As críticas do presidente da Câmara ao ministro Alexandre Padilha (PT) – responsável pela articulação política do governo com o Congresso – datam de meses. Mas, na última semana, Arthur Lira (PP) subiu o tom e chamou o ministro de “incompetente”: disparo dado depois de ser questionado sobre uma possível fragilidade de sua liderança à frente da Casa. Ao saber do bombardeio sofrido por seu ministro, o presidente Lula (PT) entrou em cena e dobrou a aposta: defendeu Padilha abertamente, e o governo exonerou um primo de Lira da superintendência regional do Incra em Alagoas. Do outro lado, Lira abriu sua caixa de ferramentas: ele ameaça com uma série de “pautas-problema” para o Executivo, entre elas a instalação de CPIs – um incômodo às vésperas das eleições municipais. “É o pior momento, sem dúvida alguma”, afirma o cientista político Fernando Abrucio, professor da FGV-SP, sobre a relação entre o comando da Câmara e o Planalto. Em entrevista a Natuza Nery, Abrucio analisa a guerra deflagrada e avalia o que cada lado tem a ganhar e a perder: “Há uma dissonância cognitiva entre os dois. Lira não será o primeiro-ministro que foi com Bolsonaro, e Lula 3 não será como foi Lula 1 e Lula 2”, resume.
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