Para o niilista passivo, o “sem sentido” da existência é ainda um estado de sofrimento, de resignação, de brandura. Não há mais culpados, ele apenas diz “sofro”... Mas quando ele experimenta, por meio do “sem sentido”, a emoção necessária que o leva a criar novos valores (o seu “Eu quero!”), opera a transmutação do niilismo. O eterno retorno aparece, então, como o pensamento seletivo, que somente retorna para quem compreende que o eterno retorno do “sem sentido” é a abertura para a criação de sentido, expulsando desse indivíduo qualquer tentativa de atribuir alguma finalidade à vida.