Lílian Cintra de Melo, Secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça, e Gabriela dos Santos Lusquiños, Promotora de Justiça da Infância e Juventude do Rio de Janeiro, discutem os perigos das redes sociais para crianças e adolescentes. Elas abordam o trágico caso de uma menina que perdeu a vida por um desafio viral e as estatísticas alarmantes de danos causados por conteúdos irresponsáveis. Também falam sobre a importância de um aplicativo para proteção, a responsabilidade compartilhada entre governo e famílias, e estratégias para fortalecer a comunicação familiar.
35:11
forum Ask episode
web_stories AI Snips
view_agenda Chapters
auto_awesome Transcript
info_circle Episode notes
question_answer ANECDOTE
Tragédia com Desafio Online
Sarah Raíssa, de 8 anos, foi encontrada desacordada após inalar desodorante.
A família acredita que ela participou de um "desafio" online.
insights INSIGHT
Casos Semelhantes
A morte de Sarah não é um caso isolado.
O Instituto Dimicuida registrou 56 casos semelhantes desde 2014.
insights INSIGHT
Acesso de Menores às Redes Sociais
Apesar da idade mínima, muitos menores burlam as regras das redes sociais.
75% dos menores de idade possuem redes sociais, e muitas contas são públicas.
Get the Snipd Podcast app to discover more snips from this episode
Quando a menina Sarah Raíssa foi velada, uma tia da garota fez um apelo: "explique o perigo que a internet oferece". Sarah, de 8 anos, foi encontrada desacordada pelo avô no início de abril. Ao lado dela estavam um celular e um frasco de desodorante. Ela foi levada ao hospital, mas morreu dias depois. Segundo a família, Sarah foi vítima de um “desafio” divulgado em redes sociais. O "desafio do desodorante" consiste em inalar o produto pelo maior tempo possível. A prática tem sido reproduzida por crianças e adolescentes que gravam vídeos para redes sociais, que alcançam milhares de visualizações. O caso de Sarah não é isolado. De acordo com o Instituto Dimicuida, o Brasil registrou 56 casos de crianças ou adolescentes que morreram ou ficaram gravemente feridos por causa de desafios irresponsáveis espalhados online desde 2014. E este número pode ser ainda maior, já que muitos casos podem nem chegar ao conhecimento de autoridades. Na semana passada, o Ministério da Justiça divulgou que planeja lançar um aplicativo para bloquear o acesso de crianças e adolescentes a redes sociais e outros conteúdos. Para explicar o que está em discussão no governo para proteger crianças e adolescentes brasileiros dos perigos online, Alan Severiano conversa com Lílian Cintra de Melo, secretária de Direitos Digitais do Ministério da Justiça. Depois, Alan fala com Gabriela dos Santos Lusquiños, promotora de Justiça da Infância e Juventude do Rio de Janeiro. Gabriela fala sobre quais tipos de crime estão presentes nesses desafios e quem pode ser responsabilizado. Ela responde ainda sobre o limite entre invasão de privacidade e monitoramento de crianças e adolescentes na internet: “rede social é rua. Não tem segurança, um lugar onde crimes gravíssimos são praticados”, conclui.