro se isolou, enquanto seu ex-vice, Braga Neto, tentava acalmar os apoiadores, gerando dúvidas sobre a situação política do país. O clima de instabilidade e potencial revolta entre os apoiadores de Bolsonaro foi exacerbado por declarações de autoridades militares que indicavam uma disposição para agir contra a eleição de Lula. O período entre a eleição e a diplomação foi marcado por tensões crescentes, e o planejamento do golpe começou a se concretizar durante essas semanas de incerteza. A análise do momento revela que a liderança militar estava em contato próximo com figuras do governo, levantando preocupações sobre um possível apoio institucional ao golpe.
Estratégia do Grupo e Codinomes Utilizados
Os envolvidos no plano utilizaram codinomes para dificultar a identificação em suas comunicações, dando títulos de países a suas identidades. Documentos como o 'Copa 2022' e o 'Punhal Verde e Amarelo' foram criados para detalhar a operação, incluindo a logística e o armamento necessário para a execução do plano. A estrutura organizacional subjacente ao golpe refletia uma preparação meticulosa para a violência, com a intenção de assassinar autoridades de maneira a criar um ambiente propício a uma intervenção militar. Essas revelações sublinham a gravidade da situação, mostrando que os conspiradores contavam com suporte e conhecimento dentro das forças armadas.
Abortamento da Operação e Implicações Legais
A operação de assassinato foi abortada por motivos ainda não esclarecidos, embora haja indícios de que mudanças inesperadas nos planos do ministro Alexandre de Moraes possam ter contribuído para a interrupção. As investigações da PF sugerem que a legalidade do golpe foi debatida entre os conspiradores e que um gabinete de crise foi proposto para lidar com potenciais consequências legais. Os documentos apreendidos indicam uma análise de riscos aprofundada, sugerindo que os conspiradores estavam cientes das repercussões de suas ações. O não apoio do comando militar ao golpe também levanta questões sobre a disposição de algumas facções dentro do Exército em agir em desacordo com a ordem constitucional.
A Polícia Federal prendeu 4 militares do Exército e 1 policial federal investigados por envolvimento em um plano para assassinar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, ministro do STF, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral – crimes previstos para serem executados no fim de 2022, depois da eleição e antes do presidente eleito tomar posse. De acordo com a PF, os suspeitos tinham posse de armamento pesado, cogitaram envenenar Lula e chegaram a iniciar uma missão contra Alexandre de Moraes, que foi abortada de última hora. Para entender o que diz a investigação da Polícia Federal, quem são os militares presos e os detalhes da arquitetura do plano, Natuza Nery conversa com Reynaldo Turollo Jr., repórter do g1 em Brasília. Ele explica também como o general Braga Netto – que foi ministro da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa derrotada de Jair Bolsonaro – está no centro dessa investigação e como uma reunião misteriosa na casa dele está inserida na trama golpista.
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